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Estudo Dirigido
Disciplina: Oficina de Tradução - PROSA
Aula 03: Textualidade
-Conhecer o conceito de unidade textualidade;
-Refletir sobre os sete padrões que garantem a textualidade
-Relacionar a textualidade à tradução.
 Introdução da aula
A textualidade é o conceito linguístico que garante que uma sequência sucessiva de frases forme um texto coerente, e não uma sequência aleatória de informações. Na aula 03, veremos que ela pode ser estabelecida por meio de sete aspectos distintos, a saber: coerência, coesão, intencionalidade, informatividade, aceitabilidade, situacionalidade e intertextualidade. A presença desses aspectos garante que um texto seja qualificado como comunicativo. Sem eles, entretanto, um texto sequer pode ser classificado como tal. No que diz respeito à tradução é preciso haver uma preocupação constante do tradutor em fazer as devidas adequações no texto traduzido de modo a garantir sua textualidade.
 
Aprenda mais!
Para saber mais sobre o conceito de textualidade e suas características, visite o endereço http://leandromarshall.files.wordpress.com/2012/02/texto-e-textualidade1.pdf (acesso em 06 de maio de 2013).
*Nesta aula, você:
-Conheceu o conceito de unidade textualidade;
-Refletiu sobre os sete padrões que garantem a textualidade
-Relacionou a textualidade à tradução.
Próxima aula 
*Na próxima aula, você estudará sobre os assuntos seguintes:
-Revisará os conceitos de conotação e detonação;
-Refletirá sobre a importância dos conceitos na atividade do tradutor.
 ATIVIDADE
	Com os pilares da textualidade discutidos nesta aula em mente, traduza os anúncios a seguir. Discuta suas estratégias no fórum com seu professor e seus colegas de turma.
Fonte: http://www.petaindia.com/mediacentre/ads/default.aspx
Fonte: http://predators.nhl.com/club/page.htm?bcid=28176
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Fonte: http://www.thedrum.com/news/2011/03/17/english-heritage-hires-front-wrest-park-ads
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Dentre os pilares da textualidade propostos por Beaugrande&Dressler estão:
Intertextualidade e locuções
Coerência, coesão e metáforas
Coerência, onomatopeias e coesão 
Coerência, coesão e aceitabilidade
Situacionalidade, coesão e anáforas
O aspecto que garante que os elementos superficiais do estejam mutuamente conectados em uma sequência é a
lógica
coesão 
coerência
situacionalidade
intertextualidade
A Máxima de Grice que sugere que informações novas sejam dadas nas contribuições ao evento comunicativo é denominada:
Quantidade
Cooperação
Relevância
Qualidade
Modo
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Conteúdo Online
Observe as imagens a seguir: 
O que as imagens têm em comum? Todas elas apresentam exemplos de textos sendo usados em situações de discurso. A maneira diferente como são usados indica que pertencem a diferentes gêneros, como as propagandas e a tirinha. 
Em 1981, Robert-Alain de Beaugrande e Wolfgang Dressler se deram conta de que era necessário pensar em uma ciência dos textos que fosse capaz de dar conta da descrição das características compartilhadas entre os textos e das distinções entre os mesmos e seus tipos. Segundo os pesquisadores, era preciso descobrir os padrões a serem atendidos por um texto, a maneira como devem ser produzidos ou recebidos, o tipo de público que fazia uso dos textos e em qual contexto isso acontecia, etc. Para Beaugrande&Dressler, a grande pergunta era: Como funcionam os textos na interação humana?
Em seu trabalho, Beaugrande&Dressler definem o texto como “uma ocorrência comunicativa que atende a sete padrões de textualidade”. Segundo os autores, se um desses padrões deixar de ser atendido, o texto não poderá ser considerado comunicativo e, portanto, será tratado como um “não-texto”. Os padrões de textualidade são os seguintes:
Coesão
O primeiro padrão que vamos discutir é a coesão. Você deve se lembrar dele, da aula passada. A coesão é o aspecto que garante que os elementos superficiais do texto – ou seja, as palavras – estejam “mutuamente conectados em uma sequência”. Os componentes superficiais dependem uns dos outros e são regidos pelas formas e convenções gramaticais, de modo que a coesão acaba por relacionar-se às dependências gramaticais impostas pelas línguas. Observe a placa a seguir:
Não seria possível, por exemplo, modificar a ordem das palavras de modo a obter resultados como “Children slow play at” ou “Play children at slow”. A ordem das frases resultantes é tão equivocada que dificilmente as pessoas compreenderiam as placas se esses fossem os textos exibidos. Fica evidente, portanto, que as dependências gramaticais nos elementos superficiais são aspectos importantes a serem considerados na ordenação de significados e seus usos. 
Diversas dependências podem ser identificadas no texto original da placa. Embora seja possível fazer segmentações que agrupem “Slow children” e “at play”, fazendo com que o leitor imagine que crianças com algum comprometimento cognitivo ou motor estão brincando, o mais provável é que se criem os segmentos “Slow” e “children at play”, permitindo que se compreenda a placa como uma recomendação para diminuição da velocidade por conta da presença de crianças brincando na área.
Beaugrande&Dressler ressaltam que uma ciência dos textos deve ser capaz de explicar não só como as ambiguidades, como a que acabamos de ver, são possíveis nos elementos de superfície, mas também de que maneira as pessoas conseguem resolvê-las sem grandes dificuldades. Como se vê, os elementos de superfície não são autodecisivos, e deve haver interação entre a coesão e os outros padrões de textualidade para que a comunicação se dê de maneira eficiente.
Coerência
	O segundo padrão classificado por Beaugrande&Dressler é a coerência. Também falamos dela na aula passada, você se lembra? Pois bem, a coerência preocupa-se com a forma como os componentes do mundo real, ou seja, os conceitos e relações que subjazem os elementos superficiais – estão “mutuamente acessíveis e relevantes”. Para os autores, um conceito é “uma configuração de conhecimento (conteúdo cognitivo) que pode ser recuperada e ativada como certa unidade e consistência”. As relações, segundo eles, seriam as ligações entre os conceitos que aparecem juntas no mundo textual: cada relação seria responsável por um conceito ao qual está conectada. Você se lembra da placa que vimos quando relembramos o conceito de coesão? Dê uma olhada nela novamente...
Aqui, temos “children” como um “conceito objeto” e “play” como um “conceito ação” e a relação “agente de”, já que as crianças são as agentes da ação. Algumas vezes, entretanto, as relações não estão explícitas no texto e, assim, não são diretamente ativadas pelos elementos da superfície. Os leitores estabelecerão todas as relações necessárias para compreensão um texto em sua forma original.
A coerência pode ser mais bem compreendida a partir de um conjunto de relações denominado causalidade. Essas relações dizem respeito às maneiras através das quais uma situação ou evento afeta as condições de outra situação ou outro evento. Observe a seguir o trecho de uma famosa canção de ninar inglesa chamada “Jack and Jill”:
No trecho “Jack fell down and broke his crown”, o ato de “cair” é a causa do evento “quebrar”, visto que ele criou as condições necessárias para que o evento acontecesse. Existem muitas outras noções de causalidade.
	É preciso perceber, portanto, que a coerência não é só uma característica dos textos, mas o resultado de processos cognitivos realizados pelos leitores. O simples sequenciamento de eventos e situações em um texto é capaz de ativar operações que recuperam ou criam relações de coerência. Um texto não faz sentido sozinho, e precisa contar com a interação entre o conhecimento que apresenta e o conhecimento prévio de mundo do leitor que o acessa.
Intencionalidade e aceitabilidade
Os padrões denominados intencionalidade e aceitabilidade estão fortemente relacionados a modelos mentaise processos cognitivos. Ambos interagem com os padrões anteriores – coerência e coesão – mas são padrões separados porque a comunicação acaba acontecendo em situações que não são totalmente coesivas ou coerentes. 
Para Beaugrande&Dressler, tanto a intencionalidade quanto a aceitabilidade estão relacionadas à atitude do produtor e do receptor do texto, respectivamente. Assim sendo, esses padrões são menos óbvios do que a coesão e a coerência, já que não é possível “entrar na cabeça” do produtor ou do receptor de um texto e observar o que lá está acontecendo.
A intencionalidade relaciona-se com a atitude do produtor e sua intenção em construir um texto coesivo e coerente eu atenda a sua intenção comunicativa. Às vezes a intenção do produtor acaba não sendo alcançada por conta de fatores situacionais que acabam por restringir o desempenho do leitor. Outras vezes, a boa vontade do leitor em aceitar e compreender a intenção de um texto acaba comprometida devido à qualidade do material ao qual tem acesso, onde falta coerência e coesão. 
Segundo Beaugrande&Dressler, a intencionalidade deve ser analisada segundo a teoria da Pragmática. Os autores sustentam o princípio cooperativo proposto por Paul Grice e dizem que os participantes devem colaborar de modo a viabilizar a comunicação. Esse princípio não dá conta dos inúmeros casos nos quais os objetivos dos participantes do evento comunicativo são contraditórios. A ideia é que é necessário existir um objetivo comum de modo a conduzir um evento comunicativo significativo.
	
Para saber mais sobre o Princípio Comunicativo de Paul Grice, visite a apresentação disponível no endereço http://maisunifra.com.br/objeto/principio-cooperativo-de-grice-2/ (Acesso em 18 mai. 2013).
A aceitabilidade faz o processo reverso, aproximando-se do texto pelo outro lado; já que trata da atitude do leitor diante de um texto coeso e coerente que lhe seja relevante. Aqui, outro aspecto passa a ser importante: a tolerância. Um texto pode ser ruim e ainda assim ser aceito como texto. Isso acontece somente quando a tolerância não é excedida, ou seja, quando o receptor do texto ainda é capaz de compreender a mensagem – que é passada não só pelo léxico, mas também pela gramática do texto.
No que diz respeito aos parâmetros de intencionalidade e aceitabilidade, a textualidade depende muito mais da intenção de comunicação de quem produz o texto do que da boa vontade do leitor em compreender o que lê. Para que uma determinada configuração da língua seja considerada um texto, é preciso não só que a mesma seja coerente e coesa, mas que tenha a intenção de ser um texto e seja aceita como tal.
Informatividade
	A informatividade está relacionada às expectativas das pessoas quando iniciam uma situação de comunicação. O termo também é usado para avaliar quão novo e inesperado um enunciado pode ser para aqueles que o recebem. Esta noção normalmente é associada ao conteúdo, e essa ênfase se dá por conta do papel dominante da coerência na textualidade. Em geral, fonemas e sintaxe parecem ser apenas subsidiários e, portanto, recebem menos foco direto de atenção. Aqui, a atenção pode ser definida como a percepção que se tem de algo e que acaba por restringir o potencial para percepção de outros aspectos ao mesmo tempo. Assim sendo, se a atenção está voltada para a coerência de conceitos e relações, os outros sistemas deixam de receber o foco.
	Beaugrande&Dressler dizem que cada um de nós possui um modelo de mundo em mente. Esse modelo de mundo seria muito bem estruturado e integrado. Cada vez que adquirimos novas informações ou novos conhecimentos, primeiro testamos os novos dados em nosso modelo de mundo e somente então os organizamos e integramos no modelo geral. Podemos concordar ou não com a nova informação recebida. Quando concordamos, ela se encaixa no modelo; quando não, ela não se encaixa. Se concordarmos somente com parte da informação, analisamos essas partes e encontramos um modo de adequá-las ao nosso modelo. Se não encontrarmos essas maneiras de adequação, simplesmente esquecemos as informações.
Situacionalidade
	A situacionalidade é controlada por todos os fatores que fazem com que um texto seja relevante em uma situação de comunicação. Ela aborda objetivos, crenças gerais, opiniões, convicções, etc. Ela nos ajuda a compreender de que maneira as informações previamente armazenadas sobre as experiências anteriores (modelo de mundo) podem ser usadas de diferentes maneiras. 
Beaugrande&Dressler postulam duas estratégias dominantes para a situacionalidade: monitoramento da situação e gestão da situação. O monitoramento da situação é responsável por fornecer uma descrição objetiva de uma situação, enquanto que a gestão da situação é aquela que nos ajuda a alcançar um objetivo específico. Na situação de comunicação, é comum que alternemos da estratégia 1 para a 2, mas a fronteira entre uma e outra é muito pouco clara. Beaugrande&Dressler discutem doze maneiras distintas de se alternar entre uma estratégia e outra.
Intertextualidade
	A intertextualidade é responsável por classificar as formas através das quais a produção e a recepção de um determinado texto dependem do conhecimento que os participantes têm a respeito de outros textos. Esse conhecimento pode ser aplicado através de um processo descrito em termos de mediação. Aqui, quanto maior o tempo e a duração das atividades de processamento entre o uso do texto atual e os textos previamente produzidos, maior será a mediação. 
Vamos relembrar?
Relacione o pilar a sua conceituação.
As cores estabelecem a relação entre os conceitos e suas definições.
�
�
Vamos praticar?
Que tal agora pensarmos na tradução com base nos pilares que acabamos de discutir?
Texto
Fonte: http://2011academyawardsbymilenarimassa.blogspot.com.br/
Proposta de tradução 
Mostrar somente quando o aluno solicitar.
Fonte das imagens:
Imagem 1: � HYPERLINK "http://www.zun.com.br/fotos/2011/12/bilhete.jpg" �http://www.zun.com.br/fotos/2011/12/bilhete.jpg�
Imagem 2: � HYPERLINK "http://atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com.br/2011/12/analise-de-propaganda-v.html" �http://atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com.br/2011/12/analise-de-propaganda-v.html�
Imagem 3: � HYPERLINK "http://atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com.br/2011/12/analise-de-propaganda-iii.html" �http://atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com.br/2011/12/analise-de-propaganda-iii.html�
Imagem 4: � HYPERLINK "http://odepositodenadas.blogspot.com.br/2012/05/silencio.html" �http://odepositodenadas.blogspot.com.br/2012/05/silencio.html�
Imagem 5: � HYPERLINK "http://poporetto.deviantart.com/art/GOSMIC-comic-strip-Page-1-93647354" �http://poporetto.deviantart.com/art/GOSMIC-comic-strip-Page-1-93647354�
Fonte da imagem: � HYPERLINK "http://www.arborridgeonline.com/2010/10/slow-children-at-play/" �http://www.arborridgeonline.com/2010/10/slow-children-at-play/�
Jack and Jill went up the hill
To fetch a pail of water.
Jack fell down and broke his crown,
And Jill came tumbling after.
Máximas de Paul Grice para um evento comunicativo
Cooperação: Contribua somente quando solicitado;
Quantidade: Dê informações novas em suas contribuições;
Qualidade: Diga somente aquilo que acredita ser verdade;
Relevância: Acrescente somente informações relevantes;
Modo: Organize as contribuições de modo a garantir a clareza.
COESÃO
COERÊNCIA
INTENCIONALIDADE
INFORMATIVIDADE
SITUACIONALIDADE
INTERTEXTUALIDADE
ACEITABILIDADE
É controlada por todos os fatores que fazem com que um texto seja relevante em uma situação de comunicação.
Trata da atitude do leitor diante de um texto coeso e coerente que lhe pareça relevante.
Está relacionada às expectativas das pessoas quando iniciam uma situação de comunicação.
Relaciona-se com a atitude do produtor e sua intenção em construir um texto coesivo e coerenteeu atenda a sua intenção comunicativa.
Preocupa-se com a forma como os componentes do mundo real estão mutuamente acessíveis e relevantes.
Aspecto que garante que os elementos superficiais do texto estejam mutuamente conectados em uma sequência.
Responsável por avaliar situações nas quais a recepção de um texto depende do conhecimento a respeito de outros textos.

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