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Matéria DP - Teoria Geral dos Contratos

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Contratos
O tema de estudo dessa semana é “teoria geral dos contratos”. O objetivo é relembrar a diferença entre contrato e obrigação, bem como os princípios que regem os contratos e sua importância. Procure compreender o tema a partir da leitura indicada, bem como do breve resumo que segue. 
- Conceitos a serem absorvidos pelo aluno: 
	Contratos
	a) Obrigação e contrato;
b) Princípios gerais do contrato: função social do contrato, autonomia da vontade, consensualismo, igualdade, obrigatoriedade, relatividade dos efeitos, boa-fé;
Resumo: 
Obrigação e Contrato
Obrigação – “Obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através do seu patrimônio”. (Silvio Venosa).
Negócio jurídico – “todo ato ilícito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos”. (CC, art 104 e ss). 
- “o contrato é a principal categoria do negócio jurídico, porém, não é a única, já que testamento e acordos de direito de família são negócios jurídicos, embora não sejam contratos.”[1] [1: ]
As regras para os contratos são as mesmas para os negócios jurídicos (capacidade, forma e objeto).
Princípios Gerais dos Contratos
b.1) função social do contrato; 
b.2) autonomia da vontade; 
b.3) consensualismo; 
b.4) igualdade; 
b.5) obrigatoriedade; 
b.6) relatividade dos efeitos; 
b.7) boa-fé;
b.1) Função Social (421 CC): 
Efeitos causados à toda sociedade em face do contrato
Contratos de Adesão / Descumprimento 
os contratos deve atender aos interesses sociais, limitando o arbítrio dos contratantes(princípio da autonomia da vontade).
b.2) Autonomia da Vontade:
Liberdade de Contratar
Liberdade de contratar ou não (conteúdo do contrato)
Escolha da modalidade do contrato (típicos ou atípicos)
HOJE: evitar “injustiças” nos contratos coletivos. O contrato não é visto sob prisma individual, mas social (função social – art. 421 CC). 
Importante 		Segundo o princípio da autonomia da vontade as partes contraentes possuem liberdade de contratar ou não, conforme a necessidade individual, decidindo com quem irá contratar, o que contratar e o conteúdo do contrato.
A declaração de vontade deve ser livre, séria e no sentido da contratação;
b.3) Consensualismo: 
Em tese, o contrato é acordo de vontades
Princípio raramente implementado em face dos contratos de massa (sociedade imediatista; descartável) 
o acordo de vontades entre as partes, deve ser declarado de forma livre, séria e no sentido da contratação desejada.
b.4) Igualdade: 
Decorre da autonomia da vontade
Em tese, as partes têm igualdade de condições para negociar o contrato
Só se verifica em casos específicos
as normas jurídicas de ordem pública e as de interesse social, assim como as chamadas cláusulas gerais e de contratação, foram meios encontrados para buscar uma igualdade concreta e real.
- Conceito: cláusulas gerais
b.5) Obrigatoriedade:
 “Pacta sunt servanda” 
O acordo de vontade faz lei entre as partes.
Instrumento para obrigar o contratante sob pena de indenização (perdas e danos).
Daí decorre o princípio da “intangibilidade do contrato” → não se altera o contrato unilateralmente.
Atualmente, o princípio da força obrigatória tem dado lugar ao princípio da função social do contrato e ao princípio da boa-fé objetiva.
 “o contrato faz lei entre as partes”. A autonomia da vontade plena e ilimitada do Direito clássico conduzia à conclusão de que a vontade declarada no sentido da contratação tornava obrigatório o cumprimento das cláusulas livremente pactuadas pelas partes. A obrigatoriedade foi se tornando relativizada, passando-se a admitir a desvinculação em determinadas hipóteses, como, por exemplo, mediante a exceção de contrato não cumprido.
b.6) Relatividade dos efeitos:
Contrato gera efeitos entre as partes. Ninguém se torna credor ou devedor contra sua vontade. 
Por esse princípio, a avença apenas vincula as partes, ou seja, não aproveita nem prejudica terceiros, salvo exceções, ex.: estipulação em favor de terceiro (art. 436 a 438 CC). 
b.7) Boa-fé : 
Dever das partes de agir de forma correta:
Analisam-se:
Condições em que o contrato foi firmado
Nível sociocultural dos contratantes
Momento histórico e econômico
Boa-fé no NCC → boa-fé objetiva (421 e 422 CC)
Regra de conduta a ser seguida
Dever de agir segundo determinados padrões sociais estabelecidos e reconhecidos
Má-fé inicial ou interlocutória pertence à patologia do negócio jurídico. Deve, portanto, ser examinada e punida.
Função da boa-fé objetiva no CC
Função interpretativa (113 CC)
Controle limites de exercício de um direito (187 CC)
Integração do negócio jurídico (421CC) 
Pela boa-fé objetiva, estabelece-se uma regra de conduta entre os contratantes que resulta como um dever de prestação mais amplo, excedendo o que foi fixado no contrato ou mesmo na lei. Esse dever origina-se do comportamento que razoavelmente se pode esperar por quem o pratica.
	Questões de assimilação:
	Diferencie obrigação de contrato.
	Explique os princípios gerais que regem os contratos, ressaltando sua importância.
	É correto afirmar que, atualmente, o princípio da obrigatoriedade dos contratos dá lugar a função social do contrato e ao princípio da boa-fé objetiva? Justifique.
	Explique o que vem a ser o princípio da boa-fé objetiva e sua importância.
	É correto afirmar que a obrigação é fonte dos contratos? Por quê? Justifique.
- Conceitos a serem absorvidos pelo aluno: 
Classificação dos contratos
Leia o breve resumo e a doutrina indicada.
Resumo:
Os contratos podem ser agrupados de diversas formas, e em várias categorias, por esse motivo, verificou-se na doutrina a necessidade de classificá-los. Foram adotados diversos critérios para classificar e agrupar os contratos.
Segue alguns exemplos dentre as diversas classificações[1]:[2: ]
quanto à tipicidade: típicos e atípicos;
quanto à matéria: empresariais, civis, consumo, administrativos;
quanto à pessoalidade: personalíssimos(intuitu personae) e impessoais;
quanto às obrigações: unilaterais e bilaterais;
quanto à onerosidade: gratuitos e onerosos;
quanto à forma: solenes e não solenes;
quanto à execução: instantâneos e tratos sucessivos;
quanto ao prazo: determinado e por prazo indeterminado;
quanto à eficácia: consensuais, reais e de eficácia real;
quanto à modalidade: puros, condicionais, a termo, com encargo;
Classificação no Direito Brasileiro 
Quanto aos efeitos:
unilaterais – criam obrigações para uma das partes (ex.: doação pura, etc.)
bilaterais – criam obrigações para ambos os contratantes (compra e venda, locação, etc.)
plurilaterais – contêm mais de duas partes (contratos de sociedade e de consórcio)
gratuitos ou benéficos – apenas uma das partes aufere benefícios ou vantagens (doações puras)
onerosos – são aqueles em que ambos os contraentes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício (compra e venda)
comutativos – com prestações certas e determinadas, porque não envolvem nenhum risco.
Aleatórios – diferenciam pela incerteza de ambas as partes. Ex.: contratos de seguro - são aleatórios por natureza. Os tipicamente comutativos, que se tornam aleatórios em razão de certas circunstancias, denominam-se acidentalmente aleatórios (venda de coisas futuras e de coisas existentes mas expostas a risco).
Quanto à formação:
paritários – são os contratos tradicionais, em que as partes discutem livremente as condições, e estão em pé de igualdade (par a par);
adesão – não permitem liberdade para alterações, devido à preponderância da vontade de um dos contratantes, que elabora todas as cláusulas. Uma das partes adere ao modelo previamente confeccionado, não podendo modificá-las (consórcio, seguro, transporte) – art. 423 e 424.
contrato-tipo (contrato de massa, em série ou por formulários). Aproxima-sedo contrato de adesão, porque é apresentado em fórmula impressa ou datilografada, mas dele difere porque admite discussão sobre o seu conteúdo. Em geral são deixados claros, a serem preenchidos pelo concurso de vontades.
Quanto ao momento:
execução instantânea: se consumam em apenas um ato, são cumpridos imediatamente após a sua celebração (compra e venda à vista);
execução diferida: devem ser cumpridos também em um só ato, mas em momento futuro.
execução continuada ou de trato sucessivo – são cumpridos por meio de atos reiterados.
Quanto ao agente:
personalíssimos ou intuitu personae – são celebrados em atenção às qualidades pessoais de um dos contratantes.
impessoais – são aqueles cuja prestação pode ser cumprida pelo obrigado ou por terceiro;
individuais – são aqueles em que as vontades são individualmente consideradas, ainda que envolva várias pessoas.
coletivos – acordo de vontades entre pessoas jurídicas de direito privado, representativas de categorias profissionais.
Quanto ao modo:
principais – não dependem de qualquer outro;
acessórios – são os que tem existência subordinada à do contrato principal (ex.: fiança, cláusula penal, etc)
subcontratos ou derivados – são os que têm por objeto direitos estabelecidos em outro contrato; denominado básico ou principal (sublocação e subempreitada)
Quanto à forma:
solenes – devem obedecer à forma prescrita em lei.
não-solenes – são os de forma livre - também chamados consensuais. Em regra, a forma dos contratos é livre (art. 107), podendo ser celebrados verbalmente se lei não exigir forma especial.
reais – opõem-se aos consensuais ou não-solenes. São os que exigem, para se aperfeiçoar, além do consentimento, a entrega da coisa que lhe serve de objeto (depósito, comodato, mútuo).
Quanto ao objeto:
preliminar (pactum de contrahendo) ou pré-contrato – é o que tem por objeto a celebração de um contrato definitivo. 
definitivo – tem objetos diversos, de acordo com a natureza de cada um.
Quanto à designação:
nominados – são os que têm designação própria;
inonimados – são os que não as têm;
típicos – são os regulados pela lei;
atípicos – são os que resultam de um acordo de vontade, não tendo, porém, as suas características e requisitos definidos na lei;
misto – é o que resulta da combinação de um contrato típico com cláusulas criadas pela vontade dos contratantes – constitui contrato unitário;
coligado – constitui uma pluralidade, em que vários contratos celebrados pelas partes se apresentam interligados.
	Questões de assimilação:
	1-) Que são contratos unilaterais? E bilaterais? Explique.
	2-) Que são contratos gratuitos? E onerosos? Explique.
	3-) Que são contratos comutativos? E aleatórios? Explique.
	4-) Que são contratos preliminares? Exemplifique.
	5-) Diferencie os contratos paritários dos contratos de adesão, justificadamente.
- Conceitos a serem absorvidos pelo aluno: 
Classificação dos contratos
Leia o breve resumo e a doutrina indicada.
Resumo:
Os contratos podem ser agrupados de diversas formas, e em várias categorias, por esse motivo, verificou-se na doutrina a necessidade de classificá-los. Foram adotados diversos critérios para classificar e agrupar os contratos.
Segue alguns exemplos dentre as diversas classificações[1]:[3: ]
quanto à tipicidade: típicos e atípicos;
quanto à matéria: empresariais, civis, consumo, administrativos;
quanto à pessoalidade: personalíssimos(intuitu personae) e impessoais;
quanto às obrigações: unilaterais e bilaterais;
quanto à onerosidade: gratuitos e onerosos;
quanto à forma: solenes e não solenes;
quanto à execução: instantâneos e tratos sucessivos;
quanto ao prazo: determinado e por prazo indeterminado;
quanto à eficácia: consensuais, reais e de eficácia real;
quanto à modalidade: puros, condicionais, a termo, com encargo;
Classificação no Direito Brasileiro 
Quanto aos efeitos:
unilaterais – criam obrigações para uma das partes (ex.: doação pura, etc.)
bilaterais – criam obrigações para ambos os contratantes (compra e venda, locação, etc.) - Conceitos a serem absorvidos pelo aluno: 
formação dos contratos
Nesta semana, você estudará a “formação dos contratos”. Neste momento, é importante proposta entre ausentes e presentes e seus respectivos efeitos, principalmente no que se refere a aceitação. Leia o breve resumo e o material indicado.
Resumo:
O contrato é composto basicamente por duas manifestações de vontade: 
a proposta (oferta, policitação ou oblação), e
a aceitação.
A proposta, desde que consciente e séria irá vincular o proponente, podendo ser provada por testemunhas:
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
A proposta deixa de ser obrigatória nos seguintes casos:
a) se for feita sem prazo a pessoa presente e não for imediatamente aceita;
b) se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
c) se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
d) se, antes da proposta, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte contratante a retratação do proponente.
Aceitação:
“Acordo de vontades das partes contratantes, tácito ou expresso, que se manifesta de um lado pela oferta e de outro pela aceitação. A proposta e a aceitação são elementos indispensáveis à formação do contrato, e entre elas gira toda a controvérsia sobre a força obrigatória do contrato, sobre o momento exato em que ambas se fundem para produzir a relação contratual, e sobre o lugar em que se reputará celebrado o negócio jurídico”. M. H. Diniz, Curso de Direito Civil, vol. III. pág. 67.
Proposta entre Presentes 
proposta e aceitação ocorrem diretamente entre as partes ou seus representantes.
consideram-se “presentes” na contratação por telefone ou semelhantes (“Chat”, Internet).
proposta só é obrigatória naquele momento. Depois, se não aceita, deixa de ser obrigatória. 
Proposta entre Ausentes 
correspondência por carta, telegrama, e-mail.
Teoria da expedição: reputa-se ultimato o contrato quando a aceitação é expedida pelo oblato (cabe retratação, nos termos do art. 433 CC). 
Aceitação 
“Aceitação é a manifestação da vontade, expressa ou tácita, da parte do destinatário de uma proposta, feito dentro do prazo, aderindo a esta em todos os seus termos, tornando o contrato definitivamente concluído, desde que chegue, oportunamente, ao consentimento do ofertante.” M. H. Diniz, Curso de Direito Civil, vol. III, pág. 68.
Responsabilidade pré-contratual 
Responsabilidade “fora do contrato”
Para configurá-la, deve-se observar os requisitos da RC geral (conduta anti jurídica, art. 186 – imputabilidade e nexo causal). 
Espécies: 
“Recusa de Contratar”
Injustificada, após tratativas.
Responsabilidade aquiliana (186 CC)
Contrato projetado, mas não concluído (contrato ainda não existe) 
Ex.: fornecedor que deixa de prestar serviços ou comercializar produtos.
→abuso de direito; prática abusiva (desvio de finalidade)
→indenizado como ato ilícito (187 CC)
Só se responsabiliza pela recusa aquele que estava em condições de contratar e não o fez (recusa arbitrária).
Prejuízos efetivos são indenizados, desde que comprovados
Dano moral é indenizado (art. 5º, V, CF). constrangimento pessoal
Consumidor (fornecedor que não cumpre oferta) art. 35 e 39, II CDC
“Rompimento de Negociações Preliminares”
Rompimento abusivo e arbitrário das tratativas ou negociações preliminares
Requisito: “espírito” de verdadeira existência de contrato futuro
→frustração acarreta frustração moral
Não é qualquer desistência que ensejará reparação
→deve-se constatar o abuso de direito (186 e 387 CC)
→boa-fé objetiva dos contratantes
Momento em que se dá: tentativa de formar o contrato
Culpa – responsabilidade subjetiva
Perdas e Danos: situação fática e efetivo prejuízo da vítima
Consumidor: proposta integra ocontrato e a simples oferta é vinculativa
Contrato Preparatório – art. 462 a 464 CC 
Também chamados “contratantes preliminares”, “promessa contratual”, “pré-contrato”.
Diferente de “negociações preliminares”. Estas não geram direitos. Sua eventual responsabilidade é fora do contrato (art. 186CC).
Contrato preparatório tem todos os requisitos de um contrato.
Inadimplemento é examinado sob o prisma contratual.
Tem força vinculante, especialmente se é irretratável.
Ver notas sobre “contratos preliminares” (classificação).
	Questões de assimilação:
	1-) Como se dá a formação dos contratos? Explique, inclusive no que se refere à responsabilidade das partes.
	2-) Em que momento se dá por aceita proposta entre presentes? E na proposta entre ausentes?
	3-) No que tange à responsabilidade pré-contratual, diferencie ‘rompimento de negociações preliminares’ de ‘recusa de contratar’.
	4-) O silêncio pode ser considerado como manifestação válida da vontade, de modo a gerar obrigações a quem se cala? Justifique sua resposta.
	5-) A partir de quando o proponente pode se considerar desvinculado de sua proposta?
Dando seguimento ao estudo dos contratos, nesta semana o tema a ser estudado é a “interpretação dos contratos”. É importante identificar as hipóteses que ensejam a interpretação, bem como as regras que devem orientar a investigação da vontade no negócio.
Leia o breve resumo e o material indicado.
Resumo:
Interpretação dos Contratos
Para M. H. Diniz, as funções da interpretação do contrato “...exerce, concomitantemente, função objetiva e subjetiva, pois, além de analisar o ato negocial e suas cláusulas, deverá examinar a intenção comum das partes contratantes. Situa-se na seara do conteúdo da declaração volitiva, fixando-se em normas empíricas, mais de lógica prática do que de normação legal. Curso de Direito Civil, vol. III, 23ªed. , São Paulo, Saraiva, 2007, pág. 75.
É necessário para aplicar corretamente a norma
Ciência da interpretação: Hermenêutica
“Vontade da Lei”: número indeterminado de pessoas
“Vontade do Contrato”: duas vontades que se encontram
Elementos da Vontade:
Externo – declaração materializada
Interno – vontade real (o que foi pensado e pretendido).
Ideal: coincidência (o que foi desejado foi manifestado)
Enseja a necessidade de interpretar:
Resistência no cumprimento do contrato
Dúvida nos termos empregados
Omissão
Trabalho de interpretação: parte da vontade externa para interna
OBJETIVO: fixar o verdadeiro sentido da vontade contratual
equilíbrio: (não pode ampliar cláusulas).
subjetivista, na prática, observadas as diretrizes gerais (“aconselhamento” – Lei).
Posições acerca da Internet
Ideal: harmonia de ambas 
Subjetivista: investigar o sentido da real vontade comum
Objetivista: (teoria da declaração) ater-se à vontade externa
Código Civil: diretrizes gerais (cláusulas abertas) – boa fé objetiva (133CC)
art. 112: proeminência à vontade interna
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.
(busca-se a intenção materializada na declaração).
- interpretação restrita de contratos gratuitos; transações; garantias (art. 114) – as partes podem dispor diferentemente. 
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente
Procedimento: 
com base inicial na declaração, busca o verdadeiro (boa-fé) alcance da vontade;
sentido gramatical;
elementos econômicos e sociais;
nível intelectual e educacional;
estado de espírito no momento da declaração.
Subsidiariamente, aplica-se, no que couber, o Código Comercial (contratos mercantis).
Também se aplica o CDC (arts 46 e 47) no que se refere à clareza do contrato e sua interpretação favorável ao consumidor (se não for claro, não obriga o consumidor).
Deve-se considerar o contrato como um todo, e não analisar cláusulas individualmente.
A quem se dirigem as normas sobre interpretação?
contratantes (1º)
juiz (Poder Judiciário) ou árbitro (2º)
Regras: 
Sem excluir o sentido das palavras, busca-se a intenção das partes
Em cada cláusula, busca-se o sentido harmônico com as demais cláusulas (contrato é um todo)
Duplo Sentido: entende-se o mais conveniente à natureza do contrato (agricultores e industriais)
Ambiguidade: uso do país (uso não é costume). No contrato de Adesão, interpretação mais favorável ao aderente (423 CC).
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Na dúvida, usos integram o contrato (art. 113 CC).
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
Contrato é um todo. Não pode ser analisada uma cláusula separadamente.
Dúvida: interpreta-se contra quem redigiu a cláusula, porque deveria ser clara.
→ em favor do devedor
→ em favor do consumidor (especialmente se houver deseq. em adesão).
Conflito: prevalecem as disposições livremente compactuadas (autonomia da vontade) ao invés das disposições gerais.
Não cabe ao intérprete ampliar o âmbito de alcance material, ou seja, não cabe a criação de regras contratuais.
Quando é contratada uma universalidade, qualquer exclusão deve ser expressa (Ex.:rebanho e dá cria...).
“numerus clausus” de hipóteses fáticas, tem que ser específico e expresso.
Cláusula concebida no plural. Averiguar se procuraram abranger várias hipóteses no mesmo contrato ou não. Exame gramatical.
Evitar ordem indireta ou frases longas. O que estiver no fim de uma frase se refere a toda frase e não àquilo só que a precede imediatamente.
Responsabilidade pós-obrigacional: a interpretação deve considerar o comportamento das partes
Interpretação Integrativa: ilação do expresso pelas partes para o que não foi expresso, mas desejado. A idéia geral do contrato (boa-fé, conduta) faz surgir a intenção das partes. 
Ex.:Correção monetária – índice extinto.
Empreitada – material não existe; sem similar.
 - reconstrução de uma declaração incompleta (boa-fé e equidade)
Integração do Contrato: preenchimento de lacunas, valendo-se de fontes externas.
Pode atingir resultados diversos, porém necessários porque não se pode ficar sem solução.
Busca-se vontade presumida (natureza x finalidade).
Efeitos da integração não podem contrariar a lei.
Equidade contratual.
	Questões de assimilação:
	1-) O que enseja a interpretação do contrato?
	2-) Como se dá a interpretação dos contratos?
	3-) Quais são as principais regras de interpretação?
	4-) As regras mencionadas na questão anterior são de caráter objetivista ou subjetivista? 5-) No que se refere a interpretação dos contratos, explique a posição adotada pelo direito brasileiro.
O tema de estudos desta semana é “contratos bilaterais”. É importante compreender suas principais características, a fim de diferenciá-los dos contratos unilaterais.
Leia o breve resumo, bem como a doutrina indicada.
Resumo:
Contratos Bilaterais
Conceito 
São contratos que oneram ambas partes.
São contratos sinalagmáticos (dependência recíproca), que impõem obrigações recíprocas 
Contratos Bilaterais são os que geram obrigações para ambos os contratantes, como a compra e venda, a locação, o contrato de transporte, etc. Essas obrigações são recíprocas, sendo por isso denominados sinalagmáticos. (Carlos Alberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro, vol. III, pág. 36)
Exceção do Contrato não Cumprido (art. 476 CC) 
“exceptio non adimpleti contratus” 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Situação exclusiva dos contratos bilaterais 
Só cumpro se quem me deve cumprir primeiro
Sustação
Exceção de mérito
Pressupõe-se cobrança indevida por aquele que deve
Fundamento: Justo equilíbrio das partes no cumprimento do contrato
Boa-fé 
Cabível quando o contrato não diz quem deve cumprir primeiro (477 CC) 
Ex.: empreitada de risco;benfeitorias retidas
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Cláusula resolutória (475 CC)
Renúncia à “exceção do contrato não cumprido”
(Cláusula “solve et repete)
 * Art. 424 CC. Primeiro cumpre. Depois perdas e danos.
 * Leonina (equidade; boa-fé) – v.art. 51, IV, CDC
 * Credor pode acionar o devedor (sem direito à exceção)
 * Válida só nos contratos paritários
 * Cláusula exorbitante nos contratos administrativos. 
Cláusula Resolutiva 
Contrato pode ser extinto pelo inadimplemento da obrigação
Cláusula implícita
Se explícita, observa-se os efeitos
Credor pode exigir o cumprimento da obrigação
Parte lesada pode pleitear perdas e danos
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
	Questões de assimilação:
	1-) O que são contratos bilaterais?
	2-) Explique a exceção do contrato não cumprido.
	3-) O que é cláusula resolutiva?
	4-) A cláusula solve et repete é válida? Por quê?
	5-) É correto afirmar que a cláusula resolutiva está implícita nos contratos bilaterais? Por quê? Justifique.
Resumo:
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIROS e PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO
Notas Introdutórias 
Princípio da relatividade dos contratos
Sucessor a título universal → sucessão causa mortis 
Limite do quinhão
Transmissão: segurança social
Ativo
Passivo (1997 CC)
Morte só extingue as obrigações personalíssimas
Legatário – sucessor singular causa mortis 
Nos contratos, também ocorre transmissão
Não confundir com os efeitos do contrato de trabalho, que atinge – tem repercussão – sobre os que estão submetidos aos efeitos de uma acordo coletivo, por exemplo.
Terceiros 
Noção técnica é restrita. É aquele que não participa do negócio jurídico. É pessoa alheia à relação.
Interferência indevida de terceiro pode acarretar-lhe o dever de indenizar. 
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIROS – “ocorre quando uma pessoa convenciona com outra que esta concederá uma vantagem ou um benefício em favor de terceiro, que não é parte do contrato. Constitui exceção ao princípio da relatividade dos contratos.” (Carlos Alberto Gonçalves, pág. 55)
Também chamada de “estipulação”. Extensão restrita.
Ideia: Dois contratantes procuram beneficiar terceiros (exceção ao princípio da relatividade dos contratos).
Terceiro participa exclusivamente para aferir benefícios por decorrência da autonomia da vontade contratual
Uma das partes (ESTIPULANTE) contrata em seu próprio nome com outra parte (PROMITENTE), que se obriga a cumprir uma prestação em favor de terceiro (BENEFICIÁRIO).
ESTIPULAÇÃO ↔ PROMITENTE (obrigação) BENEFICIÁRIO 
ver arts. 436 e ss do CC, até 440. 
Terceiro Beneficiário pode ter legitimidade para exigir o cumprimento da obrigação
Estipulante pode substituir o beneficiário, que não poderá se opor (basta comunicar o promitente para que pague à pessoa correta).
Se couber ao terceiro exigir o cumprimento, não pode o estipulante exonerar o devedor (437 CC)
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor
Revogação do benefício é pessoal. Não se transfere aos herdeiros do estipulante
Terceiro pode recusar o benefício (condição resolutiva da prestação)
Não é necessariamente gratuita 
Natureza Jurídica: inócua a tentativa. 
Negócio típico:
Contrato de seguro de vida
Doações modais
Contrato com Poder Público (prestação de serviços administrados – terceiros). 
Posição do Terceiro com Relação ao Contrato 
1ª FASE: estipulante x promitente. Terceiro só é mencionado
2ª FASE: necessário saber se o terceiro concorda ou não.
Concordância do Terceiro: completa-se o negócio, perante o cumprimento ou exigibilidade.
aceitação não permite mais a revogação
promitente pode opor as mesmas exceções rel. ao estipulante
Discordância do Terceiro: desaparece o objeto do contrato. Promitente devolve o que recebeu. 
Contrato p/ pessoa a declarar 
Contratante pode se reservar o direito de fazer figurar outra pessoa 
Ex.: compromisso de compra e venda de imóveis (terceiro pode figurar na escritura definitiva.
Cláusula “pro amico elegendo”
Não é cessão de posição contratual. O “estipulante” pode permanecer na relação.
Substituição facultativa do contratante caracteriza o negócio. “indeterminação” do nascedouro do contrato até a certeza quanto ao contratante.
Art. 467 CC – 471 CC
Feita nomeação, contratante deve tomar conhecimento dela.
Comum em contratos: PRELIMINARES; DE ADM.; DE FORNECIMENTO.
Exceção: 470; 471 CC
PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO 
PROMISSÁRIO. Não beneficia terceiro, mas sim, responsabiliza-se por uma prestação de terceiro.
Diferente de estipulação em favor de terceiro
Promessa: terceiro (estranho à relação) cumpre obrigação assumida por outrem
Inadimplemento resume-se em perdas e danos.
Obrigação do promitente é de RESULTADO: 
Ex.: Empresário de ator/músico (art. 439 CC).
3 Modalidades:
Estipulante promete ratificar, mas não o cumprimento (resultado)
Estipulante promete ratificação e o cumprimento (resultado)
Estipulante promete envidar esforços para ratificar, mas não o cumprimento. (meio)
→ Só responde se não “tentou”.
Ver § ún. 439 CC e 440 CC *exceção de responsabilidade 
	Questões de assimilação:
	1-) O que é estipulação em favor de terceiro? Explique, diferenciando de promessa de fato de terceiro e respectivas responsabilidades.
	2-) O contrato de seguro de vida é promessa de fato de terceiro ou estipulação em favor de terceiro? Por quê? Justifique.
	3-) Na promessa de fato de terceiro, o promitente pode ser responsabilizado em qualquer hipótese? Justifique sua resposta.
	4-) Empresário de cantor famoso celebra contrato para apresentação de seu cliente em um cruzeiro marítimo. É correto afirmar que se trata de estipulação em favor de terceiro? Por quê?
	5-) Na estipulação em favor de terceiro, pode o estipulante, a qualquer tempo, alterar o terceiro beneficiário? O terceiro pode insurgir-se contrariamente à decisão do estipulante? Por quê? Justifique.
Resumo:
VÍCIOS REDIBITÓRIOS (441 e ss. CC)
Vícios redibitórios são defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo, que a tornam imprópria ao uso a que se destina, ou lhe diminuam o valor. A coisa defeituosa pode ser enjeitada pelo adquirente (art. 441). Este tem, contudo, a opção de ficar com ela e reclamar abatimento no preço (art. 442). Essas regras aplicam-se aos contratos bilaterais e comutativos, em geral translativos da propriedade, como a compra e venda, a dação em pagamento e a permuta. (Carlos Alberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro, vol. III, pág. 57).
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
Notas Introdutórias 
Obrigação de garantia na entrega da coisa;
resulta da boa-fé (lealdade contratual) e da “exceptio non adimpelti contractus”
resguardar o adquirente ou possuidor
É vício de fato. Evicção é vicio de direito
Garantia: vício oculto ao tempo da transmissão (presume-se que o negócio não existiria se o adquirente soubesse do “defeito”).
Se houver culpa do transmitente, indenização por perdas e danos; desfazimento do negócio ou abatimento do preço.
Válido para contratos comutativos onerosos e doações com encargos (onerosas)
Só se considera “redibitório” o vício que tornaa coisa imprópria para o uso ou que lhe diminua o valor. (cavalo de corridas portador de moléstias).
Diferente de “erro” no negócio jurídico
→ idéia falsa de realidade
→ adquirente recebe uma coisa por outra
vício decorre da própria coisa
adquirente não sabe do defeito porque oculto (quadro com fungos invisíveis, após aquisição, mofa)
Noção Histórica 
Direito Romano: sem garantia implícita na coisa. Necessária declaração de que a coisa estava isenta de vícios.
ação redibitória e estimatória (quanti minoris) → dedução
resolução com devolução do quanto foi pago 
Requisitos: 
Vício deve ser oculto (defeito aparente não gera responsabilização).
parâmetro: homem médio
poderiam ser descobertos mediante exame atento e cuidadoso da coisa
alienante tem o dever de alertar sobre vício (boa-fé)
(CDC: D. informação – art. 6º, III).
O defeito deve ser grave (se o adquirente soubesse, não haveria negócio jurídico).
coisa imprópria para o uso destinado
diminuição de valor
defeitos irrelevantes não são considerados vícios.
Defeito deve existir ao tempo do contrato.
deve ser garantia do alienante
pode requerer perícia (vazamento; defeito no motor; vício de construção...)
Efeitos: 
Ações: 
Redibitória: desfazimento do negócio; devolução do dinheiro ou reparação da coisa. Indivisível (ou uma ou outra) escolha é do adquirente. 
Quanti Minoris: visa o abatimento do preço.
divisível
adquirente deve provar.
Pode ocorrer “solve et repete”, ou se considerará renúncia tácita “a reclamação, uma vez que, constatado o vício, houve prosseguimento do pagamento.
Dolo: alienante sabia do vício: perdas e danos + restituição.
Cláusula de garantia deve ser analisada, para coibir abuso de direito, especialmente no âmbito do consumidor.
Defesas possíveis do alienante:
- Vício era conhecido
- Defeito surgiu após a transferência
- Renúncia à garantia
- Transcurso de prazo decadencial de reclamação
Modificações na garantia: 
Partes podem excluir garantia, diminuir ou ampliar.
Má-fé do Transmitente: perdas e danos
Interpretação restrita
Extensão de garantia gera ação derivada do contrato (aplicam-se os princípios que seguem o inadimplemento).
Prazos na Defesa X os Vícios Redibitórios 
No Código Civil:
 – 30 dias – coisa móvel
– 1 ano – coisa imóvel 
CONTAGEM: entrega efetiva
→ adquirente na posse, conta-se da alienação, reduzido à metade (locatário adquirente: 6 meses)
 – até 180 dias – coisa móvel
– até 1 ano – coisa imóvel 
CONTAGEM: ciência do vício, perceptível posterior à entrega
→ Ex.: peça defeituosa; defeito na fabricação.
– 30 dias 
denúncia do defeito 
CONTAGEM: descobrimento
→ para sanar ou resolver pela ações cabíveis
garantia estendida: somente após decorrido prazo “convencional”, inicia-se a contagem dos prazos “legais”.
prazo decadencial não fluem durante a garantia.
se não comunicar defeito, perempção. Não pode ingressar com ação judicial
CC não distingue “vícios aparentes” (fácil constatação) e “vícios ocultos”.
No Código de Defesa do Consumidor:
Sobre os Vícios...
CDC reforça (mesmo sem culpa) a responsabilidade (também acerca da informação) do fornecedor (art. 12)
Responsabilidade por vício do produto ou serviço (art. 18) solidária (quantidade/ qualidade).
Alternativas para o consumidor: 
* substituição/reparação em 30 dias. c/ou
* substituição da coisa por outra idêntica
* restituição do valor atualizado
* abatimento proporcional
Prazo para fornecedor agir (18, § 2º): * 7 a 180 dias
* contratos de adesão: manifestação expressa do consumidor
Proteção à extensão da qualidade (art. 20):
propaganda vincula (proposta obriga o fornecedor em seus termos) 
“Quem não tem competência, que não se estabeleça” 
Dever de garantia legal não pode ser restringido, nem pode o fornecedor dele exonerar-se – Cláusula nula (art. 25 CDC).
Sobre os Prazos
CDC não atinge relações paritárias, exclusivamente de cunho provado, sem conotação com bens ou serviços oferecidos ao público consumidor em geral (prepondera o contrato de adesão).
Se houver “vulnerabilidade”, pode-se invocar o CDC. 
Vícios Aparentes (ou de fácil constatação):
Aparência surge após a utilização da coisa. Prazo: art. 26.
30 dias: não duráveis
90 dias: duráveis
Contagem: entrega efetiva da coisa ou término do serviço
Obstam a decadência - não é interrupção, nem suspensão
reclamação do consumidor até a resposta 
inquérito civil até encerramento 
Vícios Ocultos (ou de difícil percepção):
Prazo: - inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito
deve provar que o “vício” apenas se mostrou dentro dos prazos legais (30 e 90 dias)
extensão da garantia: “suspende” o curso do prazo decadencial
CC e CDC não distinguem os prazos de decadência e prescrição.
A prescrição do art. 27 se refere aos danos e a RC (responsabilidade pelo fato do produto e serviço – art. 12 a 17 CDC)
CDC: Direito à ação é gerado quando a coisa ou o serviço é entregue. Cumprimento da obrigação faz iniciar a caducidade.
	Questões de assimilação:
	1-) O que são vícios redibitórios? Quais são os seus requisitos?
	2-) Quais os prazos para se reclamar um vício redibitório?
	3-) Qual a natureza dos prazos para reclamar vício redibitório?
	4-) O CDC e o Código Civil adotam os mesmos critérios de classificação dos vícios redibitórios, bem como prazos para reclamação? Justifique sua resposta, apontando eventuais diferenças.
	5-) Havendo extensão da garantia por força de contrato, qual é a natureza da responsabilidade do transmitente/alienante? Explique.

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