Buscar

Crime, Fato Típico, Antijuricidade e Culpabilidade - Breve Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CRIME, FATO TÍPICO E ANTIJURICIDADE
TEXTO DE: ANGELA CRISTINA ÁVIDA MENDES
CRIME: Fato humano voluntário, revestido de tipicidade e antijuricidade, no qual se faltar um
desses requisitos não haverá crime.
FATO TÍPICO: Ação ou omissão que provoca um resultado, no qual este é contrário ao direito.
O fato típico abrange:
1. Conduta: dolosa ou culposa voluntária e consciente voltada para determinada finalidade)
2. Resultado: é importante lembrar que nos crimes de mera conduta, a simples conduta já gera a
consumação do crime, como é o caso da violação de domicilio, ato obsceno, desobediência entre
outros no qual a consumação se dá no momento em que ação é praticada. 
3. Nexo causal: é a relação de causa e efeito entre a conduta e o resultado, vale ressaltar que nos
crimes de mera conduta e nos formais não é exigido à produção do resultado para sua
consumação.
4. Tipicidade: é o enquadramento do caso concreto a norma penal descrita em abstrato.)
No entanto hipoteticamente se o marido enciumado atira em sua mulher com uma arma de fogo e
esta vem a falecer, eis que temos um fato típico, pois houve uma conduta; ação dolosa contra a
vida, temos o resultado que foi a morte, houve uma consequência o liame entre a conduta e o
resultado denominado como nexo causal e eis que temos a tipicidade que é o enquadramento do
fato a uma norma já existente pelo ordenamento, descrita no art. 121, CP. 
ANTIJURICIDADE:
Acontece que apesar de todos esses requisitos ainda sim não há crime, posto que o nosso direito
penal adota a teoria bipartite do crime no qual só interessa o fato típico quando acompanhado da
antijuridicidade (ilicitude). 
Pois bem, já analisamos de uma maneira bem sucinta o primeiro requisito para a caracterização do
crime passamos agora a analisar a antijuridicidade.
A antijuridicidade é a contrariedade da conduta com a norma incriminadora, é um fato
ilícito não aceito pelo ordenamento, entretanto há causas de exclusão da antijuricidade são as
normas permissivas e são encontradas no art.23 do Código Penal.
Quando ocorrer um fato que estiver protegido por uma causa de exclusão de ilicitude, então
sabemos que haverá fato típico, porém não haverá crime, pois falta-lhe um de seus requisitos.
CULPABILIDADE: Reprovação dada pelo ordenamento e pela sociedade à conduta do infrator, o
que se analisa é se o autor receberá uma sanção pelo fato típico e ilícito praticado. A culpabilidade
não é requisito do crime mais apenas pressuposto para a aplicação da pena.
A teoria adotada por nossa legislação sobre a culpabilidade é a teoria normativa pura, no qual reza
que o dolo e a culpa fazem parte da conduta e não da culpabilidade, sendo a culpabilidade, no
entanto mero juízo de reprovação a conduta do agente.
Assim como existem os requisitos do crime, existem os elementos que compõem a culpabilidade a
falta de um destes não subsiste a culpabilidade, são eles:
1. Imputabilidade: Condição de quem tem a capacidade de realizar um ato com pleno
discernimento e responder por eles quando contrários ao direito.
2. Potencial consciência da ilicitude: Trata-se da vontade qualificada do sujeito em praticar um
crime, tendo conhecimento do ilícito.
3. Exigibilidade de conduta diversa: É a possibilidade do “homem médio” naquela situação ter
agido de outra forma e não agiu.
Enquanto na antijuridicidade existem causas justificativas que são previstas no artigo 23 do Código
Penal no qual exclui o crime quando existentes, na culpabilidade existem as dirimentes e quando
presente subsiste o fato típico, porém não a culpa sendo assim haverá a absolvição do réu.
Uma das causas de exclusão da culpabilidade é a inimputabilidade, como preceitua o “art. 26 - É
isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. As causas previstas da
inimputabilidade estão descritas no art. 26, 27 e 28 parágrafo 1°, CP. 
Quando o agente não conhece o caráter ilícito do fato, deve ser absolvido por inexistir
reprovabilidade de sua conduta, as causas que excluem a potencial consciência da ilicitude, estão
previstas no art. 21, do CP.
A inexibilidade de conduta diversa é causa de exclusão da culpabilidade, pois não se exige do
sujeito conduta diversa daquela em que ele praticou, são as hipóteses descritas no art.22, CP. 
Acontece que na nossa legislação existem lacunas, pois o legislador não pode prever todas as
causas possíveis de inexibilidade de conduta diversa, então nestes casos pode o juiz recorrer ao
artigo. 4° da LICC e suprir a falha pela: a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito.
Como ensina o nosso mestre Damásio, “Se o caso é de inexibilidade de conduta diversa e não
encontrando o juiz norma a respeito no direito positivo, pode lançar mão da analogia para
absolver o agente”
PUNIBILIDADE: “Por mais previdente que seja o lesgilador, não pode prever todos os casos em
que a inexibilidade de outra conduta deve excluir a culpabilidade. Assim, é possível a existência de
um fato, não previsto pelo legislador como causa de exclusão da culpabilidade, que apresente
todos os requisitos do principio da não-exigibilidade de comportamento lícito. Daí ser possível a
adoção da teoria da inexibilidade como causa supralegal de exclusão da culpabilidade.” (Damásio
de Jesus)
Por fim, quanto à punibilidade, entende-se que é a possibilidade jurídica de o Estado impor a
sanção, a punibilidade não é requisito do crime mais sua consequência jurídica. Assim à pratica de
um fato típico e antijurídico, sendo culpável o sujeito faz surgir à punibilidade.

Outros materiais