Buscar

DIREITO CIVIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
PARTE GERAL 
DAS PESSOAS 
NATURAIS 
 
INTRODUÇÃO 
 O ser humano, detém uma natureza social, em razão disso, o seu 
comportamento gera reflexo na aplicação do Direito, pois sua finalidade é 
tratar das relações entre as pessoas, de acordo com o tipo de relação que 
elas estabelecem. 
 Daí vem a importância de antes de tudo, ter a noção do que seria uma 
relação jurídica. 
 
 
 
 Ademais, é importante salientar que não é qualquer relação entre duas 
pessoas que será uma relação jurídica. Como é possível saber se estamos 
diante de uma relação jurídica ou de fato. 
 
 
 
www.provasdaOAB.com.br 
Relação jurídica: é o vínculo entre pessoas, em razão da qual uma 
pode pretender algo a que a outra é obrigado a prestar, com proteção 
do Estado. 
Relação simples 
ou de fato 
Relação 
jurídica 
O direito regula a 
situação, imputando 
consequências 
Sim Não 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
RELAÇÃO JURÍDICA 
 
RELAÇÃO 
JURÍDICA 
aconteci
mento 
Objeto 
Sujeito 
de 
direito 
 Os elementos de uma relação jurídica são: 
 Pessoa natural/física ou jurídicas, 
e excepcionalmente os entes não 
personalizados, como o espólio. 
 
Acontecimento é um fato 
que esteja previsto na 
norma jurídica capaz de 
criar, modificar ou 
extinguir direito 
Um animal não pode fazer parte 
de uma relação jurídica, pois não 
tem personalidade jurídica, sendo 
apenas objeto dela, um bem 
semovente – aquele que se move 
através de força própria. 
 De modo imediato, temos 
uma obrigação(dar, fazer, 
ou não fazer) 
De modo mediato, o bem 
buscado(móvel, imóvel, 
honra ) 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Personalidade 
 
 Personalidade: é a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair deveres na 
ordem civil 
 Atributo inerente a pessoa 
 Pessoa natural: É o ser humano. Todo direito deve corresponder um sujeito que 
lhe detém a titularidade, O código civil em seu artigo 1º, dota de personalidade o ser 
humano. 
 
Aquisição de personalidade – art.2º 
 
 
 
 
 
 
 
NATUREZA DO REGISTRO DE NASCIMENO DA PESSOA : o registro de nascimento 
geralmente se dá no momento posterior ao seu nascimento, logo, percebe-se que já 
tem-se adquirido a personalidade, quando nasceu, sendo o registro uma mera 
declaração. 
 
 REGISTRO ATO DECLARATORIO COM 
EFEITO 
 EX TUNC 
 
 
www.provasdaOAB.com.br 
Art. 1º, cc: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil 
“A PARTIR DE QUE MOMENTO SE VERIFICA A AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE” 
 
O MOMENTO DO NASCIMENTO COM VIDA , QUE RESPIROU , JÁ ADQUIRE A 
PERSONALIDADE, LOGO, ESTAMOS DIANTE DE UM CRITÉRIO OBJETIVO. 
TEORIA NATALISTA 
BIZU: Sempre 
Retroage, 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
5 
HOUVE RESPIRAÇÃO 
sim 
NATIMORTO 
OBSERVAÇÃO 
 O nascituro tem uma expectativa de direito, já 
que a lei põe a salvo os seus direitos desde a 
concepção. Os direitos assegurados , estão sob 
condição suspensiva: só terão eficácia se nascer 
com vida. 
 
 
 
 
 
 
Não 
 
 
 
 
 
 
Será feito um registro em livro 
próprio – art. 53, §1, da LRP 
 
Caso tenha nascido e morrido 
serão feitos dois registros: o de 
nascimento e o de óbito- art. 
53§2º, da LRP 
 
 
 
 
53, §2º da LRP 
 ASSUNTO POLÊMICO 
 
A respeito da utilização de 
células- tronco embrionárias em 
pesquisas e terapias , o STF julgou 
uma ADI de numero 3.510, 
permitindo sua utilização. 
Enunciado n.1 da JDC/ CJF, A 
proteção que o código defere ao 
nascituro alcança o natimorto no que 
concerne aos direitos a personalidade, 
tais como nome, imagem e sepultura 
O nascituro, é o que está por 
nascer, é aquele que foi 
concebido mais ainda não 
nasceu. O nascituro tem 
personalidade jurídica em 
relação aos direitos 
personalíssimos e aos da 
personalidades(Personalidade 
jurídica formal), somente 
alcançará a fruição dos 
demais direitos com o 
nascimento com vida, como 
os bens patrimoniais – 
personalidade jurídica 
material 
Direito a vida 
Direito a filiação 
Assistência pré 
natal 
Exemplos 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Direitos a 
personalidade 
 
são direitos 
fundamentais e 
elementais, deferidos 
as pessoas, 
objetivando conferir 
a prerrogativa do 
pleno exercício da sua 
personalidade e, por 
consequência, a 
promoção da 
dignidade da pessoa 
humana 
Intransmissíveis 
Não são passíveis de cessão a esfera 
jurídica de outrem, sendo vedado 
sua disposição, por possuírem 
caráter essencial. É importante saber 
que a titularidade do direito é que 
não pode ser transmitida, mas seu 
exercício poder ser. Ex. Não se 
pode vender um órgão- 
intransmissível. 
 
 
 
 Imprescritível 
A ausência do exercício não acarreta 
a perda do direito. 
 Indisponíveis 
Não são passiveis de se abrir mão, 
salvo de maneira transitória e 
especifica, segundo o enunciado 4 
da CJF. 
Irrenunciáveis 
Não são passiveis de rejeições por 
parte de seu titular . Não se pode por 
fim a vida 
Absolutos 
-erga omnes, oponíveis contra 
todos. 
Vitalício 
Acompanham o sujeito até sua 
morte, mas alguns direitos são 
resguardados após a morte, como 
direito a honra, a memória. 
 P
il
a
r 
d
a
 I
n
te
g
ri
d
a
d
e 
fí
si
ca
 
P
il
a
r 
d
a
 i
n
te
g
ri
d
a
d
e 
p
sí
q
u
ic
a
 o
u
 m
o
ra
l 
 
 Tutela do corpo 
vivo- Art.13 do cc 
 
 
 
 Tutela do corpo 
morto- Art.14 do cc 
 
 
 
 
 Autonomia do 
paciente – Art. 15 
do cc 
 Imagem- art. 20 do 
cc 
 
 
 Vida privada do – 
art.21 do cc 
 
 
 Nome – art. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
, 
 
 
 
 
 se machucar propositalmente, afronta os bons costumes, 
 
 
 corta o próprio braço é uma maneira de diminuição permanente do corpo; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 a integridade física, b) se houver 
www.provasdaOAB.com.br 
 
 
 
 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é 
defeso o ato de disposição do próprio 
corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou 
contrariar os bons costumes. Parágrafo 
único. O ato previsto neste artigo será 
admitido para fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei especial 
 
 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou 
altruístico, a disposição gratuita do próprio 
corpo, no todo ou em parte, para depois da 
morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser 
livremente revogado a qualquer tempo. 
Tutela do corpo vivo: 
Tutela do corpo morto 
se houver contrariedade 
dos bons costumes 
 se importa em 
diminuição permanente 
da integridade físicaNão se pode dispor do corpo em 
duas situações: 
EXEMPLOS 
Traz consigo a expressão objetivo cientifico, que refere-se a casos em que o corpo ou suas 
partes são deixadas para fins de estudos. Já objetivo altruístico se refere a casos em que deixa 
elementos do corpo, para fins de transplante, em favor de alguém; podendo o doador revogar a 
qualquer momento e segundo o enunciado 227 das JDC/ CJF: a manifestação expressa do 
doador em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, sendo esta utilizada quando o 
doador silenciou sobre a questão. 
 
 
A exceção, é por exigência médica, Ex.: corta o braço por alguma doença ou para transplante, 
desde que seja órgão dúplice ou regenerável e a titulo gratuito. Os bens jurídicos tutelados são 
a saúde humana e os bons costumes; 
 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
8 
IMAGEM 
Características 
fisionômicas do sujeito 
Qualitativo social 
Característica 
identificadora de alguém 
RETRATO 
autorização 
ATRIBUTO 
Tácita 
Expressa 
 PESSOAS PÚBLICAS LOCAIS PÚBLICOS DIREITO A IMAGEM MITIGADA 
 
 
 PESSOAS PUBLICAS PESSOAS PRIVADAS LOCAIS PÚBLICOS DIREITO A 
IMAGEM MITIGADA 
 
 PESSOAS PÚBLICAS LOCAIS PRIVADO DIREITO A IMAGEM 
 
 
 PESSOAS PRIVADAS POR SEGURANÇA OU 
 IMAGEM PANORAMICA NÃO É NECESSARIO AUTORIZAÇÃO 
 
VOZ Timbre sonoro 
identificador 
 
 
 Três princípios estão insculpidos no referido artigo, o 1º princípio da informação, o 
paciente tem direito a saber as informações relativas a sua situação; 2º princípio da autonomia, o 
profissional deve respeitar a vontade do paciente e pelo princípio da beneficência, a atuação 
medica deve buscar o bem estar do paciente evitando, quando possível, danos e riscos . 
 A partir da leitura desses princípios percebe-se que o paciente tem direito a recusa 
de tratamento de risco, mas no caso de não ser possível consultar o paciente, numa situação de 
urgência, o médico poderá suprir o consentimento, fazendo a intervenção, não respondendo por 
constrangimento ilegal , pois o médico age em estado de necessidade, uma excludente de licitude. 
AUTONOMIA DO PACIENTE 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a 
submeter-se, com risco de vida, a tratamento 
médico ou a intervenção cirúrgica 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.provasdaOAB.com.br 
ATENÇÃO 
DANO MORAL PURO OU DANO MORAL IN RE IPSA 
É o dano que decorre da simples conduta 
 
retornando de um campeonato em Las Vegas, Tobias, lutador de artes maciais, surpreende-se ao 
ver sua foto estampada em álbum de figurinhas intitulado “Os maiores lutadores de todos os 
tempos”, à venda nas bancas de todo o Brasil. Assessorado por um advogado de sua confiança, 
Tobias propõem, em face da editora responsável pela publicação, ação judicial de indenização 
por danos morais decorrente do uso não autorizado de sua imagem. 
 
A editora contesta a ação argumentando que a obra não expõe Tobias ao desprezo público e nem 
acarreta qualquer prejuízo a sua honra, tratando-se, muito ao contrário, de uma homenagem ao 
lutador, por apontá-lo como um dos maiores lutadores de todos os tempos. De fato, sob a foto de 
Tobias, aparecem expressões como “grande guerreiro” e “excepcional gladiador”, além de outros 
elogios à sua atuação nos ringues e arenas. 
 
DIANTE DO EXPOSTO, ANALISAREMOS: 
 
A) É CABÍVEL A INDENIZAÇÃO PLEITEADA POR TOBIAS NO CASO NARRADO A 
CIMA? 
 
B) CASO TOBIAS TIVESSE FALECIDO ANTES DA PUBLICAÇÃO DO ÁLBUM, SEUS 
DESCENDENTES PODERIAM PROPOR A A REFERIDA AÇÃO INDENIZATÓRIA? 
 
 
 
 
SE LIGA NO 
CONCURSO 
a)Pouco importa se a propaganda é positiva ou negativa, pois a simples 
violação, a conduta, para fins comerciais 
Sem autorização gera o dano. 
 
b)sim, o art.20, PU, afirma que em se tratando de morto ou ausente são partes 
legitima para requer a proteção são o cônjuge o ascendente ou o descendente. 
 
!No caso de uma peça pratica, ira pedir tutela especifica com intuito de retirar 
a propagando do ar. 
O dano moral In re ipsa é presumido, ou seja, não 
precisar ser provado. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Características intimas de cada um Privacidade 
• Há varias exceções para a proteção a privacidade , como por exemplo, a quebra 
do sigilo. 
 etiqueta social 
Nome 
• A escolha do nome é livre, mas não poderá expor a ridículo ou ser discriminatório, 
segundo a lei 6.015/76- lei de registros públicos 
 
• Nome prenome 
• sobrenome/ patronímico/ apelido de família 
Além disso, pode ter acrescido uma partícula acessória denominada agnome, cujo seu 
objetivo é evitar homonímias (nomes iguais dentro da mesma família) ex.: júnior, filho, neto, 
etc. 
Desde que para fins lícitos o pseudônimo goza das mesmas proteções que o nome, podendo acrescentar 
a o nome . Ex.: Luís Inácio LULA das Silva 
 casamento 
 dissolução de casamento 
 aquisição de nacionalidade brasileira 
 adoção 
 proteção a testemunhas 
É POSSIVEL ALTERAR O NOME ? 
EXCEPCIONALMENTE, NAS SEGUINTES SITUAÇÕES 
 Transgenitalização (mudança de 
sexo), mudando na carteira de 
identificação no nome e no gênero 
sem nenhum tipo de anotação sobre a 
mudança na carteira de identidade. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Capacidade 
De Fato – exercício dos 
direitos 
De Direito-Própria de todo ser 
humano 
Absolutamente 
incapazes 
 Menores de 16 anos 
 Pessoas com enfermidades ou 
doenças mentais sem 
discernimento 
 Pessoas que, mesmo por causa 
transitória não puder exprimir sua 
vontade 
Relativamente 
incapazes 
 Maiores de 16 e menores de 18 
 Ébrios habituais; viciados em tóxicos e os 
que por deficiência mental tenham 
discernimento reduzido 
 Pródigos 
 Excepcionais sem desenvolvimento 
completo 
 Indios 
 
ou 
Emancipação 
Concessão dos pais, sentença do juiz, casamento, 
emprego público, colação de grau e estabelecimento 
civil ou comercial 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
DOMICÍLIO 
 CONCEITO: É a sede jurídica da pessoa 
 É o local em que a pessoa permanece, 
acidentalmente sem ânimo de ficar . 
HABITAÇÃO 
 É o lugar que o indivíduo habita com intenção de 
permanecer, mesmo que ele se ausente 
temporariamente; é uma situação de fato. 
RESIDÊNCIA 
 É a sede da pessoa, tanto física como jurídica, onde se 
presume sua presença para efeitos de direito e onde exerça ou 
pratica, habitualmente seus atos e negócios jurídicos. É o lugar 
no qual a pessoa estabelece sua residência com animo 
definitivo de permanecer (animus manendi). 
DOMICÍLIO 
Voluntario Legal 
Escolhido livremente 
pela própria vontade do 
indivíduo 
O que a lei determina em razão da condição ou situação 
de certas pessoas 
Incapaz: no domicilio dos seus representantes 
Servidor público: local 
onde exerce a profissão 
Militar: o lugar onde servir 
Preso: lugar onde cumpre 
pena 
Agente diplomático: no 
distrito federal ou no 
ultimo domicilio 
O domicilio divide-se em : 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.comBens 
 
 
CONCEITO: São toda utilização física ou ideal que sejam objeto de um direito subjetivo, 
nesse sentido não há como confundir bens como coisas. Os bens abrangem tanto o material 
quanto o imaterial, já as coisas ficam limitadas ao que é corpóreo, material. 
 
 
 
 
 
 
 
www.provasdaOAB.com.br 
Classificação legal 
Bens 
considerados 
em si mesmos 
Fora do 
comercio 
Bens gravados 
com clausulas 
de 
inalienabilidade 
Bem de 
família 
Bens 
considerados 
em relação ao 
titular do 
domínio 
Bens 
reciprocamente 
considerados 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
www.provasdaOAB.com.br 
1. Bens considerados em si mesmos (arts. 79 a 91, CC) 
IMÓVEIS 
Não podem ser removidos ou 
transportados de um lugar para 
outro, sem sua destruição. 
MÓVEIS 
Podem ser transportados de um lugar 
para o outro, por força própria 
(semoventes) ou estranha, sem 
alteração de sua substância. 
INFUNGÍVEIS 
Não podem ser substituídos por 
outros do mesmo gênero, qualidade 
e quantidade. 
FUNGÍVEIS 
Podem ser substituídos por outros do 
mesmo gênero, qualidade e 
quantidade. 
INCONSUMÍVEIS 
Proporcionam reiterados usos, 
permitindo que se retire toda sua 
utilidade, sem atingir sua 
integridade. 
CONSUMÍVEIS 
São bens móveis cujo o uso importa 
na destruição imediata da própria 
coisa. Admitem apenas um uso. 
INDIVISÍVEL 
Não podem ser partidos em porções, 
pois deixariam de formar um todo 
perfeito. 
DIVISÍVEIS 
Podem ser partidos em porções reis e 
distintas, formando cada qual um 
todo perfeito. 
 
SINGULARIDADE 
São os que, embora unidos, se 
consideram de per si, independentes 
dos demais. 
COLETIVOS (ou universais) 
São as coisas que se encerram 
agregadas em um todo. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
www.provasdaOAB.com.br 
2. Bens reciprocamente considerados (arts. 92 a 97, CC) 
Regra: acessório segue o 
principal. 
Espécies: frutos, produtos, 
rendimentos e benfeitorias, 
que se classificam em 
necessárias, úteis e 
voluptárias. 
3. Bens considerados em relação ao titular do domínio (arts. 92 a 97, CC) 
Coisas de ninguém (Ex. 
coisas abandonadas) 
Uso comum do povo (Ex.: 
estradas), uso especial (Ex.: 
hospitais) e dominicais (Ex.: 
Terrenos de marinha). 
 Enquanto os bens de uso comum do 
povo e de uso especial são 
inalienáveis, os dominicais podem ser 
alienáveis. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
NEGÓCIO JURÍDICO 
 Arts. 104 a 232, CC 
Fatos comuns Fatos jurídicos 
Ações humanas ou fatos da 
natureza sem repercussão no 
Direito. 
Acontecimentos no qual o direito atribui 
efeitos (aquisição, resguardo, 
transformação, modificação e extinção 
das relações jurídicas. 
CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS 
1. Fato jurídico natural (sentido estrito) 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
2. Fato jurídico humano 
Ato jurídico em sentido amplo ou voluntário: 
ato jurídico em sentido estrito 
Mera realização de vontade gerando consequências jurídicas 
previstas em lei (perdão, reconhecimento de filho, fixação de 
domicílio, etc.); Negócio jurídico – autonomia da vontade 
(Ex. contrato). 
Ato ilícito ou involuntário 
Civil, penal e administrativo. 
ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 
1. Elementos essenciais 
 
I. Gerais 
Capacidade do agente 
Objeto 
Falta de capacidade: 
absoluta – ato nulo; 
relativo – ato anulável. 
Lícito, possível, determinado ou determinável. Defeito 
no objeto: ato nulo, Consentimento: manifestação de 
vontade. Defeitos: ausência de consentimento, erro, 
dolo, leão, estado de perigo, fraude contra credores, 
simulação. 
II. Especiais 
Forma prescrita ou não defesa em lei. Defeito na forma: ato nulo. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
2. Elementos acidentais 
Cláusulas secundárias, segundo a vontade dos negociantes. 
Subordina-se a 
um evento futuro 
e incerto. 
Condição 
Subordina-se a 
um evento 
futuro. 
Termo 
Ônus para um 
dos contratantes 
em atos de mera 
liberdade 
(doação e 
testamento). 
Encargo 
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 
1. Ausência de vontade 
Negócio nulo 
2. Vícios de consentimento 
Completo desconhecimento Ignorância 
• Se recair sobre aspectos essenciais ou substanciais, ato anulável; se recair sobre 
aspectos acidentais ou secundários, ato válido. 
Artifício empregado para enganar a outra parte Dolo 
• Se recair sobre aspectos essenciais ou substanciais, ato anulável; se recair sobre 
aspectos acidentais ou secundários, ato válido, porém obriga a satisfação de perdas 
e danos. 
Pressão física ou moral Coação 
• A pressão é exercida sobre alguém para obrigá-lo a praticar determinados atos (arts. 
1551 a 155, CC) 
Estado de perigo 
• Ocorre quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua 
família, de grave dano, desconhecido pela outra, parte assume obrigação 
excessivamente onerosa. 
Lesão 
• Ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade ou por inexperiência se 
obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 
É anulável 
 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
3. Vícios sociais 
Fraude contra credores 
• Prática maliciosa de atos que desfalcam o patrimônio do devedor, com o fim de 
colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento dos direitos de 
credores. (Arts. 158 a 165, CC) 
Simulação 
• Declaração enganosa da vontade, visando a obter resultado diverso do que 
aparece; cria uma aparência de direito, iludindo terceiros ou burlando a lei. Se 
houver simulação, o ato é nulo (arts. 167, CC). No entanto, este substituirá no 
que se dissimulou, se for válido na forma e substância. 
INEFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO 
ATO NULO ATO ANULÁVEL 
Efeito ex tunc ( desde aquele 
momento). 
Efeito ex nunc (de agora em 
diante) 
Retroage à data da 
celebração do negócio nulo. 
Efeito contra todos. 
Matéria de ordem pública. 
Não retroage. Declarado 
anulado, opera efeitos a 
partir da anulação. 
Efeitos entre os contratantes. 
Matéria de ordem privada. 
Atos nulos  Praticados por absolutamente incapaz, sem a devida 
representação; objeto ilícito ou impossível; quando não se revestir o ato da 
forma prescrita em lei; quando for pretendida solenidade essencial; quando o 
negócio jurídico for simulado (arts. 167, CC). 
 
Atos anuláveis  Praticados por relativamente incapazes, sem assistência 
de seu representantes legais. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
OBRIGAÇÕES 
Art.223 a 420 e 840 a 886 
CONCEITO 
Relação jurídica de natureza transitória 
entre credor e devedor cujo objeto 
consiste em uma prestação pessoal 
econômica. 
Vínculo 
jurídico 
Objetivo 
Subjetivo 
É o elo que sujeita o 
devedor a determinada 
prestação em favor do 
credor. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Fontes 
Lei Negócio Jurídico Ato ilícito 
• Não possuem caráter personalíssimo, logo, pode 
operar tanta pelas partes quanto por seus herdeiros. 
Efeitos das obrigações 
• Penalidade acessória imposta pela inexecução total ou 
parcial da obrigação ou pela mora em seu 
cumprimento. 
Cláusula penal 
• Do devedor 
• Do credor 
Mora 
Licenciado para Kamila AbrantesPereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Quanto ao objeto POSITIVAS 
 
Obrigação de dar: 
 COISA CERTA: o 
devedor se obriga a dar a 
coisa individualizada. 
 COISA INCERTA: o 
bem mesmo incerto, será 
indicado pelo gênero e 
quantidade. 
OBRIGAÇÃO DE FAZER: é a 
prestação do serviço ou um ato 
positivo pelo devedor. 
NEGATIVAS 
 
OBRIGAÇÃO DE NÃO 
FAZER: o devedor compromete-
se a não praticar certo ato que 
poderia ser praticado, se não 
fosse a obrigação assumida 
Quanto aos seus 
elementos 
SIMPLES: um credor, um 
devedor, e um objeto 
 Pluralidade de objetos: 
cumulativa e alternativa 
COMPOSTA: pluralidade de 
 Credores 
 Devedores – solidariedade 
Quanto aos 
elementos acidentais 
Puras, condicionadas, a termo ou modais 
Outras modalidade Liquidas e ilíquidas 
Divisíveis indivisíveis 
De resultado ou de meio ou de garantia 
Principais e acessórias 
Propter rem- hibridas, parte de direito real parte de direito pessoal 
(ex.: condomínio ) 
Naturais - dívidas prescritas 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Formas de extinções de 
obrigações 
PA
G
A
M
E
N
T
O
 P
O
R
 
C
O
N
S
IG
N
A
Ç
Ã
O
 
PA
G
A
M
E
N
T
O
 
C
O
M
 
S
U
B
- 
R
O
G
A
Ç
Ã
O
 
O devedor deposita a coisa 
devida, liberando-se de obrigação 
líquida e certa. 
Substituição na obrigação 
de coisa por coisa(real), e de 
pessoa(obrigação pessoal) por 
pessoa mas com os mesmos ônus 
e atributos. 
IM
P
U
T
A
Ç
Ã
O
 A
O
 
PA
G
A
M
E
N
T
O
 Pessoa obrigada por dois 
ou mais débitos da 
mesma natureza, líquido 
e vencido, a um só credor 
tem o direito de escolher 
qual deles estar pagando. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
• Incidência de uma 
mesma pessoa na 
qualidade de credor e 
devedor 
• Ocorre quando duas ou 
mais pessoas são ao 
mesmo tempo credor e 
devedor 
• É a criação de uma 
obrigação nova e 
extinguindo a anterior, 
modificando ou 
substituindo uma das 
partes 
• Acordo de vontades 
em que a entrega de 
uma coisa em 
substituição ao 
dinheiro 
DAÇÃO EM 
PAGAMENTO 
Art. 356 a 
359 
Novação 
Art.360 a 
367 
CONFUSÃO 
Art. 381 a 
388 
COMPENSAÇÃO 
Art. 360 a 
367 
Outras formas de extinção 
• O Código civil, trata à transação e a arbitragem como 
formas de contrato e não como formas de pagamento. 
• As formas de extinção sem pagamento: remissão, o 
compromisso e a transação. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
CONTRATOS 
PARTE GERAL 
Conceito 
Acordo de vontade que visa a criação, 
modificação ou extinção das relações 
jurídicas de natureza patrimonial 
Duas ou 
mais 
pessoas 
Capacidad
e 
Formas 
prescrita e 
defeso em 
lei 
Objeto 
licito, 
possível e 
determinado 
determinável 
CONSENTIMEN
TO 
Elementos Constituíveis 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contratos Princípios 
Autonomia da 
vontade 
LIBERDADE PARA ESTIPULAR O QUE LHES CONVIR. 
Obrigatoriedade 
das obrigações 
Pacta sunt servanda, EM REGRA, O SIMPLES ACORDO 
DE DUAS OU MAIS VONTADES É SUFICIENTE PARA 
GERAR O CONTRATO. 
Relatividade dos 
efeitos 
O CONTRATO, EM REGRA, SÓ VINCULA AS 
PARTES QUE NELE INTERVIEREM. 
FORMAÇÃO 
O contrato nasce da conjunção de duas ou mais vontades coincidentes. Sem 
o mútuo consenso não haverá contrato. O contrato possui duas fases: 
1) A proposta ou oferta, publicação ou oblação- é um pré-contrato que visa 
a formação de um contrato futuro , trata-se da manifestação de contratar 
de uma das partes solicitando a concordância da outra ; vincula o 
proponente . 
2) Aceitação é a manifestação da vontade do destinatário consentindo com 
a proposta. 
 
Observância das 
normas públicas 
Boa-fé AS PARTES DEVEM AGIR COM LEALDADE E 
CONFIANÇA RECÍPROCA. 
SUPREMACIA DA LEI (NORMAS IMPOSITIVAS 
QUE VISAM AO INTERESSE PÚBLICO) 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Unilaterais: Apenas um dos contratantes 
assume obrigações em face do outro. 
Bilaterais ou Sinalagmáticos: Direitos e 
obrigações para ambas as partes. 
Gratuito: Oneram somente uma das 
partes. 
Oneroso: Ambas as assumem 
obrigações. 
Comutativos: As prestações das partes 
são conhecidas e equivalentes. 
Aleatórios: Uma das prestações não é 
conhecida no momento do contrato. 
Nominado: Denominação prevista em 
lei. 
Inominados: são os contratos criados 
pelas partes, não havendo tipificação 
legal. 
Paritários: Os interessados discutem as 
cláusulas contratuais em pé de igualdade. 
Adesão: uma das partes só faz aderir as 
cláusulas já estabelecidas pela outra. 
Consensuais: Se caracterizam pelo 
simples acordo de vontade. 
Solene: A lei exige forma especial para a 
celebração. 
Principais: Existem por si só, 
independente de outro. 
Acessório: Sua existência supõe a do 
principal. 
Pessoal: intuitu personae - A pessoa do 
contratante é fundamental para a sua 
realização. 
Impessoais: A pessoa do contratante não 
faz diferença a conclusão do negócio. 
CLASSIFICAÇÃO 
Efeitos dos contratos 
Exceção de contrato não 
cumprido 
Nenhum dos contratantes poderá, antes 
de cumprir sua obrigação, exigir a do 
outro. 
Direito de retenção 
Permite ao credor conservar coisa alheia 
em seu poder além do momento em que 
devia restituir até o pagamento do que 
lhe é devido. 
Revisão dos contratos 
 Imprevisão, onerosidade excessiva, 
rebus sic ; ocorre quando uma das 
partem vem a ser prejudicada por uma 
alteração na conjuntura econômica. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
PRINCIPAIS ESPÉCIES 
DE CONTRATO 
Compra e venda 
Arts. 481 a 532, CC 
Um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, 
e o outro, a pagar-lhe o preço em dinheiro. Não transfere domínio. 
Este é transferido pela tradição (bens móveis) ou pelo registro do 
título aquisitivo no Cartório de Registro de Imóveis (bens imóveis). 
Troca ou permuta 
Art. 533, CC 
As partes obrigam-se a dar uma coisa por outra que não seja 
dinheiro. Operam-se, ao mesmo tempo, duas vendas, servindo as 
coisas trocadas de compensação recíproca. 
Estimatório 
Arts. 534 a 537, CC 
Umas das partes (consignatário) recebe de outra (consignante) bens 
móveis, ficando autorizada a vendê-los, obrigando-se a pagar um 
preço estimado previamente se não restituir as coisas consignadas 
dentro do prazo ajustado. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Doação 
Arts. 538 a 564, CC 
Uma pessoa por liberdade, transfere de seu patrimônio 
bens ou vantagens para o de outra, que os aceita. 
Locação 
Arts. 565 a 578 e 593 a 626, CC 
Uma das partes, mediante remuneração, compromete-se a fornecer à 
outra, por certo tempo, o uso de uma coisa, a prestação de um serviço 
ou a execução de determinado trabalho. 
Há três espécies: 
Locação de 
coisas 
Locação 
de obras 
ou 
empreitada 
Locação 
de serviços 
Execução de obra ou trabalho. 
 Pela disposição atualno Código civil, a prestação de serviços e 
a empreitada não são espécies de locação, e sim contratos 
autônomos. 
Se liga! 
Uso e gozo de 
bem 
infungível 
Prestação de 
serviços 
economicamente 
apreciáveis. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Empréstimo 
Arts. 579 a 592 
Alguém entrega uma coisa para outrem, gratuitamente, 
obrigando-se este a devolver a mesma coisa ou devolver outra 
da mesma espécie e quantidade. 
 
Há duas espécies: 
Comodato 
Empréstimo de uso em que o bem 
emprestado deverá ser restituído, não 
podendo ser fungível ou consumível. 
Mútuo 
Empréstimo de consumo em que o bem 
usado, sendo fungível ou consumível, 
não poderá ser devolvido e a restituição 
será em seu equivalente, por outra coisa 
do mesmo gênero, da mesma qualidade 
e quantidade. 
Depósito 
Arts. 627 a 652 
Uma pessoa (depositária) recebe de outra (depositante) um 
objeto móvel para guardá-lo, temporariamente e 
gratuitamente, até que o depositante o reclame. 
Mandato 
Arts. 653 a 709 
Alguém (mandatário) recebe de outrem (mandante) poderes para, 
em seu nome (em nome do mandante), praticar atos ou administrar 
interesses. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Fiança 
Arts. 818 a 839 
Também chamada caução fidejussória, é a promessa feita por uma 
ou mais pessoas de garantir ou satisfazer a obrigação de um devedor 
se este não a cumprir, assegurando ao credor seu efetivo 
cumprimento. 
Garantia real(res = 
coisa) a coisa garante a 
divida. 
Penhor, 
hipoteca, 
anticrese, 
Garantia fidejussória= 
garantia prestada por 
pessoas. 
Fiança e 
aval 
Características 
 A fiança é um contrato acessório, logo, não existe sem um contrato, 
no qual constará a obrigação que estará sendo garantida pela fiança. 
Unilateral gera obrigação apenas para o fiador que se obriga para 
com o credor, mas este nenhum compromisso assume em razão 
aquele. 
Gratuito, em regra, o fiador não recebe remuneração apenas ajuda o 
devedor. 
SUMULA 214 DO STJ o fiador na locação não responde por 
obrigações resultantes de aditamento ao qual não anuiu. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
DIREITO DAS COISAS 
Pessoais 
• Relações entre pessoas, 
abrangendo o sujeito ativo, o 
passivo e a prestação que o 
segundo deve ao primeiro 
(ex.: contratos). 
Das coisas 
• Relação entre o homem e a coisa 
que se estabelece diretamente 
(ex. propriedade), contendo três 
elementos: o sujeito ativo, a 
coisa e a relação (ou o poder) do 
sujeito ativo sobre a coisa 
(domínio). 
Os direitos podem ser classificados em: 
Conceito Conjunto de regras que regulamentam as 
relações jurídicas entre o homem e as coisas. 
Conteúdo do direito das coisa 
Posse 
Direitos reais 
Propriedade 
Direitos reais sobre 
a coisa alheia 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
POSSE 
Arts. 1.196 a 1.227 
Conceito Exercício pleno ou não pleno de alguns dos 
poderes inerentes à propriedade. 
Subjetiva 
• Corpus (poder 
físico) e animus 
(intenção de ter a 
coisa para si). 
Objetiva • Apenas corpus. 
Teorias 
O código civil adota a teoria objetiva 
Fâmulo de pose 
Detém a coisa em virtude de 
dependência econômica ou vínculo de 
subordinação (Art. 1.198). 
Elementos Sujeito capaz; objeto lícito e possível; 
forma livre; relação dominante entre 
sujeito e coisa. 
Objeto Todas as coisas que puderem ser 
objeto de propriedade. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Classificação 
Direta 
Exercida por quem detém 
materialmente a coisa. 
Indireta 
Posse exercida por meio de outra 
pessoa, ex.: proprietário que tem a 
coisa por meio do inquilino. 
Justa 
Adquirida sem vícios. 
Injusta 
Adquirida com violência, às 
escondida ou com abuso de confiança. 
De boa-fé 
O possuidor ignora os vícios que 
impedem sua aquisição legal. 
De má-fé 
O possuidor tem ciência dos vícios. 
Nova Velha 
Aquisição 
Apreensão da coisa, exercício do direito, disposição da coisa, 
tradição e constituto-possessório (art. 1.205). 
Quem pode adquirir 
A própria pessoa, representante (procurador) e terceiro (gestor 
de negócios). 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
E
fe
it
o
s 
1. Invocar interditos (ações) 
2. Percepção dos frutos 
• Interdito proibitório 
Ameaça 
• Manutenção da pose 
Turbação 
• Reintegração de posse 
Esbulho 
• Impedir obras 
Nunciação de obra 
nova 
• Caução de futuros e eventuais 
danos Dano infecto 
Possuidor de boa-fé 
• Tem direito aos frutos percebidos, ao uso e gozo da coisa, às 
despesas de produção; não tem direto aos frutos pendentes 
quando cessa a boa-fé. 
Possuidor de má-fé 
• Responde pelos prejuízos, pelos frutos colhidos e percebidos e 
pelos frutos que por sua culpa se perderam, mas tem direito às 
despesas de produção. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
D
ef
es
a
 d
a
 p
o
ss
e
 
Judicial 
Interdito proibitório; 
Manutenção da posse; 
Reintegração de posse; 
Nunciação de obra nova; 
Dano infecto; 
Embargos de terceiro. 
Direta, pessoal 
Legítima defesa da posse para manter-se (na 
turbação); 
Desforço imediato para restituir-se (no esbulho). 
Perda da pose 
• Abandono, tradição, 
perda ou destruição, 
posse de outrem e 
constituto possessório. 
Composse 
• Pluralidade de sujeitos e 
coisas indivisa: 
• Pro indiviso 
• Pro diviso 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
DIREITOS REAIS 
PROPRIEDADE 
Arts. 1.228 a 1.368 
Conceito 
Direito que a pessoa física ou jurídica tem de 
usar, gozar (ou fruir), dispor de um bem ou 
reivindicá-lo de quem injustamente o possua. 
Reafirma-se a função social da propriedade 
acolhida no artigo 5°, XXIII, da constituição 
federal. 
Classificação 
Plena Limitada 
Quando presentes todos os 
elementos da propriedade: 
Uso, gozo, disposição e 
reivindicação. 
Quando recai sobre ela 
algum ônus (ex.: hipoteca) ou 
é resolúvel. 
Restrição ao direito de 
propriedade 
Constitucionais 
 
Administrativos 
 
Militares 
 
Civis 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
P
ro
p
ri
ed
a
d
e 
im
ó
v
el
 
A
q
u
is
iç
ã
o
 
P
er
d
a
 
Alienação, renúncia, abandono, perecimento, 
desapropriação e transferência (inter vivos). 
A
ce
ss
ã
o
 
U
su
ca
p
iã
o
 
M
o
d
o
s 
d
er
iv
a
d
o
s 
Sucessão hereditária (causa 
mortis) e registro de transferência 
(inter vivos). 
• Extraordinário: 15 anos (o prazo cai para dez 
anos se o possuidor estabelecer moradia ou 
realizar obras de caráter produtivo. 
• Ordinário: 10 anos e prova de boa-fé (o prazo 
cai para cinco anos se o móvel foi adquirido 
onerosamente, estabelecendo moradia ou 
investimento de caráter econômico. 
• Constitucional: 5 anos; o limite na área rural é 
de 50 hectares e na urbana, 250m². 
Formação de ilhas, aluvião( acréscimo 
paulatino de terras às margens do rio 
mediante lentos depósitos naturais ou desvio 
de águas), avulsão( repentino deslocamento 
de uma porção de terra por força natural 
violenta, desprendendo-se de um prédio e 
juntando-se a outro); álveo abandonado (rio 
que seca ou desvia totalmente o deu curso); e 
acessões artificiais (acréscimos feitos pelo 
homem:plantações e construções). 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
P
ro
p
ri
ed
a
d
e 
m
ó
v
el
 
D
ir
ei
to
s 
d
e 
v
iz
in
h
a
n
ça
 
C
o
n
d
o
m
ín
io
 
P
ro
p
ri
ed
a
d
e 
re
so
lú
v
el
 
A
q
u
is
iç
ã
o
 e
 p
er
d
a
 
É a que se extingue com a ocorrência de 
uma condição resolutiva ou de um termo 
final 
O
ri
g
in
á
ri
a
 
D
er
iv
a
d
a
 
Ocupação e usucapião (extraordinário, cinco 
anos; ordinário, três anos). 
Especificação (transformação de coisa móvel 
em espécie nova), confusão (mistura entre 
coisas líquidas), comistão (mistura entre coisas 
sólidas), adjunção, tradição e herança. 
Pluralidade de pessoas, 
unidade de bem, propriedade 
em comum. 
Convencional 
Edilício 
Uso nocivo da propriedade, árvores limítrofes, 
passagem forçada, águas, limites entre prédios e 
construção (devassamento, águas e beirais, paredes 
divisórias e tapagem. 
Se liga! Propriedade resolúvel: 
É a que se extingue com a ocorrência de uma condição 
resolutiva ou de um termo final. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
DIREITOS REAIS SOBRE 
COISAS ALHEIAS 
Arts. 1.369 a 1.510, CC 
DIREITOS REAIS DE GOZO E FRUIÇÃO 
I. Servidão predial 
Arts. 1.378 a 1.389, CC. 
Conceito O proprietário de um prédio deve suportar 
o exercício de alguns direitos em favor do 
proprietário de outro prédio. 
Prédio 
dominante 
Tem direito 
a servidão 
Prédio 
serviente 
Deve servir 
ao outro 
prédio 
Partes 
Características 
Os prédios devem pertencer a proprietários diferentes; 
 
Serve à coisa e não ao dono; 
 
Não se presume, deve ser expressa; 
 
É indivisível e inalienável. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Classificação 
Quanto à natureza: 
Rural ou urbana 
Quanto ao modo de exercício: 
Contínua ou não; 
Quanto à exteriorização: 
Aparente ou não; 
Constituição 
Extinção 
Contrato, testamento, usucapião ou 
sentença judicial. 
Renúncia do dono do prédio dominante, 
resgate, confusão, não uso durante dez 
anos consecutivos. 
II. Usufruto 
Arts. 1.390 a 1.411,CC. 
Conceito Direito real de fruir das utilidades e 
dos frutos de uma coisa, 
temporariamente, sem alterar a 
substância. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Partes 
Usufrutuário 
Aquele que tem direito de usar a coisa 
 
Nu proprietário 
Dono da coisa 
Classificação 
Quanto a extensão: 
Universal ou particular 
Quanto a duração: 
Temporário ou vitalício 
CONSTITUIÇÃO 
- 
- 
EXTINÇÃO 
Contrato, testamento ou 
por força da lei. 
Morte do usufrutuário, término 
do prazo, destruição da coisa, 
consolidação, prescrição, 
renúncia ou desistência. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
D
ir
ei
to
 r
ea
l 
so
b
re
 c
o
is
a
 a
lh
ei
a
 
D
ir
ei
to
 r
ea
l 
d
e 
u
so
 
D
ir
ei
to
 r
ea
l 
d
e 
h
a
b
it
a
çã
o
 
É o direito real, temporário, personalíssimo, que 
consiste no direito de habitar gratuitamente casa 
alheia com sua família. Seu objeto só pode ser 
bem imóvel(diferentemente do uso que 
possibilita tanto bens móveis quanto imóveis) 
 
C
a
ra
ct
er
ís
ti
ca
s 
 
 Restringe-se ao direito de moral, 
pessoalmente ou com sua família. 
 É temporário e gratuito. 
 O bem não pode ser utilizado para outro 
fim, como comércio, indústria, etc. 
 Não pode ser cedida a terceiro, tampouco 
seu exercício. Logo, não pode ser alugada. 
 Prescreve pelo não uso como moradia. 
 Precisar ser transcrito no registro de 
imóvel. 
 
 
Direito no qual alguém se 
utiliza de coisa alheia, 
temporariamente, na medida 
de suas necessidades e de sua 
família 
Gratuito 
Oneroso 
É um direito real que incide sobre bens corpóreos e 
incorpóreos, é temporário, restringe-se ao direito de usar, 
não podendo tirar frutos das coisas 
É indivisível, intransmissível, e personalíssimo, nem o 
exercício pode ser cedido o uso é feito pelo usuário 
pessoalmente ou por sua família. 
Se liga! Distinção entre Uso e Usufruto 
O uso distingue-se do usufruto pela intensidade do direito, enquanto 
o usuário só pode utiliza-lo limitadamente à sua necessidade e de sua 
família, o usufrutuário retira toda utilização do bem. 
 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
 
 
 
 
• Extinção da hipoteca 
pelo decurso de 20 
anos. 
• Direito real de garantia 
pelo qual o credor retém 
o imóvel do devedor e 
recebe seus frutos até o 
valor emprestado. 
• Transferência da 
posse da coisa 
móvel ou 
mobilizável 
realizada pelo 
devedor ao credor, 
para garantir o 
pagamento de seu 
débito. 
• Direito real de 
garantia que grava 
coisa imóvel 
pertencente ao 
devedor sem 
transmissão da 
posse ao credor. 
Hipoteca Penhor 
Perempção anticrese 
Direitos reais de garantia 
É o que confere ao seu titular o poder de 
obter o pagamento de uma divida com valor 
ou renda de um bem específico. 
Se liga! 
 Vínculo real: o próprio bem é que garante a divida. 
 Credito real: O que se funda na garantia sobre coisa imóvel ou direito real 
(hipoteca, penhor, anticrese). 
 Direito de excussão: é o direito que tem o credor de se fazer pagar pelo 
produto da venda da coisa dada em penhor ou hipoteca. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
DIREITO DE 
FAMÍLIA 
CONCEITO 
É o conjunto de formas que regulam o 
casamento, a união estável, adoção, o 
poder familiar, os alimentos, a tutela e 
a curatela. 
OBSERVAÇÃO 
 Tendo em vista que o Direito de Família, não se limita apenas a 
questões de cunho patrimonial, como o regime de bens, mas envolve um conceito 
muito mais abrangente, e por consequência requer regras próprias, diferentes das 
aplicadas ao direito obrigacional. 
 Isso porque, tal direito tem seu escopo, na proteção da família, como 
base, no qual está assentada a sociedade , de acordo com o Art. 225 da CF. 
Patrimoniais 
Assistenciais 
Pessoal e 
afetiva Natureza jurídica 
Extrapatrimonial 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Família Matrimonial 
É aquela que decorre da união de 
qualquer dos pais e seus ascendentes Família 
Monoparental 
EXEMPLOS 
Família substituta 
EUDEMONISTA: baseada no afeto, 
sem compromisso. 
HOMOAFETIVAS: união de pessoas do 
mesmo sexo 
ANAPERENTAL: sem pais, parentes 
ou amigos 
A UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA 
O STF reconheceu, no sentido de dar uma interpretação conforme a CF, PARA 
EXCLUIR qualquer significado do artigo 1.723 do CC que impeça o 
reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. 
Fundamentando essa decisão no art.3º, IV, da CF, no qual veda qualquer tipo de 
discriminação. 
Além do mais, o STJ decidiu no sentido de admissão do casamento direto(sem 
necessidade de ter havido antes a união estável para poder converter em 
casamento) de pessoas do mesmo sexo. 
VALE LEMBRAR que o STF não deu seu posicionamento definitivo, limitando-se 
a reconhecer que essa união terá idêntica proteção a união estável de pessoas de 
sexo diferentes. 
Família Informal 
Famílias plurais 
É aquela que decorre do casamento; 
Decorre da união estável;É aquela que decorre da guarda ou tutela 
Abrange as uniões fundada no 
afeto, tais como as famílias: 
TIPOS DE FAMÍLIA 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
CASAMENTO CIVIL 
É o vínculo jurídico entre um homem e 
uma mulher, estabelecido mediante 
intervenção estatal e que criar deveres de 
comunhão de vida e constitui família. 
CONCEITO 
N
at
u
re
za
 j
u
rí
d
ic
a 
 
TEORIA CONTRATUALISTA:O casamento é um contrato , 
mas não condiz com a natureza do casamento e sua 
necessidades de regramento próprio. 
TEORIA INSTITUCIONAL: O casamento é uma instituição 
social e jurídica própria, no qual possui regra diferenciadas e de 
ordem pública. O contrato estará presente na vontade inicial de 
contrair matrimonio, depois disso quem dita as regras é a lei. 
TEORIA ECLÉTICA: O casamento é um ato complexo, 
podendo ser considerado um contrato na sua formação, mas uma 
instituição no seu conteúdo. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Im
p
ed
im
en
to
 
m
a
tr
im
o
n
ia
is
 São as situações previstas e especificadas na 
lei , que seja permanentemente ou 
temporariamente, que proíbem o casamento 
. 
O rol de impedimentos é taxativo e inclui 
situações positiva ou negativas , de fato ou 
de direito, físicas ou jurídicas. 
C
a
u
sa
s 
su
sp
en
si
v
a
s 
 
São os fatos 
que suspendem o 
processo de 
celebração do 
casamento a ser 
realizado, se 
arguido antes das 
núpcias , o que 
torna o casamento 
irregular, se 
realizado, gerando 
sanções para os 
nubentes. 
Há dois tipos 
de consequências 
jurídicas quando 
estar presente uma 
causa suspensiva : 
A
n
te
s 
d
o
 c
as
am
en
to
 t
er
 o
co
rr
id
o
 
Se o casamento 
ainda não tiver 
sido realizado 
este ficará 
suspenso até que 
a causa 
suspensiva deixe 
de existir; 
D
ep
o
is
 
d
o
 c
as
am
en
to
 t
er
 o
co
rr
id
o
 
No caso se o 
casamento já tiver 
sido realizado, será 
considerado um 
casamento irregular, 
que tem por sanção 
a obrigatoriedade do 
regime de separação 
absoluta 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
• É aquele contraído em situação de risco de vida, sem 
possibilidade da presença da autoridade ou de seu substituto. 
• Nesse caso, o casamento será celebrado na presença de SEIS 
testemunhas, que não tenham relação de parentesco em linha 
reta ou colateral em até segundo grau. 
• A doutrina também denomina “ in extremis vitae momentis” 
que significa nos últimos momentos de vida. 
Casamento nuncupativo 
• É aquele que, embora nulo ou anulável, foi contraído de 
boa- fé por um ou por ambos os cônjuges. 
• Boa fé: consiste na ignorância ao tempo da celebração 
do casamento da existência de impedimento a União. 
• A sentença proclama a invalidade do casamento, mesmo 
o casamento sendo nulo, produzirá seus efeitos até o dia 
da sentença anulatória. EX NUNC (dai pra frente; nunca 
retroage). 
Casamento putativo 
• A procuração deverá ser feita mediante instrumento 
público e com poderes especiais, sendo que o mandato 
tem eficácia por até noventa dias. 
• A revogação só poderá ser feita mediante instrumento 
público e não necessita chegar ao conhecimento 
mandatário. 
Casamento por procuração – art. 1542 
Espécies de casamento 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
DIREITO DAS 
SUCESSÕES 
SUCESSÃO CAUSA 
MORTIS 
é a transmissão do patrimônio em razão da 
morte de seu titular 
Titulo universal 
Quando o sucessor recebe todo o 
patrimônio do de cujus. 
Titulo Gratuito 
Quando o sucessor recebe o bem 
certo e individualizado. 
TESTAMENTARIA 
Quando há disposição por última 
vontade, a vontade do autor 
manifestada por meio do testamento 
LEGAL 
É regulada pela lei, no caso de ausência 
ou quando for parcial o testamento 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
51 
Abertura da 
sucessão 
Com a morte do de cujus. 
Sucessão 
hereditária 
Herança, é o patrimônio do de cujus 
constituído de direitos e obrigações. 
Quem pode 
receber os bens 
Na sucessão legitima 
Não tem 
capacidade 
para suceder 
 Pessoas que a rogo, escreveu o 
testamento, nem seus cônjuges 
ou companheiros , ou seus 
ascendentes e irmãos 
 Testemunhas do testamento 
Tabelião ou o escrivão 
Se dá 
 Natureza imobiliária: Para efeitos da lei a sucessão aberta é um bem imóvel, 
como consequência para a cessão da herança é necessário escritura pública. 
 Indivisibilidade: Os direitos dos coerdeiros quanto a propriedade não podem 
ser divididos até a partilha, é uma forma de condomínio. 
 Unidade: A herança é vista como um todo unitário, que somente com a partilha, 
cessar esse estado, formando o quinhão hereditário. 
Na sucessão 
testamentaria 
As já nascidas ou já 
concebidas 
Os filhos, ainda não 
concebidos, de pessoas 
indicadas pelo testador e 
pessoas jurídicas 
Aceitação Renúncia 
Ato jurídico unilateral pelo qual o 
herdeiro manifesta sua livre vontade 
de receber a herança. 
Ato jurídico expresso no qual o 
herdeiro declara expressamente que 
não aceita a herança. 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
QUESTÕES COMENTADAS DOS ÚLTIMOS EXAMES 
 
QUESTÃO 1 
 
No regime da Alienação Fiduciária que recai sobre bens imóveis, uma vez consolidada a 
propriedade em seu nome no Registro de Imóveis, o fiduciário, no prazo de trinta dias, contados 
da data do referido registro, deverá 
 
A) adjudicar o bem. 
B) vender diretamente o bem para terceiros. 
C) promover leilão público para a alienação do imóvel; não havendo arremate pelo valor de sua 
avaliação, realizar um segundo leilão em quinze dias. 
D) promover leilão público para a alienação do imóvel; não havendo arremate, o fiduciário 
adjudicará o bem. 
Comentário: Art. 27. Uma vez consolidada a propriedade em seu nome, o fiduciário, no prazo 
de trinta dias, contados da data do registro de que trata o § 7º do artigo anterior, promoverá 
público leilão para a alienação do imóvel. 
§ 1º Se, no primeiro público leilão, o maior lance oferecido for inferior ao valor do imóvel, 
estipulado na forma do inciso VI do art. 24, será realizado o segundo leilão, nos quinze dias 
seguintes. Alternativa correta: C 
 
 
QUESTÃO 2 
 
Devido à indicação de luz vermelha do sinal de trânsito, Ricardo parou seu veículo pouco antes 
da faixa de pedestres. Sandro, que vinha logo atrás de Ricardo, também parou, guardando 
razoável distância entre eles. Entretanto, Tatiana, que trafegava na mesma faixa de rolamento, 
mais atrás, distraiu-se ao redigir mensagem no celular enquanto conduzia seu veículo, vindo a 
colidir com o veículo de Sandro, o qual, em seguida, atingiu o carro de Ricardo. 
Diante disso, à luz das normas que disciplinam a responsabilidade civil, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Cada um arcará com seu próprio prejuízo, visto que a responsabilidade pelos danos causados 
deve ser repartida entre todos os envolvidos. 
B) Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados ao veículo de Sandro, e este deverá 
indenizar os prejuízos causados ao veículo de Ricardo. 
C) Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados aos veículos de Sandro e Ricardo. 
D) Tatiana e Sandro têm o dever de indenizar Ricardo, na medida de sua culpa. 
 
Comentário: A responsabilidadecivil pelos danos causados a terceiros, independente de 
qualquer excludente de responsabilidade. Alternativa correta: C 
 
 
 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
QUESTÃO 3 
 
Augusto, viúvo, pai de Gustavo e Fernanda, conheceu Rita e com ela manteve, por dez anos, um 
relacionamento amoroso contínuo, público, duradouro e com objetivo de constituir família. 
Nesse período, Augusto não se preocupou em fazer o inventário dos bens adquiridos quando 
casado e em realizar a partilha entre os herdeiros Gustavo e Fernanda. Em meados de setembro 
do corrente ano, Augusto resolveu romper o relacionamento com Rita. 
Face aos fatos narrados e considerando as regras de Direito Civil, assinale a opção correta. 
 
A) A ausência de partilha dos bens de Augusto com seus herdeiros Gustavo e Fernanda 
caracteriza causa suspensiva do casamento, o que obsta o reconhecimento da união estável entre 
Rita e Augusto. 
B) Sendo reconhecida a união estável entre Augusto e Rita, aplicar-se-ão à relação patrimonial 
as regras do regime de comunhão universal de bens, salvo se houver contrato dispondo de forma 
diversa. 
C) Em razão do fim do relacionamento amoroso, Rita poderá pleitear alimentos em desfavor de 
Augusto, devendo, para tanto, comprovar o binômio necessidade- possibilidade. 
D) As dívidas contraídas por Augusto, na constância do relacionamento com Rita, em proveito 
da entidade familiar, serão suportadas por Rita de forma subsidiária. 
 
Comentário: A união estável é reconhecidamente uma entidade familiar que traz como dever 
entre os companheiros o de assistência recíproca, art. 1724, CC em cotejo com o art.1694,CC. 
Alternativa correta: C 
 
 
 
QUESTÃO 4 
 
Paulo foi casado, por muitos anos, no regime da comunhão parcial com Luana, até que um 
desentendimento deu início a um divórcio litigioso. Temendo que Luana exigisse judicialmente 
metade do seu vasto patrimônio, Paulo começou a comprar bens com capital próprio em nome 
de sociedade da qual é sócio e passou os demais também para o nome da sociedade, restando, 
em seu nome, apenas a casa em que morava com ela. 
Acerca do assunto, marque a opção correta. 
 
A) A atitude de Paulo encontra respaldo na legislação, pois a lei faculta a todo cidadão defender 
sua propriedade, em especial de terceiros de má-fé. 
B) É permitido ao juiz afastar os efeitos da personificação da sociedade nos casos de desvio de 
finalidade ou confusão patrimonial, mas não o contrário, de modo que não há nada que Luana 
possa fazer para retomar os bens comunicáveis. 
C) Sabendo-se que a “teoria da desconsideração da personalidade jurídica” encontra aplicação 
em outros ramos do direito e da legislação, é correto afirmar que os parâmetros adotados pelo 
Código Civil constituem a Teoria Menor, que exige menos requisitos. 
D) No caso de confusão patrimonial, gerado pela compra de bens com patrimônio particular em 
nome da sociedade, é possível atingir o patrimônio da sociedade, ao que se dá o nome de 
“desconsideração inversa ou invertida”, de modo a se desconsiderar o negócio jurídico, 
havendo esses bens como matrimoniais e comunicáveis. 
 
Comentário: É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada inversa para 
alcançar bens do sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, 
com prejuízo a terceiros. Alternativa correta: D 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
QUESTÃO 5 
 
Donato, psiquiatra de renome, era dono de uma extensa e variada biblioteca, com obras de sua 
área profissional, importadas e raras. Com sua morte, seus três filhos, Hugo, José e Luiz 
resolvem alienar a biblioteca à Universidade do Estado, localizada na mesma cidade em que o 
falecido residia. Como Hugo vivia no exterior e José em outro estado, ambos incumbiram Luiz 
de fazer a entrega no prazo avençado. Luiz, porém, mais preocupado com seus próprios 
negócios, esqueceu-se de entregar a biblioteca à Universidade, que, diante da mora, notificou 
José para exigir-lhe o cumprimento integral em 48 horas, sob pena de resolução do contrato em 
perdas e danos. 
Nesse contexto, assinale a afirmativa correta. 
 
A) José deve entregar a biblioteca no prazo designado pela Universidade, se quiser evitar a 
resolução do contrato em perdas e danos. 
B) Não tendo sido ajustada solidariedade, José não está obrigado a entregar todos os livros, 
respondendo, apenas, pela sua cota parte. 
C) Como Luiz foi incumbido da entrega, a Universidade não poderia ter notificado José, mas 
deveria ter interpelado Luiz. 
D) Tratando-se de três devedores, a Universidade não poderia exigir de um só o pagamento; 
logo, deveria ter notificado simultaneamente os três irmãos. 
 
Comentário: Se qualquer um dos devedores não entregar o bem o contrato se extingue e resolve 
em perdas e danos, art.475,CC. Alternativa correta: A 
 
 
QUESTÃO 6 
 
Mateus não tinha mais parentes, nunca tivera descendentes e jamais havia vivido em união 
estável ou em matrimônio. Há alguns anos, ele decidiu fazer um testamento e deixar todo o seu 
patrimônio para seus amigos da vida toda, Marcos e Lucas. Seis meses depois da lavratura do 
testamento, por força de um exame de DNA, Mateus descobriu que tinha um filho, Alberto, 29 
anos, que não conhecia, fruto de um relacionamento fugaz ocorrido no início de sua faculdade. 
Mateus reconheceu a paternidade de Alberto no Registro Civil e passou a conviver 
periodicamente com o filho. No mês passado, Mateus faleceu. Sobre sua sucessão, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) Todo o patrimônio de Mateus caberá a Alberto. 
B) Todo o patrimônio de Mateus caberá a Marcos e Lucas, por força do testamento. 
C) Alberto terá direito à legítima, cabendo a Marcos e Lucas a divisão da quota disponível. 
D) A herança de Mateus caberá igualmente aos três herdeiros. 
 
Comentário: Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não 
o conhecia quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse 
descendente sobreviver ao testador. Alternativa correta: A 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
QUESTÃO 7 
 
Com a ajuda de homens armados, Francisco invade determinada fazenda e expulsa dali os 
funcionários de Gabriel, dono da propriedade. Uma vez na posse do imóvel, Francisco decide 
dar continuidade às atividades agrícolas que vinham sendo ali desenvolvidas (plantio de soja e 
de feijão). Três anos após a invasão, Gabriel consegue, pela via judicial, ser reintegrado na posse 
da fazenda. 
Quanto aos frutos colhidos por Francisco durante o período em que permaneceu na posse da 
fazenda, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos, mas tem direito de 
ser ressarcido pelas despesas de produção e custeio. 
B) Francisco tem direito aos frutos percebidos durante o período em que permaneceu na 
fazenda. 
C) Francisco tem direito à metade dos frutos colhidos, devendo restituir a outra metade a 
Gabriel. 
D) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos, e não tem direito de 
ser ressarcido pelas despesas de produção e custeio. 
 
Comentário: Nos termos do art. 1216,CC, deve restituir todos os frutos percebidos e colhidos, 
sendo assegurado ressarcimento das despesas de custeio e produção. Alternativa correta: A 
 
 
 
XVI Exame da Ordem 
QUESTÃO 8 
 
Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem maturidade e discernimento 
necessários para praticar os atos da vida civil. Por isso, decidem conferir ao rapaz asua 
emancipação. Consultam, para tanto, um advogado, que lhes aconselha corretamente no 
seguinte sentido: 
 
A) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as 
condições do tutelado. 
B) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo desnecessária a homologação 
judicial. 
C) José poderá ser emancipado via instrumento público ou particular, sendo necessário 
procedimento judicial. 
D) José poderá ser emancipado por instrumento público, com averbação no registro de pessoas 
naturais. 
 
Comentário: Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor 
tiver dezesseis anos completos. 
Alternativa correta: A 
 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
QUESTÃO 9 
 
Márcia era viúva e tinha três filhos: Hugo, Aurora e Fiona. Aurora, divorciada, vivia sozinha e 
tinha dois filhos, Rui e Júlia. Márcia faleceu e Aurora renunciou à herança da mãe. Sobre a 
divisão da herança de Márcia, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Diante da renúncia de Aurora, a herança de Márcia deve ser dividida entre Hugo e Fiona, 
cabendo a cada um metade da herança. 
B) Diante da renúncia de Aurora, a herança de Márcia deve ser dividida entre Hugo, Fiona, Rui 
e Júlia, em partes iguais, cabendo a cada um 1/4 da herança. 
C) Diante da renúncia de Aurora, a herança de Márcia deve ser dividida entre Hugo, Fiona, Rui 
e Júlia, cabendo a Hugo e Fiona 1/3 da herança, e a Rui e Júlia 1/6 da herança para cada um. 
D) Aurora não pode renunciar à herança de sua mãe, uma vez que tal faculdade não é admitida 
quando se tem descendentes de primeiro grau. 
 
Comentário: Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros 
herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da subseqüente. 
Alternativa correta: A 
 
 
QUESTÃO 10 
 
Maria entregou à sociedade empresária JL Veículos Usados um veículo Vectra, ano 2008, de sua 
propriedade, para ser vendido pelo valor de R$ 18.000,00. Restou acordado que o veículo ficaria 
exposto na loja pelo prazo máximo de 30 dias. 
Considerando a hipótese acima e as regras do contrato estimatório, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O veículo pode ser objeto de penhora pelos credores da JL Veículos Usados, mesmo que não 
pago integralmente o preço. 
B) A sociedade empresária JL Veículos Usados suportará a perda ou deterioração do veículo, 
não se eximindo da obrigação de pagar o preço ajustado, ainda que a restituição se impossibilite 
sem sua culpa. 
C) Ainda que não pago integralmente o preço a Maria, o veículo consignado poderá ser objeto 
de penhora, caso a sociedade empresária JL Veículos Usados seja acionada judicialmente por 
seus credores. 
D) Maria poderá dispor do veículo enquanto perdurar o contrato estimatório, com fundamento 
na manutenção da reserva do domínio e da posse indireta da coisa. 
 
Comentário: Nesse contrato, segundo os artigos 535 a 537, do Código Civil: I) "o consignatário 
não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a restituição da coisa, em sua integridade, se 
tornar impossível, ainda que por fato a ele não imputável"; II) "a coisa consignada não pode ser 
objeto de penhora ou sequestro pelos credores do consignatário, enquanto não pago 
integralmente o preço"; e III) "o consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída 
ou de lhe ser comunicada a restituição". Alternativa correta: B 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
QUESTÃO 11 
 
Mediante o emprego de violência, Mélvio esbulhou a posse da Fazenda Vila Feliz. A vítima do 
esbulho, Cassandra, ajuizou ação de reintegração de posse em face de Mélvio após um ano e 
meio, o que impediu a concessão de medida liminar em seu favor. Passados dois anos desde a 
invasão, Mélvio teve que trocar o telhado da casa situada na fazenda, pois estava danificado. 
Passados cinco anos desde a referida obra, a ação de reintegração de posse transitou em julgado 
e, na ocasião, o telhado colocado por Mélvio já se encontrava severamente danificado. Diante de 
sua derrota, Mélvio argumentou que faria jus ao direito de retenção pelas benfeitorias erigidas, 
exigindo que Cassandra o reembolsasse. A respeito do pleito de Mélvio, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Mélvio não faz jus ao direito de retenção por benfeitorias, pois sua posse é de má-fé e as 
benfeitorias, ainda que necessárias, não devem ser indenizadas, porque não mais existiam 
quando a ação de reintegração de posse transitou em julgado. 
B) Mélvio é possuidor de boa-fé, fazendo jus ao direito de retenção por benfeitorias e devendo 
ser indenizado por Cassandra com base no valor delas. 
C) Mélvio é possuidor de má-fé, não fazendo jus ao direito de retenção por benfeitorias, mas 
deve ser indenizado por Cassandra com base no valor delas. 
D) Mélvio é possuidor de má-fé, fazendo jus ao direito de retenção por benfeitorias e devendo 
ser indenizado pelo valor atual delas. 
 
Comentário: Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao 
ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem. Alternativa correta: (A) 
 
 
QUESTÃO 12 
 
Daniel, morador do Condomínio Raio de Luz, após consultar a convenção do condomínio e 
constatar a permissão de animais de estimação, realizou um sonho antigo e adquiriu um 
cachorro da raça Beagle. Ocorre que o animal, muito travesso, precisou dos serviços de um 
adestrador, pois estava destruindo móveis e sapatos do dono. Assim, Daniel contratou Cleber, 
adestrador renomado, para um pacote de seis meses de sessões. Findo o período do treinamento, 
Daniel, satisfeito com o resultado, resolve levar o cachorro para se exercitar na área de lazer do 
condomínio e, encontrando-a vazia, solta a coleira e a guia para que o Beagle possa correr 
livremente. Minutos depois, a moradora Diana, com 80 (oitenta) anos de idade, chega à área de 
lazer com seu neto Theo. Ao perceber a presença da octogenária, o cachorro pula em suas 
pernas, Diana perde o equilíbrio, cai e fratura o fêmur. Diana pretende ser indenizada pelos 
danos materiais e compensada pelos danos estéticos. Com base no caso narrado, assinale a 
opção correta. 
 
A) Há responsabilidade civil valorada pelo critério subjetivo e solidária de Daniel e Cleber, 
aquele por culpa na vigilância do animal e este por imperícia no adestramento do Beagle, pelo 
fato de não evitarem que o cachorro avançasse em terceiros. 
B) Há responsabilidade civil valorada pelo critério objetivo e extracontratual de Daniel, havendo 
obrigação de indenizar e compensar os danos causados, haja vista a ausência de prova de 
alguma das causas legais excludentes do nexo causal, quais sejam, força maior ou culpa 
exclusiva da vítima. 
 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
C) Não há responsabilidade civil de Daniel valorada pelo critério subjetivo, em razão da 
ocorrência de força maior, isto é, da chegada inesperada da moradora Diana, caracterizando a 
inevitabilidade do ocorrido, com rompimento do nexo de causalidade. 
D) Há responsabilidade valorada pelo critério subjetivo e contratual apenas de Daniel em 
relação aos danos sofridos por Diana; subjetiva, em razão da evidente culpa na custódia do 
animal; e contratual, por serem ambos moradores do Condomínio Raio de Luz.Comentário: Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se 
não provar culpa da vítima ou força maior. Alternativa correta: B 
 
 
QUESTÃO 13 
 
Joana deu seu carro a Lúcia, em comodato, pelo prazo de 5 dias, findo o qual Lúcia não 
devolveu o veículo. Dois dias depois, forte tempestade danificou a lanterna e o pára-choque 
dianteiro do carro de Joana. Inconformada com o Joana exigiu que Lúcia a indenizasse pelos 
danos causados ao veículo. Diante do fato narrado, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Lúcia incorreu em inadimplemento absoluto, pois não cumpriu sua prestação no termo 
ajustado, o que inutilizou a prestação para Joana. 
B) Lúcia não está em mora, pois Joana não a interpelou, judicial ou extrajudicialmente. 
C) Lúcia deve indenizar Joana pelos danos causados ao veículo, salvo se provar que os mesmos 
ocorreriam ainda que tivesse adimplido sua prestação no termo ajustado 
D) Lúcia não responde pelos danos causados ao veículo, pois foram decorrentes de força maior. 
 
Comentário: O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa 
impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; 
salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse 
oportunamente desempenhada. Alternativa correta: C 
 
 
QUESTÃO 14 
 
A Companhia GAMA e o Banco RENDA celebraram entre si contrato de mútuo, por meio do 
qual a companhia recebeu do banco a quantia de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), 
obrigando-se a restituí-la, acrescida dos juros convencionados, no prazo de três anos, contados 
da entrega do numerário. Em garantia do pagamento do débito, a Companhia GAMA constituiu, 
em favor do Banco RENDA, por meio de escritura pública levada ao cartório do registro de 
imóveis, direito real de hipoteca sobre determinado imóvel de sua propriedade. A Companhia 
GAMA, dois meses depois, celebrou outro contrato de mútuo com o Banco BETA, no valor de 
R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), obrigando-se a restituir a quantia, acrescida dos juros 
convencionados, no prazo de dois anos, contados da entrega do numerário. 
Em garantia do pagamento do débito, a Companhia GAMA constituiu, em favor do Banco 
BETA, por meio de escritura pública levada ao cartório do registro de imóveis, uma segunda 
hipoteca sobre o mesmo imóvel gravado pela hipoteca do Banco RENDA. Chegado o dia do 
vencimento do mútuo celebrado com o Banco BETA, a Companhia GAMA não reembolsou a 
quantia devida ao banco, muito embora tivesse bens suficientes para honrar todas as suas 
dívidas. Nesse caso, é correto afirmar que 
 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
A) o Banco BETA tem direito a promover imediatamente a execução judicial da hipoteca que 
lhe foi conferida. 
B) a hipoteca constituída pela companhia GAMA em favor do Banco BETA é nula, uma vez que 
o bem objeto da garantia já se encontrava gravado por outra hipoteca. 
C) a hipoteca constituída pela GAMA em favor do Banco BETA é nula, uma vez que tal 
hipoteca garante dívida cujo vencimento é inferior ao da dívida garantida pela primeira 
hipoteca, constituída em favor do Banco RENDA. 
D) o Banco BETA não poderá promover a execução judicial da hipoteca que lhe foi conferida 
antes de vencida a dívida contraída pela Companhia GAMA junto ao Banco RENDA. 
 
Comentário: O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante 
novo título, em favor do mesmo ou de outro credor. Alternativa correta: D 
 
 
XVII Exame da Ordem 
 
QUESTÃO 15 
 
Angélica concede a Otávia, pelo prazo de vinte anos, direito real de usufruto sobre imóvel de 
que é proprietária. O direitoreal é constituído por meio de escritura pública, que é registrada no 
competente Cartório do Registro de Imóveis. Cinco anos depois da constituição do usufruto, 
Otávia falece, deixando como única herdeira sua filha Patrícia. 
Sobre esse caso, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Patrícia herda o direito real de usufruto sobre o imóvel. 
B) Patrícia adquire somente o direito de uso sobre o imóvel. 
C) O direito real de usufruto extingue-se com o falecimento de Otávia. 
D) Patrícia deve ingressar em juízo para obter sentença constitutiva do seu direito real de 
usufruto sobre o imóvel. 
 
Comentário: art. 1.410, I, CC, "O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de 
Registro de Imóveis: I. pela renúncia ou morte do usufrutuário. Alternativa correta: C 
 
 
QUESTÃO 16 
 
Gilvan (devedor) contrai empréstimo com Haroldo (credor) para o pagamento com juros do 
valor do mútuo no montante de R$ 10.000,00. Para facilitar a percepção do crédito, a parte do 
polo ativo obrigacional ainda facultou, no instrumento contratual firmado, o pagamento do 
montante no termo avençado ou a entrega do único cavalo da raça manga larga marchador da 
fazenda, conforme escolha a ser feita pelo devedor. 
Ante os fatos narrados, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Trata-se de obrigação alternativa. 
B) Cuida-se de obrigação de solidariedade em que ambas as prestações são infungíveis. 
C) Acaso o animal morra antes da concentração, extingue-se a obrigação. 
D) O contrato é eivado de nulidade, eis que a escolha da prestação cabe ao credor. 
 
 
 
Licenciado para Kamila Abrantes Pereira, E-mail: kamilaabrantes15@gmail.com
Comentário: Segundo o art. 252, CC, nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se 
outra coisa não se estipulou. 
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada 
inexequível, subsistirá o débito quanto à outra. 
 
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não 
competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se 
impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. Alternativa correta: A 
 
 
QUESTÃO 17 
 
Flávia vendeu para Quitéria seu apartamento e incluiu, no contrato de compra e venda, cláusula 
pela qual se reservava o direito de recomprá-lo no prazo máximo de 2 (dois) anos. Antes de 
expirado o referido prazo, Flávia pretendeu exercer seu direito, mas Quitéria se recusou a 
receber o preço. Sobre o fato narrado, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A cláusula pela qual Flávia se reservava o direito de recomprar o imóvel é ilícita e abusiva, 
uma vez que 
Quitéria, ao se tornar proprietária do bem, passa a ter total e irrestrito poder de disposição sobre 
ele. 
B) A cláusula pela qual Flávia se reservava o direito de recomprar o imóvel é válida, mas se 
torna ineficaz diante da justa recusa de Quitéria em receber o preço devido. 
C) A disposição incluída no contrato é uma cláusula de preferência, a impor ao comprador a 
obrigação de oferecer ao vendedor a coisa, mas somente quando decidir vendê-la. 
D) A disposição incluída no contrato é uma cláusula de retrovenda, entendida como o ajuste por 
meio do qual o vendedor se reserva o direito de resolver o contrato de compra e venda mediante 
pagamento do preço recebido e das despesas, recuperando a coisa imóvel. 
 
Comentário: Retrovenda (ou direito de retrato) é o direito que tem o vendedor de readquirir 
o imóvel que vendeu, dentro de certo prazo, restituindo ao comprador o preço recebido, mais as 
despesas feitas pelo comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com 
a autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias (art. 505, CC). Alternativa 
correta: D 
 
 
 
QUESTÃO 18 
 
Ester, viúva, tinha duas filhas muito ricas, Marina e Carina. Como as filhas não necessitam de

Outros materiais