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Mandado de Injunção

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MANDADO DE INJUNÇÃO
- Direito Constitucional I
- Remédios Constitucionais
- Prof. Tiago Nunes
1. CONCEITO
O mandado de injunção é um remédio constitucional dirigido a tutela de direitos subjetivos constitucionais, cujo exercício esteja impedido por ausência de norma reguladora.
Segundo Luis Roberto Barroso e Flavia Piosevan são todos os direitos previstos na CF/88 como em todo que podem ser objeto de mando de injunção desde que ocorra a mora do legislativo para regulamentar determinada matéria.
2. MODALIDADES
a) Mandado de injunção individual
Deverá ser impetrado por pessoa natural ou jurídica cujo o direito fundamental esteja amíngua de uma norma que o regulamente.
b) Mandado de injunção coletivo: 
Em que pese não existir disposição constitucional expressa sobre a modalidade coletiva da ação, a jurisprudência sem reconhecendo essa possibilidade.
(STF, MI 102/PE, Min. Rel. Marco Aurélio, 2002).
3. PRESSUPOSTO DA AÇÃO
Para a propositura da ação, na via individual e coletiva, devem ser preenchidos concomitantemente os seguintes requisitos: a) inexistência de norma regulamentadora sobre qualquer direito previsto no ordenamento jurídico. B) ser o impetrante beneficiário direto do direito. 
4. INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Aplica-se o artigo 12 da lei 12.016/09..
5. LEGITIMIDADE
a) Polo Ativo
Pessoa natural, pessoa jurídica e pessoa jurídica de direito público. 
Obs. Embora exista decisão não admitindo a legitimação ativa da pessoa jurídica de direito público para a impetração do MI, o STF parece ter superado esse entendimento anterior, nos termos do MI 725. Artigo 18 § 4º
b) Polo Passivo
O sujeito passivo da ação será pessoa estatal ou órgão que tenha o dever de elaborar a norma regulamentadora que está em mora.
Atenção: Artigo 61 § 1º da CF/88.
6. TUTELA DE URGÊNCIA
Aplica-se a regra do Mandado de Segurança de acordo como o artigo 7º, III da lei 12.016/2009.
7. CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E EM CUSTAS PROCESSUAIS
_______________________________________________________________.
8. PRODUÇÃO DE PROVAS
_______________________________________________________________.
9. COMPETÊNCIA
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
ATENÇÃO! Não cabe mandado injunção para atacar um direito já regulamentado. O presente remédio, cabe tão somente para a defesa de "direitos" ainda não regulamentados pelo Legislador, o que logicamente, o torna impossível de ser exercido. 
Caso concreto e elaboração da peça (Mandado de Injunção)
Joana Augusta laborou, durante vinte seis anos, como enfermeira do quadro do hospital universitário ligado a determinada universidade federal, mantendo, no desempenho de suas tarefas, em grande parte de sua carga horária de trabalho, contato com agentes nocivos causadores de moléstias humanas bem como com materiais e objetos contaminados. Em conversa com um colega, Joana obteve a informação de que, em razão das atividades que ela desempenhava, poderia requerer aposentadoria especial, com base no § 4º do art. 40 da Constituição Federal. A enfermeira, então, requereu administrativamente sua aposentadoria especial, invocando como fundamento de seu direito o referido dispositivo constitucional. No dia 30 de novembro de 2008, Joana recebeu notificação de que seu pedido havia sido indeferido, tendo a administração pública justificado o indeferimento com base na ausência de lei que regulamente a contagem diferenciada do tempo de serviço dos servidores públicos para os fins de aposentadoria especial, ou seja, sem um lei que estabeleça os critérios para a contagem do tempo de serviço em atividades que possam ser prejudicadas à saúde dos servidores públicos, a aposentadoria especial não poderia ser concedida. Nessa linha de entendimento, Joana deveria continuar em atividade até que completasse o tempo necessário para aposentadoria por tempo de serviço. Inconformada, Joana, procurou escritório de advocacia, objetivando ingressar com ação para obter sua aposentadoria especial. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado contratado por Joana, redija a petição inicial da ação cabível para a defesa dos interesses de sua cliente.
_______________________________________________________________
EXMº. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Joana Augusta, nacionalidade..., estado civil..., enfermeira, portadora do RG nº..., e do CPF..., residente e domiciliada..., nesta cidade, por seu advogado, conforme procuração anexa..., com escritório..., endereço que indica para os fins do art. 39, I, do CPC, com fundamento no art. 5º, LXXI da CF/88, vem impetrar MANDADO DE INJUNÇÃO em face de ato omissivo do Presidente da República, que poderá ser encontrado na sede funcional...
I - SÍNTESE DOS FATOS
A impetrante trabalhou durante vinte e seis anos como enfermeira do quadro do hospital universitário ligado a determinada universidade federal, mantendo, no desempenho bem como com materiais e objetos contaminados, ou seja, trabalho considerado de risco.
Joana obteve a informação de que, em razão das atividades que ela desempenhava, poderia requerer aposentadoria especial, com base no § 4º do art. 40 da Constituição Federal. A enfermeira, então, requereu administrativamente sua aposentadoria especial, invocando como fundamento de seu direito o referido dispositivo constitucional. No dia 30 de novembro de 2008, Joana recebeu notificação de que seu pedido havia sido indeferido, tendo a administração pública justificado o indeferimento com base na ausência de lei que regulamente a contagem diferenciada do tempo de serviço dos servidores públicos para os fins de aposentadoria especial.
Joana, portanto, não pode exercer o direito fundamental à aposentadoria especial em razão da falta da lei que a regulamente, o que enseja a impetração do mandado de injunção ora apresentado.
II - FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
Na forma do art. 5º, LXXI, CF/88, o mando de injunção é o remédio constitucional responsável pela defesa em juízo de direito fundamental previsto na Constituição ainda pendente de regulamentação.
Como não há norma específica regulamentando o remédio no plano infraconstitucional, de acordo com art. 24, parágrafo único, da Lei 8.038/90, aplica-se ao mandado de injunção, no que couber, as regras do mandado de segurança, previstas na Lei 12.016/09.
De acordo com o inciso III, § 4º, do art. 40 da CF/88 é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata o artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, dentre eles, os casos de servidores cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, justamente a situação em que se encontra a impetrante, que é titular de um direito fundamental ainda pendente de regulamentação.
O remédio ora em análise foi impetrado em face de ato omissivo do Presidente da República, tendo vista que a matéria relativa à aposentadoria de servidores é de sua iniciativa privativa, na forma do art. 61, § 1º, II, "c", da CF/88.
Ademais, compete ao STF processar e julgar originariamente o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição o Presidente da República, segundo o que dispõe o art. 102, I "q", da CF/88.
III - DA OMISSÃO CONSTITUCIONAL
Até 2007 o STF adotava a posição não concretista geral e de acordo com esse entendimento, em nome da separação dos poderes entre os poderes (art. 2º, da CF/88), o Poder Judiciário não poderia suprir a omissão da norma faltante, tampouco fixar prazo para o legislador elaborar a lei, restando a sentença produzindo efeitos apenas para declarar a mora legislativa.
Desde de 2007, entretanto, o Tribunalvem mudando de entendimento e tem adotado posições concretistas, aplicando por analogia leis já existentes para suprir a omissão normativa, ora atribuindo efeitos subjetivos erga omnes, ora inter partes. 
No que tange especialmente à ausência da Lei Complementar anunciada pelo art. 40, § 4º, a Corte tem aplicado a Lei 8.213/91, no que couber, até que seja suprida a referida omissão inconstitucional.
IV - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
a) a notificação da autoridade omissa no endereço fornecido na inicial, para que, querendo, preste as informações que entender pertinentes do caso;
b) a intimação do Representante do Ministério Público;
c) a condenação do Impetrado em custas processuais;
d) que o pedido seja a final julgado procedente para que a omissão normativa seja sanada mediante a aplicação analógica da Lei 8.213/91;
e) a juntada de documentos.
V - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$1.000,00 (mil reais) para efeitos procedimentais.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local..., e data...
Advogado...
OAB nº...

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