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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação Presencial – AP2 Período - 2º sem/2015 Disciplina: Gestão Ambiental Coordenador da Disciplina: Prof. Carlos José Guimarães Cova Data para entrega: __/__/2015 Aluno: ______________________________________________________ Pólo: ________________________________________________________ · Só serão aceitas respostas feitas a caneta esferográfica azul ou preta; Boa sorte! Questão 1 (valor 2,0 pontos): A explosão demográfica, a produção industrial em larga escala, as demandas de consumo cada vez maiores, a competitividade desenfreada por mercados e a ocupação desregrada dos espaços públicos passaram a atuar de forma combinada no sentido de incorporar ao planeta Terra novas formas de poluição do meio ambiente. Assim, ocorrências tais como, por exemplo, o fenômeno do aquecimento global, os recorrentes desastres ecológicos, a extinção de espécies, o crescente despejo de resíduos tóxicos nas águas e na atmosfera, além da ameaça de escassez generalizada de elementos naturais indispensáveis à atividade humana, passaram a despertar na sociedade o interesse pela temática ambiental. Explique o que vem a ser a carrying capacity e como é conhecido o avanço da ação humana sobre o planeta. R: A expansão da atividade humana não poderá ultrapassar um determinado limite ambiental global. Este limite é denominado pela economia do meio ambiente como sendo a carrying capacity, ou seja, capacidade de carga do planeta. O avanço da ação humana sobre os recursos do planeta é conhecido por punção ou ecological footprint (pegada ecológica), e é o resultado do tamanho da população mundial multiplicado pelo consumo per capita dos recursos naturais. (AULA 1) Questão 2 (valor 2,0 pontos): Explique qual é a contrapartida de um dado nível de ação humana sobre o planeta, e diga o papel do progresso técnico sobre esta ação. R: Um dado nível de punção da humanidade vai demandar em contrapartida o uso de uma área mensurável de terra e de água nos diversos ecossistemas, que deverão fornecer os recursos naturais, renováveis ou não, necessários ao consumo humano. Além disso, para efeito de mensuração da capacidade de carga do planeta, deve ser considerada a capacidade que estes ecossistemas possuem para assimilar os rejeitos e descargas gerados pela ação humana, no meio ambiente. Verifica-se que o progresso técnico é capaz de atenuar os efeitos da punção sobre o meio ambiente, mas jamais eliminá-la. É o caso do desenvolvimento de combustíveis menos poluentes ou de filtros de resíduos industriais. O fato é que não será possível ultrapassar a capacidade de carga do planeta sem que sejam gerados efeitos deletérios ao meio ambiente, de magnitudes catastróficas. (AULA 1) Questão 3 (valor 2,0 pontos): Em geral, é possível observar empiricamente que, à medida que ocorre um processo de crescimento econômico numa dada sociedade, os seus membros tendem a ser menos tolerantes com a escassez desses serviços ambientais, que se manifesta com o incremento da poluição. Na verdade, o que ocorre é uma relação entre crescimento econômico e degradação ambiental parecida com um U invertido, de tal forma que, num primeiro momento de elevação da renda per capita, a degradação ambiental aumenta até um certo ponto e depois começa a diminuir. Como é possível explicar esta dinâmica evolutiva (num plano cartesiano) com o formato de U invertido, entre o crescimento econômico, no eixo das abscissas e a degradação ambiental, no eixo das ordenadas? R: Este fenômeno pode ser explicado pelo fato de que, nos estágios iniciais do desenvolvimento econômico, a crescente degradação do meio ambiente é admitida como sendo um efeito colateral ruim, mas necessário, pois a qualidade de vida dos agentes econômicos é muito precária. Porém, quando os atores econômicos atingem um certo nível de bem-estar, eles se tornam mais sensíveis aos efeitos deletérios da degradação do meio ambiente e, por isso, ficam mais dispostos a pagar pela melhoria da qualidade ambiental. Este incremento da disposição a pagar induziria à introdução de inovações tecnológicas, institucionais e organizacionais, com vistas à superação da falha de mercado devida ao caráter público dos serviços ambientais. As soluções ideais para a superação desse problema seriam aquelas que viabilizassem as condições para o livre funcionamento dos mecanismos de mercado. Estas soluções operariam diretamente, por via da eliminação do caráter público dos bens e serviços ambientais, ao serem atribuídos direitos de propriedade sobre eles, bem como poderiam operar indiretamente, por meio da valoração econômica da degradação do meio ambiente e na imposição desses valores sob a forma de taxas cobradas pelo Estado. (AULA 2) Questão 4 (valor 2,0 pontos): É crescente a importância da Política Ambiental em várias áreas de atuação dos gestores públicos e privados. Nos países desenvolvidos, as preocupações com o meio ambiente têm se refletido principalmente no comércio internacional, com o advento de barreiras não-tarifárias nas relações comerciais. Explique o que vem a ser as barreiras não-tarifárias. R: Trata-se de um instrumento de proteção comercial empregado por alguns países para evitar a concorrência estrangeira sobre a indústria doméstica. As mais comuns são as cotas de importação (limitações sobre a quantidade importada) e as restrições de exportação (limitações sobre a quantidade exportada, geralmente impostas pelo próprio país exportador a pedido do país importador). (AULA 5) Questão 5 (valor 2,0 pontos): O EIA deve ser adotado apenas para projetos que, em razão de seu vulto e da incerteza acerca dos seus possíveis impactos, exigem um estudo especial, mais amplo e detalhado, e, por essa razão, mais demorado. Quanto ao conteúdo, o EIA deverá conter um conjunto de itens, com vistas à obtenção do licenciamento ambiental junto ao órgão competente. Enuncie e caracterize estes itens que integram o EIA: R: 1º - um amplo diagnóstico ambiental acerca da área de influência do projeto, descrevendo e analisando todos os recursos ambientais existentes, bem como as suas interações, de tal forma a caracterizar a situação ambiental da área antes da implementação do projeto, levando em consideração o meio físico (ar, água, o subsolo e o clima), o meio socioeconômico, o meio biológico e os ecossistemas naturais. 2º - a análise dos impactos ambientais do projeto e suas alternativas, por meio da identificação, previsão da magnitude e interpretação da relevância dos impactos, de forma a discriminar: impactos positivos e negativos; diretos e indiretos; imediatos e os médio e longo prazos; temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades em termos de cumulatividade (os impactos vão se somando ao longo do tempo) e sinergia; e a distribuição de benefícios sociais. 3º - a definição das medidas que vão mitigar os impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e os sistemas de tratamento de despejos, com a avaliação da eficiência de cada uma delas. 4º - a elaboração de um programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e negativos, com a indicação dos fatores e parâmetros a serem considerados. (AULA 6)
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