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AP3 ADG 2013 II gabarito

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Avaliação Presencial – AP3
Período - 2013/2º
Disciplina: Análise das Decisões Gerenciais
Coordenador da Disciplina: Marcelo Alvaro da Silva Macedo
Aluno (a): ............................................................................................................................
Pólo: ....................................................................................................................................
Só serão aceitas respostas feitas a caneta esferográfica azul ou preta;
Não será feita revisão da questão quando respondida a lápis.
Boa sorte!
Discorra sobre um processo decisório onde estejam presentes aspectos relacionados com a teoria dos prospectos. Descreva para esta situação pelo menos um viés de decisão que esteja acontecendo.
Padrão de Resposta Esperado
Os efeitos do enquadramento da informação podem ser explicitados pela troca na maneira que uma informação é disponibilizada para o decisor. Ou seja, o conteúdo da informação é o mesmo, porém sua forma de apresentação é diferente. Em teoria isso não deveria alterar em nada as preferências e, por conseguinte, as decisões de uma pessoa; porém, o que sente na prática é uma mudança de atitude que impacta até o comportamento em relação ao risco, fazendo com que pessoas aparentemente avessas passem a ter um comportamento propenso ao risco. Esse deslocamento de preferências e padrões de decisão tem sido foco de inúmeras publicações e estudos recentemente. Dentre eles podemos destacar os livros de Kahneman, Slovic e Tversky e Bazerman, que mostram que os indivíduos tratam os riscos relativos a ganhos percebidos (resultados apresentados em termos positivos) de forma diferente dos riscos que dizem respeito às perdas percebidas (resultados apresentados em termos negativos). Para Bazerman, nesse tipo de julgamento se utiliza muito o conceito de utilidade, porém com algumas modificações que serão mostradas pela Teoria Prospectiva da Decisão ou Teoria dos Prospectos, desenvolvida por Kahneman e Tversky. Essa, que é a teoria descritiva mais abrangente sobre a maneira como decidimos como agir sob condições de risco e uma das mais importantes tentativas de explicar esses desvios comuns e sistemáticos da racionalidade, sugere o seguinte:
as recompensas e perdas são avaliadas com relação a um ponto de referência neutro;
os resultados potenciais são expressos como ganhos (pontos positivos) ou perdas. (pontos negativos) com relação a esse ponto de referência fixo e neutro;
as escolhas que as pessoas fazem são formadas com base na mudança resultante na posição de ativos, avaliada conforme uma função de valor no formato de um S (conforme Figura 01).
Kahneman, Slovic e Tversky dizem que na Teoria Prospectiva da Decisão ou dos Prospectos modifica-se o conceito de utilidade, pois os resultados da decisão são vistos como desvios (ganhos ou perdas) em relação a um ponto de referência que o decisor adota na decisão. Assim, se o ponto de referência é tal que os resultados são vistos como ganhos, prevalece uma posição de aversão ao risco. Se, ao contrário, os resultados são vistos como perdas, prevalece a propensão ao risco. Isso se deve ao fato de que a sensação associada a perda de um valor é mais forte do que a sensação associada ao ganho do mesmo valor; isso modifica um pouco a curva de utilidade, que passa a ser vista da seguinte maneira:
Figura 01 – Gráfico da utilidade para ganhos e perdas
Valores
Utilidade
Utilidade na Região dos Ganhos
Utilidade na Região das Perdas
Utilidade
A intensidade (utilidade) da perda de um valor é maior que a intensidade (utilidade) do ganho deste mesmo valor.
Nessa figura, o eixo X representa as unidades nominais ganhas ou perdidas e o eixo Y as unidades de utilidade associadas a variados níveis de ganho ou perda. Ao todo a figura sugere que os tomadores de decisão tendem a evitar riscos relativos a ganhos e a buscar riscos relativos a perdas. A curva em forma de S da função de valor implica que a maioria das pessoas escolheria um ganho certo de R$ 10 milhões e não a probabilidade de 50% de receber um ganho de R$ 20 mjlhões, tendo em vista que a utilidade atribuída a esta última quantia é menor que o dobro da que se dá aos R$ 10 milhões, mas que a maioria das pessoas escolheria uma probabilidade de 50% de uma perda de R$ 20 milhões em detrimento de uma perda certa de R$ 10 milhões, considerando-se que a utilidade negativa
atribuída aos R$ 20 milhões é maior que o dobro da utilidade negativa atribuída
aos R$ 10 milhões.
Um resultado importante dessa teoria é que a forma pela qual o problema é "enquadrado" ou apresentado pode alterar drasticamente o ponto neutro percebido da questão. Se o problema for enquadrado em termos de perdas (atributos negativos das alternativas), a posição de ganhos passa a ser a referência e faz com que as alternativas sejam avaliadas na parte de baixo da figura, resultando em um comportamento de propensão ao risco. No entanto, se o problema for enquadrado em termos de ganhos (atributos positivos das alternativas), a posição de perdas passa a ser a referência e faz com que as alternativas sejam avaliadas na parte superior da figura, resultando em um comportamento de aversão ao risco. Isso quer dizer que um resultado importante da Teoria dos Prospectos é que ela identifica um padrão sistemático de como o enquadramento do problema faz com que o comportamento de tomada de decisão se desvie tanto da teoria do valor esperado quanto daquela da utilidade esperada. Ambas essas teorias afirmam que os tomadores de decisão racionais deveriam ser imunes ao enquadramento das escolhas. Uma segunda característica de nossos processos de tomada de decisão identificada pela teoria dos prospectos é que nossa reação à perda é mais extrema do que nossa resposta ao ganho. De acordo com a Figura 9.1, a dor à perda de X reais é normalmente maior do que o prazer associado ao ganho da mesma quantia. Bazerman diz que, nos estudos de Kahneman e Tversky, fica clara a relutância das pessoas em aceitar apostas justas com relação à jogada de uma moeda como prova desse efeito.
Bazerman diz ainda que nesse mesmo estudo os autores identificam uma outra maneira pela qual nossos processos de tomada de decisão se desviam da Teoria da Utilidade Esperada. Eles dizem que a Teoria da Utilidade Esperada pondera uma opção arriscada por sua probabilidade; a Teoria dos Prospectos afirma que tendemos a dar maior peso à probabilidade de eventos de baixa probabilidade e a dar menor peso a eventos de maior probabilidade.
Quadro 03 – Vieses que emanam do enquadramento da informação
	VIESES
	DESCRIÇÃO
	Decisões afetadas pelo Enquadramento das Escolhas
	Os indivíduos tendem a ser avessos a risco no caso de escolhas enquadradas positivamente e a buscar o risco no caso de escolhas enquadradas negativamente.
	Decisões afetadas pelo Enquadramento dos Resultados
	Depois que os indivíduos ganham ou perdem algum bem, as decisões futuras (no curto prazo) são avaliadas em termos da curva S, em relação à posição vigente de perda ou ganho certo.
	Decisões afetadas pela Pseudo-Certeza e Pseudo-Incerteza Enquadradas nas Escolhas
	Os indivíduos dão mais valor à redução da incerteza quando o resultado era inicialmente certo do que quando este era apenas provável.
	Enquadramento do Pagamento de Prêmios versus a Aceitação de Perdas Certas
	Perdas certas são mais atraentes quando enquadradas como prêmios de seguro do que quando enquadradas como prejuízos monetários.
	Qualidade de uma Transação afetada pelo Enquadramento em que é Apresentada
	O comportamento de compra individual é afetado pela utilidade de aquisição e pela utilidade transacional. A utilidade de aquisição está associada ao valor que o indivíduo atribui ao bem. A utilidade transacional refere-se à qualidade do negócio, em relação ao queo artigo “deveria” custar.
	Decisões afetadas pelo Somatório dos Ganhos e Perdas
	Os indivíduos dão maior valor a uma série de pequenos ganhos do que a um único ganho de mesmo montante. E, ainda os indivíduos perdem menos valor através de uma só grande perda do que por uma de montante idêntico sofrida em diversas pequenas parcelas.
	Enquadramento do Problema e Valor de seu Tempo
	Os indivíduos dão valor a seu tempo segundo taxas extremamente diferentes, dependendo das normas sociais, da utilidade transacional, dos pontos-âncora com base nos valores de mercado e das expectativas de quanto “trabalho” eles devem fazer em um dado período de tempo.
	Racionalidade de suas Escolhas Intertemporais
	Os indivíduos denotam inúmeras inconsistências na tomada de decisões acerca de ter uma coisa boa agora ou mais tarde, assim como acerca de aceitar um resultado ruim agora ou adiar este evento negativo.

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