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1ª aula 3ª UNIDADE TGP Advogado 04.05

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O Advogado
DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO PROCESSO
 SEMESTRE LETIVO: 2016.1
PROFESSORA: LÍLIAN TATIANA B. CRISPIM
	O Advogado
Art.131 ao 135 da CF.
Lei nº 8.906 de 04 de julho de 1994. Estatuto da Advocacia. 
A Constituição de 1988, pela primeira vez, deu estrutura institucional à advocacia, regrando a atividade no capítulo denominado de “Organização dos Poderes”, listando-a entre as funções essenciais à justiça, ao lado do Ministério Público.
“Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei” - CF
	“Ad vocatus”
A denominação ADVOGADO é privativa dos bacharéis em direito inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil.
De acordo com os conceitos do próprio Estatuto da Advocacia, o advogado é o profissional inscrito na OAB, legalmente habilitado a orientar, aconselhar e representar seus clientes, bem como a defender-lhes os direitos e interesses em juízo ou fora dele. 
A atividade do advogado é um ministério privado de indispensável serviços público, ou seja, não é simplesmente uma profissão, constitui verdadeiro munus público, tem função pública e social. (art. 133 da CF).
Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.
A lei garante a esse profissional o direito de exercer a defesa plena de seus clientes, com independência e autonomia, sem temor do magistrado, do representante do Ministério Público ou de qualquer autoridade que possa tentar constrangê-lo ou diminuir o seu papel enquanto defensor das liberdades.
As prerrogativas dos advogados estão previstas pela lei n° 8.906/94 em seus artigos 6º e 7º.
Essas regras garantem, por exemplo, que um advogado tenha o direito de consultar um processo até mesmo sem uma procuração.
 Ou seja, são garantias fundamentais, previstas em lei, criadas para assegurar o amplo direito de defesa. Prerrogativas profissionais não devem ser confundidas com privilégios, pois tratam apenas de estabelecer garantias para o advogado enquanto representante de legítimos interesses de seus clientes. 
O Advogado exercerá seus poderes em juízo ou fora dele, fazendo prova dos poderes por meio de procuração - pública ou privada (cláusula ad judicia), com exceção de poderes específicos, como receber citação, confessar transigir, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, receber e dar quitação, firmar compromisso. (art. 36 e 38 do CPC)
Quando a defesa é feita pela Defensoria, a procuração é dispensada.
A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV. (art. 134 da CF)
 Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
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A procuração é portanto, o documento que comprova a habilitação do advogado para representar os interesses daquele que contrata os seus serviços, mas a procuração não será exigida em casos de urgência (juntada posterior aos autos); em habeas corpus; e na assistência judiciária, quando indicada (pela Defensoria, pela Ordem ou pelo juiz)
Quando constituído, o advogado se vincula ao feito, a quem compete todos os atos processuais na defesa do cliente; pode ter seu mandado revogado ou pode renunciar (se mantém por 10 dias depois da comunicação); a substituição de advogado não suspende ou interrompe prazos processuais.
Se houver incapacidade ou morte do causídico, o processo será suspenso por 20 dias, enquanto se constitui um novo patrono.
	Da Advocacia Pública.
 
Advocacia Geral da União (AGU) - Instituto criado pela Constituição, que serve como órgão de assessoria jurídica representativa da União. (art. 131 e 132 da CF)
A advocacia Geral da União é chefiada pelo Advogado-Geral da União, cargo de livre nomeação do Presidente da República, por ser cargo de confiança, funciona como consultor jurídico da Presidência.
A advocacia pública federal possui atualmente quatro carreiras: Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacional, Procurador do Banco Central do Brasil e Procurador Federal.
Nos Estados e no Distrito Federal, as Procuradorias serão organizadas na mesma forma que o instituto federal.
Dos Impedimentos e Incompatibilidades
LEI 8906/94   
Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia.
 Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
 I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
 II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; 
  III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público;
  
 IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
 V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;
  VI - militares de qualquer natureza, na ativa;
 VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
 VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.
§ 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente.
Art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura.
 Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.

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