Como se da a alteracão da Constituição Federal BR

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Alteração da Constituição
A constituição pode ser alterada de dois modos, pela mutação constitucional (modo informal) e pela reforma constitucional (modo formal).
A mutação constitucional é um fenômeno informal de alteração semântica do texto constitucional, se dando por causa de uma evolução dos valores da sociedade, dos costumes. Como exemplo, temos as interpretações dadas pela Corte, como o aborto em caso de anencefalia. Outro exemplo é o advento do voto feminino, visto que o artigo 70 da Constituição Federal de 1891 previa que seriam eleitores os cidadãos maiores de vinte e um anos, excluindo, expressamente, os mendigos, analfabetos, praças, religiosos e os inelegíveis. Por meio da interpretação foram excluídas as mulheres. Todavia, no ano de 1932, sem que houvesse qualquer alteração no texto constitucional, o voto feminino foi consagrado.
A reforma constitucional é uma forma de alteração no texto da Constituição por meio de emendas constitucionais aprovadas por votação pelas duas casas do Congresso Nacional, podendo alterar, suprimir ou acrescentar dispositivos constitucionais. Por exemplo, a emenda constitucional número 88, em que altera o art. 40 da Constituição Federal, relativamente ao limite de idade para a aposentadoria compulsória do servidor público em geral, e acrescenta dispositivo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Recepção é um processo abreviado de criação de normas jurídicas, pelo qual a nova Constituição adota as leis já existentes, se com ela compatíveis, dando-lhes validade. As normas anteriores á nova constituição e materialmente compatíveis com ela são recepcionadas pelo Poder Constituinte, que as engloba do mesmo modo que eram, normas infraconstitucionais. 
Repristinação é a  restauração de lei revogada. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora, perdido a vigência. A repristinação só é admitida se for expressa. Se a lei revogadora for considerada inconstitucional, ela é nula, inexistente e nenhum dos seus efeitos são considerados, portanto, não houve a revogação da lei anterior, pelo que a declaração de inconstitucionalidade conduz a repristinação da norma jurídica revogada. Uma lei revogada volta a gozar de  vigência pelo fato da lei que a revogou ser revogada por uma terceira lei.
Desconstitucionalização ocorre quando matérias tratadas pela Constituição anterior não hajam sido tratadas na nova e nesta nova Constituição não se encontra nada que seja obstáculo àqueles artigos existentes na anterior. Nessas condições, os artigos da Constituição substituída permaneceriam em vigência sob a forma de lei ordinária. No Brasil, prevalece a ideia de que para haver a  desconstitucionalização necessitaria de previsão expressa na nova Constituição.