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NOVO CPC: OS ENTES PÚBLICOS TAMBÉM DEVEM CONCILIAR OS CONFLITOS EM QUE SE ENVOLVEM Infelizmente, temos os entes públicos como os maiores clientes do Poder Judiciário e essa realidade não vai mudar se não trouxermos os meios usuais de consenso como prioridade para solução dos conflitos que os envolvem, na esteira do que venho defendendo aqui, aqui, e aqui, principalmente em nossa nova função no Tribunal de Justiça Potiguar, cuidando da implementação da política consensual. A maior dificuldade, sem sombra de dúvidas, é cultural e, quando toca na parte da administração pública, há maior resistência. Vendo tal realidade o novo CPC prevê a criação de câmaras de mediação e conciliação dentro da estrutura de cada ente, o que deve ser instigado pelas autoridades judiciárias, firmando parcerias com os Cejusc’s e ao mesmo tempo formando os profissionais nesse saber tão peculiar. Vejamos o que diz o novo CPC sobre a matéria: Art. 174. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e conciliação, com atribuições relacionadas à solução consensual de conflitos no âmbito administrativo, tais como: I - dirimir conflitos envolvendo órgãos e entidades da administração pública; II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de conciliação, no âmbito da administração pública; III - promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta. Art. 175. As disposições desta Seção não excluem outras formas de conciliação e mediação extrajudiciais vinculadas a órgãos institucionais ou realizadas por intermédio de profissionais independentes, que poderão ser regulamentadas por lei específica. Parágrafo único. Os dispositivos desta Seção aplicam-se, no que couber, às câmaras privadas de conciliação e mediação. Evitar que o conflito se torne um processo judicial e principalmente que o mesmo seja resolvido pela sentença é uma tarefa hercúlea e que imporá a todos um agir totalmente diferenciado, devendo, por conseguinte, cada ente começar a se preocupar com isso, tratando o cidadão com mais respeito quando este o procurar denunciando um problema que o aflige e tais câmaras permitirão uma coisa bem simples: ouvir ativamente o cidadão, que muitas vezes reclama e o Poder Público sequer lhe dá atenção, sendo um verdadeiro contrassenso em relação à própria existência das entidades federativas que compõem o nosso Estado. Para maiores comentários sobre a disposição supra e crítica inicial à estruturação do Ministério Público no novo CPC, ouçam o áudio abaixo, nos comprometendo a seguir com a última temática no próximo texto e programa na rádio justiça, que hoje completa sua edição #70 (setenta). Disponível em: http://joseherval.jusbrasil.com.br/artigos/342455161/novo-cpc-os-entes-publicos- tambem-devem-conciliar-os-conflitos-em-que-se-envolvem?ref=home
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