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APOSTILA BIOLOGIA CELULAR

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CITOLOGIA 
 
A Citologia estuda a célula, sua estrutura e funções. 
No entanto, para podermos entender bem uma célula 
precisamos primeiro conhecer do que ela é 
constituída. 
Neste capítulo será estudado o funcionamento básico 
de uma célula, adquirindo base para avançar nos 
conhecimentos. A célula pode ser comparada, de 
maneira bem simples, com uma fábrica. Através das 
portas da fábrica chega o material que será usado 
para a fabricação de seus produtos, esse processo 
requer o emprego de energia e funcionários 
devidamente preparados para sua função específica. 
Contudo, para que haja um bom funcionamento da 
fábrica é necessário um corpo administrativo, 
responsável por organizar o trabalho de cada 
funcionário e pelo contato com o mundo exterior. 
Tudo isso ocorre no interior da fábrica, que é 
delimitada por seus muros. De maneira semelhante 
encontraremos a vida celular. Delimitada por uma 
membrana (membrana plasmática), responsável por 
separar o conteúdo interno da célula do meio externo, 
encontraremos os organóides (espécie de 
funcionários com atividades específicas), e o núcleo, 
que funciona como o corpo administrativo mantendo o 
bom funcionamento da célula e administrando o 
contato com o meio exterior. Veja abaixo um exemplo 
de uma célula animal. 
 
 
 
A membrana plasmática é uma estrutura celular de 
grande importância. Ela é responsável não apenas 
por determinar os limites de uma célula, mas também, 
porque regula a entrada e saída de substâncias da 
mesma. 
Basicamente a membrana plasmática é constituída de 
moléculas de proteína e lipídios, segundo o modelo 
mais aceito hoje em dia (Modelo do Mosaico Fluido de 
Singer e Nicholson). 
É a membrana plasmática responsável pelos 
processos de transporte de substâncias. Esse 
controle só é possível pois a membrana plasmática 
possui uma característica denominada 
permeabilidade seletiva. 
 
 
 
Componentes químicos da célula: 
 
CONSTITUINTES 
CÉLULAS 
ANIMAIS 
% 
CÉLULAS 
VEGETAIS 
% 
Água 60 75 
Substâncias minerais 4,3 2,45 
Substâncias 
orgânicas 
Glicídios 6,2 18,0 
Lipídios 11,7 0,5 
Proteínas 17,8 4,0 
 
Água 
 
Um dos componentes básicos da célula é a água. A 
água é solvente universal; para que as substâncias 
possam se encontrar e reagir, é preciso existir água. 
A água também ajuda a evitar variações bruscas de 
temperatura, pois apresenta valores elevados de calor 
específico, calor de vaporização e calor de fusão. 
Organismos pecilotérmicos não podem viver em 
lugares com temperaturas abaixo de zero, pois como 
não são capazes de controlar a temperatura do corpo 
a sua água congelaria e os levaria à morte. 
Nos processos de transporte de substâncias, intra e 
extracelulares, a água tem importante participação, 
assim como na eliminação de excretas celulares. 
A água também tem função lubrificante, estando 
presente em regiões onde há atrito, como por 
exemplo, nas articulações. 
 
Variação da taxa de água nos seres vivos. 
 
A quantidade de água varia de acordo com alguns 
fatores: 
1º - Metabolismo: é o conjunto de reações químicas 
de um organismo, podendo ser classificado como 
metabolismo energético e plástico. Quanto maior a 
atividade química (metabolismo) de um órgão, maior o 
teor hídrico. 
Quantidade de água em porcentagens do 
 peso total em alguns órgãos humanos 
 Encéfalo de embrião 92,0 
 Músculos 83,4 
 Cérebro 77,8 
 Pulmões 70,9 
 Coração 70,9 
 Osso 48,2 
 Dentina 12,0 
 
2º - Idade: o encéfalo do embrião tem 92% de água e 
o do adulto 78%. A taxa de água em geral decresce 
com a idade. 
3º - Espécie: na espécie humana há 64% de água e 
nas medusas (água-viva) 98%.Esporos e sementes 
vegetais são as estruturas com menor proporção de 
água (15%). 
 
Sais Minerais 
 
Aparecem na composição da célula sob duas formas 
básicas: imobilizada e dissociada. Apresentam-se sob 
a forma imobilizada como componentes de estruturas 
esqueléticas (cascas de ovos, ossos, etc.). Sob forma 
dissociada ou ionizada aparecem como na tabela 
abaixo: 
 
Cálcio 
(Ca2+) 
Componente dos ossos e dentes. Ativador 
de certas enzimas. Por exemplo : enzimas 
da coagulação . 
Magnésio 
( Mg2+) 
Faz parte da molécula de clorofila; é 
necessário, portanto , à fotossíntese. 
Ferro 
(Fe2+) 
Presente na hemoglobina do sangue, 
pigmento fundamental para o transporte 
de oxigênio. Componente de substâncias 
importantes na respiração e na 
fotossíntese (citocromos e ferrodoxina). 
Sódio 
(Na+) 
Tem concentração intracelular sempre 
mais baixa que nos líquidos externos. A 
membrana plasmática, por transporte 
ativo, constantemente bombeia o sódio, 
que tende a penetrar por difusão. 
Importante componente da concentração 
osmótica do sangue juntamente com o K
. 
Potássio 
(K+) 
É mais abundante dentro das células que 
fora delas. Por transporte ativo, a 
membrana plasmática absorve o potássio 
do meio externo. Os íons sódio e 
potássio estão envolvidos nos fenômenos 
elétricos que ocorrem na membrana 
plasmática, na concentração muscular e 
na condução nervosa. 
Fosfato 
(PO4-3) 
Componente dos ossos e dentes. Está no 
ATP, molécula energética das atividades 
celulares. É parte integrante do DNA e 
RNA, no código genético. 
Cloro 
(Cl-) 
Componente dos neurônios (transmissão 
de impulsos nervosos ). 
Iodo 
(I-) 
Entra na formação de hormônios 
tireoideanos. 
 
Metabolismo 
 
Anabolismo - reações químicas de síntese, que 
"juntando"moléculas simples produzem moléculas 
maiores 
Catabolismo- reações químicas de análise 
(decomposição) que "quebrando" moléculas grandes 
separam suas unidades menores 
 
Glicídios 
 
Os glicídios são também conhecidos como açúcares, 
sacarídeos, carboidratos ou hidratos de carbono. São 
moléculas compostas principalmente de: carbono, 
hidrogênio, oxigênio. Os açúcares mais simples são 
os monossacarídeos, que apresentam fórmula geral 
. O valor de n pode variar de 3 a 7 conforme 
o tipo de monossacarídeo. O nome do açúcar é dado 
de acordo com o número de átomos de carbono da 
molécula, seguido da terminação OSE. Por exemplo, 
triose, pentose,hexose. São monossacarídeos 
importantes: glicose, frutose, galactose, ribose e 
desoxirribose. 
n Fórmula Nome 
3 
 
Triose 
4 
 
Tetrose 
5 
 
Pentose 
6 
 
Hexose 
7 
 
Heptose 
 
A junção de dois monossacarídeos dá origem a um 
dissacarídeo.Ex. sacarose. 
Quando temos muitos monossacarídeos ligados, 
ocorre a formação de um polissacarídeo, tal como o 
amido, o glicogênio, a celulose, a quitina, etc. 
Os glicídios são a fonte primária de energia para as 
atividades celulares, podendo também apresentar 
funções estruturais, isto é, formar estruturas celulares. 
Enquanto as plantas produzem seus próprios 
carboidratos, os animais incorporam-nos através do 
processo de nutrição. 
 
 
Lipídios 
 
A principal propriedade deste grupo de substâncias é 
o fato de serem insolúveis em água. Essas 
substâncias são formadas por C, H e O, mas em 
proporções diferentes da dos carboidratos. 
Fazem parte deste grupo as gorduras, os óleos, as 
ceras e os esteróides. As gorduras e os óleos formam 
o grupo dos triglicerídios, pois, por hidrólise, ambos 
liberam um álcool chamado glicerol e 3 "moléculas" de 
ácidos graxos. O ácido graxo pode ser saturado ou 
insaturado. O saturado é aquele onde há somente 
ligações simples entre os átomos de carbono, como 
por exemplo, o ácido palmítico e o ácido esteárico. O 
ácido graxo insaturado possui uma ou mais ligações 
duplas entre os carbonos, como, por exemplo, o ácido 
oléico. 
R = 10 ou mais átomos de carbono. 
 
Um lipídio é chamado "gordura" quando está no 
estado sólido à temperatura ambiente; caso esteja no 
estadolíquido será denominado "óleo". 
As ceras são duras à temperatura ambiente e macias 
quando são aquecidas. As ceras, por hidrólise, 
liberam "uma" molécula de álcool e ácidos graxos, 
ambos de cadeia longa. 
Os esteróides são lipídios de cadeia complexa. Como 
exemplo pode-se citar o colesterol e alguns 
hormônios: estrógenos, testosterona. 
 
Funções dos lipídios nos seres vivos. 
 
a) são constituintes da membrana plasmática e de 
todas as membranas internas da célula (fosfolipídios); 
 
b) fornecem energia quando oxidados pelas células. 
São normalmente usados como reserva energética; 
 
c) fazem parte da estrutura de algumas vitaminas (A, 
D, E e K); 
 
d) originam alguns hormônios (andrógenos, 
progesterona, etc.); 
 
e) ajudam na proteção, pois as ceras são 
encontradas na pele, nos pêlos, nas penas, nas 
folhas, impedindo a desidratação dessas estruturas, 
através de um efeito impermeabilizante. 
 
 
 
Proteínas 
 
São os principais constituintes estruturais das células. 
Elas têm três papéis fundamentais: 
1º - estruturam a matéria viva(função plástica), 
formando as fibras dos tecidos; 
2º - aceleram as reações químicas celulares (catálise) 
- neste caso as proteínas são chamadas de enzimas 
(catalisadores orgânicos); 
3º funcionam como elementos de defesa (anticorpos). 
As proteínas são macromoléculas orgânicas formadas 
pela junção de muitos aminoácidos (AMINOÁCIDOS). 
Os aminoácidos são as unidades (monômeros) que 
constituem as proteínas (polímeros). Qualquer 
aminoácido contém um grupo carboxila e um grupo 
amina. 
 
 
 
A fórmula geral de um aminoácido está representada 
abaixo: 
 
 
A ligação química entre dois aminoácidos chama-se 
ligação peptídica, e acontece sempre entre o C do 
radical ácido de um aminoácido e o N do radical 
amina do outro aminoácido. 
 
 
Quando a ligação ocorre entre dois aminoácidos 
chamamos a molécula formada de dipeptídio. Quando 
ocorre com três aminoácidos chamamos de 
tripeptídeo. Acima de quatro aminoácidos a molécula 
é chamada de polipeptídio. As proteínas são sempre 
polipeptídios (costuma ter acima de 80 aminoácidos). 
Existem vinte tipos diferentes de aminoácidos que 
fazem parte das proteínas. Um mesmo aminoácido 
pode aparecer várias vezes na mesma molécula. 
 
Aminoácidos essenciais Aminoácidos 
não essenciais 
Histidina (HIS) Alanina (Ala) 
Isoleucina (Iso) Arginina (Arg) 
Leucina (Leu) Asparagina (Asn) 
Lisina (Lis) Ácido aspártico (Asp) 
Metionina (Met) Cisteína (Cis) 
Fenilalanina (Fen) Ácido glutâmico (Glu) 
Treonina (Tre) Glicina (Gli) 
Triptofano (Tri) Glutamina (Gln) 
Valina (Val) Prolina (Pro) 
 
Serina (Ser) 
Tirosina (Tir) 
 
Existem vinte tipos diferentes de aminoácidos que 
fazem parte das proteínas. Um mesmo aminoácido 
pode aparecer várias vezes na mesma molécula. 
Parte desses aminoácidos são essenciais (precisam 
ser obtidos da alimentação), a partir dos quais o 
organismo pode sintetizar todos os demais 
(aminoácidos naturais). 
O que diferencia um aminoácido de outro é o radical 
R se o número de aminoácidos, que formam 
determinada molécula, for superior a 80, 
convencionalmente, ela será chamada de proteína. 
Apesar de existirem somente 20 aminoácidos, o 
número de proteínas possível é praticamente infinito. 
 
 
As proteínas diferem entre si devido: 
a) a quantidade de aminoácidos na molécula, 
b) os tipos de aminoácidos, 
c) a seqüência dos aminoácidos na molécula. 
 
Duas proteínas podem ter os mesmos aminoácidos 
nas mesmas quantidades, porém se a seqüência dos 
aminoácidos for diferente, as proteínas serão 
diferentes. A seqüência dos aminoácidos na cadeia 
polipeptídica é o que chamamos de estrutura primária 
da proteína. Se a estrutura primária de uma proteína 
for mudada, a proteína é mudada. A estrutura primária 
é importante para a forma espacial da proteína. 
O fio protéico (estrutura primária) não fica esticado, 
mas sim enrolado como um fio de telefone (forma 
helicoidal), devido à projeção espacial da ligação 
peptídica.Essa forma é chamada de estrutura 
secundária. 
Em muitas proteínas, a própria hélice (estrutura 
secundária) sofre dobramento sobre si mesma, 
adquirindo forma globosa chamada de estrutura 
terciária. 
É essa estrutura terciária (espacial = tridimensional) 
que determina a função biologicamente ativa, fazendo 
a proteína trabalhar como enzima, anticorpo, etc. 
Vários fatores tais como, temperatura, grau de acidez 
(pH), concentração de sais e outros podem alterar a 
estrutura espacial de uma proteína, sem alterar a sua 
estrutura primária. Este fenômeno é chamado de 
desnaturação. 
 
 
 
 
Uma das funções das proteínas é a função estrutural, 
pois fazem parte da arquitetura das células e tecidos 
dos organismos. 
 
 
PROTEÍNAS ESTRUTURAIS 
PROTEÍNA PAPEL BIOLÓGICO 
 
Colágeno 
Proteína presente nos ossos, 
cartilagens e tendões, e também 
na pele. Aumenta a resistência 
desses tecidos à tração. 
 
 
Queratina 
Recobre a superfície da pele dos 
vertebrados terrestres. É o mais 
abundante componente de unhas, 
garras, corpos, bicos e pêlos dos 
vertebrados. Impermeabilizando as 
superfícies corpóreas, diminuindo a 
desidratação. 
 Actina e 
miosina 
Principais constituintes do músculo. 
Responsáveis pela contratilidade 
do músculo. 
Albumina Proteína mais abundante do 
plasma sangüíneo, conferindo-lhe 
viscosidade, pressão osmótica e 
função tampão. 
Hemoglobina Proteína presente nas hemácias. 
Relacionada ao transporte de 
gases pelas células vermelhas do 
sangue. 
 
ESTRUTURAS PROTÉICAS 
 
 
 
ENZIMAS 
 
Além da função estrutural as proteínas atuam como 
catalisadoras das reações químicas que ocorrem nas 
células. São as enzimas. A maior parte das 
informações contidas no DNA dos organismos, é 
referente à fabricação de enzimas. 
Cada reação que ocorre na célula necessita de uma 
enzima específica, isto é, uma mesma enzima não 
catalisa duas reações diferentes. A especificidade das 
enzimas é explicada pelo modelo da chave (reagente) 
e fechadura (enzima). 
A forma espacial da enzima deve ser complementar à 
forma espacial dos reagentes (substratos). As 
enzimas não são descartáveis, uma enzima pode ser 
usada diversas vezes. A desnaturação de uma 
enzima implica na sua inatividade, pois perdendo sua 
forma espacial ela não consegue mais se encaixar ao 
seu substrato específico. 
 
 
 
O inibidor enzimático tem forma semelhante ao 
substrato (reagente). Encaixando-se na enzima, 
bloqueia a entrada do substrato, inibindo a reação 
química. 
A temperatura é um fator importante na velocidade da 
atividade enzimática. A velocidade da reação 
enzimática aumenta com o aumento da temperatura 
até certo limite, então a velocidade diminui 
bruscamente. Para cada tipo de enzima existe uma 
temperatura ótima. Para os seres humanos, a maioria 
das enzimas tem sua temperatura ótima de 
funcionamento entre 35 e 40º C. 
Muitas enzimas para poderem funcionar precisam de 
um "ajudante" chamado de co-fator. Os co-fatores 
podem ser íons metálicos, como o cobre, zinco e 
manganês. Se o co-fator é uma substância orgânica, 
ele é denominado coenzima. A maioria das vitaminas 
necessárias ao nosso organismo atua como 
coenzima. 
 
 
 
 
 
 
 
Ácidos Nucléicos 
 
 Durante a evolução da célula formou-se uma 
molécula, que hoje sabemos ser o ácido 
desoxirribonucléico (DNA ou ADN): molécula longa, 
formada pela junção de um grande número de 
nucleotídeos, e que contém a informação genética 
codificada. 
O DNA constitui uma espécie de código que 
determina o que uma célula tem. Além disso, o DNA é 
capaz de produzir uma cópia dele mesmo. 
Antes de entrarmos no estudo do DNA propriamentedito, faz-se necessária a compreensão de alguns 
conceitos sobre relação entre cromossomos e DNA. 
 
 
 
Os cromossomos contêm os genes que por sua vez 
são formados por DNA (ácido desoxirribonucléico). 
Estes genes permitem a transmissão das informações 
genéticas de geração a geração. 
O material responsável pelo comando e coordenação 
de toda a atividade celular e pelas divisões celulares e 
transmissões das características hereditárias está 
representado nas células pelos cromossomos. 
Nas células procarióticas, o cromossomo é uma única 
molécula de um ácido nucléico, denominado ácido 
desoxirribonucléico, o DNA. 
Nas células eucarióticas, o cromossomo é formado 
por DNA associado a moléculas de histona, que são 
proteínas básicas. É na molécula de DNA que estão 
contidos os genes, responsáveis pelo comando da 
atividade celular e pelas características hereditárias. 
Cada molécula de DNA contém vários genes 
dispostos linearmente ao longo da molécula. Cada 
gene, quando em atividade, é transcrito em moléculas 
de outros ácidos nucléicos denominados 
ribonucléicos, que comandarão a síntese de 
proteínas. 
Nas células procarióticas, os cromossomos 
encontram-se imersos no próprio citoplasma formando 
uma estrutura denominada nuclóide. Nas células 
eucarióticas os cromossomos encontram-se 
separados do citoplasma pela membrana nuclear ou 
carioteca, em uma estrutura denominada núcleo. A 
presença de carioteca é uma característica típica das 
células eucarióticas, que as distingue das 
procarióticas. Além disso, as células procarióticas não 
apresentam organelas membranosas, como ocorre 
com as eucarióticas. 
A molécula de DNA é constituída por uma seqüência 
de nucleotídeos, que por sua vez é formado por três 
diferentes tipos de moléculas. Vemos, pois, a 
estrutura de um nucleotídeo 
 
 
A orientação das ligações entre as três moléculas 
constituintes dos nucleotídeos é essencial para se 
determinar o sentido da dupla fita de DNA. 
A ligação entre a base nitrogenada e a pentose 
Esta ligação é feita covalentemente através de uma 
ligação N-glicosídica com a hidroxila ligada ao 
carbono-1 da pentose. 
 
A ligação entre o grupo fosfato e a pentose 
Esta ligação é feita através de uma ligação fosfoéster 
com a hidroxila ligada ao carbono-5 da pentose 
 
 
 
Para a formação da molécula de DNA é necessário 
que ocorra a ligação entre os nucleotídeos. 
Os nucleotídeos estão ligados covalentemente por 
ligações fosfodiéster formando entre si pontes de 
fosfato. 
O grupo hidroxila do carbono-3 da pentose do 
primeiro nucleotídeo se liga ao grupo fosfato ligado a 
hidroxila do carbono-5 da pentose do segundo 
nucleotídeo através de uma ligação fosfodiéster 
 
 
 
Devido a esta formação a cadeia de DNA fica com 
uma direção determinada, isto é, em uma extremidade 
temos livre a hidroxila do carbono-5 da primeira 
pentose e na outra temos livre a hidroxila do carbono-
3 da última pentose. 
Isto determina que o crescimento do DNA se faça na 
direção de 5' para 3' 
Sabendo-se como são feitas as ligações entre os 
nucleotídeos, formando assim a fita de DNA, podemos 
analisar a estrutura tridimensional do DNA. 
James Watson e Francis Crick postularam um modelo 
tridimensional para a estrutura do DNA baseando-se 
em estudos de difração de raios-X. 
O DNA consiste de duas cadeias helicoidais de DNA, 
enroladas ao longo de um mesmo eixo, formando 
uma dupla hélice de sentido rotacional à direita 
Ainda com base nestes estudos, concluiu-se que na 
dupla hélice as duas fitas de DNA estão em direção 
opostas, isto significa que são antiparalelas. O termo 
antiparalelo deve-se ao fato de que uma das fitas tem 
a direção exata da sua síntese (5'---3') enquanto que 
a outra está invertida (3'----5'). 
Esta conformação em fitas anti-paralelas levará à 
necessidade de mecanismos especiais para a 
replicação do DNA 
 
 
 
Com base na estrutura de dupla hélice do DNA e nas 
características de hidrofobicidade das moléculas, a 
estrutura do DNA fica da seguinte forma: 
O grupo fosfato e o açúcar (parte hidrofílica) - estão 
localizados na parte externa da molécula. 
As bases nitrogenadas (parte hidrofóbica) - estão 
localizadas na parte interna da molécula. 
 A relação espacial entre as duas fitas cria um sulco 
principal e um sulco secundário. 
 
 
 
O pareamento das bases de cada fita se dá de 
maneira padronizada, sempre uma purina com uma 
pirimidina, especificamente: adenina com timina e 
citosina com guanina. 
A proximidade destas bases possibilita a formação de 
pontes de hidrogênio, sendo que adenina forma duas 
pontes de hidrogênio com a timina e a citosina forma 
três pontes com a guanina. 
A dupla hélice é mantida unida por duas forças: 
Por pontes de hidrogênio formadas pelas bases 
complementares 
Por interações hidrofóbicas, que forçam as bases a se 
"esconderem" dentro da dupla hélice. Estudos 
recentes mostram que existem duas formas de DNA 
com a hélice girando para a direita, chamadas A-DNA 
e B-DNA, e uma forma que gira para a esquerda 
chamada Z-DNA. A diferença entre as duas formas 
que giram para a direita está na distância necessária 
para fazer uma volta completa da hélice e no ângulo 
que as bases fazem com o eixo da hélice. 
B-DNA: Tem a dupla hélice mais longa e mais fina. 
Para completar uma volta na hélice são necessários 
10 pares de bases. 
A-DNA: Tem a forma mais curta e mais grossa. Para 
completar uma volta na hélice são necessários 11 
pares de bases. 
Em solução, geralmente o DNA assume a 
conformação B. Quando há pouca água disponível 
para interagir com a dupla hélice, o DNA assume a 
conformação A-DNA. 
Existe uma terceira forma de DNA que difere das duas 
anteriores, pois seu sentido de rotação é para a 
esquerda, este tipo de DNA é chamado de Z-DNA. 
Esta conformação é mais alongada e mais fina do que 
o B-DNA. Para completar uma volta na hélice são 
necessários 12 pares de bases. O DNA, em solução 
com altas concentrações de cátions, assume a 
conformação Z-DNA. 
Em eucariotes o DNA tende a assumir a conformação 
Z-DNA devido a metilação do DNA. 
 
Duplicação do DNA 
 Replicação do DNA é o processo de auto-
duplicação do material genético mantendo assim o 
padrão de herança ao longo das gerações. 
Duas teorias tentaram explicar a replicação do DNA: 
Teoria conservativa: Cada fita do DNA sofre 
duplicação e as fitas formadas sofrem pareamento 
resultando num novo DNA dupla fita, sem a 
participação das fitas "parentais" (fita nova com fita 
nova formam uma dupla hélice e fita velha com fita 
velha formam a outra dupla fita). 
Teoria semiconservativa: cada fita do DNA é 
duplicada formando uma fita híbrida, isto é, a fita 
velha pareia com a fita nova formando um novo DNA; 
de uma molécula de DNA formam-se duas outras 
iguais a ela. Cada DNA recém formado possui uma 
das cadeias da molécula mãe, por isso o nome 
semiconservativa 
 
 
 
A molécula do DNA vai-se abrindo ao meio, por ação 
de uma enzima chamada DNA polimerase. Essa 
enzima quebra as ligações de pontes de hidrogênio 
existentes entre as duas bases nitrogenadas das 
cadeias complementares de nucleotídeos. 
Ao mesmo tempo em que o DNA polimerase vai 
abrindo a molécula de DNA, outra enzima chamada 
DNA ligase vai ligando um grupo de nucleotídeos que 
se pareiam com os nucleotídeos da molécula mãe. 
Além da capacidade de duplicação o DNA também é 
responsável pela síntese de outro ácido nucléico 
muito importante para a célula: o ácido ribonucléico 
ou RNA. Da mesma forma que o DNA, o RNA 
também é uma molécula grande formada por várias 
partes menores chamadas nucleotídeos. Por isso diz-
se que tanto DNA como RNA são polinucleotídeos. 
 
Mutações Gênicas 
 
Em 1941, os pesquisadores Beadle e Tatum, fazendo 
experiências com um tipo de bolor de pão, aNeurospora sp, observaram que nem sempre a 
autoduplicação do DNA ocorria de modo perfeito. O 
bolor crescia num meio de cultura contendo açúcar e 
diversos sais inorgânicos. Seus esporos eram 
submetidos a raios X e alguns deles passavam depois 
a produzir bolores com novas características. Por 
exemplo, alguns perdiam a capacidade de fabricar 
lisina e só conseguiam sobreviver quando aquele 
aminoácido era acrescentado ao meio de cultura. 
Essa incapacidade foi relaciona com a falta de uma 
enzima necessária para a síntese de lisina. 
Concluíram, então, que os raios X teriam danificado a 
formação daquele tipo específico de enzima. 
Como a produção de uma enzima depende de 
informação codificada no DNA, a conclusão daqueles 
pesquisadores ficou conhecida como a relação "um 
gene - uma enzima". Atualmente, fala-se, com maior 
precisão, na relação "um gene - uma cadeia 
polipeptídica". 
A modificação genética induzida através dos raios X é 
conhecida como mutação. As mutações podem 
resultar de uma alteração na seqüência dos 
nucleotídeos, ou de quebras e mudanças de posição 
dos fragmentos da molécula de DNA. Portanto são 
mutações as alterações numéricas e estruturais dos 
cromossomos, que persistem através das 
autoduplicações, transmitindo-se às células-filhas. 
Existem também erros que ocorrem no RNA, no 
momento das transcrições ou das traduções, e afetam 
somente a própria célula. 
As mutações são produzidas por agentes 
mutagênicos, que compreendem principalmente 
vários tipos de radiação, dentre os quais os raios 
ultravioletas, os raios X e substâncias que interferem 
na autoduplicação do DNA ou na transcrição do 
RNAm, determinando erros nas seqüências dos 
nucleotídeos. 
A lista das substâncias mutagênicas tem aumentado 
muito nos últimos anos, sendo bastante conhecidos o 
gás mostarda, o ácido nitroso, a bromouracila, o 
formaldeído, a nicotina. Vários tipos de câncer podem 
ser produzidos por alterações ocorridas nos ácidos 
nucléicos; por isso os mesmos agentes mutagênicos 
podem ser também cancerígenos. 
 
Síntese de RNA 
 
O RNA (ácido ribonucléico) é o ácido nucléico 
formado a partir de um modelo de DNA. 
O DNA não é molde direto da síntese de proteínas. 
Os moldes para síntese de proteínas são moléculas 
de RNA. Os vários tipos de RNA transcritos do DNA 
são responsáveis pela síntese de proteínas no 
citoplasma. 
Existem três tipos de RNAs: 
RNA mensageiro: Contêm a informação para a 
síntese de proteínas. 
 
Os RNAm representam cerca de 4% do RNA celular 
total. 
RNA transportador: Transporta aminoácidos para 
que ocorra a síntese de proteínas. 
 
 
Os RNAt correspondem a 10% do RNA total da célula, 
e são denominados de adaptadores. 
 
RNA ribossômico: Componentes da maquinaria de 
síntese de proteínas presente nos ribossomos. 
 
 
 
Os RNAr correspondem a 85 % do RNA total da 
célula, e são encontrados nos ribossomos (local onde 
ocorre a síntese protéica). 
Todas as formas de RNA são sintetizadas por 
enzimas (RNA polimerases) que obtêm informações 
em moldes de DNA. 
O RNAr é produzido pelo DNA da região organizadora 
do nucléolo e, associado a proteínas, vai constituir os 
nucléolos. Depois passa ao citoplasma para formar os 
ribossomos. 
O RNAm leva para o citoplasma as informações para 
a síntese das proteínas. Existe um tipo de RNAm para 
cada tipo de cadeia polipeptídica, que vai constituir 
uma proteína. O RNAm transporta a informação 
genética na forma de códons, copiados do DNA; um 
códon consiste em uma seqüência de três 
nucleotídeos. 
O RNAt move-se do núcleo para o citoplasma, onde 
se liga a aminoácidos, e deslocando-se até os 
ribossomos. Apresenta regiões com pareamento de 
bases, que lhe conferem um aspecto de "trevo de três 
folhas". 
Cada molécula de RNAt apresenta uma extremidade 
que se liga a diferentes tipos de aminoácidos e uma 
região com uma seqüência de três nucleotídeos, o 
anticódon, que pode parear com um dos códons do 
RNAm. 
 
Biossíntese das proteínas 
 
Os vários tipos de RNA, transcritos do DNA, que vão 
participar da síntese de proteínas, deslocam-se do 
núcleo para o citoplasma. 
O RNAr, inicialmente armazenado nos nucléolos, 
passa para o citoplasma e , associado a proteínas, 
forma os ribossomos, que se prendem às membranas 
do retículo endoplasmático. Os ribossomos dispõem-
se enfileirados, constituindo os polirribossomos ou 
polissomos, junto dos quais as proteínas vão ser 
sintetizadas. Cada polissomo é também denominado 
unidade de tradução, pois permite a síntese de um 
tipo de polipeptídio. 
O RNAm move-se para o citoplasma e vai ligar-se aos 
polirribossomos. Ele é formado por uma seqüência de 
trios de nucleotídeos, que correspondem a diferentes 
aminoácidos. Cada trio é um códon, e os diferentes 
códons determinam o tipo, o número e a posição dos 
aminoácidos na cadeia polipeptídica. 
 
 
O RNAt desloca-se para o citoplasma, onde se liga a 
aminoácidos, deslocando-os até pontos de síntese 
protéica. Numa determinada região, a molécula de 
RNAt apresenta um trio especial de nucleotídeos, o 
anticódon, correspondente a um códon do RNAm. 
Uma das extremidades da molécula de RNAt só se 
liga a um tipo de aminoácido. 
 
 
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA 
 
Na membrana celular existem estruturas 
especializadas em aumentar a absorção de 
substância e a aderência entre as células ou para 
melhorar movimentos celulares. Algumas 
especializações são microvilosidades, desmossomos, 
interdigitações e glicocálix 
 
MICROVILOSIDADES 
 
 São dobras da membrana plasmática na 
superfície da célula.Calcula-se que cada célula 
possua em média 3.000 microvilosidades. Como 
conseqüência, há um aumento apreciável da 
superfície da membrana em contato com o alimento. 
Isso permite, por exemplo, uma absorção muito mais 
eficiente do alimento ingerido 
 
 
 
INTERDIGITAÇÕES 
 
São saliências e reentrâncias da membrana celular 
que se encaixam em estruturas complementares das 
células vizinhas. 
 
DESMOSSOMOS 
 
São áreas circulares escuras que ocorrem em 
determinados locais das membranas de duas células 
adjacentes. Têm a finalidade de aumentar a 
aderência, mantendo as células firmemente unidas. 
 
 
 
 
 
GLICOCÁLIX 
 
 
 
 A primeira estrutura que encontramos, sem 
precisar penetrar na célula. Ele pode ser comparado a 
uma "malha de lã", que protege a célula das 
agressões físicas e químicas do meio externo. Mas 
também mantém um microambiente adequado ao 
redor de cada célula, pois retém nutrientes e enzimas 
importantes para a célula. 
 É formado, basicamente, por carboidratos e 
está presente na maioria das células animais. 
Funções: proteção, reconhecimento celular, estimula 
formação de anticorpos e aumenta adesão entre as 
células. 
 
FISIOLOGIA DA MEMBRANA 
 
O estudo da superfície celular justifica-se plenamente 
quando tomamos conta do impressionante dinamismo 
que está associado às membranas biológicas e dos 
efeitos nocivos para as células e para o organismo, de 
alterações ocorridas nos componentes básicos 
dessas estruturas celulares. 
Através do adequado conhecimento da composição e 
fisiologia da membrana poderemos compreender 
desde como as células se relacionam com o meio, 
como elas se comunicam, se diferenciam até como 
células doentes são originadas e recuperadas. 
Nesses tempos nos quais usamos medicamentos 
inteligentes e outras terapias moleculares de alta 
especificidade é muito importante elucidarmos os 
componentes aos quais parasitas e drogas se ligam 
antes de invadiram as nossas células 
A dupla camada de lipídios com 5nm de espessura 
contendo blocos protéicos mergulhados parcial ou 
totalmente e com mobilidade ao longo do plano da 
membrana, essa é a idéia da arquitetura da 
membrana ligada ao modelo do MOSAICO FLUIDO.Esse modelo que foi desenhado por observações 
indiretas, explica de modo satisfatório o 
comportamento elétrico e os transportes ativos e 
passivos das substâncias que atravessam as células. 
È aplicável ao movimento de gases, sólidos e líquidos 
hidro e lipossolúveis. 
 
Podemos dizer que os lipídios favorecem o transporte 
passivo e as proteínas realizam a maioria dos 
transportes ativos e também os facilitados. 
 
Por serem moléculas ANFIPÁTICAS os 
FOSFOLIPÍDIOS dispõem-se espontaneamente em 
bicamadas permitindo a passagem tanto da água 
como a de solventes orgânicos. A fluidez promovida 
por esses lipídios, permite movimentos dos mesmos 
tanto ao longo de uma monocamada (mais freqüente), 
como de uma monocamada para outra – flip-flop- 
mais raramente. A fluidez pode ser modificada pela 
alteração na composição lipídica de acordo com a 
variação da temperatura do meio. Os lipídios da 
membrana são sintetizados no Retículo 
Endoplasmático Liso e transportados para a superfície 
celular. 
 
Podemos afirmar que as proteínas são 
essencialmente a “impressão digital” da membrana 
celular e as funções mais refinadas realizadas pela 
superfície da célula são executadas por esses 
componentes. O teor de proteínas na membrana varia 
desde 20% até 80% e o mais comum é termos 
aproximadamente 50%. Embora o número absoluto 
de moléculas de proteínas seja inferior ao de lipídios 
elas são maiores e mais diversificadas. De acordo 
com o processo de diferenciação sofrido pela célula e 
portanto, dos genes que estão ativados as proteínas 
presentes nesta célula irão garantir forma e função 
específica à superfície. 
 
 
Existem proteínas PERIFÉRICAS e INTEGRAIS. 
Algumas proteínas associam-se a cadeias 
oligossacarídicas ganhando assim, um papel 
informacional. O grau de penetração da proteína na 
bicamada lipídica determinará se a sua ação será 
restrita a um lado ou aos dois lados da membrana. 
 
Transporte Passivo 
 
Difusão Simples 
 Muitas substâncias penetram nas células ou 
delas saem por difusão passiva, isto é, como a 
distribuição do soluto tende a ser uniforme em todos 
os pontos do solvente, o soluto penetra na célula 
quando sua concentração é menor no interior celular 
do que no meio externo, e sai da célula no caso 
contrário. Neste processo não há consumo de 
energia. Ocorre a favor do gradiente. 
 
 
Difusão Facilitada 
- Algumas substâncias, como a glicose, galactose e 
alguns aminoácidos têm tamanho superior a 8 
Angstrons, o que impede a sua passagem através dos 
poros. São, ainda, substâncias não solúveis em 
lipídios, o que também impede a sua difusão pela 
matriz lipídica da membrana. No entanto, estas 
substâncias passam através da matriz, por transporte 
passivo, contando, para isto, com o trabalho de 
proteínas carregadoras (proteínas transportadoras). 
 
 
 
Osmose 
(osmos= empurrar) É um fenômeno de difusão em 
presença de uma membrana semipermeável. Nele, 
duas soluções de concentrações diferentes estão 
separadas por uma membrana que é permeável ao 
solvente e praticamente insolúvel ao soluto. Há, 
então, passagem do solvente de onde está em maior 
quantidade (solução hipotônica) para onde está em 
menor quantidade (solução hipertônica). 
 
 
 
A célula vegetal, por sua vez é vulnerável aos 
ambientes hipertônicos. A saída da água contida no 
seu vacúolo, provoca uma diminuição do volume 
celular e, conseqüentemente, o afastamento da 
membrana plasmática relativamente à parece celular. 
Este fenômeno designa-se comumente por 
plasmólise. 
 
 
 
TRANSPORTE ATIVO 
 
Permite concentração de seus substratos contra 
gradientes de concentração ou de potencial 
eletroquímico 
Necessitam de energia, portanto relacionam-se com 
processos de metabolismo energético; inibidos por 
qualquer substâncias intermitente ao metabolismo 
 
Transporte Ativo Primário 
 
Diretamente relacionado com metabolismo celular, 
utilizando ATP para energizar transporte ativo 
Na+/ K+ ATPase usa para intercambiar sódio e 
potássio 
Transporte Ativo Secundário 
 
Gradiente de concentração criado pela Na+/ K+ 
ATPase leva a uma “reserva” de potencial químico 
utilizado por outras substâncias 
 Absorção de glicose e aminoácidos pelo epitélio 
intestinal 
 
 
 
ENDOCITOSE/ EXOCITOSE 
 
 Na endocitose, o movimento de partículas e 
moléculas grandes através da membrana a qual 
projeta-se emitindo pseudópodos. Pseudópodos 
fundem-se e englobam a partícula, formando uma 
vesícula fagocítica. Na exocitose, as partículas são 
exteriorizadas por endocitose reversa 
 
 
Fagocitose de um paramécio por uma ameba 
 
Citoplasma 
 
Os componentes do citoplasma 
O citoplasma é constituído por um material mais ou 
menos viscoso , chamado hialoplasma. Nele estão 
mergulhadas estruturas consideradas vivas, os 
orgânulos do citoplasma. Citoesqueleto são fibras de 
proteínas finíssimas no hialoplasma. 
 
Hialoplasma 
 
Quimicamente o hialoplasma é constituído de água e 
moléculas de proteína, formando uma dispersão que 
os químicos chamam de colóide. A região mais 
externa do citoplasma é o ectoplasma que é bastante 
viscoso. A parte interna do hialoplasma é o 
endoplasma ou citosol que é mais fluida e 
característica de colóide no estado de sol. 
Ciclose - É uma corrente citoplasmática orientada 
num certo sentido, sendo bem visível especialmente 
no endoplasma de muitas células vegetais. A 
velocidade da ciclose é aumentada pela elevação da 
luz e da temperatura. 
Movimento amebóide - É o movimento das amebas 
e dos glóbulos brancos que são capazes de formar 
pseudópodos. Tudo se passa como o pseudópode se 
destruísse na parte traseira e se reconstruísse na 
dianteira, dessa forma a ameba se locomove. 
 
Retículo endoplasmático – 
Sistema de membranas duplas, lipoprotéicas que 
constituem às vezes, sacos achatados e, outras vezes 
túbulos. Conhecem-se dois tipos de retículos: O 
retículo endoplasmático liso, constituído apenas por 
membranas e o retículo endoplasmático rugoso que 
possui aderidos ao lado externo das membranas 
grânulos chamados ribossomos. O retículo 
endoplasmático liso tem algumas funções bem óbvias: 
1. Facilitar reações enzimáticas - As enzimas ficam 
associadas as sua membrana. 
2. Promover a síntese de lipídios na célula - O retículo 
produz triglicerídios, fosfolipídios e esteróides. 
3. Transportar substâncias no interior da célula, desta 
para o meio e vice-versa - suas membranas se 
comunicam com a carioteca e a membrana plasmática 
movimentando-se. 
3. Regular a pressão osmótica - o retículo para regular 
a pressão osmótica retira o hialoplasma e armazena 
substâncias em suas cavidades. 
4. Armazena substâncias produzidas - Os vacúolos 
das células vegetais são partes hipertrofiadas do 
retículo dessas células onde armazenam: água, sais, 
açúcares e pigmentos. 
Quanto ao retículo rugoso além de desempenhar 
todas as funções do retículo liso ele ainda sintetiza 
proteínas, devido a presença de ribossomos. 
 
 
 
Ribossomos 
 
 Podem ser encontrados livremente no hialoplasma, 
ou então presos uns aos outros por uma fita de RNA; 
neste caso são chamados polissomos ou 
polirribossomos. Cada ribossomo é constituído por 
duas subunidades. Quimicamente essas estruturas 
são constituídas por RNA e proteínas. Os ribossomos 
quando associados a uma fita de RNA , juntam os 
aminoácidos de citoplasma para formar cadeias de 
proteínas. 
 
 
 
 
Complexo de Golgi – 
 
O complexo de Golgi de uma célula é constituído de 
várias unidades menores, os dictiossomos. Cada 
dictiossomo é composto por uma pilha de cinco ou 
mais sacos achatados, feitos de membrana dupla 
lipoprotéica, e disposto de forma regular. Nas bordas 
dos sacos podem ser observadas vesículas em 
processo de brotamento, se difere doretículo 
endoplasmático liso devido ao empilhamento regular 
dos sacos achatados enquanto os componentes do 
retículo se distribuem de forma irregular na célula. Os 
papéis do complexo de Golgi: 
Secreção da célula de ácino pancreático –que são 
pequenas estruturas glandulares que secretam as 
enzimas do suco pancreático. 
- Secreção de muco das células caliciformes do 
intestino - Na mucosa intestinal, existem células 
especiais em forma de cálice que produzem um 
liquido lubrificante e protetor, chamado muco. O muco 
é um material complexo, constituído principalmente 
por glicoproteínas (proteínas ligadas a 
polissacarídeos) 
- O complexo de Golgi também é responsável pela 
secreção da primeira parede que separa duas células 
vegetais em divisão. 
- O acrossomo do espermatozóide é secretado pelo 
complexo de Golgi. O complexo de Golgi origina os 
lisossomos, vesículas cheias de enzimas. 
 
 
 
Lisossomo e seu papel 
 
São pequenas vesículas , que contém enzimas 
digestivas de todos os tipos. Essas enzimas digerem 
material que a célula engloba e, ocasionalmente, 
elementos da própria célula. 
As enzimas lisossômicas são produzidas no retículo 
rugoso, passam para o complexo de Golgi, onde são 
empacotadas e liberadas na forma de vesículas ( 
lisossomos primários). Quando uma partícula de 
alimentos é englobadas por endocitose, forma-se um 
vacúolo alimentar, um ou mais lisossomos fundem-se 
no fagossomo despejando enzimas digestivas nele, 
assim forma-se o vacúolo digestivo e as moléculas 
provenientes da digestão se fundem no citoplasma. O 
vacúolo cheio de resíduos é chamado de vacúolo 
residual. 
 
Funções dos Lisossomos: 
 
a) Heterofágica: substancias que entram na célula e 
são digeridas pelos lisossomos. Ex: fagocitose e 
pinocitose 
b) Autofágica: Os lisossomos digerem estruturas da 
própria célula. Ex: organelas que perdem sua função 
e são digeridas ou em casos de subnutrição celular. 
c) Autólise: Os lisossomos rompem-se e matam as 
células como caso da silicose, doença pulmonar 
causada por inalação de pó de sílica, destruindo 
regiões do pulmão. 
O processo no qual a célula promove sua 
autodestruição de modo programado é chamado 
apoptose. Esse fenômeno é importante na 
embriogênese, no desenvolvimento do sistema 
imunológico e na diferenciação celular, entre outros. 
Na apoptose, as células encolhem e a cromatina é 
compactada, formando massas concentradas nas 
bordas do núcleo, que se parte, levando à formação 
de vesículas apoptóticas. Essas são fagocitadas por 
macrófagos antes que se desintegrem. Em indivíduos 
adultos, se a multiplicação das células não é 
compensada pelas perdas, os tecidos e órgãos 
crescem sem controle, levando ao câncer. 
Nas células estudadas, várias enzimas proteases, 
chamadas caspases, têm papel central na apoptose. 
Essas ativam proteínas tóxicas e destroem proteínas 
essenciais ou aquelas que protegem a célula da 
apoptose, levando à sua destruição. 
Pesquisas mostram que neurônios e fibras 
musculares são mais resistentes à apoptose porque 
sua perda seria danosa ao organismo. Já células 
substituídas com facilidade, como as do sangue, são 
mais propensas a morrer desse modo. A explicação 
para isso está no gene que codifica a proteína Bcl-2, 
que impede a apoptose em diversos tipos de célula, 
bloqueando a enzima caspase. 
 
 
Distúrbios no controle da apoptose podem levar a 
uma série de doenças. A apoptose excessiva pode 
causar doenças neurodegenerativas (mal de 
Alzheimer e mal de Parkinson) e osteoporose. Já a 
ausência de apoptose pode levar a doenças auto-
imunes, como lupus eritematoso sistêmico, infecções 
viróticas prolongadas (herpes vírus) e câncer. 
 
Peroxissomos 
 
São estruturas em forma de vesículas, semelhantes 
ao lisossomos, contendo certas enzimas relacionadas 
a reações que envolvem oxigênio. Uma das enzimas 
é a catalase, que facilita a decomposição da água 
oxigenada em água e oxigênio. Além disso os 
grandes peroxissomos existentes nos rins e no fígado 
têm um importante papel na destruição de moléculas 
tóxicas. 
 
 
Mitocôndrias 
 
São pequenos orgânulos existentes apenas em 
células eucariontes . A membrana interna da 
mitocôndria apresenta dobras chamadas cristas 
mitocondriais, No interior da mitocôndria é repleto de 
um material de consistência fluida, chamada matriz 
mitocondrial. O papel da mitocôndria é a liberação de 
energia indispensável para o trabalho celular. 
 
 
 
 
 
Plastos 
 
São orgânulos citoplasmáticos exclusivo de células 
vegetais. Os plastos podem ser incolores 
(leucoplastos) ou possuir pigmentos. Os leucoplastos 
são relacionados com a reserva de alimentos . A 
coloração de muitos órgão vegetais, como flores 
frutas e folhas deve-se aos cromoplastos. Nos 
cloroplastos ocorre a fotossíntese os xantoplastos e 
os eritroplastos atuam com filamentos protetores. 
 
Cloroplastos 
 
No interior do cloroplasto é preenchido com material 
amorfo , o estroma. Neste ficam mergulhadas 
lamelas, dispostas de maneira mais ou menos 
paralela ao eixo maior do cloroplasto. Perto das 
lamelas se encontra o tilacóide, que lembra pilhas de 
moedas. Cada pilha é chamada de granum. O 
conjunto deles se chama de grana. A clorofila fica 
concentrada principalmente nos grana. 
 
 
 
 
 
CITOESQUELETO: 
 
Microfilamentos e microtúbulos 
 
Ao conjunto de filamentos que forma a rede 
hialoplasmática dá-se o nome de citoesqueleto. Os 
microfilamentos são constituídos de uma proteína 
chamada actina. Os microtúbulos são constituídos de 
uma proteína chamada tubulina. Há dois exemplos 
em que o citoesqueleto é bastante conhecido: na 
contração muscular, e no batimento dos cílios e 
flagelos. 
 
Os Centríolos 
 
São orgânulos citoplasmáticos encontrados em todas 
as células com exceção do organismos procariontes e 
dos vegetais que produzem fruto. Cada centríolo é 
formado por nove túbulos triplos ligados entre si 
formando um tipo de cilindro. Cada túbulo é um 
microtúbulo. Um diplossomo é dois centríolos 
dispostos perpendicularmente. Hoje sabemos que os 
centríolos originam os cílios e os flagelos, estruturas 
contráteis que possibilita movimentos. 
 
Cílios e os flagelos 
 
São estruturas móveis, que podem ser encontradas 
tantos em unicelulares como em organismos 
complexos. Os cílios são numerosos e curtos e os 
flagelos são longos, existindo um, ou poucos numa 
célula. Papéis: mais importantes: permitir a locomoção 
da célula ou do organismo no meio líquido, bem 
como, possibilitar ao meio aquoso deslizar sobre a 
célula ou o organismo 
 
 
 
Estrutura dos cílios e flagelos 
 
 
 
Os vacúolos 
 
Qualquer pedaço no citoplasma delimitado por um 
pedaço de membrana lipoprotéica. As variedades 
mais comuns são: 
Vacúolos relacionados com a digestão intracelular 
Vacúolos contráteis (ou pulsáteis) 
Vacúolos vegetais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As inclusões 
 
São formações não vivas existentes no citoplasma, 
como grãos de amido gotas de óleo. O conjunto de 
inclusões denomina-se paraplasma. A seqüência das 
estruturas formadas durante a digestão intracelular é: 
Vacúolo alimentar, vacúolo digestivo e vacúolo 
residual. 
A diferença entre peroxissomos e lisossomos é que os 
peroxissomos liberam enzimas responsáveis à 
destruição de moléculas tóxicas que possuem 
oxigênio e lisossomos contém as enzimas se 
relacionam a digestão intracelular. 
Vacúolo autofágico é um verdadeiro vacúolo digestivo 
que fazem reciclagem e renovação do material 
celular. 
 
 
 
Célula 
Eucariotica 
animal 
Célula 
Eucariótica 
vegetal 
Célula 
Procariótica de 
bactéria 
 
 
NÚCLEO CELULAR 
 
ESTRUTURA DO NÚCLEO 
 
Núcleo, o cérebro da célula. É ele que possuitodas as 
informações genéticas, comanda e gerencia toda a 
célula. Dentro dele, está localizado um ácido 
chamado DNA (ácido desoxirribonucléico). Este, 
formado por uma dupla hélice de nucleotídeos 
(formado por uma molécula de açúcar ligada a uma 
molécula de ácido fosfórico e uma base nitrogenada. 
O DNA é responsável por toda e qualquer 
característica do ser vivo. É ele que manda fazer as 
proteínas, determina a forma da célula etc. No 
homem, o DNA é que diz de que cor será os olhos, o 
tamanho dos pés etc. 
O núcleo é composto por uma carioteca, cromatina, 
nucléolos. A carioteca é um tipo de membrana 
plasmática composta por duas membranas 
lipoprotéicas. Essa membrana possui vários poros em 
sua superfície. Esses são compostos por uma 
complexa estrutura protéica que funciona como uma 
válvula que escolhe que substância deve entrar e qual 
deve sair. 
A cromatina é um conjunto de fios formados por uma 
longa molécula de DNA associada a moléculas de 
histonas chamadas de cromossomos. É aonde parte 
das informações estão guardadas. Por último, o 
nucléolo é um corpo redondo e denso, constituído por 
proteínas, RNA e um pouco de DNA. É dentro dele 
que se forma os ribossomos, presentes em toda a 
célula. 
 
 
 
 
 
 
p
membrana 
crom
suco 
Nucl 
 
 
 
 
Componentes do Núcleo Interfásico 
 
Membrana Nuclear 
sinonímia: carioteca, nucleolema ou cariolema 
Características: 
 
a) Delgada 
b) Elástica 
c) Lipoprotéica 
d) Não se regenera quando lesada 
e) Presente som,ente quando a céula não está 
se dividindo 
f) 
 
Suco Nuclear 
sinonímia: matriz nuclear nucleoplasma ou 
carioplasma, nucleolinfa ou cariolinfa 
 
Características: 
 
É uma solução coloidal, com características 
semelhantes ao hialoplasma, especialmente rica em 
nucleotídeos e ácidos nucléicos 
Nucléolo 
Organela nuclear formada por proteínas, RNA e 
pequena quantidade de DNA. É sede da síntese de 
RNA ribossômico (RNAr). Esta ocorre nas regiões 
organizadoras de nucléolos presentes em 
determinados cromossomos. Não apresenta 
membrana envolvente. Só está presente quando a 
célula se encontra em interfase. 
 
 
CROMOSSOMOS 
São filamentos nucleares formados por DNA e 
proteínas ao longo dos quais encontram-se 
distribuídas as unidades de fatores hereditários 
denominadas genes. 
 
CROMONEMAS 
São cromossomos longos, finos, desespiralizados, 
descondensados e não individualizados presentes 
no núcleo de uma célula em interfase. 
 
•••• EUCROMATINA 
É a porção desespiralizada de um cromonema. 
 
•••• HETEROCROMATINA 
É a região espiralizada de um cromonema. 
 
CROMÁTIDES IRMÃS 
São cromátides de um mesmo cromossomo e que 
estão unidas através do centrômero. 
 
•••• CENTRÔMERO 
Região que une as cromátides irmãs de um 
cromossomo duplicado e, através da qual ele irá 
prender-se às fibras do fuso durante a divisão 
celular. 
 
 
 
 
Cromatina 
 
É o conjunto de cromossomos presentes no núcleo 
de uma célula em interfase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
•••• CARIÓTIPO 
Exame que nos fornece informações sobre a 
quantidade, tamanho, forma e integridade dos 
cromossomos de um indivíduo 
 
 
cromátides irmãscromonema 
heterocromatina 
eucromatina 
interfase 
CARIÓTIPO MASCULINO: 44, XY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARIÓTIPO FEMININO: 44, XX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS CROMOSSOMOS 
QUANTO À POSIÇÃO DO CENTRÔMERO 
 
(a) Metacêntrico 
(b) Sub-metacêntrico 
(c) Acrocêntrico 
(d) Telocêntrico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULAS DIPLÓIDES 
São aquelas que possuem quantidade diplóide de 
cromossomos. 
Exs.: células somáticas de animais e plantas e 
algumas células germinativas de animais. 
 
CÉLULAS HAPLÓIDES 
São aquelas que possuem quantidade haplóide de 
cromossomos. 
Exs.: células somáticas de algumas algas e fungos 
e algumas células germinativas de animais, entre 
as quais os gametas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIVISÃO CELULAR 
 
CICLO CELULAR - MEIOSE E MITOSE 
Sabemos que a reprodução é uma propriedade 
fundamental das células. As células se reproduzem 
através da duplicação de seus conteúdos e posterior 
divisão em duas células filhas, este processo é a 
garantia de uma sucessão contínua de células 
identicamente dotadas. 
Em organismos unicelulares, existe uma pressão 
seletiva para que cada célula cresça e se divida o 
mais rápido possível, porque a reprodução celular é 
responsável pelo aumento do número de indivíduos. 
Nos organismos multicelulares, a produção de novas 
células através da duplicação permite a divisão do 
trabalho, no qual grupos de células tornam-se 
especializados em determinada função. Essa 
multiplicação celular porém, tem que ser regulada 
porque a formação de novas células tem que 
compensar a perda de células pelos tecidos adultos. 
Um indivíduo adulto possui 10 x1013 , todas derivadas 
de uma única célula, o óvulo fecundado. Mesmo em 
um organismo adulto, a multiplicação celular é um 
processo contínuo. O homem possui 2,5x1013 
eritrócitos, cujo tempo de vida médio e de 107 
segundos (120 dias) para manter esses níveis 
(n) 
 
(n) 
cromossomos 
homólogos 
(2n) 
constantes são necessárias 2, 5 milhões de novas 
células pôr segundo. Apesar de inúmeras variações 
existentes, os diferentes tipos celulares apresentam 
um nível de divisão tal que é ótimo para o organismo 
como um todo, porque o que interessa é a 
sobrevivência do organismo como um todo e não de 
uma célula individual. Como resultado as células de 
um organismo dividem -se em níveis diferentes. 
Algumas, como os neurônios nunca se dividem. 
Outras, como as epiteliais, dividem-se rápida e 
continuamente. 
CICLO CELULAR OU CICLO DE DIVISÃO 
CELULAR 
O ciclo celular compreende os processos que ocorrem 
desde a formação de uma célula até sua própria 
divisão em duas células filhas. A principal 
característica é sua natureza cíclica. O estudo 
clássico da divisão celular estabelece duas etapas no 
ciclo celular; de um lado aquela em que a célula se 
divide originando duas células descendentes e que é 
caracterizada pela divisão do núcleo (mitose ) e a 
divisão do citoplasma (citocinese). A etapa seguinte, 
em que a célula não apresenta mudanças 
morfológicas, é compreendida no espaço entre duas 
divisões celulares sucessivas e foi denominada de 
interfase. 
Pôr muito tempo os citologistas preocuparam-se com 
o período de divisão, e a interfase era considerada 
como uma fase de repouso. Mais tarde observou-se, 
no entanto, que a interfase era uma fase de atividade 
biossintética intensa, durante a qual a célula duplica 
seu DNA e dobra de tamanho. O estudo do ciclo 
celular sofreu uma revolução nos últimos anos. No 
passado o ciclo era monitorado através de M.O e o 
foco de atenção era a segregação dos cromossomos 
que é a parte microscopicamente visível. 
Técnicas especiais de estudo como a radiautografia 
permitiram demonstrar que a duplicação do DNA 
ocorre em determinado período da interfase o que 
permitiu a divisão da interfase em 3 estágios 
sucessivos, G1, S e G2, o que compreende em geral 
cerca de 90% do tempo do ciclo celular. 
Onde G1 compreende o tempo decorrido entre o final 
da mitose e inicio da síntese. O período S 
corresponde ao período de duplicação do DNA e o 
período G2, o período entre o final da síntese e o 
inicio da mitose. 
PERÍODO G1: Este período se caracteriza por uma 
intensa síntese de RNA e proteínas, ocorrendo um 
marcante aumento do citoplasma da célula - filha 
recémformada. É nesta fase que se refaz o 
citoplasma, dividido durante a mitose. 
No período G1 a cromatina esta esticada e não 
distinguível como cromossomos individualizados ao 
MO. Este é o estágio mais variável em termos de 
tempo. Pode durar horas, meses ou anos. Nos tecidos 
de rápida renovação, cujas células estão 
constantemente em divisão, o período G1 é curto; 
como exemplo temos o epitélio que reveste o intestino 
delgado, que se renova a cada três dias. Outro tecido 
com proliferação intensa é a medula óssea, onde se 
formam hemácias e certos glóbulos brancos do 
sangue. Todos estes tecidos são extremamente 
sensíveis aos tratamentos que afetam a replicação do 
DNA (drogas e radiações), razão pela qual são os 
primeiros a lesados nos tratamentos pela 
quimioterapia do câncer ou na radioterapia em geral. 
Outros tecidos não manifestam tão rapidamente 
lesões por apresentarem proliferação mais lenta, tal 
como ocorre na epiderme (20 dias) e no testículo (64 
dias). Tecidos cujas células se reproduzem muito 
raramente, como a fibra muscular, ou que nunca se 
dividem, como os neurônios do tecido nervoso, o ciclo 
celular está interrompido em G1 em um ponto 
específico denominado G0. 
PERÍODO S: Este é o período de síntese. 
Inicialmente a célula aumenta a quantidade de DNA 
polimerase e RNA e duplica seu DNA. As duas 
cadeias que constituem a dupla hélice separam-se e 
cada nucleotídeo serve de molde para a síntese de 
uma nova molécula de DNA devido a polimerização 
de desoxirribonucleotídeos sobre o molde da cadeia 
inicial, graças a atividade da DNA polimerase. Esta 
duplicação obedece o pareamento de bases onde A 
pareia com T e C com G e como resultado teremos 
uma molécula filha que é a replica da molécula 
original. A célula agora possui o dobro de quantidade 
de DNA. 
O estudo das alterações provocadas no DNA por 
radiações ultravioletas ou raio X, demonstrou que 
nem sempre o efeito dessas radiações era letal. A 
analise deste fenômeno levou ao conhecimento de 
vários tipos de mecanismos de reparação do DNA das 
células. Nas células normais as alterações produzidas 
por radiações são reparadas antes de terem tempo de 
se transmitirem às células - filhas. Este sistema possui 
grande importância na seleção evolutiva das 
espécies, pois teria uma condição essencial para o 
desenvolvimento de organismos com quantidades 
cada vez maiores de DNA e com maior número de 
células. 
PERÍODO G2: O período G2 representa um tempo 
adicional para o crescimento celular, de maneira que 
a célula possa assegurar uma completa replicação do 
DNA antes da mitose. Neste período ocorre uma 
discreta síntese de RNA e proteínas essenciais para o 
inicio da mitose. É considerado o segundo período de 
crescimento. Apesar desta divisão nos períodos de 
crescimento, atualmente sabe-se que ele é um 
processo continuo, sendo interrompido apenas 
brevemente no período de mitose. 
A célula agora esta preparada para a mitose, que é a 
fase final e microscopicamente visível do ciclo celular. 
CONTROLE DO CICLO CELULAR 
O ciclo celular é regulado pela interação de proteínas. 
Essas proteínas compõem o Sistema de Controle que 
conduz e coordena o desenvolvimento do ciclo 
celular. Essas proteínas surgiram a bilhões de anos e 
tem sido conservadas e transferidas de célula para 
célula ao longo da evolução O ciclo celular em 
organismos multicelulares, é controlado por proteínas 
altamente específicas, denominadas de fatores de 
crescimento. 
Os fatores de crescimento regulam a proliferação 
celular através de uma rede complexa de cascatas 
bioquímicas que por sua vez regulam a transcrição 
gênica e a montagem e desmontagem de um sistema 
de controle. São conhecidas cerca de 50 proteínas 
que atuam como fatores de crescimento, liberados por 
várias tipos celulares. Para cada tipo de fator de 
crescimento, há um receptor específico, os quais 
algumas células expressam na sua superfície e outras 
não. Os fatores de crescimento podem ser divididos 
em duas grandes classes: 1) Os fatores de 
crescimento de ampla especificidade, que afetam 
muitas classes de células, como por exemplo o PDGF 
(fator de crescimento derivado das plaquetas) e o 
EGF (fator de crescimento epidérmico). A segunda 
classe de fatores de crescimento são os estreita 
especificidade, que afetam células específicas. 
A proliferação celular depende, de uma combinação 
específica de fatores de crescimento. Alguns FC estão 
presentes na circulação, porém a maioria dos FC é 
originada das células da vizinhança da célula afetada 
e agem como mediadores locais. Os FC além de 
serem responsáveis pela regulação do crescimento e 
da divisão celular estão também envolvidos em outras 
funções como: sobrevivência, diferenciação e 
migração celular. 
MITOSE 
A mitose (do grego: mitos = filamento) é um processo 
de divisão celular, característico de todas as células 
somáticas vegetais e animais. É um processo 
continuo que é dividido didaticamente em 5 fases: 
Prófase, metáfase, anáfase, telófase, nas quais 
ocorrem grande modificações no núcleo e no 
citoplasma. O desenvolvimento das sucessivas fases 
da mitose são dependentes dos componentes do 
aparelho mitótico 
 
 
 
O aparelho mitótico é constituído pelos fusos, 
centríolos, ásteres e cromossomos. O áster é um 
grupo de microtúbulos irradiados que convergem em 
direção do centríolo. 
As fibras do fuso são constituídas por: 
1. microtúbulos polares que se originam no pólo. 
2. Microtúbulos cinetecóricos, que se originam nos 
cinetócoro 
3. Microtúbulos livres. 
Cada cromossomo é composto por duas estruturas 
simétricas: as cromátides, cada uma delas contém 
uma única molécula de DNA. As cromátides estão 
ligadas entre si através do centrômero, que é uma 
região do cromossomo que se liga ao fuso mitótico, e 
se localiza num segmento mais fino denominado de 
constrição primária. 
FASES DA MITOSE 
 
PROFÁSE: Nesta fase cada cromossomo é composto 
pôr 2 cromátides resultantes da duplicação do DNA 
no período S. Estas cromátides estão unidas pelos 
filamentos do centrômero. A prófase caracteriza-se 
pela contração dos cromossomos, que se tornam 
mais curtos e grossos devido ao processo de 
enrolamento ou helicoidização. Os nucléolos se 
desorganizam e os centríolos, que foram duplicados 
durante a interfase, migram um par para cada pólo 
celular. 
O citoesqueleto se desorganiza e seus elementos vão 
constituir -se no principal componente do fuso mitótico 
que inicia sua formação do lado de fora do núcleo. O 
fuso mitótico é uma estrutura bipolar composta por 
microtúbulos e proteínas associadas. O final da 
Prófase, também é denominada de pré-metáfase, 
sendo a principal característica desta fase, o 
desmembramento do envoltório nuclear em pequenas 
vesículas que se espalham pelo citoplasma. 
O fuso é formado por microtúbulos ancorados nos 
centrossomas e que crescem em todas as direções. 
Quando os MT dos centrossomos opostos interagem 
na Zona de sobreposição, proteínas especializadas 
estabilizam o crescimento dos MT.Os cinetócoros 
ligam-se na extremidade de crescimento dos MT. 
O fuso agora entra na região do nuclear e inicia-se o 
alinhamento dos cromossomos para o plano 
equatorial. 
METÁFASE: Nesta fase os cromossomos duplos 
ocupam o plano equatorial do aparelho mitótico. Os 
cromossomos adotam uma orientação radial, 
formando a placa equatorial. Os cinetócoros das duas 
cromátides estão voltados para os pólos opostos. 
Ocorre um equilíbrio de forças. 
ANÁFASE: Inicia-se quando os centrômeros tornam-
se funcionalmente duplos. Com a separação dos 
centrômeros, as cromátides separam-se e iniciam sua 
migração em direção aos pólos. O centrômero 
precede o resto da cromátide. Os cromossomos são 
puxados pelas fibras do fuso e assumem um formato 
característico em V ou L dependendo do tipo de 
cromossomo.A anáfase caracteriza-se pela migração 
polar dos cromossomos. Os cromossomos movem-se 
na mesma velocidade cerca de 1 micrômetro por 
minuto. Dois movimentos podem ser distinguidos.: Os 
MT cinetecóricos encurtam quando os cromossomos 
aproximam-se dos pólos e 
TELÔFASE: A telófase inicia-se quando os 
cromosomos-filhos alcançam os pólos. Os MT 
cinetecóricos desaparecem e os MT polares alongam-
se. Os cromossomos começam a se desenrolar, num 
processo inverso a prófase. Estes cromossomos 
agrupam-se em massas de cromatina que são 
circundadas pôr cisternas de RE, os quais se fundem 
para formar um novo envoltório nuclear. 
CITOCINESE: Ë o processo de clivagem e separação 
do citoplasma. A citocinese tem inicio na anáfase e 
termina após a telófase com a formação das células 
filhas. 
Em células animais forma-se uma constrição, ao nível 
da zona equatorial da célula mãe, que progride e 
estrangula o citoplasma. Esta constrição é devida a 
interação molecular de actina e miosina e 
microtúbulos. Como resultado de uma divisão mitótica 
teremos 2 células filhas com numero de cromossomos 
iguais a da célula mãe. 
 
 
 
 PRÓFASE 
 
 
 
 
 
 
METÁFASE 
 
 
 
ANÁFASE 
 
 
 
 
TELÓFASE 
 
FASES DA MITOSE EM 
MICORSCÓPIO ÓPTICO 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE SÍNTESE NO CICLO 
CELULAR 
O conteúdo de proteínas total de uma célula típica 
aumenta mais ou menos continuamente durante o 
ciclo. Da mesma maneira a síntese de RNA continua 
constante, com exceção da Fase M, a maioria das 
proteínas são sintetizadas durante as diferentes fases 
do ciclo, portanto o crescimento é um processo 
contínuo e constante, interrompido brevemente na 
fase M, quando o núcleo e a célula se dividem. 
O período mitótico caracteriza-se pela baixa atividade 
bioquímica; durante este período a maior parte da 
atividades metabólicas, e em especial a síntese de 
macromoléculas, esta deprimida. Neste sentido não 
se observou nenhuma síntese de DNA durante o 
período mitótico, enquanto que a intensidade da 
síntese de RNA e proteínas se reduz de maneira 
marcante na prófase, mantendo-se em níveis mínimos 
durante a metáfase e anáfase; com a telófase reinicia-
se a síntese de RNA e no final desta etapa, com o 
começo de G1, se restaura a intensidade de síntese 
de proteínas. É fácil compreender a queda de síntese 
de RNA que caracteriza a mitose, pois a condensação 
da cromatina para formar cromossomos deve 
bloquear a possibilidade de transcrição. 
 
MEIOSE 
Organismos simples podem reproduzir-se através de 
divisões simples. Este tipo de reprodução assexuada 
é simples e direta e produz organismos 
geneticamente iguais. A reprodução sexual por sua 
vez, envolve uma mistura de genomas de 2 
indivíduos, para produzir um indivíduo que diferem 
geneticamente de seus parentais. 
O ciclo reprodutivo sexual envolve a alternância de 
gerações de células haplóides, com gerações de 
células diplóides. A mistura de genomas é realizada 
pela fusão de células haplóides que formam células 
diplóides. Posteriormente novas células diplóides são 
geradas quando os descendentes de células diplóides 
se dividem pelo processo de meiose. 
Com exceção dos cromossomos que determinam o 
sexo, um núcleo de célula diplóide contém 2 versões 
similares de cada cromossomo autossomo, um 
cromossomo paterno e 1 cromossomo materno. 
Essas duas versões são chamadas de homologas, e 
na maioria das células possuem existência como 
cromossomos independentes. Essas duas versões 
são denominadas de homólogos. Quando o DNA é 
duplicado pelo processo de replicação, cada um 
desses cromossomos é replicado dando origem as 
cromátides que são então separadas durante a 
anáfase e migram para os pólos celulares. Desta 
maneira cada célula filha recebe uma cópia do 
cromossomo paterno e uma cópia do cromossomo 
materno. 
Vimos que a mitose resulta em células com o mesmo 
número de cromossomos, se ocorre - se a fusão 
dessas células, teríamos como resultado células com 
o dobro de cromossomos e isso ocorreria em 
progressão. Exemplificando: O homem possui 46 
cromossomos, a fusão resultaria em uma célula com 
92 cromossomos. A meiose desenvolveu-se para 
evitar essa progressão. 
A meiose (meioum = diminuir ) ocorre nas células 
produtoras de gametas. Os gametas masculinos e 
femininos (espermatozóides e óvulos) que são 
produzidos nos testículos e ovários respectivamente 
as gônadas femininas e masculinas. Os gametas se 
originam de células denominadas espermatogônias e 
ovogônias. 
A meiose é precedida por um período de interfase ( 
G1, S, G2 ) com eventos semelhantes aos 
observados na mitose. As espermatogônias e 
ovogônias, que são células diplóides, sofrem 
sucessivas divisões mitóticas. As células filhas dessas 
células desenvolvem ciclo celular, e num determinado 
momento da fase G2 do ciclo celular ocorrem 
alterações que levam as células a entrar em meiose e 
darem origem a células haplóides ou seja células que 
possuem a metade do número (n) de cromossomos 
da espécie. A regulação do processo meiótico inicia-
se durante a fase mitótica, onde se observam: 1) 
Período S longo; 2) aumento do volume nuclear. 
Experimentalmente demonstra-se que eventos 
decisivos ocorrem em G2, devido a ativação de sítios 
únicos para a meiose. Podemos definir meiose como 
sendo o processo pelo qual número de cromossomos 
é reduzido a metade. Na meiose o cromossomo 
produzido possui apenas a metade do número de 
cromossomos, ou seja somente um cromossomo no 
lugar de um par de homólogos. O gameta é dotado de 
uma cópia do cromossomo materno ou paterno. 
A meiose é um processo que envolve 2 divisões 
celulares com somente uma duplicação de 
cromossomos. 
Fases da Meiose 
A meiose ocorre apenas nas células das linhagens 
germinativas (masculina e feminina) e é constituída 
por duas divisões celulares: Meiose I e Meiose II. 
INTERFASE 
 
Antes do início da meiose I as células passam por um 
processo semelhante ao que ocorre durante a 
interfase das células somáticas. Os núcleos passam 
pelo intervalo G1, que precede o período de síntese 
de DNA, período S, quando o teor de DNA é 
duplicado, e pelo intervalo G2. 
 
 
Meiose I 
A meiose I é subdividida em quatro fases, 
denominadas: Prófase I, Metáfase I, Anáfase I, 
Telófase I 
PRÓFASE I 
 
A prófase I é de longa duração e muito complexa. Os 
cromossomos homólogos se associam formando 
pares, ocorrendo permuta (crossing-over) de material 
genético entre eles. 
 
 
 
Vários estágios são definidos durante esta fase: 
Leptóteno, Zigóteno, Paquíteno, Diplóteno e 
Diacinese. 
• Leptóteno 
Os cromossomos tornam-se visíveis como 
delgados fios que começam a se condensar, mas 
ainda formam um denso emaranhado. Nesta fase 
inicial , as duas cromátides- irmãs de cada 
cromossomo estão alinhadas tão intimamente que 
não são distinguíveis. 
• Zigóteno 
Os cromossomos homólogos começam a 
combinar-se estreitamente ao longo de toda a sua 
extensão. O processo de pareamento ou sinapse 
é muito preciso. 
• Paquíteno 
Os cromossomos tornam-se bem mais 
espiralados. O pareamento é completo e cada par 
de homólogos aparece como um bivalente ( às 
vezes denominados tétrade porque contém quatro 
cromátides) 
Neste estágio ocorre o crossing-over, ou seja, a 
troca de segmentos homólogos entre cromátides 
não irmãs de um par de cromossomos 
homólogos. 
• Diplóteno 
Ocorre o afastamento dos cromossomos 
homólogos que constituem os bivalentes. Embora 
os cromossomos homólogos se separem, seus 
centrômeros permanecem intactos, de modo que 
cada conjunto de cromátides-irmãs continua 
ligado inicialmente. Depois, os dois homólogos de 
cada bivalente mantêm-se unidos apenas nos 
pontos denominados quiasmas (cruzes). 
• Diacinese 
Neste estágioos cromossomos atingem a 
condensação máxima. 
METÁFASE I 
 
Há o desaparecimento da membrana nuclear. Forma-
se um fuso e os cromossomos pareados se alinham 
no plano equatorial da célula com seus centrômeros 
orientados para pólos diferentes. 
 
ANÁFASE I 
Os dois membros de cada bivalente se separam e 
seus respectivos centrômeros com as cromátides-
irmãs fixadas são puxados para pólos opostos da 
célula. 
Os bivalentes distribuem-se independentemente uns 
dos outros e, em conseqüência, os conjuntos paterno 
e materno originais são separados em combinações 
aleatórias. 
 
 
TELÓFASE I 
 
Nesta fase os dois conjuntos haplóides de 
cromossomos se agrupam nos pólos opostos da 
célula. 
 
 
Meiose II 
A meiose II tem início nas células resultantes da 
telófase I, sem que ocorra a interfase. A meiose II 
também é constituída por quatro fases: 
PRÓFASE II 
 
É bem simplificada, visto que os cromossomos não 
perdem a sua condensação durante a telófase I. 
Assim, depois da formação do fuso e do 
desaparecimento da membrana nuclear, as células 
resultantes entram logo na metáfase II. 
 
 
 
METÁFASE II 
 
Os 23 cromossomos subdivididos em duas cromátides 
unidas por um centrômero prendem-se ao fuso. 
 
 
ANÁFASE II 
 
Após a divisão dos centrômeros as cromátides de 
cada cromossomo migram para pólos opostos. 
 
 
 
TELÓFASE II 
 
Forma-se uma membrana nuclear ao redor de cada 
conjunto de cromátides

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