Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Manual de Campo para as Melhores Práticas de Gestão em Estradas de Baixo Volume de Tráfego ENGENHARIA DE ESTRADAS DE BAIXO VOLUME DE TRÁFEGO Gordon Keller & James Sherar MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: i ENGENHARIA DE ESTRADENGENHARIA DE ESTRADENGENHARIA DE ESTRADENGENHARIA DE ESTRADENGENHARIA DE ESTRADASASASASAS DE BDE BDE BDE BDE BAIXAIXAIXAIXAIXO VO VO VO VO VOLOLOLOLOLUMEUMEUMEUMEUME Manual de Campo para as Melhores Práticas de Gestão por Gordon Keller, PE Engenheiro Geotécnico Serviço Florestal, USDA Floresta Nacional Plumas, Califórnia e James Sherar, PE Engenheiro Florestal Serviço Florestal, USDA Florestas Nacionais da Carolina do Norte Produzida para a Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID) Em Cooperação com Programas Internacionais do Serviço Florestal, USDA e o Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia Julho de 2003 MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: ii photo here A informação contida neste documento foi desenvolvida como um manual para os construtores e administradores de estradas, bem como para os especialistas em recursos da maioria das regiões geográficas, para ajudar a construir melhores estradas com uma melhor relação custo/benefício, considerando o mínimo impacto ambiental adverso e protegendo a qualidade da água. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) ou a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID, na sigla em inglês) não assume responsabilidade alguma pela interpretação ou pelo uso desta informação. O uso do nome de firmas, comércios ou corporações é para informação e para a conveniência do leitor. Tal uso não constitui uma avaliação oficial, conclusão, recomendação, aprovação ou validação de nenhum produto ou serviço, excluindo outros que poderiam ser adequados. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USDA) proíbem a discriminação em todos os seus programas e atividades, com base na raça, cor, nacionalidade, sexo, religião, idade, deficiência, ideologia política, orientação sexual, estado civil ou situação familiar (Nem todas as bases de proibição se aplicam a todos os programas). Aquelas pessoas com deficiência que necessitem meios alternativos para obter informação sobre os programas (tais como, sistema Braille, letra de tamanho grande, fita de áudio, etc.) devem se comunicar com o Centro TARGET da USDA no número (202) 720-2600 (voz e dispositivos de telecomunicação para surdos [TDD]). Para apresentar uma denúncia por discriminação, escreva para a USDA, Diretor, Office of Civil Rights, Room 326-W, Whitten Building 1400 Independence Avenue, S.W., Washington, D.C. 20250-9410 ou ligue para (202) 720-5964 (voz e TDD). A USDA é um fornecedor e empregador com igualdade de oportunidades. MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: iii ENGENHARIA DE ESTRADAS DE BAIXO VOLUME Manual de Campo das Melhores Práticas de Gestão PRÓLOGO OInstituto de Administração da Conservação (CMI, na sigla em inglês) do Colégio de Recursos Naturais da Virginia Tech está dedicado a ajudar a aplicar princípios científicos sólidos na administração dos recursos naturais renováveis no mundo. O acesso é uma consideração importante em muitos cenários — não somente para facilitar a utilização de recursos naturais, como também permite às pessoas chegarem aos mercados para vender seus produtos e obter serviços de saúde. No entanto, é de vital importância que as estradas construídas proporcionem acesso adequado sem deixar de aplicar as práticas apropriadas de proteção ambiental sempre que possível. As estradas construídas inadequadamente podem causar um impacto negativo em tudo, nas populações de plantas terrestres, nos esforços de conservação do solo, na qualidade da água e até mesmo nas populações de organismos aquáticos nas águas receptoras. Este manual foi publicado originalmente em Espanhol como "Prácticas Mejoradas de Caminos Forestales" pela Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) para ser usado em toda a América Latina, e comprovou ser valioso para ajudar a proteger os recursos florestais. Ficou claro que o conselho prático contido neste manual podia ser valioso para administradores de recursos no mundo todo. Por tanto, para alcançar um público mais amplo, e inspirados na obra original em espanhol, o CMI e o Serviço Florestal dos Estados Unidos (USDA) colaboraram para produzir esta versão atualizada em português. Esperamos que o material apresentado aqui seja de utilidade para você. Este projeto surgiu da nossa colaboração com Gerald Bauer, do Serviço Florestal dos Estados Unidos, em programas de treinamento sobre recursos naturais na América Latina. O senhor Bauer contribuiu com o manual original e descobriu uma grande demanda da publicação. Esta colaboração exemplifica o nosso envolvimento com a USAID e o Serviço Florestal em muitos projetos com recursos naturais. Animamos você a entrar em contato com a USFS ou com o CMI se pudermos ajudá-lo nos seus esforços de conservação. Finalmente, agradecemos o destacado esforço de Julie McClafferty do CMI, que foi um elemento de grande importância na elaboração deste manual para publicação. B. R. Murphy, PhD, Diretor, CMI (murphybr@vt.edu) A.L. Hammett, PhD., Assessor da Faculdade, CMI e Coordenador de Programas Internacionais, Colégio de Recursos Naturais (himal@vt.edu) Gordon Keller, PE, Engenheiro Geotécnico, USFS (gkeller@fs.fed.us) James Sherar, PE, Engenheiro Florestal, USFS (jrs4trees@gmail.com) MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: iv MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: v RECONHECIMENTOS UM GRANDE NÚMERO DE PESSOAS participou no desenvolvimento do Manual de Estradas de Baixo Volume de Mínimo Impacto e o subsequente Engenharia de Estradas de Baixo Volume - Manual de Campo das Melhores Práticas de Gestão. Estas pessoas tiveram a visão e o compromisso para preservar e melhorar a qualidade do nosso ambiente, sem deixar de reconhecer a necessidade das boas estradas. Ainda mais, eles conhecem o planejamento, o desenho, a manutenção e a gestão integral necessários para ter boas estradas. Os fundos para este projeto foram fornecidos principalmente pela Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID), o Global Bureau e a Equipe de Ciências Florestais, com contribuições da USDA, do Escritório de Programas Internacionais do Serviço Florestal da Região do Sudoeste Pacífico e da Floresta Nacional Plumas. A versão original em espanhol deste documento foi produzida com a ajuda de Ramón Álvarez, Roberto Medina e Atilio Ortiz da USAID de Honduras. Os autores agradecem especialmente o apoio de Jerry Bauer, Alex Moad e Michelle Zweede do escritório de Programas Internacionais do Serviço Florestal dos EUA; de Jim Padgett e Nelson Hernandez do Escritório em Washington do USFS; de Scott Lampman, Paul DesRosiers e Mike Benge da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EU, e o firme apoio dos nossos colegas da Floresta Nacional Plumas. Os desenhos apresentados neste documento são provenientes de variadas de fontes, como se indica em cada caso, e a maioria foram redesenhados ou adaptados com o talento artístico de Jim Balkovek, ilustrador e Paul Karr um Engenheiro aposentado do Serviço Florestal. O escaneamento, rotulação e manipulação por computador das figuras deste manual de campo foram completados com a habilidade e paciência de Lori Reynolds da Reynolds Graphics em Quincy, na Califórnia. A tradução de segmentos deste Manual de Campo e do Manual de Estradas de Baixo Volume de Mínimo Impacto original foi meticulosamente feita por Alejandra Medina do Instituto de Transporte da Virginia Tech. Um sincero agradecimento para os muitos profissionais e não profissionais que ofereceram seu tempo para revisar e editar o documento, além de fazeremsugestões valiosas sobre a forma e o conteúdo do Manual de Campo. Agradecimentos especiais para Jill Herrick, do Serviço Florestal dos EUA, pelas suas valiosas contribuições e assistência na edição deste manual com a Definição de Termos, Referências e revisão geral do conteúdo; assim como para Michael Furniss, Charlie Carter, Jerry Short, Tim Dembosz e Ozzie Cummins pelas suas inúmeras sugestões e ideias sobre drenagem e outros assuntos. Agradecemos a Richard Wiest, autor de “A Landowner's Guide to Building Forest Access Roads”, pela sua inspiração e ideias sobre formato e desenho. Outras pessoas que participaram da revisão e da edição foram Leslie Lingley da Leslie Geological Services; Marty Mitchell da Clear Water West; Alfred Logie do escritório de Programas Internacionais da Administração Federal de Autoestradas (FHWA, na sigla em inglês); Mike Benge e Eric Peterson da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos; Dr. John Metcalf da Associação Mundial de Estradas LSU/PIARC; Dr. Francis Greulich, Engenheiro Florestal da Universidade de Washington; Dr. Allen Hathaway, MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: vi Engenheiro Geológico da Universidade de Missouri-Rolla; David Orr, PE do Programa Local de Estradas da Universidade Cornell; Prof. Raymond Charles, Universidade de West Indes; Art Klassen, Fundação Tropical Forestry; James Schenck e Wilson Castaneda, Fundação Cooperative Housing- Guatemala; Harold Tarver da Africare; Wes Fisher do Instituto Tellus e Sandra Wilson-Musser, Corky Lazzarino, Armando Garza, Gary Campbell, Ken Heffner, Terry Benoit, Allen King, John Heibel, William Vischer, e Greg Watkins, funcionários do Serviço Florestal dos EUA dedicados à proteção de bacias hidrográficas e à construção de boas estradas. A maioria das fotografias usadas neste manual pertence aos autores, Gordon Keller e James Sherar, ou a Jerry Bauer, co-autor no Manual "Estradas de Baixo Volume de Mínimo Impacto". Outras pertencem a indivíduos como se indica em cada fotografia. A fotografia do muro de arrimo na capa foi proporcionada por Michael Burke. Finalmente, os autores gostariam de agradecer especialmente a Tom Hammett da Virginia Tech pelos seus contatos e a facilidade dada a este projeto e a Julie McClafferty do Instituto de Administração da Conservação e Patty Fuller dos Estúdios Poplar Hill em Blacksburg, na Virgínia, pela magia do design e da publicação deste manual e pelo excelente resultado obtido. Finalmente, mas de maneira alguma menos importante, um grande abraço para nossas esposas, Jeanette e Julie, e as nossas famílias pela sua paciência e apoio durante este projeto! MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: vii PREFÁCIO OS AUTORES AGRADECEM a oportunidade de desenvolver este manual para a Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) com a cooperação do Escritório de Programas Internacionais do Serviço Florestal, USDA, e o Departamento de Programas Internacionais do Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia. O desenvolvimento origi- nal deste Manual de Campo das Melhores Práticas de Gestão (BMP, na sigla em inglês) em Estradas foi patrocinado pela USAID/Honduras, como o apoio do seu Programa de Desenvolvimento de Ciências Florestais (FDP, na sigla em inglês) e sua Escola Nacional de Ciências Florestais (ESNACIFOR, na sigla em espanhol). Desde então já foi revisado e aumentado para ser consistente e complementar o manual de treinamento titulado “Estradas de Baixo Volume de Mínimo Impacto” para obras de estradas em regiões em desenvolvimento. Esta edição de Engenharia de Estradas de Baixo Volume, Manual de Campo das Melhores Práticas de Gestão tem a intenção de proporcionar um panorama dos principais aspectos de planejamento, localização, desenho, construção e manutenção das estradas que podem provocar impactos ambientais adversos, além de enumerar as principais maneiras para prevenir esses impactos. As Melhores Práticas de Gestão são técnicas gerais ou práticas de desenho que, quando aplicadas e adaptadas para se ajustarem às condições específicas do local, poderão prevenir ou reduzir a poluição e manter a qualidade da água. As Melhores Práticas de Gestão para estradas foram desenvolvidas por muitas agências porque as estradas, com frequência, causam um impacto ambiental importante na qualidade da água e a maioria destes impactos pode ser evitada com boas práticas de engenharia e de gestão. As estradas que não são bem planejadas ou localizadas, que não são bem desenhadas ou construídas, que não recebem boa manutenção ou não são feitas com materiais duráveis normalmente causam efeitos negativos na qualidade da água e do ambiente. Este Manual apresenta muitas dessas práticas desejáveis. Felizmente, a maioria das “Melhores Práticas de Gestão” são também sólidas práticas de engenharia e tem uma boa relação custo/benefício ao prevenir falhas e reduzir as necessidades de manutenção e os custos de reparação. Também leve em conta que o "melhor" é relativo, e por isso, as práticas apropriadas dependem até certo ponto da localização ou do país, do nível de necessidade de melhoras, e das leis e regulamentações locais. As melhores práticas também continuam evoluindo com o tempo. Este manual tenta abordar os temas fundamentais das estradas da maneira mais simplificada possível. Os temas complexos deverão ser abordados por engenheiros e especialistas com experiência. São incluídos os “SIM” (PRÁTICAS RECOMENDADAS) e os “NÃO” (PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS) nas atividades de estradas rurais, além de algumas informações relevantes de desenho básico. Essas práticas fundamentais podem ser aplicadas em estradas no mundo todo e para uma ampla gama de usos e padrões de estradas. Geralmente as práticas recomendadas podem MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: viii ser adaptadas para se ajustarem às condições locais e materiais disponíveis. Informação adicional sobre COMO fazer o trabalho pode ser encontrada em outras referências selecionadas, como o “Manual de Estradas de Baixo Volume de Mínimo Impacto”. A maioria das práticas pode ser aplicada em uma ampla gama de padrões de estradas, desde estradas com superfície nativa de uma pista até estradas pavimentadas de duas pistas. As práticas gerais desejáveis incluem o bom planejamento e localização da estrada, realizar a análise ambiental, reconhecer a necessidade de drenagem eficiente da superfície e garantir estruturas de cruzamento de drenagem do tamanho adequado, utilizando taludes de corte e aterro, utilizando medidas de controle da erosão, desenvolvendo bons bancos de materiais e recuperando os locais depois de completar o trabalho. Certas práticas de desenho, como a utilização de declives ondulados, estradas com talude externo ou passagens d'água a vau, têm uma ótima relação custo/benefício e são muito simples, mas geralmente são aplicadas em estradas rurais de baixa velocidade por motivos de segurança, assuntos de alinhamento vertical ou atrasos inaceitáveis no tráfego. Outros temas, como a utilização de pontes de vigas de madeira, são muito desejáveis para cruzamentos de riachos em regiões em desenvolvimento para evitar dirigir na água, mas seu uso atualmente é desencorajado por algumas agências, como o Serviço Florestal dos Estados Unidos, devido a sua curta vida útil e seu desempenho potencialmente imprevisível. Portanto, a informação aqui apresentada deverá ser considerada nos termos das condições locais, materiais disponíveis, padrões de estradas, prioridades de projetos ou recursos, sendo depois aplicada de uma maneira prática e segura. As regras, políticas de organizações, regulamentações ou leis locais podem entrar em conflito com algumas destas informações ou podem incluir informação mais específica do que a incluída aqui. Portanto, o bom senso deverá ser utilizado na aplicação da informação apresentada neste manual, e as regulamentações e leis locais deverão ser seguidasou modificadas conforme o necessário. Você poderá reproduzir ou copiar qualquer segmento deste Manual. No entanto, por favor, reconheça este Manual como fonte da informação. É Permitida a Reprodução Deste Manual de Campo Termo de Responsabilidade Este Manual de Campo não constitui um padrão, especificação ou regulamentação de, ou em vinculação com algum grupo profissional, organização ou entidade política. Tem a intenção de ser somente um manual para a boa engenharia de estradas e gestão ambiental sólida em países em desenvolvimento, com base no juízo profissional e na experiência dos autores. MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: ix ENGENHARIA DE ESTRADAS DE BAIXO VOLUME Manual de Campo das Melhores Práticas de Gestão ÍNDICE Prólogo iii Agradecimentos v Prefácio vii Definição de Termos xi Capítulo 1 Introdução 1 Capítulo 2 Análise Ambiental 5 Capítulo 3 Aspectos do Planejamento e Aplicações Especiais 11 Principais Aspectos Relacionados com as Estradas Redução da Vulnerabilidade em caso de Desastres Naturais Administração de Zonas de Proteção de Água (ZPA) Exploração Florestal Capítulo 4 Engenharia de Estradas de Baixo Volume 21 Planejamento de Estradas Localização de Estradas Levantamento Topográfico, Desenho e Construção de Estradas Custo das Estradas Manutenção de Estradas Fechamento de Estradas Capítulo 5 Hidrologia para o Desenho de Drenagem Transversal 37 Capítulo 6 Ferramentas para o Desenho Hidráulico e de Estradas 43 Capítulo 7 Drenagem para Estradas de Baixo Volume 53 Controle da Drenagem Superficial das Estradas Controle de Bocas e Saídas de Drenagens Transversais e Valetas Cruzamento de Canais Naturais Cruzamento de Zonas Úmidas e de Planícies; Uso de Subdrenagem MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: x Capítulo 8 Uso, Instalação e Dimensionamento de Bueiros 75 Capítulo 9 Passagens d'água a Vau 91 Capítulo 10 Pontes 97 Capítulo 11 Estabilização de Taludes e Estabilidade de Cortes e Aterros 103 Capítulo 12 Materiais para Estradas e Bancos de Materiais 115 Capítulo 13 Controle da Erosão 129 Capítulo 14 Estabilização de Quebradas 141 Referências Selecionadas 147 MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xi I. COMPONENTES DA ESTRADA Figura (I.1) Termos usados para definir estradas de baixo volume DefDefDefDefDefinição de Tinição de Tinição de Tinição de Tinição de Termosermosermosermosermos Dividido por temas: Seção I Componentes da Estrada ix Seção II Seção Estrutural e de Materiais da Estrada xii Seção III Drenagem Superficial xiii Seção IV Bueiros e Drenagem Transversal xv Seção V Passagens d'água a Vau xvii Seção VI Controle da Erosão xviii Seção VII Termos Vários xx D e f D e f D e f D e f D e fin iç ã o d e T in iç ã o d e T in iç ã o d e T in iç ã o d e T in iç ã o d e T e rm o s e rm o s e rm o s e rm o s e rm o s Estrada em corte Talude de corte Acostamento Bueiro (Pista de Rolamento) Talude de aterro (Terrapleno) Camada Superficial Base do pavimento Subgreide MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xii Figura (I.2) Termos usados para definir estradas de baixo volume (seção transversal) Acostamento (Shoulder) - Faixa pavimentada ou não ao longo da beira da pista de rolagem da estrada. Um acostamento interior fica do lado do talude de corte. Um acostamento exterior fica do lado do talude de aterro. Aterro armado (Reinforced Fill) - Aterro no qual foi colocado reforço de tensão através de contato por fricção com o solo circundante, com a finalidade de aumentar a estabilidade e a capacidade de carga. Os aterros reforçados estão formados por material de terra ou pedra colocado em camadas com elementos de reforço para formar taludes, muros, terraplenos, represas e outros tipos de estruturas. Os elementos de reforço vão desde simples vegetação até produtos especializados tais como fitas de aço, malhas de aço, geomalhas de polímeros e geotêxteis. Aterro lateral (Side-Cast Fill) - Material escavado posto sobre um talude preparado ou natural ao lado da escavação para construir a largura de terraplenagem. O material geralmente não é compactado. Berma (Berm) - Canteiro de pedra, solo ou asfalto geralmente ao longo da margem exterior do acostamento da estrada, usado para controlar a água superficial. Canaliza o escorrimento superficial para pontos específicos onde a água pode ser escoada da superfície de rolagem sem produzir erosão. Camada de pavimento (Base Course) - Veja a Seção II abaixo. Contraforte (Buttress) - Estrutura desenhada para resistir forças laterais. Geralmente é construída à base de enrocamento de proteção, gabiões ou solo drenado para dar suporte ao pé de um talude em zonas instáveis. Corte e aterro (Cut-and-fill) - Método para construir estradas no qual as estradas são construídas fazendo um corte na ladeira e estendendo os materiais escavados em pontos adjacentes baixos e como material compactado para aterro lateral ao longo da rota. Em um "corte e aterro equilibrado" todo o material do "corte" é utilizado para construir o "aterro". Em um desenho equilibrado de corte e aterro não há material desperdiçado em excesso e nem há necessidade de acarretar material de aterro adicional. Por tanto, o custo é minimizado. Corte em bancada e transporte final (Full Bench Cut and End Haul) - Método de construção de estradas onde a estrada é construída recortando todo o talude e acarretando todo o material restante (transporte final) até uma área de depósito fora do local. Declividade [Grade (Gradient)] - A inclinação da estrada no seu alinhamento. Esta declividade é expressa em L im ite de propriedade L im ite de propriedade L im ite de clareira Berma Pé do talude Pista de rolamento Valeta Talude de corte L im ite de clareira Terreno natural Faixa de domínio Limite de clareira Plataforma da estrada (Limite de construção) Largura de terraplenagem A costam ento A costam ento Subgreide Camada superficial Talude de aterro (Terrapleno) Base do pavimento MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xiii percentagem - a relação entre a mudança na elevação e distância percorrida. Por exemplo, uma inclinação de +4% indica um ganho de 4 unidades de medida em elevação a cada 100 unidades de medida percorridas. Estrada de baixo volume de tráfego (Low-Volume Road) - Um tipo de sistema de transporte que é geralmente construído para administrar ou explorar recursos de zonas rurais ou não desenvolvidas. Esses sistemas únicos no seu gênero foram desenhados para suportar volumes baixos de tráfego com cargas por eixo potencialmente extremas. São geralmente definidas abaixo de 400 VMDAT (Volume Médio Diário Anual de Tráfego). Estrada em corte (Through Cut) - Estrada cortada através de uma ladeira ou, mais frequentemente, através de uma crista, onde existem taludes de corte nos dois lados da estrada. Estrada sobre aterro (Through Fill) - Diferente de uma estrada em corte, uma estrada de aterro é um segmento de estrada formado por material de aterro, com taludes de corte nos dois lados da estrada. Faixa de domínio (Right-of-Way) - Faixa de terreno sobre a qual são construídas obras como estradas, ferrovias ou linhas de transmissão de energia elétrica. Legalmente constitui uma cessão que outorga direito de passagem sobre o terreno de outros. Largura de terraplenagem (Roadbed) - Largura da estrada utilizada pelos veículos, incluindo os acostamentos, medido na parte superior do subgreide. Linha central (Road Center Line) - Linha imaginária que corre longitudinalmente ao longo do centro da estrada. Obra de contenção ou de arrimo (Retaining Structure) - Estrutura desenhada para resistir delocamentos laterais de solo, água, ou outro tipo de material. É geralmenteutilizada para dar suporte à estrada ou para ganhar largura da estrada em terrenos escarpados. Frequentemente são construídas utilizando gabiões, concreto reforçado, estruturas de madeira ou terra mecanicamente estabilizada. Pistas de rolamento [Traveled Way (Carriageway)] - A parte da estrada construída para a circulação de veículos em movimento, incluídas as pistas de tráfego e os desvios - sem incluir os acostamentos. Plataforma da estrada (Limites de construção ou largura de formação) [Roadway (Construction Limits or Formation Width)] - Largura horizontal total do terreno afetado pela construção da estrada, desde a parte superior do talude de corte até o pé do aterro ou da zona nivelada. Relação de talude (Slope Ratio) - Uma forma de expressar os taludes construídos como uma relação entre a distância horizontal e a elevação vertical, como 3:1 (3m horizontais por cada metro vertical de elevação ou depressão). Seção transversal (Cross-Section) - Desenho onde é mostrada uma seção da estrada cortada na largura da mesma (veja a Figura i.2 anterior). Também pode ser usado em um cana, em um talude ou em uma ladeira. Subgreide (Subgrade) - Veja a Seção II abaixo. Superfície de rolagem (Rodagem) [Surface Course (Surfacing)] - Veja a Seção II abaixo. Talude de aterro (Talude do terrapleno) [Fill Slope (Embankment Slope)] - Talude inclinado que abrange desde a margem exterior do acostamento da estrada até o pé (base) do aterro. Essa é a superfície que se formada onde o material é depositado para a construção da estrada. Talude de corte [Cut Slope (Back Slope or Cut Bank)] - A face artificial ou talude cortado no solo ou rocha ao longo da beira interna da estrada. Terrapleno (Aterro) [Embankment (Fill)] - Material escavado colocado sobre a superfície de um terreno preparada para construir o subgreide da estrada e o molde da largura de terraplenagem. Terreno natural (Nível do terreno natural) [Natural Ground (Original Ground Level)] - A superfície do terreno natural que existia antes da alteração e/ou da construção da estrada. Transporte final (End Haul) - A remoção e transportação do material escavado fora do local da obra para um depósito estável (em vez de colocar o material do aterro perto da área de escavação). MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xiv Valeta [Ditch (Side Drain)] - Canal ou vala pouco profunda ao longo da estrada para captar a água da estrada e do terreno adjacente e transportá-la até um ponto adequado para ser escoada. Geralmente fica ao longo da beira interior da estrada. Pode estar localizada ao longo da beira exterior ou ao longo dos dois lados da estrada. Vista aérea [Plain View (Map View)] - Vista do terreno tomada do alto. Um desenho com esta vista é semelhante ao que poderia ver uma ave ao voar por cima da estrada. II. SEÇÃO ESTRUTURAL E DE MATERIAIS DA ESTRADA Figura (II) Seção estrutural da estrada Base do pavimento [Base Course (Base)]- Essa é a camada principal de distribuição da carga nas pistas de rolamento. O material da base do pavimento está formado normalmente por pedra triturada, cascalho, solos com cascalho, rocha decomposta, areias e argilas arenosas estabilizadas com cimento, cal ou betume. Camada de rolamento (Superfície de rolamento) [Wearing Course (Wearing Surface)] - A camada superior da superfície da estrada sobre a qual transitam os veículos. Deve ser durável, pode ter uma alta resistência à derrapagem e, geralmente, deve ser resistente à água superficial. As superfícies de rolamento podem ser o solo local, agregado, revestimentos (seal) ou asfalto. Camada superficial (Revestimento superficial) [Surface Course (Surfacing)] - A camada superior da superfície da estrada, chamada também superfície de rolamento. Alguns dos materiais de revestimento usados para melhorar o conforto do motorista, proporcionar suporte estrutural e impermeabilizar a superfície da estrada durante a temporada de chuva, são: pedra, empedrado, agregado triturado e pavimento como tratamento superficial betuminoso e concreto asfáltico. Desagregação/Desmoronamento (Raveling) - Processo no qual o material grosso da superfície da estrada se solta e se separa da largura de terraplenagem devido à falta de ligante ou a uma graduação inadequada do material. O termo também é aplicado a um talude onde a pedra ou o material grosso se desagrega e rola pelo talude de corte ou aterro. Jazida de empréstimo (Banco de empréstimo [Borrow Pit (Borrow Site)] - Área onde são realizadas escavações para produzir materiais para obras, tais como material de aterro para terraplenagem. Geralmente é uma área pequena usada para extrair areia, cascalho, pedra ou solo sem nenhum processamento posterior. Ondulações (Corrugações) [Washboarding (Corrugations)] - Uma série de sulcos e depressões ao longo da estrada provocados nas superfícies de solo e agregado devido à falta de coesão superficial. Isto é geralmente o resultado da perda de finos na superfície da estrada por causa de condições secas ou materiais inadequadamente graduados. Estas condições pioram com as velocidades excessivas dos veículos e com os altos volumes de tráfego. Pedreira (Quarry) - Área de onde são extraídos pedra, enrocamento de proteção, agregados e outros materiais de Camada superficial ou pista de rolamento Base do pavimento Sub-base Subgreide MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xv construção. Frequentemente o material deve ser escavado através de escarificação ou explosivos, e geralmente deve ser processado através de trituração ou peneiração para produzir a graduação especifica para o agregado. Sub-base (Sub-Base) - sta é a camada secundária de distribuição da carga e que está subjacente à camada superficial. Normalmente está formada por um material que tem uma menor resistência e durabilidade do que o material usado na base. Por exemplo, cascalho natural sem processar, cascalho/areia ou uma combinação de cascalho/areia/argila. Subgreide (Subgrade) - A superfície da largura de terraplenagem sobre a qual são construídas as camadas de sub- base, base ou camada superficial. No caso de estradas sem base ou sem camada superficial, essa parte da largura de terraplenagem torna-se a superfície final de rolamento. O subgreide geralmente está no nível do material local. III. DRENAGEM SUPERFICIAL Figura (III.1) Drenagem superficial de estradas Abaulamento/Coroa (Crown) - Uma superfície arqueada tem a maior elevação na linha central (convexa) e taludes descendentes em ambos os lados. O abaulamento é utilizado para facilitar a drenagem da água em uma superfície de estrada ampla. Barreira para água (Waterbar) - Sistema de drenagem com espaçamentos frequentes, usando montículos de solo sobre a superfície da estrada que interrompem o fluxo da água e o desviam para fora da mesma. É possível permitir que passem sobre eles veículos altos ou, se necessário, usá-los como obstáculo. Declive ondulado superficial [Rolling Dip (Dip, Broad-Based Dip)] - Estrutura de drenagem superficial com um desvio na declividade da estrada, desenhado especificamente para drenar a água desde uma valeta interior ou através da superfície da estrada, enquanto a velocidade de deslocamento dos veículos se reduz (veja a foto inferior da capa deste Manual). Drenagem transversal [Cross-Drain (X-Drain)] - Estruturas instaladas ou construídas, como bueiros e declives ondulados, que escoam a água de um lado da estrada para o lado oposto. Enrocamento (Armor) - Pedras o outro tipo de material colocado nos muros de cabeceira, no solo ou em valetas, para evitar que a água cause erosão, socave ou desagregue o solo. Valeta exterior Valeta interior Talude de corte Estrada Valetas de saída Arbustos para controlar a erosão Drenagem transversal em declive Valeta de captação de água na parte superior MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xvi Enrocamento de proteção (Riprap) - Pedras grandes duráveis e bemgraduadas, idealmente com superfícies fraturadas, com o tamanho adequado para resistir a socavação ou o movimento da água e instaladas para evitar a erosão do material do solo nativo. Figura (III.2): Declives ondulados com enrocamento Escombro (Debris) - Material orgânico, pedras e sedimentos (folhas, arbustos, madeira, pedras, etc.) frequentemente misturados, que são considerados indesejáveis (em um canal ou estrutura de drenagem). Estrutura de drenagem (Drainage Structure) - Estrutura instalada para controlar, desviar ou escoar a água fora ou através de uma estrada, incluindo, mais sem estar limitada a: bueiros, pontes, valetas de drenagem, passagens a vau e declives ondulados. Estrutura de retenção (Dique ou controle de socavação) [Check Dam (Scour Check, or Dike)] - Pequena represa construída em uma quebrada ou valeta para diminuir a velocidade do fluxo, minimizar a socavação do canal e para captar sedimentos. Interior/Exterior (Inside/Outside) - Referência a um elemento na parte interna de uma estrada, que é geralmente o lado do talude de corte (talude posterior) / Referência a um elemento na parte externa de uma estrada, que é geralmente o lado do talude de aterro. Subdrenagem (Dreno subterrâneo) [Underdrain (Subsurface Drain)] - Vala soterrada preenchida com agregado grosso, areia grossa ou cascalho, que geralmente é colocada na linha da valeta ao longo da estrada e cuja função é a de drenar a água subterrânea de uma zona úmida e escoá-la para um ponto seguro e estável. As subdrenagens pode usar um tamanho uniforme de pedras, estar cobertas com geotêxtil e ter um tubo perfurado de drenagem no parte inferior da vala. Subdrenagem [French Drain (Underdrain)] - Vala enterrada preenchida com agregado grosso e geralmente colocada na linha da valeta ao longo da estrada, que tem a função de drenar a água subterrânea de uma zona úmida e escoá-la para um ponto seguro e estável. A subdrenagem pode usar pedras de diversos tamanhos, mas não há uma tubulação de drenagem no fundo da vala. Talude externo (Outslope) - O talude transversal externo do subgreide ou da superfície de uma estrada, geralmente medido com uma percentagem. O talude interno é utilizado para facilitar a drenagem da água na superfície da estrada diretamente para fora da beira exterior da mesma. Uma estrada com talude externo tem seu ponto mais alto na parte superior da ladeira ou parte interna da estrada e descende até a beira exterior da estrada e do talude de aterro. Talude de corte De cli ves on du lad os Talude de aterro Talude interno ou externo Est rad a Saída protegida com enrocamento MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xvii Talude Interno (Inslope) - O talude transversal interno do subgreide ou da superfície de uma estrada, geralmente medido com uma percentagem. O talude interno é utilizado para facilitar a drenagem da água na superfície da estrada para uma valeta interior. Uma estrada com talude interno tem seu ponto mais alto na beira exterior da estrada e descende até a valeta ao pé do talude de corte, ao longo da beira interior da estrada. Valeta de pé de corte [Catch Water Ditch (Intercept Drain) - Escavação de fundo plano ou valeta colocada sobre um talude de corte, desenhada para interceptar, captar e drenar escorrimentos superficiais antes de passar sobre o talude de corte, para proteger o talude e a estrada da erosão. Valetas de saída (Desvios, valeta exterior) [Lead-Off Ditches (Turnouts, Outside Ditch, or Mitre Drains)] - Escavações desenhadas para desviar a água fora da valeta e da estrada (em pontos onde isto não ocorra naturalmente) com a finalidade de reduzir o volume e a velocidade da água que escorre pelas valetas ao longo da estrada. IV. BUEIROS E DRENAGEM TRANSVERSAL Figura (IV.1) Componentes de um bueiro Figura (IV.2) Drenagem transversal natural com bueiro Boca Terreno natural Muro de cabeceira com ou sem ala de bueiro Largura de terraplenagem Aterro compactado Bueiro Talude de aterro Saída Soleira Distância entre muros de cabeceira Longitude total da tubulação Barreiras para água Estrada Declive ondulado ou drenagem transversal do bueiroVegetação para controlar a erosão Bueiro Curso d’água ou canal de drenagem natural Canal com enrocamento Declive reforçado para transbordamento MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xviii Ala de bueiro (Wing Walls) - Estruturas de alvenaria ou de concreto construídas ao lado dos muros de cabeceira da boca e da saída dos bueiros, feitas para reter o aterro da estrada e para escoar a água para dentro e fora da estrutura de drenagem enquanto protege a estrada e o aterro da erosão. Área de captação (Catch Basin) - Bacia escavada ou construída na boca do tubo de drenagem transversal do bueiro, que é usada para armazenar a água e escoá-la para o tubo do bueir. Arraste (Piping) - O deslocamento de solo fino por baixo de uma tubulação, terrapleno ou estrutura, provocado por forças de filtragem e pelo movimento da água, que pode fazer com que uma estrutura seja socavada e falhe. Boca (Inlet) - A abertura em uma estrutura de drenagem ou tubulação através da qual a água entra para a estrutura. Bolo radicular (Rootwad) - O montão de raízes de árvore e de terra que é extraído do solo ao desenterrar uma árvore. Borda livre (Freeboard) - A altura adicional de uma estrutura acima do nível de cheia de desenho para evitar transbordamentos. Além disso, a borda livre é a distância vertical entre o nível da água e a parte inferior do tabuleiro, das vigas ou da estrutura de uma ponte. Bueiro (Culvert) - Tubo de drenagem geralmente feito de metal, concreto ou plástico e colocado por baixo da superfície da estrada, para escoar a água desde o interior da estrada até o exterior da mesma, ou por baixo dela. Os bueiros são utilizados para drenar valetas, mananciais e fluxos de água que cruzam a estrada. A base é o piso ou fundo da estrutura no seu ponto de entrada. Caixa de captação (Drop Inlet) - Bacia de alvenaria ou de concreto, ou elevação vertical na boca de um bueiro de metal, geralmente do mesmo diâmetro que o bueiro, e geralmente com aberturas para permitir que a água flua para o esgoto na medida em que o nível da água sobe ao redor da parte exterior. Frequentemente as caixas de captação são usadas em bueiros de escoamento de valetas onde os sedimentos ou escombros poderiam entupir o encanamento. Uma caixa de captação também ajuda a controlar a elevação da valeta. Curso d'água perene (Perennial Stream) - Curso d'água que normalmente tem água corrente o ano todo. Espigões/Guia-corrente [Stream Barb (Jetty) - Geralmente são dentículos de rocha de baixa altura que se projetam nas margens de um riacho estendendo-se até o canal do riacho para desviar a correnteza e afastá-la de uma margem erosiva. Extensão do nível máximo da água [Bank Full Width (Ordinary High Water Width)] - Largura da superfície do canal medida na época de cheia. Este fluxo, em média, tem um intervalo de recorrência de aproximadamente 1,5 anos. A etapa de cheia é o fluxo dominante de formação do canal e é identificada geralmente como o limite superior normal da socavação do canal, abaixo do qual não cresce vegetação perene. Muro de cabeceira (Headwall) - Muro construído com concreto, gabiões, alvenaria ou madeira, ao redor da boca ou saída de um tubo ou estrutura de drenagem, para aumentar a capacidade de fluxo da boca, reduzir o risco de danos por escombros, reter o material de aterro e minimizar a socavação ao redor da estrutura. Nível máximo da água (High Water Mark) - A linha sobre o leito ou beira do rio estabelecida pelo nível máximo da água. Isto é geralmente identificado por evidências físicas como uma impressão natural (berma pequena) sobre a margem, por mudanças nas características do solo, pela destruição da maior parte da vegetação ou pela presença de lixo e escombros.Planície de inundação (Flood Plain) - Zona nivelada ou com leve declividade para qualquer um dos lados do canal ativo (principal) que às vezes fica submersa durante os períodos de cheia ou enchente. Os sedimentos se depositam e se acumulam nessa zona ao longo do canal principal. Proteção de saída (Outlet Protection) - Dispositivos ou materiais, como muros de cabeceira ou enrocamento colocados na saída das tubulações ou estruturas de drenagem para dissipar a energia da água corrente, reduzir sua velocidade de fluxo e prevenir a socavação do canal ou do leito. MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xix Saída (Outlet) - A abertura de uma estrutura ou tubulação de drenagem através da qual a água deixa a estrutura. A saída é geralmente mais baixa do que a entrada para fazer com que a água flua através da estrutura. Seção terminal metálica (Metal End Section) - Muro de cabeceira/ala de bueiro artificial, fabricado geralmente com o mesmo tipo de metal que o bueiro, para melhorar a capacidade de fluxo na boca. Sedimentos de fundo (Bedload) - Sedimentos ou outro tipo de materiais que se deslizam, giram ou batem ao longo do leito ou fundo do canal devido ao fluxo da água. Socavação (Scour) - Erosão ou movimento do solo no fundo ou nas margens de um canal, em um curso d'água ou atrás de uma estrutura, causada geralmente por um aumento na velocidade da água ou devido à falta de proteção. Vertedouro (Apron) - Uma extensão da estrutura do muro de cabeceira construída no nível do solo ou do curso d'água e desenhada para proteger o fundo do canal das altas velocidades de fluxo e para escoar a água com segurança fora da estrutura de drenagem. V. PASSAGENS D'ÁGUA A VAU Figura (V.1) Passagem d'água a vau simples Figura (V.2) Passagens d'água a vau melhorada Valeta Declive Descarte madeireiro Fundo do canal com enrocamento Passagem d’água a vau úmida Curso d’água Camada superficial com cascalho ou pedra Declive ondulado ou drenagem transversal de bueiro Curso d’água perene Estrada Nível normal da água Nível máximo de cheia Passagem d’água a vau melhorada MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xx Estrada Alicerce Mudas com raízes Aterro Muro de pedra Estacas vivas Passagens d'água a vau (Vented Ford) - Estrutura desenhada para deixar passar o fluxo de água normal ou baixo de um canal ou curso d'água de forma segura através da estrutura (por exemplo, bueiros) por baixo de uma superfície da estrada endurecida ou reforçada. Durante períodos de cheia ou enchente, o fluxo passa por cima da estrutura e geralmente impede a passagem de veículos. Passagens d'água a vau melhoradas [Ford (Low-Water Crossing) (Drift); Improved] - Estrutura de alvenaria, concreto, gabiões ou outra superfície endurecida construída através do fundo de um curso d'água intermitente ou constante para melhorar a passagem de veículos durante períodos de estiagem e para minimizar a alteração do canal ou a produção de sedimentos. Passagens d'água a vau simples [Ford (Low-Water Crossing) (Drift); Simple] - Estrutura de pedras ou de outro material endurecido que é construída através do fundo de uma quebrada ou leito de um riacho que está geralmente seco, para melhorar a passagem de veículos durante períodos de estiagem ou seca. VI. CONTROLE DA EROSÃO Figura (VI.1) Uso de vegetação, materiais florestais e rocha para controle da erosão Figura (VI.2) Medidas biotécnicas de controle de erosão - muro com estacas vivas Camadasuperficialrevestida comagregado(Controle Físicoda Erosão) Grama, cobertura de retenção de umidade eoutra vegetação(Controle Vegetal daErosão) Plataforma de carga Caixa de captação de sedimentos Descarte madeireiro e materiais florestais espalhados pelo terreno (Controle Físico da Erosão) Cercas vivas (Controle Biotécnico da Erosão) Enrocamento de Proteção Barreira de sedimentos MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xxi Barreira de arbustos (Brush Barrier) - Estrutura para o controle de sedimentos, formada por vegetação de arbustos vivos ou descartes madeireiros acumulados ao pé de um talude de aterro, seguindo o contorno do talude, ao longo da estrada ou na saída de bueiros, valetas de desvio, de declives ou barreiras para água, para reter os sedimentos. Barreira de sedimentos (Silt Fence) - Barreira temporária usada para interceptar o escorrimento carregado de sedimentos que desce pelos taludes. Geralmente é feita de materiais geotêxteis porosos. Caixa de retenção de sedimentos (Sediment Catchment Basin) - Bacia artificial desenhada para diminuir a velocidade da água e para reter sedimentos na medida em que vão sendo depositados na água. Camadas de vegetação (Brush Layers) - A prática biotécnica de escavar terraços de pouca altura na superfície de um talude, colocando em camadas mudas de vegetação que voltarão a crescer, e plantando as mudas no solo. As mudas são plantadas no sentido perpendicular ao contorno do talude. Cercas vivas de árvores (Vegetative Contour Hedgerow) - Fileiras de árvores e de arbustos que geralmente são plantados nos contornos através dos taludes, que conformam uma fronteira e que podem proporcionar controle de proteção contra a erosão induzida por fluxo superficial e, ao mesmo tempo, produzir alimento e refúgio para a fauna. Cobertura de retenção de umidade/Húmus (Mulch) - Material colocado ou espalhado sobre a superfície do solo para protegê-lo da chuva e da erosão de quebradas, e para reter umidade para estimular o crescimento de vegetação. As coberturas de retenção de umidade incluem mudas de vegetação, grama, lascas de madeira, pedra, palha, fibra de madeira e uma variedade de outros materiais sintéticos e tapetes. Controle biotécnico de erosão (Biotechnical Erosion Control) - Combinação de medidas estruturais e de vegetação utilizadas para prevenir a erosão ou para estabilizar taludes e margens de canais. O termo "biotécnico" descreve vários métodos que utilizam uma cobertura vegetal que combina plantas vivas, latentes e/ou em decomposição nas margens e nas beiras de tal maneira que proporcionem suporte estrutural, por si mesmas ou em combinação com enrocamento de proteção ou estruturas físicas de madeira ou gabiões. Controle da erosão (Erosion Control) - A ação de diminuir ou eliminar o processo de erosão produzido pelo impacto das gotas de chuva, pela formação de sulcos, quebradas, ou pelo desmoronamento e outros processos superficiais. Descarte madeireiro (Slash) - Todas as copas das árvores, galhos, casca e produtos florestais de dejeto, galhos derrubados pelo vento ou outro tipo de escombros deixados no terreno como resultado da exploração de madeira ou outros produtos florestais. Erosão (Erosion) - Processo através do qual a superfície do terreno é arrastada e as partículas de solo são deslocadas pela ação do vento ou da água em forma de gotas de chuva, escorrimentos superficiais e a ação de ondas. Escarificação (Scarification) - Ação de destruir ou tirar a superfície do bosque ou de uma estrada e de misturá-la com solo mineral, geralmente através de equipamento mecânico, para amolecer o solo, reduzir a compactação e preparar a zona para semear capim ou árvores. Espécies nativas (Native Species) - Espécies que surgem ou vivem naturalmente em certa zona (nativas), como podem ser as plantas nativas que crescem localmente. Estacas vivas (Live Stakes) - Seções de plantas lenhosas que são cortadas em partes (estacas) e colocadas ou enterradas no talude. A matéria vegetal é colocada durante o outono ou a primavera, quando a planta original (e consequentemente as mudas tiradas dela) está latente. O material vegetal usado para estacas é geralmente das espécies resistentes cujas mudas enraízam facilmente, e com o tempo crescerão até se transformar em árvores que reforçam a estrutura do solo que recobre o talude. Feixe de galhos [Wattles (Live Fascine)] - Feixes longosde arbustos ou galhos cortados e amarrados entre si formando estruturas alongadas, que são enterradas ou fixadas com estacas seguindo o contorno de um talude, MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xxii preferentemente para que brotem e formem uma armadilha para sedimentos ou para desviar o fluxo superficial que desce pelo talude. Grama vetiver (Vetiver Grass) - Uma das muitas variedades de grama não invasiva em grandes fardos, que é usada amplamente para o controle de erosão e conservação de umidade. Quando semeada em fileiras, torna mais lento o escorrimento e serve como filtro para os sedimentos. Seu sistema de raízes em forma de cortina ajuda a ancorar o solo e não prejudica as raízes de cultivos próximos. Leiras (Windrow) - Descartes madeireiros e vegetação lenhosa empilhados em fileiras para capturar sedimentos e para que se descomponham com o tempo ou para eventualmente serem queimados. Medidas de controle de erosão através do uso de vegetação (Vegetative Erosion Control Measures) - Uso de mudas ou estacas vivas, sementes e grama para usar vegetação (capim, arbustos, árvores) para o controle da erosão e para proteção de taludes. Medidas físicas de controle da erosão (Physical Erosion Control Measures) - Medidas não vegetais usadas para controlar a erosão, tais como reforço do solo com enrocamento de proteção, barreiras de sedimentos, esteiras, gabiões, estendendo ou colocando leiras de descartes madeireiros, etc., além de controlar a água através de bacias de amortecimento, valetas reforçadas de drenagem, etc. Mulching (Mulching) - Proporcionar uma cobertura solta em áreas de solo exposto usando materiais como grama, palha, casca de árvore ou fibras de madeira para ajudar a controlar a erosão e proteger o solo exposto. Prevenção da erosão (Erosion Prevention) - Prevenir a erosão antes que ela ocorra. A prevenção da erosão é geralmente mais econômica e efetiva do que o controle da erosão. O objetivo da prevenção da erosão é a proteção de uma estrada, incluindo suas estruturas de drenagem, os taludes de corte e aterro e as zonas atingidas, além da proteção da qualidade da água. Sedimentação (Sedimento) [Sedimentation (Sediment)] - Solo, geralmente argila, silte e areia, que é erosionado do terreno ou de estradas inadequadamente construídas e chega até um canal ou curso d'água, diminuindo geralmente a qualidade da água nos rios, riachos e lagos. Solos erosivos (Erosive Soils) - Solos que são relativamente suscetíveis à erosão e ao movimento provocado pelo impacto das gotas de chuva e pelos escorrimentos superficiais. Os solos finos granulares sem coesão, como areias finas derivadas da decomposição do granito ou silte, são conhecidos por serem muito erosivos. VII. TERMOS VÁRIOS Ângulo de repouso (Angle of Repose) - Máxima declividade ou ângulo no qual um material granular, como pedra solta ou solo, permanece estável. Área amortecedora, zona de amortecimento (Buffer Area) - Zona designada ao longo de um canal ou ao redor de um corpo de água ou de uma zona com largura suficiente para minimizar a entrada de substâncias químicas florestais, sedimentos ou outro tipo de poluentes no corpo de água ou para proteger a zona. Curvas de nível (Contour) - Linhas desenhadas em um plano que conecta pontos com a mesma elevação. As curvas de nível representam um mesmo valor com o intervalo de elevações selecionado de tal maneira que seja consistente com o terreno, a escala e o uso previsto para o projeto. As curvas são níveis. Estrada fora de serviço/Desabilitação (Road Decommissioning) - Fechamento permanente de uma estrada através de técnicas que incluem o bloqueio do acesso, a colocação de galhos e de galhos sobre a largura de terraplenagem, reflorestamento, colocação de barreiras para água, eliminação de aterros e bueiros ou o restabelecimento dos padrões naturais de drenagem. No entanto, o traçado básico da estrada permanece. O resultado final é encerrar a função da estrada e mitigar os impactos ambientais adversos produzidos pela mesma. MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xxiii Exploração florestal (Derrubada de árvores) [Logging (Harvesting)] - A exploração florestal é o processo de derrubada de árvores para obter madeira. Ela inclui a derrubada, o arraste, o carregamento e o transporte dos produtos florestais, particularmente de troncos. Fechamento de estrada (Road Obliteration) - Uma forma de fechar a estrada onde as zonas escavadas são preenchidas novamente, os aterros e as estruturas de drenagem são removidos, os contornos são restaurados à sua condição natural, a área é reflorestada, e em geral tenta-se restaurar a configuração e a condição natural do terreno. Eliminando assim os impactos ambientais mais desfavoráveis produzidos pela estrada. Fechamento temporário da estrada [Road Closure (Temporary)] - Fechamento do acesso veicular a uma estrada através do uso de barricadas como grades, barreiras de troncos, montículos de terra, ou outro tipo de estruturas provisórias. O resultado final é a restrição no uso da estrada por um tempo definido. Gabiões (Gabions) - Gaiolas (geralmente de arame) recheadas com pedras (ou fragmentos de concreto britado) entre 10 e 20 cm de tamanho, que são usadas para a construção de estruturas de controle da erosão, vertedouros, proteção de margens ou estruturas de arrimo. Hábitat (Habitat) - O meio ambiente natural que constitui o lar de plantas e animais nativos. Por exemplo, as margens dos rios constituem o hábitat para insetos que são a principal fonte de alimentação de muitos peixes. Impacto ambiental (Environmental Impact) - Ação ou série de ações que tem algum efeito sobre o meio ambiente. Uma Avaliação do Impacto Ambiental prevê e analisa estes efeitos, tanto positivos como negativos, e as conclusões são usadas como uma ferramenta para o planejamento e para a tomada de decisões. Mantas geotêxteis (Tecido filtrante) [Geotextile (Filter Fabric)] - Têxtil fabricado com fibras sintéticas "plásticas", que geralmente não são biodegradáveis, para formar um produto semelhante a um lençol. Os geotêxteis podem ser tecidos ou não, e podem ter diferentes graus de porosidade, área aberta e propriedades de resistência. São usados como barreiras contra a umidade, para separação ou reforço de solos, para filtração e para drenagem. Medidas de compensação (Mitigação) (Mitigation) - A ação ou elemento específico usado para diminuir ou eliminar um impacto ambiental adverso. Melhoramento (Upgrading) - O processo através do qual se melhora o padrão de uma estrada existente ou se altera para permitir uma maior capacidade e o uso seguro para um maior volume de tráfego. Melhores Práticas de Gestão (MPG) [Best Management Practices (BMPs)] - Lineamentos práticos que podem ser aplicados para diminuir o impacto ambiental das estradas e das atividades de gestão florestal (tais como construção de estradas, trilhas de arraste e plataformas de carga de troncos) e para proteger a qualidade da água. As práticas MPG incluem os principais aspectos de planejamento, localização, projeto, construção e manutenção de estradas ou outras atividades que podem causar de impactos ambientais adversos, além de sugerir métodos para prevenir estes impactos. Objetivos da gestão de estradas (Road Management Objectives) - Objetivos que estabelecem a finalidade de uma estrada específica com base em recomendações de gestão e objetivos de administração de acesso. Entre os objetivos de administração de estradas estão os critérios de desenho, os critérios de operação e os critérios de manutenção. Plataforma de carga [Landing (Log Deck)] - Qualquer lugar na área de derrubada de árvores, ou próximo, onde os troncos são empilhados depois de cortados, para posteriormente serem carregados e transportados. É uma área relativamente plana, geralmente com um diâmetro dentre 20 e 50 metros. Reabilitação (Recuperação, Restauração) [Reclamation (Rehabilitation)] - Atividades que recuperam,reparam ou melhoram parte ou toda uma estrada existente, uma jazida de empréstimo ou uma zona alterada, que são restauradas à sua condição original ou a alguma condição final desejada. MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: xxiv Solo nativo (Native Soil) - Solo natural que se formou no local e não foi importado artificialmente. Trilha de arraste [Skid Trail (Skidding)] - Caminho de acesso temporário não estrutural sobre o solo do bosque que é utilizado para arrastar toras ou troncos até a plataforma de carga. Zonas de proteção de águas (ZPA) [Streamside Management Zone (SMZ)] - O terreno, junto com a vegetação que cresceu nele, que tem contato imediato com o curso d'água e está suficientemente próximo para ter uma influência importante nas características ecológicas gerais e na função do canal. Constitui uma zona de amortecimento ao longo de um riacho, onde as atividades são limitadas ou proibidas. MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 1 C ap ítu lo 1 In tr In tr In tr In tr In tro d u ç ã o o d u ç ã o o d u ç ã o o d u ç ã o o d u ç ã o Capítulo 1 IntrIntrIntrIntrIntroduçãooduçãooduçãooduçãoodução AS ESTRADAS DE BAIXO VOLUME DE TRÁFEGO,como as de acesso do agricultor ao mercado,as que enlaçam as comunidades e as usadas para a exploração mineira e florestal são parte importante de qualquer infraestrutura de transporte. São de grande importância para dar serviço ao público em zonas rurais, para melhorar o fluxo de bens e de serviços, para ajudar a promover o desenvolvimento, a saúde pública e a educação, além de serem uma ajuda para a gestão do uso do solo e dos recursos naturais (Foto 1.1). Ao mesmo tempo, as estradas e as zonas afetadas podem produzir quantidades importantes de sedimentos (Foto 1.2). Estes sedimentos podem constituir um dos maiores impactos negativos sobre o meio ambiente local, sobre a qualidade da água e da vida aquática. As estradas podem produzir erosão significativa, criar barrancos, causar efeitos negativos na água subterrânea, na fauna silvestre e na vegetação, afetar a estrutura social, degradar a paisagem, desperdiçar fundos limitados e tornar improdutivas as terras úteis (Foto 1.3). O principal objetivo deste manual é poder ajudar aos engenheiros, planejadores, especialistas ambientais e administradores de estradas a tomar as melhores decisões, proteger o ambiente e construir boas estradas de baixo volume. Os principais aspectos que devem ser levados em conta durante o planejamento de um projeto de estrada são as mudanças ou os impactos negativos que podem surgir em certa região, causados pela presença da estrada. Estes impactos podem ser importantes e, ao mesmo tempo, irreversíveis, ou podem ser difíceis de mitigar. Portanto, será necessário analisar a rentabilidade em “As ideias custam centavos a dúzia. As pessoas que as põem em prática não têm preço”. -A. Einstein Foto 1.1 Uma estrada com mínimo impacto que está bem drenada tem uma plataforma estável, terraplenos estáveis e é satisfatória para o usuário. MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 2 longo prazo de um projeto de estrada, no que se refere a custos, aspectos sociais, ambientais e fiscais. A análise ambiental constitui a principal ferramenta para examinar todos os aspectos de um projeto, para maximizar a sua utilidade e minimizar os problemas. Deve-se, portanto, enfatizar a necessidade de uma “equipe de trabalho interdisciplinar”. Nem todos os impactos adversos de uma estrada podem ser evitados, porém, muitos deles podem ser prevenidos. Contudo, é possível contrabalançar e avaliar os impactos negativos e os positivos de um projeto de estrada. As estradas são necessárias, mas devem ser construídas e conservadas de tal maneira que seja possível controlar ou evitar os impactos ambientais negativos. Uma estrada bem planejada, localizada, projetada e construída causará impactos adversos mínimos no meio ambiente e será rentável quanto a custos em longo prazo, com investimentos razoáveis de manutenção e reparação. O controle da erosão e a proteção da qualidade da água são de vital importância para a qualidade de vida, a saúde do bosque e dos ecossistemas da região arborizada e da sustentabilidade em longo prazo dos recursos naturais. As áreas Foto 1.2 Uma estrada com drenagem incorreta que tem uma superfície de rolamento esburacada para os usuário é uma fonte de contaminação de sedimentos e apresenta altos custos de manutenção. Foto 1.3 Uma estrada problemática devido às falhas nos cortes da mesma. Os problemas de instabilidade causam atrasos para os usuários da estrada e altos custos de manutenção ou reparação. verdes, tais como as áreas arborizadas e os bosques desempenham um papel vital na produção, purificação e manutenção da água limpa. As estradas devem proteger a qualidade da água e o meio ambiente biótico que depende da mesma. As Melhores Práticas de Gestão (Best Management Practices, BMP, na sigla em inglês) são todos aqueles princípios e práticas de engenharia e desenho que permitem proteger a qualidade da água, bem como a função da estrada, quando adequadamente aplicadas. As melhores práticas de Gestão aqui apresentadas constituem uma compilação de ideias e de técnicas que podem ser aplicadas à gestão das estradas ou rodovias, visando reduzir ou eliminar muitos dos impactos potenciais derivados da operação da estrada, protegendo a qualidade da água. Também apresentam boas práticas de desenho e construção de estradas que sejam, em termos gerais, MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 3 rentáveis em longo prazo, prevenindo falhas, eliminando a necessidade de reparações e reduzindo a manutenção. O propósito deste manual é apresentar práticas recomendadas para estradas de baixo volume de tráfego. Define-se uma estrada de baixo volume de tráfego como uma estrada que apresenta um tráfego diário médio (VMDAT, Volume Médio Diário Anual de Tráfego) de menos de 400 veículos por dia e, em geral, as velocidades de desenho são de menos de 80 Km/h. Esta informação é válida para estradas rurais e a maior parte desta informação pode ser aplicada a todo tipo de estradas, mesmo àquelas de altas especificações, porém elas não são o objetivo deste manual. Os aspectos relacionados com a qualidade do solo e da água, no que se refere à temperatura, nutrientes, poluição, química, escombros, caudal e outros estão fora do alcance deste manual, mesmo que exista uma variedade de benefícios derivados da aplicação destas práticas. Cada um dos temas deste manual contém a colocação de um problema que representa as inquietações, vantagens e impactos potenciais de cada aspecto em particular. Apresentam-se as PRÁTICAS RECOMENDADAS e a infor- mação sobre a forma mais adequada ou mais desejável para planejar, localizar, desenhar, construir e conservar as estradas, além de figuras e tabelas. Finalmente, enumeram-se PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS para desencorajar aquelas práticas pobres e indesejáveis. Este manual apresenta as Melhores Práticas de Gestão associadas a muitos aspectos da MELHORES PRÁTICAS DE GESTÃO As Melhores Práticas de Gestão foram compiladas para alcançar os seguintes objetivos: • Realizar um desenho de estrada seguro, rentável, amigável com o meio ambiente e prático, que conte com o apoio dos usuários e que satisfaça as necessidades dos mesmos; • Proteger a qualidade da água e reduzir a acumulação de sedimentos nos corpos d'água; • Evitar os conflitos de uso do solo; • Proteger as áreas sensíveis e reduzir o impacto nos ecossistemas; • Manter os canais naturais e o fluxo de água natural, além de permitir a passagem dos organismos aquáticos; • Minimizar o impacto no terreno e nos canais de drenagem; • Controlar a água superficial da estrada e estabilizar a pista de rolamentoe a plataforma da estrada (Foto 1.4); • Controlar a erosão e proteger as áreas expostas do solo; • Implementar as medidas necessárias para estabilizar quebradas e reduzir o desperdício de materiais; • Evitar as zonas problemáticas; e • Impermeabilizar e alongar a vida útil da estrada. MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 4 gestão de estradas. A informação apresentada neste manual deveria ser parte integral do planejamento do transporte e do desenho de estradas de baixo volume. Um aspecto importante para a sua aplicação é a necessidade de contratar e reter bons engenheiros bem capacitados e com experiência nos órgãos operadores, a fim de avaliar pro-blemas, levar em conta as condições locais e os recursos, além de implementar ou adotar estas práticas, conforme o caso. “As ideias custam centavos a dúzia. As pessoas que as põem em prática não têm preço”. Obviamente existem algumas diferenças significativas nas necessidades de estradas e nos detalhes de desenho das mesmas em diferentes regiões geográficas. Às vezes é necessário empregar soluções únicas. As regiões montanhosas caracterizam-se, em geral, por terem taludes com fortes declives e com condições climáticas características das regiões frias; os desertos têm pouca umidade para poder aplicar medidas de controle da erosão através do uso da vegetação, mas apresentam precipitações intensas de curta duração; as selvas apresentam, com frequência, solos pobres e problemas de drenagem; as regiões dos vales altos apresentam terrenos abruptos dissecados e cruzamentos difíceis para a drenagem, etc. No entanto, os conceitos básicos de planejamento, localização, desenho, manutenção e seleção das Melhores Práticas de Gestão podem ser aplicados em qualquer área. O bom planejamento e a boa localização são necessários em qualquer região. A drenagem da plataforma da estrada deve ser controlada e a drenagem transversal deve ser cuidadosamente selecionada e planejada da maneira correta. Todas as estradas precisam ter taludes estáveis, usar materiais de boa qualidade e medidas de controle da erosão aplicadas corretamente. Somente alguns detalhes do desenho variam em função das regiões geográficas e climáticas específicas. É por isso que a experiência e o conhecimento locais são tão importantes no caso das estradas de baixo volume. Estas Melhores Práticas aplicam- se à construção de estradas na maioria das situações de campo. Entretanto, as Melhores Práticas de Gestão de Estradas de Baixo Volume, poderão ser selecionadas (e até mesmo modificadas) de acordo com as condições específicas de cada região, com o assessoramento de engenheiros, administradores e outros profissionais com experiência no ramo, e todos eles devem levar em conta as regulamentações locais ou nacionais. As modificações deverão ser pesquisadas, projetadas e documentadas antes de serem postas em prática; além disso, devem ser inspecionadas e com elas deve- se obter a mesma ou uma melhor proteção da qualidade da água. Foto 1.4 Uma estrada bem desenhada de "mínimo impacto" que tem uma especificação adequada para o seu uso, bem como uma plataforma (empedrado) estabilizada. MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 5 C ap ítu lo 2 A n á lise A m b ie n ta l A n á lise A m b ie n ta l A n á lise A m b ie n ta l A n á lise A m b ie n ta l A n á lise A m b ie n ta l Capítulo 2 Análise AmbientalAnálise AmbientalAnálise AmbientalAnálise AmbientalAnálise Ambiental AANÁLISE AMBIENTAL (ou o processo AA) éum processo sistemático e interdisciplinarusado para identificar o objetivo de uma ação proposta, para prever os efeitos ambientais potenciais derivados desta ação. Alguns exemplos de ações propostas que podemos mencionar são a construção de estradas, a derrubada de árvores, o desmatamento para controle de doenças, o reflorestamento, a construção de uma represa hidrelétrica, ou o desenvolvimento de uma pedreira. A Figura 2.1 mostra algumas das diferenças e dos impactos ambientais das estradas rurais em comparação com as autoestradas. Duas das principais leis ambientais aplicadas atualmente são a NEPA (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, na sigla em inglês), instituída nos Estados Unidos em 1964, e os regulamentos USAID 216, que ditam o processo de análise ambiental dos projetos patrocinados no mundo pela US Agency for International Development (Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos). Muitos outros países e organizações têm leis ambientais, regulamentos e procedimentos baseados nestes documentos fundamentais. Com a Análise Ambiental (AA) pode-se identificar problemas, conflitos ou limitações de recursos que poderiam afetar o meio ambiente ou a viabilidade de um projeto. Também se pode avaliar a maneira como Faça todos participarem! Comunicação, comunicação, comunicação! Figura 2.1 Comparação entre estradas de alto e baixo impacto: Estas figuras mostram o menor trabalho e o menor impacto das estradas de baixas especificações que se adaptam à topografia. Uma estrada de baixas especificações reduz o volume de cortes e de aterros, diminui o deslocamento de terra e os impactos visuais, além de minimizar as mudanças nos padrões de drenagem natural. A estrada de alto padrão pode permitir a passagem de um grande volume de tráfego rápida e eficientemente. Estrada de baixo impactoEstrada de alto impacto MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 6 uma ação proposta poderia atingir às pessoas, as suas comunidades e o seu meio de subsistência (Foto 2.1). A análise deve ser realizada por um Grupo de Trabalho Interdisciplinar formado por profissionais com diferentes habilidades e disciplinas relevantes para o projeto. Esta equipe deve ter um líder e pode incluir também engenheiros, geólogos, biólogos, arqueólogos, economistas, trabalhadores sociais, etc. O processo AA e seus resultados serão comunicados aos indivíduos ou grupos interessados afetados. Além disso, o público interessado pode ajudar a proporcionar dados iniciais e comentários sobre o projeto proposto (Foto 2.2). O documento gerado como resultado da AA guia o tomador de decisões e o leva a tomar uma decisão informada, lógica e racional relacionada com a ação proposta. O processo de análise ambiental e os estudos do Grupo Interdisciplinar podem demonstrar razões sólidas ambientais, sociais ou econômicas que possam melhorar o projeto. Depois de prever os aspectos potenciais com a AA, podem-se identificar medidas para minimizar problemas e planejar a maneira de melhorar a exequibilidade do projeto. As Figuras 2.2 a, b, e c mostram exemplos de ações de mitigação ambiental disponíveis para um projetista a fim de evitar impactos potenciais na vida selvagem, como por exemplo, as passagens inferiores para animais e requisitos de bueiros que permitam a passagem de peixes. (Foto 2.3). O processo de Análise Ambiental pode proporcionar grandes benefícios ao construtor de estradas, às organizações locais e às comunidades que poderiam ser atingidas pela construção da estrada e pelas atividades de manutenção. O processo e os relatórios resultantes do mesmo são ferramentas que os administradores das estradas podem usar como guia para a tomada de decisões, para gerar melhores projetos de estradas, para o planejamento da manutenção, para identificar e prever problemas e para o desenvolvimento de suas atividades. Um documento AA pode ser extenso e complexo, no caso de grandes projetos com altos impactos potenciais, ou pode conter somente algumas páginas, no caso de simples projetos de estrada. A Tabela 2.1 apresenta um processo formado por oito passos, que pode ser útil para realizar a Análise Ambiental. Os principais benefícios do Foto 2.1 Uma estrada bem construída que contribuipara o serviço da população local de uma zona rural. Foto 2.2 Um aspecto muito importante da Análise Ambiental é a comunicação com os usuários e entre os membros da equipe interdisciplinar. MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 7 PRÁTICAS RECOMENDADAS Figura 2.2c Um bueiro "amigável" para peixes (em arco) com o leito natural do canal como fundo para permitir a passagem dos peixes e com a largura suficiente para facilitar o fluxo normal. Figura 2.2a Exemplo de uma passagem inferior para animais usada na construção de estradas para minimizar o impacto na fauna. As passagens inferiores permitem aos animais atravessar com segurança e minimizam os atropelamentos na estrada. Figura 2.2b Bueiros mal desenhados ou mal instalados, com "barreiras para peixes" que evitam a sua passagem. (Redesenhado de Evans and Johnston, 1980) • Usar o Processo de Análise Ambiental desde o início do planejamento e do desenvolvimento do projeto. • Divulgar a informação sobre o projeto para o escrutínio público. • Fazer todas as partes envolvidas participarem do projeto, bem como os principais membros da Equipe Interdisciplinar. • Comunicação, Comunicação, Comunicação! A comunicação entre todas as partes interessadas é fundamental para o bom entendimento dos problemas e para poder encontrar as soluções adequadas! PRÁTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS • Esperar que o planejamento esteja completamente concluído ou que surjam problemas para realizar a Análise Ambiental. • Perder-se no processo de estudos da AA. RápidaRápidaRápidaRápidaRápida demaisdemaisdemaisdemaisdemais RasaRasaRasaRasaRasa demaisdemaisdemaisdemaisdemais SemSemSemSemSem estanqueestanqueestanqueestanqueestanque Alta demaisAlta demaisAlta demaisAlta demaisAlta demais MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 8 TTTTTaaaaabela 2.1bela 2.1bela 2.1bela 2.1bela 2.1 Processo de Oito Passos da Análise Ambiental e os Resultados Associados 1. Identificação do projeto Identifique o objetivo e a necessidade da ação proposta. Estabeleça uma meta para proporcionar um marco de referência para a Análise Ambiental. 2. Definição do escopo Identifique os conceitos, as oportunidades e os efeitos da implementação da ação proposta. 3. Coleta e interpretação dos dados Colete dados. Identifique os prováveis efeitos derivados da implementação do projeto. 4. Desenho de alternativas Leve em conta um número razoável de alternativas. Geralmente são consideradas pelo menos três alternativas. Inclua a alternativa "nenhuma ação". Considere a mitigação dos impactos negativos. 5. Avaliação dos efeitos Faça o prognóstico e descreva os efeitos físicos, biológicos, econômicos e sociais da implementação de cada alternativa. Leve em conta três tipos de efeitos: diretos, indiretos e acumulados. 6. Comparação de alternativas Meça os efeitos antecipados de cada alternativa com relação aos critérios de avaliação. 7. Aviso da decisão Escolha a alternativa preferida. e consulta pública Permita a revisão e comentários dos afetados e do público interessado. Allow for review and comment by the affected and interested public. 8. Implementação e monitoramento Registre os resultados. Implemente a alternativa selecionada. Desenvolva um projeto de monitoramento. Tenha o cuidado de verificar que as medidas de mitigação estejam sendo Foto 2.3 Bueiro em arco sem fundo que cobre a maior parte da largura do canal mantém intacto o fundo do mesmo, minimiza os impactos no local e ajuda a promover a migração de peixes. (Foto fornecida por S. Wilson-Musser) MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 9 processo AA aplicado ao projeto de uma estrada são os seguintes: • Reduzir o custo e o tempo de implementação do projeto; • Evitar modificações de alto custo durante a construção; • Determinar o equilíbrio correto entre a necessidade das estradas e os impactos ambientais (Figura 2.1); • Aumentar a aceitação do projeto por parte do público; • Evitar os impactos negativos e a violação das leis e regulamentos (Foto 2.4); • Melhorar o desenho e o desempenho do projeto (Foto 2.5 (Foto 2.5); • Criar um ambiente mais saudável evitando ou mitigando os problemas (Figura 2.2, Foto 2.6); e • Minimizar conflitos relacionados com o uso dos recursos naturais. Alguns exemplos de medidas típicas de mitigação de problemas ambientais associados com projetos de estradas, que foram desenvolvidas como resultado da Análise Ambiental são: • Estruturas adicionais de drenagem transversal à superfície da estrada para diminuir a concentração de água e os consequentes problemas de erosão; • Realocação de uma estrada para evitar atravessar uma planície ou uma zona sensível; • Adição de canos de bueiros extras para manter os fluxos distribuídos através de uma planície e assim evitar a formação de quebradas pela concentração de fluxo; • Localização da estrada ou rodovia para evitar a fragmentação do hábitat da fauna local ou para evitar passar por áreas de espécies ameaçadas; • Adição de cruzamentos para a fauna, como passagens inferiores ou superiores (Foto Foto 2.4 O impacto ambiental adverso causado pela erosão da superfície da estrada, é consequência da forte declividade e de drenagens transversais inadequadas. A manutenção desta estrada também se torna difícil. Foto 2.5 Uma estrada bem desenhada com um "mínimo impacto", que tem as especificações adequadas para seu uso, boa drenagem e taludes estáveis. 2.7), ou o estabelecimento de zonas de redução da velocidade em rotas migratórias de animais para diminuir o número de animais atropelados; • Aumentar o diâmetro dos canos de bueiro, usando bueiros em forma de arco sem fundo ou construindo uma ponte para MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 10 Foto 2.6 Localize e opere a estrada de tal forma que minimize a degradação da qualidade da água nos cursos d'água locais. Minimize a conectividade entre as estradas e os cursos d'água. Foto 2.8 O trabalho de estabilização e revegetação da margem do canal pode ser feito juntamente com os projetos de construção de estradas perto de um curso d'água, como medida de mitigação ambiental. Foto 2.7 Um bueiro de passagem inferior construído para permitir o deslocamento dos animais com segurança entre ambos os lados da estrada. manter o fundo de um canal natural, evitar a afetação do canal e o impacto sobre os organismos aquáticos e permitir a passagem de peixes; • Colocar ou adicionar agregado ou algum outro tipo de pavimento à plataforma da estrada para reduzir a erosão, a perda de materiais e os problemas de poeira, bem como para reduzir a frequência da manutenção e melhorar o conforto do motorista; • Desenvolver uma pedreira para o projeto usando materiais locais, mas localizado em uma zona não sensível, e recuperar a zona depois de concluir o projeto; e • Implementar medidas específicas de reflorestamento e de controle da erosão para o projeto, utilizando espécies nativas adequadas à vegetação em um viveiro local para o projeto que proporcione os tipos corretos de plantas de rápido crescimento, boa cobertura do solo e raízes profundas (Foto 2.8). É importante ressaltar que a Análise Ambiental geralmente é exigida por lei, mas o processo está pensado para ser uma ferramenta de planejamento muito útil para tomar boas decisões e melhorar os projetos. MPG PARA ESTRADAS DE BAIXO VOLUME: 11 C ap ítu lo 3 Q u e stõ e s d e P la n e ja m e n to e A p lic a ç õ e s E sp e c ia is Q u e stõ e s d e P la n e ja m e n to e A p lic a ç õ e s E sp e c ia is Q u e stõ e s d e P la n e ja m e n to e A p lic a ç õ e s E sp e c ia is Q u e stõ e s d e P
Compartilhar