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Comportamento governado por regras

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TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
Profa. Ma. Ana Paula J. da Silva
7
 
- Conceitos básicos:
- Níveis de processamento cognitivo.
Comportamento governado por regras.
 
 
Matos, M. M. (2001) Comportamento governado por regras. Revista Brasileira de Terapia Comportamental eCognitiva. Vol. 3, n.2, 51-56.
 
Aula expositiva.
Atividades práticas.
 
Quando ajudamos as pessoas a modificarem esquemas, estamos trabalhando nos alicerces de seu autoconceito e modo de viver no mundo.
Esquemas são as crenças nucleares que contêm as regras fundamentais para o processamento de informações.
Por meio dos esquemas nós:
Filtramos informações do meio ambiente;
Tomamos decisões;
Direcionamos padrões característicos de comportamento.
	O desenvolvimento de esquemas é moldado pelas interações com pais, professores, colegas e pessoas significativas, além de eventos da vida, traumas, sucessos e outras influências evolutivas. A genética também tem um papel na produção de esquemas, contribuindo para o temperamento, o intelecto, as habilidades especiais ou a falta delas, além da vulnerabilidade biológica a doenças tanto mentais quanto físicas.
Crenças nucleares podem ser ativadas por eventos estressantes e se tornarem fortes controladoras do pensamento e comportamento.
As mudanças de humor podem ser boas pistas de que um esquema esteja em operação.
Técnica da seta descendente
Uma série de perguntas que revelam níveis cada vez mais profundos de pensamento.
As primeiras perguntas sempre são dirigidas aos pensamentos automáticos.
Formato geral das perguntas: “Se esse pensamento que você tem sobre si mesmo é verdadeiro, o que isso diz sobre você?”.
O processo de descobrir esquemas desadaptativos geralmente gera sentimentos dolorosos.
Exercícios para ensinar os pacientes a reconhecerem suas crenças nucleares.
Dr. Thase: Vamos ver aqui o que você anotou... Você estava pensando em Gwen, no rompimento, você estava para baixo, com muitos pensamentos automáticos negativos atingindo você.
Ed: É.
Dr. Thase: Dá uma olhada, você teve noventa por cento de certeza para esses pensamentos. O que tem neles que batem tão fortemente?
Ed: Bem, quando começo a pensar em… a pensar em Gwen, fico triste e... ansioso. E eu penso “estraguei tudo”, “nunca vou conseguir acertar” e... “eu nunca vou ficar com ninguém”. Eles parecem… eu sinto que eles estão certos, porque eu me sinto muito triste com isso. E tudo isso aponta para o fato de eu pensar que não consigo manter nenhum relacionamento íntimo.
Dr. Thase: Certo. E se isso for verdade, quer dizer, pode ser que realmente entenda porque esta é uma questão tão difícil para você. Talvez pudéssemos aprofundar os pensamentos um pouco mais. “Eu estraguei tudo.” 
Ed: Huh-huh.
Dr. Thase: Se isso fosse verdade, quer dizer, o que isso diz sobre seu futuro? O que diz sobre você?
Ed: Se eu estraguei dessa vez, isso significa que vou estragar todas as vezes. Significa que simplesmente não sou capaz de manter um relacionamento íntimo.
Dr. Thase: E se isso fosse verdade? Você nunca é capaz de ter um bom relacionamento?
Ed: É. Se não sou capaz disso, eu não sou bom, eu não presto... isso leva de volta ao que falávamos antes, simplesmente me sinto defeituoso.
Dr. Thase: E se por acaso isso fosse verdade? O que isso significa para seu futuro?
Ed: Bem, se eu sou mesmo defeituoso, isso significa que... bem, isso meio que confirma que nunca vou conseguir fazer nada, sabe, direito. E vou acabar sozinho e nunca vou ser capaz de fazer nada direito. É assim que me sinto o tempo todo.
Dr. Thase: Tudo bem. Espero que você consiga ver que o motivo desses pensamentos doerem tanto é que eles basicamente levam a espiral para baixo até a crença de nunca estar conectado de forma feliz, sempre estragando as coisas. Basicamente, por causa desses defeitos que você tem.
Ed: É. Isso que acontece parece ser meu padrão normal.
Como chegar às crenças nucleares…
Identificar padrões de Pensamentos Automáticos:
Atenção à temas recorrentes durante as sessões;
Atenção aos registros de pensamentos em diferentes sessões;
Orientar os pacientes para revisarem em casa os registros de pensamentos e anotarem outros correlacionados que possam despertar atenção para uma crença específica. 
Revisão da história de vida
Importante concentrar-se nos relacionamentos interpessoais, eventos ou circunstâncias relevantes. Eventos traumáticos, relacionamentos problemáticos ou defeitos autopercebidos de personalidade ou físicos podem ser alvos óbvios para os exames históricos da formação de esquemas.
Pergunte sobre pessoas significativas.
Investigue as crenças que possam ter sido resultado de experiências relevantes.
Pergunte sobre interesses, trabalhos, práticas espirituais e outras atividades importantes para o paciente.
Pergunte sobre influências sociais e culturais.
Pergunte sobre educação, leituras e estudos.
Pergunte sobre a possibilidade de experiências transformadoras.
Modificando esquemas
É importante lembrar que os esquemas geralmente estão profundamente enraizados e vêm sendo repetidos e reforçados há muitos anos. É improvável que os pacientes os mudem drasticamente apenas por terem tido insight. 
Para modificar esses princípios os pacientes precisam passar por um processo concentrado de exame das crenças, geração de alternativas plausíveis e ensaio em situações reais do esquema revisado.
TÉCNICAS
Questionamento socrático.
Exame de evidências.
Fazer uma lista das vantagens e desvantagens.
Usar o continuum cognitivo.
Gerar alternativas.
Realizar ensaio cognitivo e comportamental.
A importância das regras…
COMPORTAMENTO GOVERNADO POR REGRAS
O comportamento instruído é menos sensível a contingências que o comportamento modelado. Contudo, um comportamento sob controle de contingências pode passar para sob o controle de autorregras. 
 (comportamento modelado)
Controle por contingências naturais
X 
								 (sob controle de instruções)
Controle por contingências culturais 
(controle do comportamento por regras)
Consequências instrucionais típicas (aprovação social)
Consequências colaterais
Comportamento controlado por regras
Na aprendizagem de uma habilidade motora nova e complexa, o início se dá por meio do controle por regras, depois o controle deve passar para as contingências naturais. 
Na aprendizagem de uma habilidade conceitual abstrata o controle por contingências é mínimo, enquanto aquele pelas regras vai ficando cada vez mais elaborado e complexo.
Reforçadores intrínsecos (filogeneticamente importantes) e extrínsecos (instalados e aprendidos, a função reforçadora é adquirida).
Contingências presentes e passadas geram autorregras.
Sujeitos humanos formulam regras (derivadas de instruções recebidas ou derivadas de experiência pessoal), e agem de acordo com essas regras, mesmo que algumas vezes essas regras não sejam compatíveis com as contingências de fato presentes. Aí entram as autorregras…
Uma pessoa criada livremente desenvolve estratégias para discriminar mais rapidamente as contingências importantes para sua sobrevivência, e também para discriminar mudanças nestas contingências. Ela está controlada por contingências naturais. Uma pessoa criada por inúmeras instruções, sem o contato direto com as contingências naturais, se torna especialmente dependente de contingências sociais e de regras de como agir, insensível a contingências naturais.
Se uma criança obedece sempre a instruções, as contingências naturais nunca terão oportunidade de atuar sobre seu comportamento. Se ela obedece a instruções, consequências agradáveis podem ocorrer e consequências aversivas são evitadas; se as desobedece, consequências aversivas ocorrem. Todas essas contingências contribuem para aumentar o controle pela regra.
Em organismos humanos muito jovens a modelagem do comportamento ainda é o procedimento mais eficaz para instalar novos
repertórios ou refinar antigos. Eles aprendem que existem correspondências entre a fala dos adultos e certos eventos ou acontecimentos do ambiente. É através dessas tais correspondências que os adultos afetam o comportamento do jovem, passando a controlar os mesmos.
Se eu desejo modificar ou afetar um comportamento controlado por regras eu preciso mudar a regra, isto é, mudar a função dos estímulos discriminativos ou instalar novos operantes discriminativos.
Regras são úteis para a sociedade.
Particularmente empregadas em situações em que as contingências naturais são fracas, ou porque estas têm magnitude pequena, ou porque operam a longo prazo.
Prováveis de ocorrer diante da existência de contingências naturais que possam produzir comportamentos indesejáveis.
Podem compensar ou anular os efeitos aversivos de certas consequências naturais.
Sob que condições regras eficazes são estabelecidas e mantidas?

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