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Prévia do material em texto

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Técnicas de leitura e
 interpretação de textos
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS 
Atividade desenvolvida pela Profª. Luzia S. Dias
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Palavras-chave
Ninguém chega à escrita sem antes ter passado pela leitura. Mas leitura não significa apenas a capacidade de juntar letras, palavras, frases. Ler é compreender a forma como está tecido o texto. Ultrapassar sua superfície e inferir da leitura seu sentido maior, que muitas vezes passa despercebido a uma grande maioria dos leitores. Só uma relação mais estreita do leitor com o texto lhe dará esse sentido. Ler bem exige tanta habilidade quanto escrever bem. Leitura e escrita complementam-se. Lendo textos bem estruturados, pode–se aprender os procedimentos linguísticos necessários a uma boa redação.
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Numa primeira leitura, tem-se uma noção muito vaga do que o autor quis dizer. Uma leitura bem feita é aquela capaz de depreender de um texto a informação essencial. Para isso, faz-se necessário encontrar pistas seguras para localizá-la. Uma boa estratégia é buscar as palavras mais importantes de cada parágrafo. Elas constituirão as palavras-chave do texto, em torno das quais as outras se organizam e criam uma interação de significação para produzirem sentidos.
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As palavras-chave formam o centro de expansão que constitui o alicerce do texto. Tudo deve ajustar-se a elas de forma precisa. A tarefa do leitor é identificá-las, a fim de realizar uma leitura capaz de dar conta da totalidade do texto. 
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Por adquirir tal importância na arquitetura textual, as palavras-chave normalmente aparecem ao longo do texto das mais variadas formas: repetidas, modificadas, retomadas por sinônimos.
Após encontrar as palavras-chave de um texto, deve-se tentar reescrevê-lo, tomando-as como base. Elas constituem seu esqueleto
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Ninguém se enamora se está, mesmo parcialmente, satisfeito com o que tem e com o que é. O enamoramento surge da sobrecarga depressiva, isto é, da impossibilidade de encontrar alguma coisa de valor na vida cotidiana. O “sintoma” da predisposição para o enamoramento não é o desejo consciente de se apaixonar, enamorar, uma forte intenção de enriquecer o existente, mas sentimento profundo de não ser e não ter nada de valor, e a vergonha de não têlo. Esse é o primeiro sinal da preparação para o enamoramento: o sentimento da nulidade e a vergonha da própria nulidade. Por essa razão, o enamoramento é mais frequente entre os jovens, pois estes são profundamente inseguros, não têm certeza de seu valor e muitas vezes se envergonham de si mesmos. E o mesmo é válido em outras idades da vida, quando se perde algo do nosso ser; no final da juventude ou quando começa a velhice. Perde-se irreparavelmente algo de si, fica-se privado de valores, degradado, no confronto com o que se foi. Não é a nostalgia de um amor que nos faz enamorar-nos, mas a certeza de que nada temos a perder transformando-nos naquilo em que nos transformamos; é a perspectiva de ter o nada pela frente. Somente então se estabelece dentro de nós a disposição para o diferente e para o risco, a propensão de nos lançarmos no tudo ou nada que aqueles que de alguma forma estão satisfeitos com o próprio ser não poderão experimentar. 
 ALBERONI, Francesco. Enamoramento e amor. 
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Ninguém se enamora se está, mesmo parcialmente, satisfeito com o que tem e com o que é. O enamoramento surge da sobrecarga depressiva, isto é, da impossibilidade de encontrar alguma coisa de valor na vida cotidiana. O “sintoma” da predisposição para o enamoramento não é o desejo consciente de se apaixonar, enamorar, uma forte intenção de enriquecer o existente, mas sentimento profundo de não ser e não ter nada de valor, e a vergonha de não tê-lo. Esse é o primeiro sinal da preparação para o enamoramento: o sentimento da nulidade e a vergonha da própria nulidade. Por essa razão, o enamoramento é mais frequente entre os jovens, pois estes são profundamente inseguros, não têm certeza de seu valor e muitas vezes se envergonham de si mesmos. E o mesmo é válido em outras idades da vida, quando se perde algo do nosso ser; no final da juventude ou quando começa a velhice. Perde-se irreparavelmente algo de si, fica-se privado de valores, degradado, no confronto com o que se foi. Não é a nostalgia de um amor que nos faz enamorar-nos, mas a certeza de que nada temos a perder transformando-nos naquilo em que nos transformamos; é a perspectiva de ter o nada pela frente. Somente então se estabelece dentro de nós a disposição para o diferente e para o risco, a propensão de nos lançarmos no tudo ou nada que aqueles que de alguma forma estão satisfeitos com o próprio ser não poderão experimentar. 
 ALBERONI, Francesco. Enamoramento e amor. 
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Além de estar presente no título do livro, a palavra enamoramento aparece quatro vezes e é retomada pelo verbo enamorar-se três vezes. É a primeira palavra que nos chama a atenção. Mas não é a única. É preciso descobrir as outras palavras que com ela formarão os pontos nodais do texto, onde está concentrada sua carga de significação. 
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Para explicar o que é o enamoramento,
Alberoni fala:
 do sentimento da nulidade;
 da juventude;
 da velhice.
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 Uma vez encontradas as palavras-chave, deve-se procurar a informação que elas trazem. O autor do texto diz:
1. O enamoramento nasce:
de uma “sobrecarga depressiva”;
de um “sentimento profundo de não ser e não ter nada de valor, e a vergonha de não tê-lo”.
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2. O primeiro sinal para o enamoramento é:
“o sentimento de nulidade”.
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3. Esse sentimento é mais frequente:
na juventude, porque os jovens
 - “são profundamente inseguros”;
 - “não têm certeza de seu valor”;
 - “se envergonham de si mesmos”.
e na velhice, porque é quando
 - “se perde irreparavelmente algo de si”;
 - “fica-se privado de valores”.
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Entre as palavras-chave há uma mais abrangente, da qual podemos partir para esquematizar o texto:
Enamoramento
 Juventude Velhice
 O nada 
 pela frente
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Com os dados recolhidos sobre cada uma dessas palavras é possível resumir o texto de Alberoni numa só frase:
“O enamoramento ocorre com mais frequência na juventude e na velhice, quando o indivíduo experimenta o sentimento de nulidade”.
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 Referência: 
 VIANA, A. (Coord.). Roteiro de redação. São Paulo: Scipione, 1998.

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