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-GOLECAO SUMULAS comentadas Coordena~ao: Roberval Rocha • • -SUMULAS DA AGO Organizadas por assunto, anotadas e comentadas I -SUMULAS DA AGU Organizadas por assunto, anotadas e comentadas I )JI ED ITO RA 'l JusPODIVM www.editorajuspodivm.com.br Rua Mato Grosso, 175 - Pituba, CEP: 41830-151 - Salvador - Bahia Tel: {71) 3363·8617 I Fax: (71) 3363-5050 •E-mail: fa!e€.ileditorajuspodivm.com.br Conselho Editorial: Antonio Gidi, Eduardo Viana. Dirley da Cunha Jr., Leonardo de Medeiros Garcia, Fredie Didier Jr., Jose Henrique Mouta, Jose Marcelo Vigliar. Marcos Ehrhardt JUnior, NestorTtivora, Roberie Nunes FHho, Roberval Rocha Ferreira Filho, Rodolfo Pamptona Filho, Rodrigo Reis Mazzei e Rogerio Sanches Cunha. Capa: Rene Bueno e Daniela Jardim (www.buenojardim.com.b1) Olagramac;ao: Caete Coelho (caete I 984@gmail.com.br) Todo~ os direitos dcstil edii;.'io resc1vados ,1 Edii;Ocs Ju.sPODIVM. Copyright: Edii;Oes JusPODIVM £ termlnantemt!nle proibida a reprodu~.io total ou pa1cial desla obra, por qualquer meio ou processo, sem a (!xpressa autofiza~.'io do autor e da Edi~Oes JmPOOIVM. A viola~ao dos direltos autorals caracteriza crime descrito na leglsla~,'io em vigor, sem p1ejufzo das san~Oes civis cablveis. SUMARIO SOB RE A COLE~AO ................................. 7 APRESENTA~iiO...................................... 9 ESTRUTURA DO LIVRO......................... 11 (APITULO I DIREITO ADMINISTRATIVO................ 15 !. 2. 3. Bens Pl1blicos .... 1 ................................. . Con,curso PUblico ....................... . Contratos Adn1inistrativos ...... .. 4:· Hemunm,ao de Servidores Pliblicos .................................................... . 4.1. Gratifica~Oes ................................ . 4.2. indice de 28,86o/o ....................... . 4.3. Unidade Real de Valor (URV). 4.4. Outros Tcn1as ... 5. Rcssarci1ncnto ao Erilrio ...... . 6. Quadro Sin6ptico ............................... .. (APITULO II DIREITO AMBIENTAL .............•..........•..• 1. Podcr de Policia ................................. .. 2. Quadro Sin6ptico ............................... .. (APITULO Ill DIREITO CONSTITUCIONAL ............... . 1. PrecatOrios ............................................ . 2. Quadro Sin6ptico ............................ . (APITULO IV DIREITO DE TRANSITO ....................... . 1. Procedi111cnto Adn1inistrativo ........ . 2. Quadro Sin6ptico ................................ . CAPITULO V DIREJTO DO TRABALHO ..................... . 1. Reclan1a\ilo Trabalhista .................... . 2. DCbito Tr.1b.1\hist,1 ....... 3, Quadro Sintlptico .. 15 19 29 33 33 37 49 52 64 70 75 75 76 77 77 03 85 85 88 89 09 93 95 CAPITULO VI DIREITO PREVIDENCIARIO................. 97 1. Aposentadoria........................................ 97 1.1. Aposcntadoria no RGPS........... 97 1.2. Aposcntadoria no RJU .............. 101 2. Auxilios...................................................... 104 2.1. Auxilio·Acidente ...................... .. 104 · 2.2. Auxilio·Doen\a............ 107 3. Bencficio de Prestac;<io Continua· da .......................................... ...................... 108 4. 5. 6. Calculo de Beneficios ." .............. :.......... J lo · Contribui\Oes Previdend<irias........ 116 PensOcs ....... 6.1. Ex-Con1batentc .......................... . 6.2. Scrvidor Pllblico Civil .............. . 6.3. Scrvidor PUblico Militar ......... . 7. Procedin1entos Adn1inistrativos ... . 8. Qualidade de Scgurado ................... .. 9. Quadro Sin6ptico ............ .. CAPITULO VII DIREITO PROCESSUAL CIVIL ..........•... 1. Execuc;<io .................................................. . 2. Rccur5os ................................................ .. 3. Procedin1entos Especiais ................. .. 4. 5. Outros Tc1nas ....................................... .. Quadro Sin6ptico .. CAPITULO VIII DIREITO SANITARIO ............................. . 1. lnfrac;Oes Sanitilrias ............................ . 2. Quadro Sin6ptico ................................ . CAPITULO IX DIREITO TRIBUTARIO ......................... . 1. Ccrtid6es Ncgativas ... . 127 127 130 132 133 138 139 143 143 157 161 165 167 169 169 170 171 171 6 2. Multa sobre Massa Falida .................. 3. Quadro Sin6ptico .................................. CAPITULOX LEI ORGANICA DA ADVOCACIA- -GERALDA UNIAO .................................. CAPlTULO XI CONSTITUl~AO FEDERAL DE 1988 .. CAPITULO XII ORIENTA~OES NORMATIVAS .............. -. 175 177 179 225 229 RoaERVAL ROCHA UBIRAJARA (ASADO ALBINO VIEIRA iNDICE CRONOLOGICO REMISSIVO ... iNDICE ALFABETICO REMISSIVO DAS SUMULAS .......................................... iNDICE ALFABETICO REMISSIVO DAS ORIENTA~OES NORMATIVAS ..... APENDICE LEGAL ................................... REFERENCIAS .......................................... 261 269 273 277 279 SOBRE A COLE~Ao "/n1portante ressaJtar a difusii.o que teve a SUn1ula, coma mtftodo de trabalho, pois este parece ser o seu aspecto de maior eficdcia, sup/antando mesmo a sua condirfio de re- pert6rio oficial de jurisprudencia da Alta Corte. Em certo sentido, pode-se dizer que o conteUdo da stimula passa para segundo piano, quando o con1paramos com a sua funriio de metodo de trabalho, revestida de a/guns efeitas processuais, que contribuem para o melhor funcionamento da justira." F/orian6p6/is, 04/09/1981. Victor Nunes Leo/, in "Passodo e Futuro da Stimula do SfF" A colei:ao SUMULAS COMENTADAS traz para os leitores informai:oes objetivas e relevantes. tanto da doutrina con10 da jurisprud€-ncia, sobre a aplicayao dada aos enunciados sun1ulares dos tribunais e das instituiy-Oes mais importantes do pafs. Seu escopo C levar, aos estudiosos, aos operadores do direito e 3queles que lidam corn os 6rg.1os das mais diversas esferas de atuayao governamental, as m3ximas da sistematiza~ao judicial e administrativa, cujos textos intentam orientar, da n1aneira n1ais racional posslvel, a atua~ao dos entes estatais no cu1npritnento de se mU.nus constitucional. VOLUMESDACOLE~O SUmulas do STF Enundados do CJF Enunc!ados das CCR·MPF ................................................ ...................................................... . ...................................................... . SUmulas do STJ Enunciados do FONAJEF SUmulas da AGU .................................. . ..................................................... .. SU mu las dos TRF's SUmulas dos TJ's SUmulas do TCU SUmulas da TNU Enundados do FONAJE SUmulas do CARF ROBERVAL ROCHA COORDENADOR APRESENTA~AO Prezado Jeitor, A Advocacia-Geral da Uniao tern se fortalecido, dia ap6s dia, no controle de Jegali- dade dos atos da Administrac;ao PU.blica e na defesa dos interesses da Uni<io e de sua Administrac;ao lndireta em Juizo. As inUmeras materias juridicas que precisam ser dominadas pelos Advogados Pi.iblicos no exercicio do seu rnUnus, hem coma aos que pretenden1 ingressar nos qua- dros da AGU, exigem uma preparac;ao que envolve o conhecimento legal, doutrinario, jurisprudencial e, mais do que nunca, sumular. Nesse sentido, as SU.mu las da Advocacia-Geral da Uniilo que pautam a atuac;ao da Faz~tida PUb!ica' federal judicial e extrajudicialmente compOem parcela de conheci- mento imprescindivel aos Advogados Pt'tblicos federais e aos que se preparam. para os certiin1es da Advocacia·Geral da Uniao, seja pOr construirem a "forma de· pensar" do 6rgao nas rnais diversas questOes, seja porque extrapolam o lin1iteda Administrac;ao para alcan<;ar efeitos em diversos ran1os do Direito, inclusive, processual coma hip6· tese de dispensa de reexame necess<irio. Nesta obra, OS leitores terao a disposi<;ao as Slimulas da AGU atualizadas ate n1ar· ~o/2015 espalhadas pelo Direito Administrativo, Constitucional, Arnbiental, Traba· !ho, Previdenci<irio, Processual Civil, Sanit<irio, Tributario e Direito de Transito. Ha anota<;Oes, ainda, a Lei Org<lnica da AGU e as Oricnta<;Oes Norn1ativas da AGU. 0 objetivo da obra e permitir a consulta rapida as sl1n1ulas anotadas e co1nenta· das, facilitando, por fim, a difusao da "jurisprudCncia adrninistrativa" da Advocacia· ·Geralda Uniao em auxflio aos que militam ou militarao em prol da Fazenda PUblica federal. Forte abrac;o a todos. UBIRAJARA CASADO • Advogado da Uniiio. • Procurador Seccional da Uniiio. • Ex·Diretor da Escol;;i da AGU no Para. • Fundador da EBEJI (Escola Brasileira de Ensino Juridico na Internet), •Professor de Processo Civil da EBE]!. • Bacharcl e1n Direito, Universidade Federal da Paraiba. • Autor de obras juridicas. • Confcrencista. 1· I ·. ESTRUTURA DO LIVRO Visando possibilitar ao leitor que identifique rapidamente o tipo de informa~ao contido nos comentilrios e anota~Oes, sao utilizados diferentes formates de textos, antecedidos par sfmbolos que identificam o tipo de informa-;ao sob leitura: "•" refe· rencias sumulares, "m" jurisprudCncia e ,,_..." legisla~ao, coma no exemplo abaixo: ) 1. A multil prevista no art. 15, Le, di! lei 8.025/90, somente e aplic.lvel apOs o tf.lnsito em • que SC diSCU\C 0 dfrei\O .) pOSSC OU 0 direi!O de aquisi- "l.!l" Simbolo que ante<ede os 83/0F, Rel. Min, Lutz Fux. 1• Se~Ao, DJ 16.S.2005) * exemplos de jurisprude-nda que disomem sobl"r as sUmulas e sobre 'NCIA temasa elas conelatos . .,.. 'Ii lei 8.025/1990. Art. 15. 0 perrmss1on.\rio,. dentre outros compromissos se obriga a: I - 1 agar: {-.) el mu1ta equivalente a dez vezes o valor da taxa de uso, em cada periodo de "~" Simbolo lndicador dos ledos de l~lsla~ao que normalizam o r> a perda do direito a· ocupa~.'lo. StiMU assunto a que a slimu!a se ref ere. u DOMfNIO SODR.E IM6VEIS QUE ESTEi AM AFETADOS AO USO p(Jnuco FEDERAL, A UNIAO NAO REIVINDICARA 0 DOMINIO DETER.RAS SiTUAOJ\S DEN· TRO DOS PERiMETROS DOS ANTIGOS ALOEAMENTOS INDiGENAS DE S,\o MIGUEL EDE GUARU· UIOS, LOCALIL\DOS NO ESTADO DES,\o PAULO, E OESISTJJlA DE REIVINDICAl;OES QUE TENllAM COMO OBJETO REFERIDO OOM[NIO. • Siim11/a apUc6vfi..eDa1<1: S..f.2000.•Ugisfofda f"tfl~.-ri!r; l"F//91J8. 11n. zo. l"C 1//969. 11ru. 4• r 5•. CF/1961,un~ 4'r S '19f6.<>tf.<.1fr1S.. CF/1917.arl~ J6t 17. CF/1914,artt Z0.11 t /l9. Cf//89/. or!.. M. DL 9.7W/46,arr. I'. Mf'irl.180· J5; 1 P d 'OOl.llE119'i8J/SP.DJJ1.9./999.RE11J6f6/SP.DJZti.J.J999 . ..... Simbolo que ante-cede as lnfoima~Oes sob1e o rtatus da sUmula (aplk!vtl, vinwlante, suptrada, mitlgada, revogada, can<tiada) e sobrt relertnOas lei)lslalivas e precedentes judidais que embasaram o eoundado. As sUmulas sao agrupadas por assunto em t6picos especfficos, em que se indica sua pertinencia com o ordena1neno jurfdico atual, com a classificaqao aplic<ivel, supe- rada au cancelada, de acordo com o entendimento da jurisprudencia dos Tribunais Superiores e, tambem, pela an'11ise da doutrina majorit<iria sobre as temas versados nestes enunciados. Para cada sU.rnula h<i cornent<irios objetivos, calcados em estudo de obras juridi- cas o mais atualizadas passive!, seguidos de exen1plos-resumo de ementas de julga- mentos importantes envolvendo o assunto (precedentes do Supremo Tribunal Fede· ral - STF. do Superior Tribunal de justi~a - STJ, do Tribunal Superior do Trabalho - TST e do Tribunal de Contas da Uniiio -TCU), assim coma das referencias legislativas hist6ricas que !hes serviram de base normativa. Nos t6picos em que sao apresentadas, as sUmulas estao dispostas em ordern de- crescente - das mais atuais para as mais antigas -, expondo, primeiramente, o pensa- n1ento e os temas de relevo atual, para depois adentrar na analise daquelas enuncia- das e1n contexto hist6rico mais distante. ·. 12 RoaERVAL ROCHA UBIRAJARA (ASA DO ALBINO VI El RA 0 ntintero expressivo de julgados selecionados - quase 500 - visa familiarizar o leitor com a aplica<;c"io dada aos temas referidos nos enunciados sun1ulares pelas ma is importantes cortes judiciais brasileiras, e, tambem, pela 111ais i1nportante Corte de Contas, o TCU, descortinando o panorama dos litigios que as envolven1, de maneira que permita aclarar o pensan1ento judicial e adn1inistrativo dessas con1posi<;6es co- legiadas. Um fndice crono16gico remissive evidencia a p<lgina do Jivro en1 que se encontram os comentarios de cada un1 dos enunciados do Tribunal, proporcionando 11111a r<lpida Jocalizat;ao dos textos sumulares. iNDICE CRONOLOGICO REMISSIVO ,-. 061 -A deris.1o' j11dkia! <\UC co11ct.'dcr rcaju.~· tes rcfornntcs :i Lllll' de abril c malo de I988na propon;;io de 7/30 (setc tn'nta ,wos) de 16, !l} %, inddentC'S sohrn a rcmuncra(;\o do mCs ti!! abril c, no mesmo p!!rcen1ua1. so· hrc a do mi's de mam, n;lo c11mulat1vos, n;io scr.l impugnada por rccurso. >>61 005 - D.1 dcd~.io que ncgar scguimcnto .l rccurso t!>'balhist.1, cxclusiv;imentc por lnobscrv.incia de prcssuposto.~ proct•ssu.1is de su,1 ad111issihilidadc. n;io sc intcrpor.l re· curso extraordin;\rio. >>16() Outro ind ice, alfabetico rernissivo, indica todas as sUn1ulas da AGU que tratan1 de detern1inados assuntos, separadas por palavras-chave. IND ICE ALFABETICO REMISSIVO DAS SUMULAS A A(.\o .1111o'u10111,1 - Sinn. 70 A(.iocnl~tiv.1 ·~ S\im.57. B n.-n~fkio pr~vi1knci,lrin - Slim~. 7. n. 15, 2:.. lf>. 20. 32. Ao final de cada capitulo, e apresentado u1n quadro sin6ptico com o status de aplicabilidade das sti1nulas, preparado com o objetivo de facilitar a visao te111<1tica geral, assim con10 propiciar Jeituras r<lpidas que esti1nulen1 a memorizai;ao textual e a fixar;ao dos enunciados. ESTRUTURA DO UVRO 6. QUAD RO SJNOPT!CO DIREITO ADMINISTRATIVO 1. BENS PLiBLICOS Slim. 41. A mult:.i prcvisla no artii::o 15. indw I. ;i]i11('.1 "e". da l.1."i n. B.025/IJO, rl'lativa ,i OCU· p.1~·ln irn:gul.1r de im<h·d fundun.11. sl."r.'I .:ipHr.id.i snml"lll<' Jpris u tr.insitu em julg.id1) 11.l .:i(JO de reinteiir.i~;lo de po~~.-. m1 1!.1 ;i~.io cm quc so:- diKUl<' n din•110 :I .1quisi!;.'iO do imOvd funcion.11. Slrm. 4. S.11\-0 JMr.1 ddcnder u ~.-u dnminin sn!m." i1mlveb que <'\ll•j,1m afe!.1<1<>_~ an usn pUh\i· ftl fe1kr.\I, .:i Uni.lo njo reivindicir.i o dnmlnin de terr.is .~itu,ul.ls dcntrn dos pNirm:!m~ dn~ an!iJ:o-~ ;1fdcamcn10~ imlii:en.1s de S,\o Migud e de Guarulhos. loc.1Ht..l!los nu fat,1<fo de S.io P.1ulo. c desi~tir.i de rcivimlir.i~!ks <Jll<' 1enh.1m rnmu -0hi<•tu IY'foridu dnminin. aplidvd ---L---~ 13 A organiza~ao da obra e estruturada de forma utilit<iria para apresentar e discu- tir as 1n<iximas juridicas da Advocacia-Geral da Uniao en1 linguagem clara, concisa e, sobretudo, atual. ·. CAPITULO I DIREITO ADMINISTRATIVO SU MARIO: 1. Bens PUblicos. 4.1. Gratiftca't0es. 5. Ressarclmento ao Er.irlo. 2. Concurso Pltblico. 4.2. fndice de 28,86%. 6. Quadro Sln6ptico. 3. Con!ratos Administrativos. 4. Remunerai;ao de Servldores PU.blicos. 1. BENS PUBLICOS 4.3. Unidade Real de Valor (URV). 4.1. Outros Temas. SUMULA N2- 41-A MULi'A PREVISTA NO ARTIGO 15, INCISO I, ALfNEA .. E", DA LEI N2 8.025/90, RELATIVA A OCUPAt;AO IRREGULAR DE JM6VEL FUNCIONAL, SERA APLICADA SO MENTE AP6S 0. TRANSITO EM JULGADO DA At;AO DE REINTEGRAt;A,O DE POSSE, OU DA At;AO EM QUE SE DISCUTE 0 DIREITO A AQUISlt;A,O DO JM6VEL FUNCIONAL. • SUmula opticdvel •Dara: 8.102008. • Le9is/apio pertinence: Lei8.025/90. •Precedent es do ST}: REsp 767038/DF. DJ 153.2007. REsp 511280/DF, DJ J LIO.ZOOS. RI::sp 975132/Df. DJ 4.10.2007. A!JR!} no Ill 717689, DJ 20.2.2006. MS 8483/Df; DJ 16.5.2005. * COMENTARIOS Os im6veis destinados a ocupa,ao por militar e administrados pelas For,as Arma- das deverao ser devolvidos a Uniao, tao logo cesse o vlnculo funcional com a Adminis- trac;iio militar, em raziio da transferencia para a reserva. A discussao tr-atada pela SUmula diz respeito ao termo inicial da multa prevista no art. 15, I, "e'; da Lei 8.025/90, estipulada como o valor equivalente a dez vezes o valor da taxa de uso, en1 cada periodo de trinta dias de retenc;iio do im6vel, ap6s a perda do direito a ocupac;iio. 0 cerne dos debates refere-se ao instante a partir do qua! o direito a ocupac;iio fica caracterizado come perdido. Para o STJ, uma vez concedida a n1edida liminar para garantir a posse do im6vel funcional ao anterior ocupante ou a seus sucessores, niio se pode entender que tal ocupac;iio possa ser caracterizada corno irregular, a justificar o seu cOmputo na apli- cac;iio da multa "pro tempore" j3 mencionada. 0 particular estava sob posse do in16vel mediante autorizac;ao de uma autoridade judici3ria e niio por sua simples inconformi- dade com a pretensao da Uniiio ern recuperar o dito im6vel. 0 tribunal definiu que a multa prevista somente pode ser aplicada ap6s o trfinsito em julgado da senten,a da a,ao de reintegra,ao da posse ou da a,ao no qua! se debate o direito a aquisipo do im6vel funcional. Assim, a retenc;iio do im6vel apta a aplicac;iio da multa somente deve ser contada a partir da data do transito em julgado da ac;iio correlata, quando resta configurado o esbulho possess6rio 16 ROSERVAL ROCHA UB1RAJARA CASADO ALBINO VIEIRA * JURISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (STJ) • ( ... ) 1. A multa prevista no artigo 15, I, ·e~. da lei 8.025/90 s6 deve ser aplicada ap6s o tr.1nsito em julgado da a<;iio de reintegrac;ao de posse. ( ... ). 2. "In casu·, a permanencia da servidora no im6vel ap6s sua aposentadoria configura esbulho possess6rio e justifica a incidencia da multa prevista no artigo 15, I. letra ·e·, da Lei 8.025/90, nos termos deddidos pela inst5nda ·a quo", ·verbis": ·No caso dos autos, a apelante demonstrou que sua posse e derivada de Justo titulo, que lhe confere a mesma na hip6tese de resdsao do termo de ocupao:;ao. Tambem logrou pro· var, atraves de meio bastante, o esbu!ho praticado que lhe privou do bem, caracterizado pe!a ilicitude da permani!ncia dos reus no im6vel. mesmo ap6s cessada a legitimidade da ocupa<;ao pelo desligamento do cargo de auxiliar de enfermagem do Hospital das Foro:;as Armadas, que autorizava o exercido da posse do bem im6vel destinado a moradia·. ( ... ), (STJ, REsp 767038/DF, Rel. Min. Luiz Fux, 111 Turma, OJ 15.3.2007) • ( ... ) 1. Oescabida a exclusao da multa prevista no art. 15, I, ·e·. da Lei 8.025/90 do cillculo apre· sentado pela Uniao em liquidao:;ao de senteno:;a quando o ac6rd.lo recorrido atesta que, na exor- dial da ao:;ao de reintegrao:;ao de posse, houve requerimento quanta a ela, e o pedido, entao, foi julgado procedente, sem ressalvas. 2. A multa par ocupao:;ao irregular de im6vel fundonal somente e cabivel ap6s o tr.1nsito em julgado da ao:;ao possess6ria. ( ... ). (S.TJ, REsp 975132/DF, Rel. Min. Castro Meira, 2~ Tunna, DJ 4.10.2007) ll ( ... ) A jurisprud~ncia dci Superior Tribunal d°e Justi<;a posidonou·se no senlido de que "a mu!ta proveniente de ocupa<;i'io irregular de im6vel e devida a contar da data do tr3nsito em ju!gado da senteno:;a que determina a reintegrao:;ao de posse.( ... ). (STJ, AgRg no Al 717689/0F, Rel. Min. Joao OtJvio de Noronha, DJ 20.2.2006) • Na presente hip6tese, o tema litigioso refere·se a possibilidade de cobrano:;a da mu!ta prevista na Lei 8.025/90 - aplicada em raz.'io de ocupa~.lo irregular de im6vel funcional - antes de tran· sitada em julgado a a<;.lo de reintegrao:;ao de posse que teve origem na dita ocupao:;ao. E enten- dimento pacifico des ta Corte Superior que a multa prevista no art 15, I, 'e', da lei 8.025/90, somente e devida ap6s o tr.1nsito em julgado da a~ao de reintegrao:;ao de posse. {. .. ). (STJ, REsp 511280/DF, Rel. Min. Denise Arruda, monocriltica, DJ 11.10.2005) 11 (...) 1. A multa prevista no art 15, I. e, da lei 8.025/90, somente e aptic<ivel ap6s o tr<lnsito em julgado da decis.lo proferida na ao:;ao em que se discute o direito a posse ou o direito de aquisi- <;.lo do im6vel fundonal. ( ... ). (STJ, MS 8483/DF, Rel. Min. Luiz Fux, 1a Seo:;ao, DJ 16.5.2005} * LEGISLAt;:AO DE REFERENCIA "'°' Lei 8.025/1990. Art. 15. 0 permission<irio, dentre outros compromissos se obriga a: I - pagar: ( ... ) e) multa equivalente a dez vezes o valor da taxa de uso, em cada periodo de trinta dias de reteno:;ao do im6vel, ap6s a perda do direito a ocupa<;ao. StJMULA N2 4 - SAi.VO PARA DEFENDER 0 SEU OOMfNIO SOD RE IM6VEIS QUE: ESTEJAM AFETADOS AO USO PlfBL1CO FEDERAL, A UNIAO NAO REIVINDICARJ\ 0 DOMiNIO OE TERRAS S1TUADAS DEN- TRO DOS PERfMETROS DOS ANTIGOS AJ.DEAMENTOS INOfGENAS DE SAO MIGUEL EDE GUARU- LHOS, LOCALIZADOS NO ESTADO DE SAO PAULO, E OESISTIRA DE REIVINDICA~6ES QUE TENHAM COMO OBJETO REFERIDO DOM(NIO. •Stimula aplicdveL•Data: 5.4.ZOOO.e/,f!gisla~lia peninente: Cf'/1988, art. 20. EC 1/1969, art~ 49 e 59• CF/1967, ans. 4»e 5 9• CF/1946, arts. .14 e .15. Cf'/19.17, ortJ .. 36 e 37. Cf'/19.14, arts. 20, 21 e 129. CF/1891, nrt. 64. Dt 9. 760/46, arl. 1 ~- MPv 2.180· 35/01, arr. 17.•Prcr:edeotcslln STf'.· RE Z8S09R/SP, DJ 10.R,2001. RE 21998.1/SP. DJ 17.9.1999. Rf 2316.UijSI! DJ 2(~3.1999. DIREITO AOMINISTRATIVO 17 RE 219542/SP. DJ 26.3.1999. RE 220491/SP. DJ 19.3.1999. RE 226601/SP, DJ 19.3.1999. RE 226683/SP. OJ 12.3.1999. RE 212251/SP. DJ 16.10.19911Rf.109197/SP. DJ 7.8.1998. RF.222152/SP. DJ S.6.1998. Rf. 215760/SP. DJ 19.12.1997. RF. 170645/ SP. 0/30.5.1997. RE 194929/SP, 0}23.5.1997. RE 197628/SP. DJ 16.5.1997.ePre<edcnresdoST/: REsp 126784/SP. OJ 7.6.1999. * COMENTARIOS Dentre os bens da Uniao listados no art. 20, incs. I e XI, da CF /1988, encontram- -se os que atualmente lhe pertencem, os que lhe vierem a ser atribuldos, e as terras tradicionalmente ocupadas pelos indios. A regra definidora do dominio dos incisos I e XI do art. 20 da Carta Magna niio alberga situa~Oes en1 que, em tempos memoraveis, as terras foram ocupadas por in- digenas (conclusao diversa implicaria, por exemplo, asseverarque a totalidade do Rio de Janeiro consubstancia terras da Uni5o, o que seria u1n verdadeiro desprop6sito1). A disposi~ao constitucional requer ocupa~ao atual. No Alvara de 12 de abril de 1680. que recanhecia aos Indios as terras-que ocu- pavam no sertao, ve-se que a expressao "ocupadas tradicionalmente" nao significa ocupai;ao in1emorlal, remota. Q "tradicionalmente" refere-se nao a.uma circunst<lncia temporal, mas ao modo'tradicional de os Indios ocuparem e utiliz~rem as terras e ao modo tradicional de produ~ao. Enfim, ao modo tradicional de coma eles se relacio- nam com a terra 2• Os aldeamentos indfgenas nao foram transferidos aos Estados pelo art. 64 da CF/1891, con10 tais foram n1antidos na condic;i'io de bens de uso especial da Unii'io (sob domfnio da n1esma), de fot:'.ma que nao possam ser considerados coma terras devolutas ou pr6prios nacionais ni'io indispens<iveis ao servic;o da Uniao. No caso em questao, o deslinde e obtido a partir da situa~ao f<itica ora existente. Os aldeamentos indigenas de Siio Miguel e de Guarulhos, situados no Estado de Sao Paulo, foram abandonados pelos indfgenas muito antes da edi,ao da CF /1891. Assim, por ocasicio da referida Constitui~i'io ni'io havia preceito que justificasse o domfnio da Unii'io sabre as terras. Par isso, as terras co1npreendidas neles deixaram de ter a destinai;ao especial que as atingia, corn o abandono dos aldeamentos,passando, por conta do art. 64 da CF /1891, tais areas para a condil'ao de terras devolutas de domfnio dos Estados, res- salvados os in16veis afetados ao uso pUblico federal. * ENUNCIADOS DE SUMULAS (STF) 11 SUmula STF 650. Os incisos I e XI do art. 20 da Constituio:;.'io Federal n.'io akano:;am terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas par indigenas em passado remoto. Conforme adu1.iu o Minfstro Marco Aul'Clio, do STF. no voto profcrido nu RE 2.19983/SP, publicado em 17.9.1999. Sil.Vii. !o~C: Afon50 1la. Curso de dirello constitucional pos\tlvo . .10. t.>tl rev. c a1ua1. S;io P.rnlo: M.1lheiros, 200B. p. 857-85!1 ~ !I " 'I lj "\ I 18 ROBERVAL ROCHA UBI RA.JARA CASADO * JURISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (STF) ALBINO VIEIRA • A<;.10 de usucapiao. Antigo "aldeamento de indios de Sao Miguel e Guaru1hos", no Estado de Sao Paulo. Extirn;ao ocorrida antes do advento da Constituic;ao de 1891. Oecreto-Lei 9.760/46, art. 1°, alinea h; CF/1891. art. 64; CF/46, art. 34. Tratando-se de aldeamento indigena abando- nado antes da Carta de 1891, as terras nele compreendidas, na qualidade de devolutas, porque desafetadas do uso especial que as gravava, passaram ao dominio do Estado, par efeito da norma do art. 64 da primeira Carta repub1icana. Manifesta ausencia de interesse processual da Uni.lo que legitimaria sua participa<;.'io na relac;ao processual em causa. AusE!ncia de espa<;o para falar-se em inconstitucionalidade da alinea h do art. 1° do DL 9.760/46, que alude a aldeamen- tos extintos que nao passaram para o dominio dos Estados, na forma acima apontada. Ofensa inexistente aos dispositivos constitucionais assinalados (art. 64 da CF/1891; art. 34 da CF/46). ( ... ). (STF, RE 212251/SP, Rel. Min. l!mar Galvao, 1a Turma, DJ 16.10.1998) • ( ... ) As regras definidoras do dominio dos incisos l e XI do artigo 20 da Constituii;ao Federal de 1986 nao albergam terras que, em passado remQto, foram ocupadas por indigerias. (STF, RE 219983, Rel. Min. Marco Aurelio, Pleno, DJ 17.9.1999) • ( ... ) 1. Ac;ao de reconhecimenro de dominio sabre im6ve! situado no pedmetro de aldeamento indigena. Manifesta~a~ de interesse da Uniiio, perante a justic;a estadual. Somente a justic;a federal cabe avaliar a realidade au nao desse interesse. 2. lncompetencia da justic;a comum para exame da pretensao. ( ... ). (STF, RE 197628/SP, Rel. Min. Mauricio Correa, 2a Turma, DJ 16.5.1997) * LEGISLA<;:AO DE REFERENCIA ~ CF. Art. 20. Sao bens da Uniao: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuldos; (. .. )XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos indios . ..- Art. 231. Sao reconheddos aos indios sua organizac;ao social, costumes, Hnguas, creni;as e tradii;Oes, e os direitos originArios sabre as terras que tradicionalmente ocupam. competindo a Uniao demarccl-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1° Sao terras tradicionalmente ocupadas pelos Indios as por eles habitadas em carater permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas. as imprescindiveis a preservac;ao dos recurses ambientais necess3rios a seu bem-estar e as necess3rias a sua reprodui;ao fisica e cultural, segundo seus usos, costumes e tradic;Oes. § 2° As terras tradidonalmente ocupadas pe!os indios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusive das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. § 3° 0 aproveitamento dos recurses hidricos, incluidos os potenciais energeticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerals em terras indigenas s6 podem ser efetivados corn autorizac;ao do Congresso Nacional. ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participac;ao nos resultados da lavra, na forma da lei. § 4° As terras de que trata este artigo sao inalienclveis e indisponiveis, e os direitos sobre elas, imprescritiveis. § 5° E vedada a remoc;ao dos grupos indigenas de suas terras, salvo, ·ad referendum· do Congresso Nacional, em caso de cat3strofe ou epidemia que ponha em risco sua populac;ao, ou no interesse da soberania do Pais, ap6s delibera~ao do Congresso Naciona!, garantido, em qualquer hip6tese, o retorno imediato logo que cesse o risco. § 6° Sao nulos e extintos, nao produzindo efeitos juridicos, os atos que tenham por objeto a ocupac;ao. o dominio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a explorai;ao das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. ressalvado relevante inte· resse pUblico da Uniao, segundo o que dispuser lei complementar, nao gerando a nulidade e a extinc;ao direito a indenizac;ao ou a a~Oes contra a Uniao, salvo, na forma da lei, quanto as benfeitorias derivadas da ocupa~ao de boa-te. § 7° Nao se aplica as terras indigenas o disposto no art. 174, § 3° e § 4°. 01REJTO ADMINISTAATIVO 19 2. CONCURSO PUBLICO SUMULA N!? 45 - Os BENEFiCIOS INERENTES A POL(TICA NACIONAL PARA A fNTEGRA~O DA PESSOA PORTADORA DE DEFIClf:NCIA DEVEM SER ESTENDIDOS AO PORTADOR DE VISAO MONO· CULAR, QUE POSSUI DIREITO DE CONCORRER, EM CONCURSO PllDLICO, A VAGA RESERVADA AOS DEFICJENTES. •SUmula apllcdvel •Data: I .S.9.Z009. •legislapio pertfnentc: CF, art. 37, VJ/I. lei 8.112/90, art. 51, § 2'. lei 7.853/89. Dec. 3.298/99, art. 4', 111.•Precedcntt•doSTF: RMS26071/DF. DJ 1.Z.2008.ePreccdcntcsdoSTJ: SUmula377, DJ 24.5.2013.,AsRl} no RMS20190/0F. DJ 15.9.2008. RMS 19257/DF, DJ 30.10.2006. * COMENTARIOS DiscussOes judiciais a respeito deste tema levaram o STJ a exarar sua Stimula 377, adiante transcrita. Os litfgios giravam em torno da literalidade das normas que tratarn da reserva de vagas em concurso pUblico para os candidates portadores de deficiCn- cia. E que o art. 4•, Ill, do Dec. 3.298/1999 deterrnina a aferi>iio da acuidade visual para indicar sea pessoa e. au nao, portadora de deficiCncia, corn a mensurai;ao tecnica "n6'melhor olho", 0 que levou a formai;ao de desarrazoada teleologia dessa norma, afirmando que 0 amblfope - portador de visa.a monocular- nao e deficiente, j<l que a acur<lcia de sua visao deveria ser mensurada no seu olho sao. Para a Corte, esses criterios dirigem·se aos deficientes que possuem visa.a em am- bos os olhos, caso contr<lrio, nao faria sentido a afirmatlva de efeito comparative "no melhorolho'', a que alude o decreto. Os ambllopes nao figuram coma abrangidos pelos terrnos do decreto, porque nao possuem um "melhor olho", mas sim um Unico olho. Ou seja, o STJ fixou que o candidate portador de visao monocular pode ser en- quadrado coma deficiente, a justificar a reserva de vagas em concurso PU.blico. Para o Tribunal, deve prevalecer a norma do art. 32 do Dec. 3.298/99, adiante transcrita, que estipula a definii;ao de deficientes. Afastada, pois, a restrii;ao a esses deficientes visuais definida no art. 42 do mesmo Decreto, em virtude de a redai;ao do dispositivo dirigir-se apenas aos deficientes que tern visao binocular (quern tern visao arnbos os olhos). Deve~se reconhecer ao portador de visao monocular a necessidade de estender as beneficios da Politica Nacional para a integrai;ao da pessoa portadora de deficiencia coma forn1a de poHtica de ai;ao afirrnativa, inspirada na fraternidade estipulada pela pr6pria CF /1988. Sendo assi1n, justifica~se o alcance dos portadores de visa.a monocular pelas re~ gras mais beneficas de reserva de vagas para deficientes em concursos pU.blicos. * ENUNCIADOS DE SUMULAS (STJ) ltl SUmula STJ 377. 0 portador de vis.Jo monocular tern direito de concorrer, em concurso pUblico. as vagas reservadas aos deficientes. * JURISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (STF) Ill { ... ) 1. 0 candidate com visao monocular padece de deficiE!ncia que impede a comparac;clo entre os dois o!hos para saber-se qual deles e o ~melhor~. 2. A visao univalente - comprometedora 20 ROBERVAL ROCHA UBIRAJARA (ASAOO ALBINO VIEIRA das noo:;Oes deprofundidade e dist<lnda - implica limita<;5o superior a deficii?ncia parcial que afete as dais olhos. 3. A reparac;ao ou compensai;ao dos fatores de desiguatdade factual com medidas de superioridade jurfdica constitui politica de ai:;ao afirmativa que se inscreve nos qua- dros da sociedade fraterna que se le desde o preJmbulo da Constituii;ao de 1988. ( ... ). {STF, RMS 26071, Rel. Min. Carlos Britto, 1~ Turma. OJ 1.2.2008) * JURISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (STJ) • ( ... ) 1. No edilal do referido certame exige-se que ~para concorrer as vagas destinadas aos can· didatos portadores de defici!}ncia, o candidate deverii, no ato de inscri<;.30. dedarar-se porta- dor de deficiencia e entregar a Fundac;ao Universa laudo medico, original ou c6pia autenticada. emitido nos Ultimas 12 (doze) meses, contados a partir do Ultimo dia de inscrii;ao, atestando o name da doern;a, a especie e o grau ou nivel de defici!?ncia. com expressa refer!?ncia ao c6digo correspondente da Classificai;ao Estatistica Internacional de Doeni;as e Problemas Retacionados a SaUde (CID), bem coma a provavel causa da deficiencia~. 2. Constata-se que o laudo apre- sentado a Comissao do Concurso n.io fez expressa referenda ao grau ou nivel da defici!?ncia portada pelo autor, tal come exigido pe!o edital do concurso. porCm, afirmou literalmente que o candidato faz uso de pr6tese ocular. 3. Pela Classificai;ao Internacional de Doeni;as (CID H 54.4). o medico afirmou que o paciente. ora candidate. possui cegueira de um olho, fazendo uso de pr6tese ocular, ou seja, o nivel de deficiencia e o miiximo. uma vez que possui Cegueira total do olho direito. Dess~ form\1. nao e razoiivel irripedir que ·o candidate tenha ac.esso as vagas portadores de deficiencia,- se hao h.1 ·dUvida. pero·laudo apresentado, que o agravado e total- mente cego de um o!ho, sendo prescindivel no presente caso a indicai;ao expressa do grau de cegueira, uma vez que e conclusao IOgica a que se chaga pela leitura do laudo. ( ... ). (STJ, AgRg no AgRg no RMS 39.905/AP; Rel. Min. Mauro Campbell Marques. 23 Turma, DJ 4.6.2013) lll ( ... ) 1. Trata-se, na origem. de mandado de segurani;a impetrado com o objetivo de obter sua inclusao na lista de candidates aprovados, nas vagas destinadas a deficientes fisicos. possibili- tando sua nomeai;ao, no concurso pUbHco para provimento do cargo de Analista Judici3rio/Area Judici<lria, do Tribunal de Justii;a do Estado do Cear.1, uma vez que e portador de vis.lo monocu- lar. 2. Pela leitura do laudo medico apresentado pela autoridade coatora, verifica-se que houve a aplicai;ao literal do art. 4°, inc. Ill, do Dec. 3.298/99, que considera deficiente visual aquele que possui acuidade visual prejudicada nos dais o!hos, ou seja, considerou que o ora recorrente nao se enquadrou nesta deficiencia. Ocorre que a interpretai;ao do referido Decreto nao exclui os portadores de visao monocular do beneficio da reserva de vagas para deficientes fisicos. Assim, o referido laudo nao analisou a quest.lo da visao monocular, apenas declarou que o candi- date nao se enquadrava na exigencia do art. 4°, inc. HI, do Dec. 3.298/99 par.i ser considerado defidente visual. 3. Para demonstrar a sua deficiencia visual, o ora requerente apresentou tres taudos mE?dicos, onde veriflcou-se a preseni;a do CID 10 (Classificai;ao Internacional de Doeni;as) HS4.4 (cegueira em um olho au vis<'io monocular) e H47.2 (atrofia 6tica}, o que demonstra ser o ora recorrente portador de visao monocular. 4. A jurisprudencia desta Corte Superior de Justii;a e padfica no sentido de reconhecer o direito do portador de visao monocular de inscrever- ·se em concurso pUblico dentro do nUmero de vagas reservadas a deficientes fisicos. lncide. no caso, a SUmula 377 do STJ ( ... ). (STJ, RMS 36.890/CE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2a Turma, DJ 5.12.2012) E { ... ) O art. 4°, 111, do Decreto 3.298/99, que define as hip6teses de deficiencta visual. deve ser interpretado em consonSncla com o art. 3° do mesmo diploma legal. de modo a nao excluir os portadores de vis.Jo monocular da disputa as vagas destinadas aos portadores de defici€ncia fisica. { ... ). (STJ. RMS 19257/DF, ReL Min. Arnaldo Esteves Lima, sa Turma, DJ 30.10.2006) • ( ... ) Os beneficios inerentes a Politica Nacional para a lntegrai;ao da Pessoa Portadora de Defi- ciencia devem ser estendidos ao portador de vis.lo monocular, que possui direito de concorrer, em concurso pUblico, a vaga reservada aos defidentes. ( ... ). (STJ. AgRg no RMS 20190/DF. Rel. Min. Hamilton Carvalhido, 6'' Turma. DJ 15.9.2008} DIREITO ADMINISTRATIVO 21 * LEGISLA<;:AO DE REFERENCIA ., CF. Art. 37. VIII - a lei reservara percentual dos cargos e empregos pUblicos para as pes- soas portadoras de defici€ncia e definir<l os critCrios de sua admiss.10; ., Lei 8.112/90. 5°. § 2° As pessoas portadoras de defidencia e assegurado o direito de se inscrever em concurso pUblico para provimento de cargo cujas atribuii;Oes sejam compati- veis com a deficiencia de que sao portadoras; para tais pessoas serao reservadas ate 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. ..,.. Dec. 3.298/99. Art. 3° Para as efeitos deste Decreto, considera-se: I - deficiencia - toda perda au anormalidade de uma estrutura cu funi;ao psico16gica, fisio16gica ou anat6mica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padriio considerado normal para o ser humano; II - defidencia permanente - aquela que ocorreu ou se estabi- lizou durante um periodo de tempo suficiente para nao permitir recupera<;ao au ter proba- bilidade de que se altere, apesar de novas tratamentos; e Ill - incapacidade - uma redui;ao efetiva e acentuada da capacidade de integrai;.'io social, com necessidade de equipamentos, adaptai;6es, meios ou recurses especiais para que a pessoa portadora de deficiencia possa · receber ou transmitir informoi;Oes necess<lrias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de fun<;ao ou atividade a ser exerdda. • Art. 4° E considerada pessoa portadora de defi- ciencia a que se enquadra nas.seguin(es categorias: ( ... ) 111- defici€ncia visual - c¢gueira, na qual a acuidade visual e iguiil ou menor que 0, 05 no melhor olho, com a melhor correi;ao Optica; a baixa vis.30, que significa acuidade visual entre 0, 3 e 0, 05 no melhor olho, com a melhor correi;ao Optica: os cases nos quais a somat6ria da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60°; ou a ocorri!ncia simult.lnea de quaisquer das condii;6es anteriores. (Redai;ao do Dec. S.296/04) SUMULA N2 35 - 0 EXAME PSICOTfCNICO A SER APLICADO EM CONCURSO PliBLICO DEVERA OBSE~VAR CRITfRJOS OBJETIVOS, PREVISTOS NO EDITAL, E ESTARt\ SUJEITO A RECURSO ADMI· NISTRATIVO. • Slimula aplic6veL •IJata: I 6. 9.200F!.ef,cnf.dm;1ia pcrtfncnte: CF/198/l, art~ 5~ XXXV, c 37, ca put, in cs. f L' //. • Prccedcntc.f do .'iTF: RE 188234. Of 24.S.2002. i\9 1w i\f 318367, DJ 14.Z.2003. A,g no Al 660815, DJ 22.1 I.2007. A,qf\q no Al 6302,17, Of 1.6.2007. A_gfl.q no Uf ·166061, Of 30.6.2006. J\qf?.qRE 43.192 t. Of 24.Z.2005. RE 243926, DJ 10.8.2000. e Pn:cedcntcs do 5T/: A,qR,q nnEDc/ no Rf.~Jl 525611, DJ 7.2.2008. MS9183, DJ 22.11.2007. RMS 20480, DJ 1.8.2006. RMS 17103, DJ 5.12.2005. AgR,q 11<1 IU:'s11 3.157.11, DJ 2.6.200S. llffp 6115726. D/ 9.9.2005, Rf:Sp 462676, D/ 26.4.2004. * COMENTARIOS Confonne diz a jurisprudt!ncia do STF, podera haver a exigt!ncia de rcaliza~ao de cxa111e psicotCcnico cn1 concurso pUblico para provi1ncnto de dctenninados cargos ptiblicos, desde que haja a previsao legal (Sumula 686/STF). 0 cxan1e psicotCcnico serve para a avalia~ao do candidato sob aspectos pessoal, profissional e intelectual. Por isso, rejeita-se a avaliai;ao subjetiva e irrecorrfvel, afas- tando o livre arbitrio do exa111inador. A previsiio legal de realiza~ao do exame nao basta para a legitimidade da avalia· ~ao, sendo in1prescindlvelprever na norn1a editalfcia a revisibilidade dos rcsultados c a publicidade para assegurar a objetividade do processo de sclei;ao. 22 ROSERVAL ROCHA U61RAJARA (ASA DO AL61NO VIEIRA Nessa linha, o STJ fixou posi~5o de que a avalia~ao psicot€cnica para ser reconhe- cida v<ilida deve atender as seguintes condi~Oes: a) exigencia prevista em edital; b) o exame seja realizado par crit€rios objetivos do avaliador, com car3ter cientifico; c) o resultado do exame do candidate seja passivel de reexame. Paralelamente, o STF reconheceu a repercussao geral do assunto ("Tema 338: Exi- gCncia do exame psicotCcnico en1 concurso pUblico, sern previsao em lei, e critCrios de avalia~ao") e reafirmou a sua jurisprudCncia, no mesmo sentido do enunciado sumu- lar da AGU (vide excerto do Al-RG-QO 758533, adiante transcrito). * ENUNCIADOS DE SUMULAS (STF) • STF Vincufante 44. 56 por lei se pode sujeitar a exame psicotecnico a habilitai;ao de candidate a cargo pUblico. * REPERCUSSAO GERA.L (STF) • {.:.) 2. Exame psicot&nico. Previsao em.. lei em sentido material. lndispensabilidade. Cri~eri~s objetivos. Obrigatoriedade. 3. Jurisprud€-ncia padficada na Corte. Repercussao Geral. Aphcab1· lidade. 4. Questao de ordem acolhida para reconhecer a repercussao geral, reafirmar a jurispru· dencia do Tribunal, negar provimento ao recurse e autorizar a adoc;ao dos procedimentos rela· cionados a repercussao geral. ( ... ). (STF, Al-RG·QO 758533, Rel. Min. Gi!rnar Mendes, repercussao geral, Terna 338. DJ 13.8.2010) * JURISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (STF) • • • • • ( ... ) A orientai;ao deste Tribunal e firme no sentido da possibilidade da cobranc;a do exame psi- cotecnico em concurso p(Jblico desde que estabelecido par lei e que tenha par fundamento criti!rios objetivos, inclusive com a possibilidade de reexame. ( ... ). (STF, Al 660815 AgR. Rel. Min. Eros Grau, 2~ Turma, OJ 23.11.2007) Concurso pUbHco: necessidade de lei formal prevendo o exame psicotE!cnico como requisito para o ingresso no servi,o pUblico. ( ... ) Ademais, mesmo quando prescrito em lei, o exame psi- cotecnico depende de um grau minimo de objetividade e de publicidade dos atos em que se desdobra. ( .. .). (STF. RE 466061 AgR, Rel. Min. SepUlveda Pertence, 1~ Turma, DJ 30.6.2006) ( ... ) Exame psicotecnico como condi,ao para ingresso no servi,o pUblico: Escrivao da Policia Federal: se ea lei que o exige, nao pode ser dispensado, sob pena de ofensa a Constitui,ao, art 37, I. II. O laudo do exame psicoti!cnico pode ser levado ao exame do Poder Judici8rio, em a,ao pr6pria. ( ... ). (STF, RE 433921 AgR. Rel. Min. Carlos Velloso, 2a Turma, DJ 24.2.2006) ( ... ) O exame psicoti!cnico, especialmente quando possuir natureza eliminat6ria, deve revestir-se de rigor dentifico, submetendo-se, em sua realiza,ao, a observ3ncia de crit€rios t€cnicos que propiciem base objetiva destinada a viabilizar o controle jurisdicional da legalidade, da corre,ao e da razoabilldade dos parametros norteadores da formula,ao e das conclusOes resultantes dos testes psicol6gicos, sob pena de frustrar -se, de modo ilegitimo, o exercicio, peto candidate, da garantia de acesso ao Poder Judici8rio, na hip6tese de lesao a direito. ( ... ). {STF, Al 318367 AgR. Rel. Min. Celso de Mello, 2~ Turrna, DJ 14.2.2003) ( ... ) 2. Ac6rdao que assentou estar a se!e,ao psicot6gica, que nao admite recurso ou contra- prova, em desconformidade com o direito. 3. Possibilidade, mediante lei, estabelecer-se a exi- gencia de exame psicoti!cnico, com car<iter cientifico, em que caiba, inclusive, pedir reexame. 4. Mandado de seguran,a concedido ao entendimento de ser o exame impugnado, no caso, de DIREITO ADMINJSTRATIVO 23 • "subjetivismo imenso·, carecendo de rigor tecnico. ( ... ). (STF, RE 188234, Rel. Min. Neri da Silveira, 2~ Turma, DJ 24.5.2002) ( ... ) 0 ac6rdao recorrido, em Ultima an<ilise, decidiu que a avalia\iio do candidato, em exame psicot€cnico. com base em criterios subjetivos, sem um grau minima de objetividade, ou em criterios nao revelados, e i1egltimo par nao permitir o acesso ao Poder Judici<irio para a verifica- ,ao de eventual lesao de direito individual pelo uso desses criterios. Ora, esta Corte. em casos an<ilogos, tern entendido que o exame psicotecnico ofende o disposto nos artigos s0, XXXV, e 37. ·caput" e incisos I e II, da Constitui,ao Federal.( ... ). (STF, RE 243926, Rel. Min. Moreira Alves, 1a Turma, DJ 10.8.2000) * JURISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (STJ) ., • ., • ., ( ... ) A jurisprudencia do STJ e mansa no sentido de que a avalia,ao psicol6gica feita por meio do discutido exame, ainda que legalmente prevlsta, nao deve ser realizada sigilosamente e de maneira irrecorrivel. sob pena de arbltrio par parte do Administrador. ( ... ). (STJ, AgRg nos EDcl no REsp 525611/DF, Rel. Min. Jane Silva, s~ Turma, DJ 7.2.2008) ( ... ) 1. lnvalidado o exame psicotecnico, contendo vicio de subjetividade, e obriga,ao do poder pUb!ico rea!i~ar um novo exame, no qua! se'submetera o candidate. 2. Nao o fazendo e permi- tindo que o candidate participe das etapas subsequentes do concurso, fazendo-o presumir que se encontra habilitado, age a Administra,ao PUblica em afronta a legalidade, a isonomia e a moralidade, maxime se, ao final do procedimento, vem a ressaltar a existencia de vicio, par ela mesma praticado, para impedir a nomea\ao do candidato, jil, inclusive, classificado. 3. Deve ser reintegrado. provisoriamente, o impetrante, ate o trinsito em ju!gado da a(fliO ordinfiria, na qua! se discute seu direito a nomea\iio ea permanencia em exercicio do cargo.{ ... ). (STJ, MS 9183/DF, Rel. Min. Paulo Medina, 3a Se,ao, DJ 22.11.2007) { ... ) 1. Os criterios de que se valerem o edital. quais sejam, ·caracteristicas de intetigencia, de aptid.lo e de personalidade para o desempenho adequado das atividades" sao demasiado dis· cricionarios e subjetivos, pois se utilizam de conceitos vagos, amplos e imprecisos. 2. Nesse sentido, n5o importa se o laudo de avalia(f50 psico16gica manifestou·se sabre os niveis obtidos de "personal'ldade·, "raciocinio espaciai-, ·raciocinio verbal" e "racioclnio abstrato", pois a objeti- vldade que se exige e do edital, de forma que o candidato conhe,a, antecipadamente, os crite- rios de sua ava!ia,ao. 3. A •teoria do fato consumado· s6 nao se aplica aos concursos pUblicos quando 0 candidato permanece no certame por for,a de decisao judicial precaria, 0 que nao e o caso, pois fora convocado para o curso de formai;ao, par erro da Administra~ao. 4. A medida cautelar foi proposta a fim de evitar a expira,ao do prazo de validade do curso de formai;ao e a liminar concedida atendendo-se ao pedido de reserva de vaga. ( ... ). (STJ, RMS 20480/DF, Rel. Min. Paulo Medina, 6., Turma, DJ 1.8.2006) ( ... ) 0 Superior Tribunal de Justi'a firmou compreensao segundo a qual e exigivel, em concurso pUblico, a aprovai;ao em exame psicotecnico quando previsto em lei. mormente para ingresso na carreira policial. em que o servidor tera porte autorizado de arma de fogo e, pela natu· reza das atividades, estara sujeito a situa,oes de perigo no combate a criminalidade. Todavia, tern rejeitado sua realiza,ao de forma subjetlva e irrecorrivel. ( ... ). (STJ, RMS 17103/SC, Rel. Min. Arnaldo Esteves Uma, 5a Turma, DJ 5.12.2005) ( ... ) Concurso pUb!ico. Realiza\ao de novo exame. Mat~hia nova, nao prequestionada. lncidencia da SUmula 211 desta Corte. Exame psicotecnico. Criti!rio subjetivo. lnviabilidade. lnicialmente, quanta ao pedido feito pela Advocacia Geral da Uni.lo, para que se efetue nova exame psico· 16gico do autor, em verdade, o ac6rdao recorrido nao jutgou a lide a luz dos dispositivos legais tidos por vulnerados, de modo que, nao havendo o tribunal ~a quo- se manifestado sabre a questao federal, tem·se coma invi<ivel o presente recurse nesta parte parausencia de preques· tionamento. E de rigor, a incidencia, do enunciado n. 211 da SUmula do Superior Tribunal de 24 ROSERVAL ROCHA USIRNARA (ASA DO ALBINO VIEIRA Justii:;a: Nlnadmissivel recurso especial quanta a questiio que, a despeito da oposii:;iio de embar- gos dedarat6rios, nao foi apreciada pelo tribunal Na quoN, lnadmissivel disposii:;ao editalida, que contenha previsiio de exame psicott?cnico sigiloso, irrecorrivel e subjetivo. ( ... ). (STJ, AgRg no REsp 335731/RS, Rel. Min. Ht?lio Quaglia Barbosa, fr~ Turma, OJ 20.6.2005} • ( ... ) 2. E unissono o entendimento proclamado no .Jmbito deste Tribunal no sentido de nao admitir exame psicoti!cnico segundo critt?rios subjetivos e sigilosos, devendo imper crit€rios objetivos, que nae permitam procedimento seletivo discriminat6rio pelo eventual arbitrio. 3. 0 ato administrative deve ser fundamentado e suas razOes contemporiineas, 4. 0 reconhedmento do car.lter sigiloso e irrecorrivel do exame psicotJcnico determinado pelo edita! que regula o concurso para o provimento de cargo policial militar nao conduz ao autom.1tico ingresso dos candidates nele reprovados no curso de formac;ao. ( ... }. (STJ, REsp 462676/RS, Rel. Min. Paulo Medina, 6a Turma, OJ 26.4.2004) * LEGISLAt;:AO DE REFERENCIA ._ CF. Art. s0 : XXXV - a lei nao excluir.1 da apreciac;ao do Poder Judici.lrio lesao au ameac;a a direito . ._ Art. 37. I - os cargos, empregos e func;Oes pUblicas sao acessi· veis aos brasileiros que preencham os requisites esta_beleddos em lei, assim coma aos ~strangeiros, na forma da lei; 11:- a "investidura em c.3rQ·o OU emprego ptiblico depentle de aprovac;ao prl!via em concurso pUblico de provas ou de provas e titulos, de acordo com a natureza e a comptexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, res· salvadas as nomeac;Oes para cargo em comissao declarado em lei de livre nomeac;ao e exonerac;ao. SUMULA N2 22 - NAO SE EXIGIRA PROVA DE ESCOLARIDAOE OU llABILITA«;Ao LEGAL PARA INS· CRlc;AO EM CONCURSO PUDLICO DESTINADO AO PROVIMENTO DE CARGO rUnLICO, SALVO SE A EXIG[NCIA DECORRER DE DISPOSic;Ao LEGAL OU, QUANDO FOR 0 CASO, NA SECUNDA ETAPA DE CONCURSO QUE SE REALIZE EM DUAS ETA PAS. • Siimula aplicdvtl. •Dnta: .S.S.2006. •l..e,qis//Jrcirl pertincnte: CF, arts. SD, X/ff, e 37, I e //. f.d 8.112/1990, urt<t. 51', /V. 79 e 11. •Prw:edentes dnST'F: MS 20637/DF. DJ 12.12.1986. ADJ 1188/DF. DJ 20.4.1995. ADI 1040/. DJ 1.4.2005. RE 18442S/RS. DJ 12.6.1998. RMS 22790/RI. DJ 12.9.1997. RE 423752/MG. DJ J0.9.2004. RE:' 392976/MG, DI 8.10.2004. Decis6es monoa6· cicos: Al 194768/DF. DI 29.2.2000. Al 471917/SI! DJ 115.2004. Al 481243/SI! /JJ 21.6.2004. Al 462883/Sli DJ 30.6.2004. Al 4 74254/SP, DJ 26.8.2004. Al 485888/SP, DJ 8.9.2004. e Precedentes do ST/: Siinwla 266. RHsp 13 I 340/MG. DJ 2.2.1998. Rl:'.t/I 173699/RJ. DJ 19.4.1999. A.qf?.q no Ag 110SS9/0F. DJ 1.1.9.1999. RMS 10764/MG, DJ 4.10.1999. EDc/ noA,qR,q no Al 397762/ DF. Df •1.2.2002. RMS 12763/TO. IJJ 7./0.2002. RF..~p 532497/SI! DJ /9.12.200.1. REsp527560j. DJ 14.6.200·1. RMS9647/MG. OJ 14.6.1999. RMS 15221/RR. DJ 17.2.200.1. RMS 111161/TO. DJ 17.S.2004. MS 6200/DF-; DJ 28.6.1999. MS 6559/DF. DJ 26.6.2000. MS 6855/DF. DJ 18.9.2000. MSfi867/DF. DJ 10.9.2000. MS6742/DF, DJ 26..1.2001. MS6479/0f: fJ} 28.5.2001. * COMENTARIOS No presente caso, discute~se o 1nomento para a exigCncia de con1prova~5.o da escolaridade ou para habilita~ao legal do candidato - requisitos para o exercfcio do cargo. A prova da escolaridade ou da habilita,ao legal e fundamental para que o servidor possa desempenhar plenamente as atribuii;Oes do cargo por ele provido. Nao se deve exigir tais documentos para a realizai;ao das provas do certan1e pelo candidato, 111as DIREITO ADMIN1STRATIVO 25 para comprovar ter o candidato os conhecimentos necess<lrios e indispens<lveis ao exercicio do cargo. Assirn sendo, a Administrai;ao PUblica, em observancia dos princfpios da legalida- de e finalidade, nao se podera exigir a prova de escolaridade no ato de inscri~ao para concurso pUblico, mas apenas no memento da posse, conforme orienta~ao fixada pela SUmula 266/STJ. A livre acessibilidade aos cargos pUblicos por n1eio dos concursos pUblicos, des de que preenchidos os requisitos legais, prescrita pela CF /1988 deve ser concebida sem restric;6es meramente formais. Ressalvam-se os casos en1 que a exigencia de prt?via apresentai;ao dos documen~ tos esteja prevista en1 disposii;ao legal expressa ou, na 2!! etapa do concurso, quando o concurso tenha duas ou mais fases. * ENUNCIADOS DE SUMULAS (STJ) • SUmula STJ 266. 0 diploma ou habilita<;.3? legal para o exercicio do cArgo deve ser exigido na posse e nao na inscri<;.'.io para o concurso pUblico. * JURISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (STF) • Concurso pUb!ico para provimenlo de cargos de classe inidal da categoria de recnico de Con· trole Externo do quadro do Tribunal de Contas da Uniao. A exig€nda do diploma de curso supe· rior, para a inscri~iio no concurso e nao apenas para a eventual posse no cargo. decorre de expressa disposi~ao do art. 6° da Lei 5.951/73. { ... ). {STF, MS 20637, Rel. Min. Octavio Gallotti, Pleno, DJ 12.12.1986) 91 Ac;ao direta de inconstitucionalidade. Liminar. Concurso pUblico. Juiz do traba!ho substitute. Requisites. lmposic;ilo via ato do Tribunal Superior do Trabalho. Exsurgindo a re1ev.1nda juridica do tema, bem coma o risco de serem mantidos com plena eficilda os dispositivos atacados, impOem-se a concessiio de liminar. lsto ocorre no que previstos, em reso!uc;ao administrativa do Tribunal Superior do Trabalho, requisites para acesso ao cargo de juiz eslranhos a ordem juridica. ·Apenas a lei em sentido formal (ato normative emanado do Poder legislativo) pode estabelecer requisites que condicionem ingresso no servic;o pUblico. As restri<;6es e exigi?ncias que emanem de ato administrativo de carilter infra!egal revestem·se de inconstitucionalidade·. (Jose Celso de Mello Filho em ·constilui<;iio Federal Anotada·). lncompatibilidade da imposh:;:ao de tempo de pratica forense e de gradua<;iio no curso de direito, ao primeiro exame, com a ordem constitucional. (STF, ADI 1188 MC. Rel. Min. Marco Aurelio, Pleno, DJ 20.4.1995) Ill ( ... } A extgencia temporal de dais anos de bacharelado em dlreito coma requisite para inscric;iio em concurso pUb!ico para ingresso nas carreiras do Ministerio PUblico da Uniao, prevista no art 187 da Lei complementar 75/93, nao representa ofensa ao principio da razoabilidade, pois, ao contr.lrio de se afastar dos pariimetros da maturidade pessoal e profissional a que objetivam a norma, adot.1 criteria objetivo que a ambos atende. ( ... ). (STF, ADI 1040, Rel. p/ ac. Min. Ellen Gracie, Pleno, DJ 1.4.2005) • ( ... ) I. A habilitao:;iio legal para o exerdcio do cargo deve ser exigida no momenta da posse. No I! ' b li \' rt Ii it I· :1 !,.j caso, a recorrente, aprovada em primeiro lugar no concurso pUblico, somente nao possuia a '•.···I plena habilitac;iio, no momenta do encerramento das inscri<;Oes, tendo em vista a situac;ao de fato ocorrida no ilmbito da Universidade, habilitac;.'io p!ena obtida, entretanto, no correr do con· . 1 . curso: diploma e registro no Conselho Regional. Atendimento, destarte, do requisite inscrito em lei, no caso. CF, artigo 37, L (. .. ). (STF, RE 184425, Rel. Min. Carlos Velloso, 201 Turma, DJ 12.6.1998) Ii __ J 26 • • ROBERVAL ROCHA U61RAJARA (ASAOO ALBINO VIEIRA Justi<;a militar. Concurso pUblico para provimento do cargo de juiz-auditor substitute. AcOrdiio que teve por imprestiivel a comprova<;iio do requisite do exercicio de •fun<;iio que confira pra- tica forense·, exigido pelo art 34, V, da lei 8.457/92, o assessoramento prestado pelo mi1itar ao comando da corporai;iio, na presta<;ao de informai;Oes ao Poder Judiciclrio,a e!aborac;:ao de pareceres e a participa<;iio em inqueritos policiais militares, em sindiciindas e em proces- ses administrativos. Entendimento que niio pode ser tido par ofensivo a direito subjetivo dos candidates, dada a exigE!ncia legal de priitica forense, atividade que niio se caracteriza seniio mediante o exerddo de fum;ao ligada a milit.1ncia forense, ainda que na qualidade de serventu- ario da Justii;a. ( ... ). (STF, RMS 22790, Rel. Min. llmar Galv.30, 1a. Turma, DJ 12.9.1997) Concurso pUblico. Auxiliar de enfermagem. A exigCncia de habilita<;.30 para o exerddo do cargo objeto do certame dar-se-a no ato da posse e nao da inscri<;.30 do concurso. ( ... ). (STF, RE 392976, Rel. Min. SepUlveda Pertence, 1a. Turma, DJ 8.10.2004) * JURISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (STJ) • (. .. ) A exigencia posta no edital de que o ·candidato possua curse superior no encerramento da inscrii;ao, contraria o enundado no inc. I, do art. 37, da Constitui<;.10 Federal, que dispOe sobre o acesso a c.3rgos, empregos e func;Oes pUbli<;:as e ofende o principio da legalidade de que dev_em estar revestidos os atos administrativos. 0 diploma ou habitai;ao legal para o exercido do cargo deve ser exigido par ocasi.'io da posse e niio quando da inscric;ao no certame. ( ... ). (STJ, REsp 131340/MG, Rel. Min. Cid Flaquer Scartezzini, S" Turma, DJ 2.2.1998) • ( ... ) 1. A exigE!nda de criti!rios discriminat6rios em edital de concurso deve ser feita precipu- amente sob o prisma da 16gica, bastando verificar se a diferencia<;iio possui uma justificativa racional e necess.lria, ou se resulta de mera discriminac;ao fortuita. 2. Quando se exige um diploma de curso superior. niio e para que ele possa fazer as provas, mas para que tenha conhe- cimentos necessarios ao melhor exerdcio das atribuic;Oes do cargo; tal diploma s6 ha de ser exi- gido do candidato, pois, no ato da investidura. ( ... ). (STJ, REsp 173699/RJ, Rel. Min. Edson Vidigal, S"' Turma, DJ 19.4.1999) • Administrativo. Concurso pUblico. Procurador da Fazenda. Minas Gerais. Exigencia de diploma ou habi!itac;ao. Posse. 1. Ofende a CF/88, art. 37, I, a exigCncia da prova de conctusao do curso de direito no encerramento das inscric;Oes. ( ... ). (STJ, RMS 10764/MG, ReL Min. Edson Vid1gal, 5" Turma, DJ 4.10.1999) • ( ... ) Consoante reiterada jurisprudCncia deste Tribunal, em se tratando de certame pUblico, o diploma ou habilitai;ao legal exigida para o exerdcio do cargo deve ser comprovada por ocasiao da posse e nao quando da inscrii;ao no certame. ( ... ) (STJ, EDcl no AgRg no Ag 397762/DF. Rel. Min. Gilson Oipp, 5a. Turma, DJ 4.2.2002) • ( ... ) Certificado do curso de auxiliar de enfermagem e registro profissional no respectivo conse- lho. Comprovac;ao no ato de inscric;ao. llegalidade. A exigCncia de comprovac;ao da escolaridade (diploma ou habilitai;ao legal) tern pertinCncia com o desempenho da fun<;ao, nao com a ins· cri<;.30 em concurso para o provimento do cargo, sendo, pois, for<;oso conduir que somente no ato da posse a comprova<;ao desse requisite se faz necess.lria. ( ... ). (STJ, RMS 12763/TO, Rel. Min. Felix Fischer, 511 Turma, DJ 7.10.2002) • ( ... ) Certificado de condusao de licenciatura p!ena. Comprova<;ao no ato de inscric;ao. tlegalidade. SUmula 266/STJ. Consoante entendimento desta Corte, a exigenda de comprova<;ao da escolari- dade (diploma ou habilita<;.10 legal) tern pertinCnda com o desempenho da func;ao, nao com a inscri<;iio em concurso para o provimento do cargo, sendo, pois, forc;oso concluir que somente no ato da posse a comprovac;ao desse requisite se faz necessilria (SUm. 266/STJ). ( ... ). (STJ, REsp 532497/SP, Rel. Min. Felix Fischer, 5a Turma, DJ 19.12.2003) DJREITO AOMINISTRATIVO 27 • • E • • ( ... ) O principio constitucional que assegura a livre acessibilidade aos cargos pUblicos pela via legitima do concurso pUb1ico, desde que preenchidos os requisites inscritos em lei, deve ser concebido sem restri<;Oes de carilter formal, dando-se prevalencia aos seus fins teleo!6gicos. Se para a investidura no cargo hil exigencia de ser o candidate possuidor de curse superior, a obrigatoriedade de apresentac;ao do respectivo diploma ocorre no momenta da posse. ( ... ). (STJ, RMS 9647/MG, Rel. Min. Vicente Leal, 5a. Turma, DJ 14.6.1999) ( ... ) Segundo o entendimento pretoriano dominante, a pratica forense, traduzida no efetivo exer· cicio da advocacia por dois anos ou de cargo para o qua! se exija diploma de Bacharel em Direito, e exigencia legftima para ingresso na magistratura, cuja comprova<;.10 deve ser exigida no ato da posse e nao por ocasiao das inscri<;Oes. SUmuta 266 do Superior Tribunal de Justii;a. ( ... ). (STJ, RMS 15221/RR. Rel. Min. Fernando Gonc;alves, 6" Turma, DJ 17.2.2003) (. .. ) Legitima e a exigi!ncia de pr.ltica forense para inscrii;ao no concurso para o cargo de Advo- gado da Uniao, «ex vt do art. 21, § 2°, da Lei Complementar 73/93. 0 conceito de pr.ltica forense nao se restringe a atua<;.'io como advogado, membro _do Ministi!rio PUblico ou Magistrado ou em cargo privative de bacharel em direito, devendo ser concebldo de forma mais abrangente, c:o_mpreen,dendo outras atividades vinculadas ao mapuseio de processes no fora, seja como estagiilrio, seja coma ·runcionilrio junta as secretarias de varas ou turmas ou a gabinetes de magistrados. ( ... ). (STJ, MS 6200/DF, Rel. Min. Vicente Leal, 3a Sec;ao, DJ 28.6.1999) ( ... ) Procurador da Fazenda Nacional. Pratica forense. LC 73/93. Comprova<;ao. E legitima a exi- gencia de pr.'.itica forense para o ingresso nas carreiras da Advocada·Geral da Uni.Jo, mas o seu conce-ito deve ser interpretado de forma ampla, de modo a compreender niio apenas o exerdcio da advocacia e de cargo no Ministerio PUblico, Magistratura ou outro quatquer privativo de bacharel em direito, coma tambem as atividades desenvolvidas perante os tribunais, os juizos de primeira inst3nda e ate estilgios nas facufdades de direito, doadoras de experiCnda jurfdica. t .. ). (STJ, MS 6559/DF, Rel. Min. Hamilton Carvathido, 3a Sec;ao, DJ 26.6.2000 p. 135) .) l. A jurisprudi!ncia e padfica quanta a constitucionalidade da exigencia, em editais de con· curso, de um periodo mfnimo de priltica forense, desde que prevista em lei e interpretada da forma mais razoilvel possivel, fazendo abranger todas as atividades ligadas a no<;Oes experimen- tais de praticas desempenhadas na vida forense, trazendo ao individuo informai;Oes que possi- bilitem o seu desenvolvimento na area especifica do Direito. 2. Deixou a impetrante de compro· var, de forma pre-constituida, esse requisite espedfico de pratica forense: o periodo computado como estagio obrigat6rio na graduac;ao ou em p6s·graduai;ao nao satisfaz os 2 (dais) anos minimos exigidos no edital, bem como a atividade funcional exercida como Fiscal de Tributes da Receita Estadual niio atende .) finalidade da exigi!ncia legal. ( ... ). (STJ, MS 6867 /DF, Rel. Min. Edson VldigaL 3a Se<;iio, DJ 18.9.2000) * LEGISLAvAO DE REFERENCIA .,.. CF. Art. 5°. XIII - e livre o exerdcio de qua!quer trabalho, oficio ou profissao. atendidas as qualificac;Oes profissionais que a lei estabelecer. ,... Art. 37.1- os cargos, empregos e fun- <;Oes pUblicas sao acessiveis aos brasileiros que preencham os requisites estabeleddos em lei. assim coma aos estrangeiros, na forma da lei; II - a investidura em cargo ou emprego pUblico depende de aprova\3o previa em concurso pUblico de provas ou de provas e titu- los, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma pre- vlsta em lei, ressalvadas as nomea\Oes para cargo em comissao declarado em lei de livre nomea\iiO e exonera\iio; 28 ROBERVAL ROCHA UBIRNARA (ASA DO ALBINO VIEIRA .... Lei 8.112/90. Art. 5° Sao requisites bflskos para investidura em cargo pUblico: ( ... ) IV - o nivel de escolaridade exigido parao exercicio do cargo . ..,. Art. 7° A investidura em cargo pUbllco ocorrera com a posse. ,... Art. 11. O concurso sera de provas ou de provas e titu- los, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respective piano de carreira, condicionada a inscrii;.lo do candidate ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispens.1vel ao seu custeio, e ressalvadas as hip6teses de iseni;ao nefe expressamente previstas. SUM.ULA N2 16 - 0 SERVIDOR ESTAVEL INVESTIDO EM CARGO PtJBLICO FEDERAL, EM VIRTUDE DE HABILITA~l\O EM CONCURSO PlJBLICO, PODEru\ DESISTIR DO ESTAGIO PROBAT6RIO A QUE E SUBMETIDO COM APOIO NO ART. 20 DA LEI N. 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990, E SER RECONDUZIDO AO CARGO INACUMULAVEL DE QUE rot EXONERADO, A PEDIDO. • SUmulo aplicdveL • Data: 19.6.2002, • Redofiio dad a p/ a/o AGU de J 9. 7.200·t • 1.e,qis/apio 11er/int·n1e: Lei 8.112/90. ores. 20 e 29.•Prect•demes 1!0 STF: MS 24271/Dr; DJ 20.9.2002. MS 23577/DF. D/ 14.6.2002. MS 22933/fJf-: DJ 11.11.1998. • Prcudences do ST/: MS 8.139/Vr: OJ 16.12.2002 * COMENTARIOS Essa sUn1ula prctende evitar a discussao sobre a recondur;ao do servidor ao car- go de que teve de ser exonerado em virtude de posse e1n outro cargo inacumul<ivel. quando o servidor dcsistc do novo cargo no curso do est<igio probatOrio. 0 estagio probat6rio, regulado pelo art. 20 da Lei 8.112/90, tem como finalidadc precipua servir co1no con1plemento ao processo de seler;ao para o cargo, por n1eio do qua! o servidor j<l empossado exerce as funr;Oes e atividades inerentes do cargo, con- sistindo un1a prova pr<ltica para o servidor, segundo a lir;5o de Lt'1cio Bitcncourt ("Do est<lgio probatOrio e sua efetiva utilizar;.Jo", separata da Revista do Servir;o PUblico, Departamento de lmprensa Nacional, Hio de Janeiro, 1949). Nesse sentido, o est<lgio probat6rio pern1ite que o servidor scja avaliado em relar;ao a sua aptidao as atividades e funr;Oes do trabalho. Por isso, deve·se entender que a nonna do art. 20, § zg, da Lei 8.112/90, tan1ben1 autoriza os casos e1n que o servidor opta por se afastar do novo cargo, ele pr6prio reconh~cendo a sua inaptid5o para o novo cargo. Enquanto nao confinnado no est<lgio do novo cargo, restara pendente a vincula· r;ao anterior. So111ente coin a aprovar;ao no novo est<lgio, ficara encerrado o vlnculo entre o servidor e o cargo antes ocupado. * )URISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (STF} Ill (. .. ) L Servidor PUbtico, aprovado em concurso pUblico, estave!, que presta nova concurso e, aprovado, e nomeado para nova cargo. Durante o est.1gio probat6rio neste Ultimo cargo, requer sua recondu<;ilo ao cargo anterior. Possibilidade, na forma do disposto no art 20, § 2°, da lei 8.112/90. E que, enquanto nao confirmado no estiigio do nova cargo. nao estarii extinta a situa- r;ao anterior.(. .. ). (STF. MS 24271, Rel. Min. Carlos Vel!oso, Plcno, DJ 20.9.2002) DIRElTO ADMINISTAATIVO 29 II .) Policial Rodovi.1rio Federal. aprovado em concurso pUblico, esttlvel, que presta nova con- curso e, aprovado, e nomeado Escrivao da PoHcia Federal. Durante o est.igio probat6rio neste Ultimo cargo, requer sua recondu<;ilo ao cargo anterior. Possibilidade, na forma do disposto no art. 20, § 2°. da Lei 8.112/90. E que, enquanto nao confirmado no est.1gio do nova cargo, nao estara extinta a situa<;ao anterior. ( ... ). (STF. MS 23577, Rel. Min. Carlos Velloso. Pleno, DJ 14.6.2002) Ill Est<l:gio probat6rio. Funcionario est<l:vel da lmprensa Nacional admitido, por concurso pUblico, ao cargo de Agente de Policia do Distrito Federal. Natureza. inerente ao estiJgio, de comple- mento do processo se!etivo, scndo. igua1mente, sua finalidade a de aferir a adaptabilidade do servidor ao desempenho de suas novas fun<;Oes. Consequente possibilidade. durante o seu curso, de desistencia do est.igio, com retorno ao cargo de origem {art. 20, § 2°, da lei 8, 112/90). lnocorrencia de ofensa ao principio da autonomia das Unidades da Federa\ao, par ser mantida pe!a Uni5o a Policia Civil do Distrito Federal {Constitui<;ao, art. 21, XIV}.( ... ). (STF, MS 22933. Rel. Min. Octavio Galletti, Pleno, OJ 13.11.1998) * )URISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (ST)} E {. .. ) 1. O_servidor pUblico est.ivel que desiste do est.igio prob.ltorio a que foi submetido em razao de ingresso em· nova cargo pUblico tem direito a ser retonduzido ao cargo anteriormente ocupado. 2. lnteligencia do § 2° do art. 20 da Lei 8.112/90. ( ... ). (STJ, MS 8339/0F, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, 3'1 Se<;ao. OJ 16.12.2002) * LEGISLA(:Ji.O DE REFERENCIA ... Lei 8.112/90. Art. 20. Ao entrar em exercicio, o servidor nomeado para cargo de provi- mento efetivo ficara sujeito a est.'lgio probatOrio par periodo de 24 (vinte e quatro) meses. durante o qua! a sua aptidao e capacidade serao objeto de avalia<;ao para o desempenho do cargo, observados as seguintes fatores: ( ... ). ~ Art. 29. Recondu\ilo e o retorno do servidor est3vel ao cargo anteriormente ocupado e decorreril de; I - inabilita\ilo em est.'lgio probat6rio re!ativo a outro cargo; II - reintegra<;ao do anterior ocupante. Par;igrafo Unico. Encontrando·se provido o cargo de origem, o servidor sera aproveitado em outro, obser- vado o disposto no art. 30. 3. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS SUMuLA N2 68 - Nos CONTRATOS DE PRESTA~Ao DE SERVl~OS MEDICO·HOSPITALARES NO i\MBITO DO SUS, 0 FATOR PARA CONVERSJ\O DE CRUZEIROS REAIS EM REAIS, A PARTIR DE 12 DE JULHO DE 1994, DEVE SER DE CR$ 2.750,00, COMO DETERMINAOO PELO ART. 12, § 3 2, DA r.1P 542/95, CONVERTJDA NA LEI N. 9,069/95, COMBINADO COM 0 COMUNICADO N. 4.000, DE 29.06.94, DO BACEN, OBEDECIDA A PRESCRl~AO DAS PARCELAS RELATIVAS AO QUINQUE- NIO ANTEHIOR AO AJUIZAMENTO DA DEMANDA, DEM COMO A LIMITAt;Ao DA CONDENA~Ao ATE OUTUBRO DE 1999. eSUmulo aplicdveL ef)afr1: S.2.20I.1•1.e9isfr1p:ir1 pcrtinenre: Lei 9.069/95, art. 23. /.ci 8.880/94, art. 15. Cnmunicado Bacen 4.000/94.•l'receclenld do ST}'.· Al 714025/RS. DJ 29.06.2010. Al 7787.19/PR, DJ 22.06.2010. RH 479431/PR. Of 21.06.2010. Al 608652/RS. DJ 26.05.2010. Rf 60232·1·RG/SC. Of 18.12.2009. Al 656062 Ag/l/RS, DJ 13.03.2009.•Pre,cedcnres do ST]: RBp 1··; 7304.1.1/SP. DJ 4.02.2009. AgRg na REsp /0.'i702.'i/CE. D/ 2. 10.2008. A,qR_q na Res11. S27013/RS, Df 13,032006. Jl..qRn nofw 11430.10/SC. DJ 21.10.20011. RE.~p 5.10Mil/SC. DJ 26.0l.2fl07. MS 8.501/DF. D/ 27.09.ZOlH. __J I 30 * COMENTARIOS ROBERVAL ROCHA UBIRAJARA (ASADO ALBINO VIEIRA 0 tema em debate refere·se a revis3o dos valores previstos na tabela de remu· nera,ao dos servi,os prestados pelo Sistema Unico de Saitde - SUS, a partir de junho del 994, com base no fator de conversao equiva!ente a CR$ 2.750,00 fixado pela Me- dida Provis6ria n. 542/94. 0 STF descartou intervir sobre o ten1a, por entender que, se existente, a ofensa a CF/1988 seria indireta, nao justificando a apreciac;ao do recurse extraordinario. Sen· do assim, a discussao fica resolvida pela posic;ao do STJ, ao fixar a interpretac;ao da lei federal aplicavel. Para o STJ, os contratos de prestac;ao de servic;os mCdico·hospitalares no ambito do SUS devem serconvertidos (de cruzeiros reais para reais) pelo valor da URV em 30 de junho de 1994, tendo em vista o comando da Medida Provis6ria 542, de 30.06.94, determinou que se observasse a "paridade entre. a Unida.de. Real de Vai'or - URV e o Cruzeiro R.eal fixada pelo Banco Central do Brasil para aquela data" (art. 1 •, § 3•, que correspondem ao mesmo artigo e paragrafo da Lei 9.069, de 29.06.95). 0 Comunicado n. 4.000/94, do Banco Central, estabeleceu a ORV em CR$ 2.750,00 (dois mile sete- centos e cinquenta cruzeiros reais). Sendo assim, ta is contratos deviam ser convertidos pela URV (30.6.1994) - CR$ 2.750,00 (dois rnil e setecentos e cinquenta cruzeiros reais), nao se admitindo que o Conselho Nacional de Sall.de, no exercicio da competencia para"aprovar os criterios e valores para remunerac;ao de servit;os e os par3metros de cobertura assistencia ·~ conforme o Decreto n. 99.438/90, art. 12, IV, pudesse autorizar a aplicat;c"io de fator de conversao em desacordo com o padrao fixado em lei (foi utilizado erroneamente o fator de CR$ 3.752,00 -Tres mil, setecentos e cinquenta e dois cruzeiros reais) Em novembro de 1999, houve uma revisao da tabela do SUS com a reavalia,ao dos servit;os medicos. Nessa ocasic"io, nao ocorreu uma mera revisao dos custos pela apli· cat;c"io de ind ice geral de reajusta1nento por conta da inflac;ao, mas realinhamento dos custos por reapreciac;ao dos procedin1entos medico·hospitalares. Dessa forma, nao pode ser aplicada a essa nova tabela o percentual de defasagen1 decorrente do erro de conversao incorrido, de modo que a corre.;ao do fator de conversao dos contratos deve limitar-se ate outubro de 1999 (ultimo mes anterior a nova tabela de custos do SUS). * JURISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (STF) • Tabelas dos servii:;os prestados peto sistema Unico de saUde - SUS. Plano real. Correi:;ao. Aplica· i:;ao dos efeitos da ausencia de repercussao gera1 tendo em vista tratar-se de divergenda solu· cion.lvel pela aplicac;ao da legis1ai:;ao federal. lnexist&nda de repercussao geral. (STF, RE 602324 RG; Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 18.12.2009) * JURISPRUDENCIA COMPLEMENTAR (STJ) Ill ( ... ) 3. A compet&ncia do Conselho National de SaUde para ~aprovar os criterios e va!ores para remunerai:;ao de servic;os e os par.1metros de cobertura assist&ncia· (Dec. 99.438/90, art. 1°, IV) DIREITO ADMINISTRATIVO 31 • • • nao autoriza o estabelecimento de um fator de conversao monetaria diferente do fixado em lei. 4. 0 fator para conversao de cruzeiros reals em reais, a partir de 1° de julho de 1994, foi de Cr$ 2.750,00, como determinado pelo art. 1°, § 3°, da MP 542/95, convertida na lei 9.096/95, combinado com o Comunicado n. 4.000, de 29.6.94, do Bacen. 5. A reformulai:;ao da tabela do SUS ocorrida em novembro de 1999 nao representou mero reajustamento dos prec;os ate entao praticados, mas, sim, o estabelecimento de novos valores em virtude da reapreciai:;ao de todos os procedlmentos. A partir da referida data, nao se cogita, portanto, da aplicac;ao do percentual da defasagem relacionada a err6nea conversao monetaria. { ... }. 7. "Nao constando os convenios celebrados entre o SUS e os hospitais particulares do rol enumerado pe1o art. 16 e seus inci· sos, da Lei 9.069/95, inexiste a possibilidade de se aplicar a correc;ao prevista no § 1° daquele mesmo dispositivo" (REsp S1251S ... ). 8. Segundo dispOe o art. 406 do C6digo Civil. "quando os juros morat6rios nao forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinac;ao da lei, ser.'.io fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos a Fazenda Nacional·. 9, Assim, atualmente, a taxa dos juros morat6rios a que se refere o referido dispositivo e a taxa referencial do Sistema Especial de Uquidac;ao e Cust6dia - Selic, por ser ela a que incide como juros morat6rios dos tributes federals (arts. 13 da Lei 9.065/95, 84 da Lei B.981/95, 39, § 4°, da lei 9.250/95, 61, § 3°, da lei 9.430/96 e 30 da lei 10.522/02). ( ... ). (STJ, REsp 730433/RS, Rel.. Min. Teori Albino Zavascki, 1a Turma, OJ 4.2.2009) .................................. . ............................. . ( ... )I. A·Ju;is.prudE!n(ia desta C~rle firmou 4 se no sentido de quk a prescri~ao s6 atinge as par· celas vencidas antes dos cinco anos contados da data de ajuizamento da ac;ao e que somente o Banco Central do Brasil - Bacen - era a entidade competente para a fixac;ao do valor da URV - Unidade Real de Valor - a ser aplicado na converslio de cruzeiros reais em reais, tendo-o feito por meio do Comunicado n. 4.000, de 29.6.1994, pelo qual a URV corresponderia a CRS 2.750,00 (dois mil. setecentos e cinquenta cruzeiros reals) em 30 de junho de 1994. 11. Assente tambem neste STJ o entendimento de que o percentual de 9, S6% somente e devido ate novembro do ano de 1999, uma vez que a partir deste marco foram concedidos reajustes diferenciados nas referidas Tabelas, de modo a suplantar a ilegalidade. ( ... ). Ill. Em momenta algum da decis.30 objurgada faz·se referencia especifica a Portaria n. 1.323, de novembro de 1999, mencionada pela ora agravante como o diploma que teria reajustado as tabelas do SUS. com efeitos retroa· tivos a outubro/90. lncabivel o pedido pela ancilise da contenda sob o enfoque da aludida por· taria, tendo em vista, como cedic;o. nao se induir tat diploma no conceito de lei federal. ( ... ). {STJ. AgRg no REsp 1057025/CE, Rel. Min. Francisco Falcao, 1a Turma, DJ 13.10.2008) ( ... ) A Primeira se,ao do STJ, por ocasiao do julgamento do MS 8501 .. ., entendeu que a ilegal utilizac;ao de fator de conversao diverso daque1e fixado pelo Bacen niio contaminou os reembol· sos efetuados ap6s os sucessivos reajustes da tabela do SUS, limitando, assim, a condena,ao ao pagamento de difereni:;as pelos servii:;os prestados ate novembro de 1999, quando foi reformu· lada a tabela e fixados novos valores segundo o grau de complexidade de cada procedimento. ( ... }. (STJ, AgRg no REsp 527013/RS, Rel. Min. Denise Arruda, 1a Turma, DJ 13.3.2006) ( ... ) 1. Ajurisprud&ncia desta Corte firmou entendimento de que nao sao aplic.lveis, ao caso dos autos, os artigos 15, da lei 8.880/94, e 23 da Lei 9.069/95. Com efeito, quanto a conversao dos valores estabelecidos em cruzeiros reais para reals, ficou decidido que, a partir de 1° de julho de 1994 - Medida Provis6ria n. 542, de 30.6.1994 - se observasse a "paridade entre a Unidade Real de Valor - URV e o Cruzeiro Real fixada pelo Banco Central do Brasil para o dia 30 de junho de 1994~. 2. De mais a mais, tambem entende esta Corte que o Banco Central do Brasil - Bacen, a epoca, na edii:;ao da Medida Provis6ria n. 542, de 30.6.1994, convertida na Lei 9.069/9S, ins· tituidora do Plano Real, era a entidade competente para a fixac;iio do valor da URV - Unidade Real de Valor - a ser aplicado na conversao de cruzeiros reais em reais, a partir de 1° de julho de 1994, fixando·se em CrS 2.750,00. { ... ). 3. A compet&ncia do Conselho Nacional de SaUde para ·aprovar os criterios e valores para remunerai:;ao de servi~os e os parametros de cober· tura assist&ncia" (art. 1°, IV, do Dec. 99.438/90) nao autoriza que seja determinado um fator de conversao monetaria diferente do fixado em lei. 4. 0 Superior Tribunal de Justi~a detem firme 32 ROBERVAL ROCHA UB!AAJARA CASADO ALBINO VIEIRA entendimento pela n3o·incid€ncia, na repetic;ao de indt?bito tribut.flrio, da MP 2.180-35/01, que fixa juros morat6rios de 6% ao ano, pois o comando expresso no C6digo Tribut.flrio Nacional foi determinado pela lei 5.172/66, a qual possui carilter de lei Complementar. enquanto que os juros morat6rios de 6% foram estatuidos par medida provis6ria. ( ... ). 5. 0 art. 1°-F da Lei 9.494/97, introduzido pela Medida Provis6ria 2.180-35/2001, refere-se .1 inddl}nda de juros de mora em relac;ao ao pagamento de verbas remunerat6rias, incluindo·se ai os beneficios previ· denciilrios e demais verbas de natureza alimentar. Em se tratando de restituic;ao tributilria, seja na modalidade de repetic;Jo de indebito ou de compensa<;ao, nao ha fa!ar em sua aplica<;.30; porquanto, nesses cases, sao devidos juros de mora de um por cento (1%) ao mes. nos termos do C6digo Tributario Nacional. ( ... ). 6. Em novembro de 1999, a tabe!a do SUS foi reformu!ada, com base em reavalia<;iio dos servi<;os medicos. Nao se tratou de aumento dos pre<;os pela aplica<;ao uniforme de um indice de realinhamento proporcional a infla<;.30, mas, sim, houve uma revis5o dos custos em fun<;<lo de reaprecia<;<lo de cada procedimento medico. Assim, deve· -se limitar a condena<;ao da Uniao ao pagamento
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