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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS 
AULA 6 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
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Prezados(as) Alunos(as)! 
 
Nesta 6ª Aula, veremos um assunto muito interessante: a Lei dos 
PARTIDOS POLÍTICOS! 
Para os colegas que farão a prova do TRE/RS neste final de 
semana, este é o momento de desacelerarem, relaxarem, e revisarem todas as 
matérias e assuntos mais relevantes, sem desespero. 
Descansem bastante, durmam cedo antes da prova (não fiquem 
estudando até tarde) e confiram seus documentos. 
Reitero os votos de Boa Sorte e muita Fé no dia da Prova! 
 
 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995): 
a) Disposições preliminares; 
b) Da criação e do registro dos partidos políticos; 
c) Da filiação partidária; 
d) Da fusão, incorporação e extinção dos partidos 
políticos; 
e) Da prestação de contas; 
f) Do acesso gratuito ao rádio e à televisão. 
 
 
 
 
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1. LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS (Lei nº 9.096/1995) 
1.1. Disposições preliminares. 
 
Conceito de Partidos Políticos. 
Segundo José Jairo, o “partido político é a entidade formada pela 
livre associação de pessoas, cujas finalidades são assegurar, no interesse do 
regime democrático, a autenticidade do sistema representativo, e defender os 
direitos humanos fundamentais”. 
Ademais, os Partidos são grupos sociais (grupos de pessoas) 
com idêntica ideologia política que procuram agregar eleitores para 
conquistarem legitimamente o poder político e a realização de determinado 
programa. 
A Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos), no art. 1º, apresenta 
da definção legal de Partido. In verbis: 
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, 
destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a 
autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos 
fundamentais definidos na Constituição Federal. 
 
Normas sobre Partidos Políticos. 
A CF-88, no art. 17 e art. 14, §3º, V, regula no âmbito 
constitucional a matéria dos Partidos Políticos. 
Na esfera infralegal, a Lei nº 9.096/95 dispõe sobre Partidos 
Políticos, regulamentando referidos dispositivos constitucionais. Mencionadas 
normas da CF-88 serão tratadas no decorrer do próprio estudo da Lei nº 
9.096/95. 
 
Princípio da Liberdade. 
Tanto a CF-88 quanto a Lei dos Partidos Políticos prelecionam que 
a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos é LIVRE em todo o 
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país, observando-se as condições estabelecidas na CF e na Lei. 
Destaco que esta liberdade de criação, fusão, incorporação e 
extinção de partidos políticos, deve respeitar alguns limites, qual sejam: 
resguardar: 
1. a soberania nacional, 
2. o regime democrático, 
3. o pluripartidarismo, 
4. os direitos fundamentais da pessoa humana 
 
Além disso, devem observar os seguintes preceitos: 
1. caráter nacional; 
2. proibição de recebimento de recursos financeiros de 
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação 
a estes; 
3. prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
4. funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
 
CF-88 
Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o 
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos 
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de 
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a 
estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
Lei nº 9.096/95 
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Art. 2º É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos cujos programas respeitem a soberania 
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os 
direitos fundamentais da pessoa humana. 
 
Natureza Jurídica dos Partidos Políticos. 
O partido político apresenta naureza jurídica de PESSOA 
JURIDICA DE DIREITO PRIVADO, conforme preceitua o referido art. 1º da 
Lei dos Partidos Políticos. A CF-88 também fez menção à personalidade jurídica 
dos Partidos Políticos, rementendo-se à normação pela “lei civil”, pelo Código 
Civil. 
Por sua vez, o Código Civil de 2002, no art. 44, V (alterado 
recentemente pela Lei nº 10.825/03), elenca os Partidos Políticos como 
Pessoas Jurídicas de Direito Privado. Vejamos todos os dispositivos: 
Lei nº 9.096/95 
Art. 1º O partido político, PESSOA JURÍDICA DE DIREITO 
PRIVADO, destina-se a assegurar, no interesse do regime 
democrático, a autenticidade do sistema representativo e a 
defender os direitos fundamentais definidos na Constituição 
Federal. 
CF-88 
Art. 17 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade 
jurídica, na forma da LEI CIVIL, registrarão seus estatutos 
no Tribunal Superior Eleitoral. 
Código Civil 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 
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22.12.2003) 
V - os PARTIDOS POLÍTICOS. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 
22.12.2003) 
 
Autonomia Partidária. 
Os partidos são AUTÔNOMOS para definirem suas estruturas 
internas, organização e funcionamento. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 3º É assegurada, ao partido político, AUTONOMIA para 
definir sua estrutura interna, organização e funcionamento. 
Ademais, a CF-88 assegura autonomia para aos partidos para 
adotarem os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
eleitorais, SEM OBRIGATORIEDADE DE VINCULAÇÃO entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, 
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade 
partidária. 
Esta regra foi determinada pela Emenda Constitucional nº 52/2006, 
que pôs fim à antiga regra da verticalização para as coligações políticas, que 
obrigava os partidos a seguirem nos Estados as mesmas alianças acordadas 
em nível federal. 
Art. 17 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir 
sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar 
os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
eleitorais, SEM OBRIGATORIEDADE DE VINCULAÇÃO entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou 
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de 
disciplina e fidelidade partidária. 
 
Igualdade de direitos entre filiados. 
O Princípioda Igualdade determina que os filiados de um 
partido político têm iguais direitos e deveres. 
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Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e 
deveres. 
Lembro que, como já estudamos, a filiação partidária é uma das 
condições de elegibilidade (condições para ser eleito), conforme o art. 14, §3º, 
da CF: 
Art. 14. 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
V - a filiação partidária; 
 
Caráter nacional. 
A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo 
com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos 
estrangeiros. 
Nessa linha, é vedado ao partido político ministrar instrução 
militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e 
adotar uniforme para seus membros. 
CF-88 
Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos, (...) e observados os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional; 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de 
organização paramilitar. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de 
acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a 
entidades ou governos estrangeiros. 
Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução 
militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma 
natureza e adotar uniforme para seus membros. 
 
Registro dos Partidos. 
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Como relatamos linhas atrás, após os Partidos adquirirem 
personalidade jurídica na forma do Código Civil (Pessoa Jurídica de Direito 
Privado), deverão REGISTRAR seus ESTATUTOS no Tribunal Superior 
Eleitoral (TSE). 
O que irão registrar? 
Seus ESTATUTOS! 
Onde registrarão os Estatutos? 
No TSE! Mas porque no TSE? Porque os Partidos devem ter 
caráter nacional e não apenas regional, detendo a Suprema Corte Eleitoral 
da competência do registro. 
CF-88 
Art. 17 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade 
jurídica, na forma da LEI CIVIL, registrarão seus estatutos 
no Tribunal Superior Eleitoral. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na 
forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior 
Eleitoral. 
Para que seja admitido o registro do estatuto de partido político, é 
preciso que este comprove seu CARÁTER NACIONAL por meio do 
apoiamento mínimo de eleitores. 
O APOIAMENTO MÍNIMO de eleitores corresponde aos seguintes 
números: 
1. pelo menos, 0,5% (meio por cento) dos votos dados na 
última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não 
computados os votos em branco e os nulos, 
2. distribuídos por 1/3 (um terço), ou mais, dos Estados, 
3. com um mínimo de 1/10% (um décimo por cento) do 
eleitorado que haja votado em cada um deles. 
Art. 7 
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§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que 
tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele que 
comprove o apoiamento de eleitores correspondente a, pelo 
menos (mínimo), 0,5% meio por cento dos votos dados na 
última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não 
computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por 1/3 
um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 1/10% 
um décimo por cento do eleitorado que haja votado em cada 
um deles. 
A CF-88 assegura aos Partidos o direito aos recursos ao fundo 
partidário e de acesso gratuito ao RÁDIO e TV. No entanto, somente o 
partido que tenha registrado seu estatuto no TSE poderá: 
• participar do processo eleitoral, 
• receber recursos do Fundo Partidário e 
• ter acesso gratuito ao RÁDIO e TV. 
CF-88 
Art. 17 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo 
partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma 
da lei. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 7 
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no 
Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo 
eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso 
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei. 
Por fim, também somente com o registro do estatuto no TSE é 
que estará assegurada a EXCLUSIVIDADE da denominação do partido, 
sigla e símbolos, sendo vedada a utilização de variação destes por outros 
partidos que possam confundir o eleitor, induzindo-o a erro ou confusão. 
Art. 7 
§ 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal 
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Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua 
denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros 
partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão. 
 
 
 
1.2. Da criação e do registro dos partidos políticos. 
 
Procedimento de registro e criação dos Partidos. 
É preciso que, primeiro, o Partido adquira PERSONALIDADE 
JURÍDICA, nos termos do Código Civil (Pessoa Jurídica de Direito Privado), 
para que, depois, possa registrar seus estatutos no TSE. 
Com efeito, o Partido apenas adquire personalidade jurídica 
mediante o seu registro em Cartório competente do Registro Civil das 
Pessoas Jurídicas, da Capital Federal (Brasília). 
O requerimento de registro deve ser subscrito pelos fundadores 
do Partido, em número não inferior a 101 (pelo menos 101 fundadores), 
com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 dos ESTADOS (caráter 
nacional), acompanhado dos seguintes documentos: 
1. cópia autêntica da ata da reunião de fundação do 
partido; 
2. exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, 
o programa e o estatuto; 
3. relação de todos os fundadores com o nome completo, 
naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção, 
Município e Estado, profissão e endereço da residência. 
Este requerimento deve indicar o nome e função dos dirigentes 
provisórios e o endereço da sede do partido na Capital Federal (Brasília). 
Cumpridas todas essas exigências, o Oficial do Registro Civil 
efetua o registro do Partido como Pessoa Jurídica de Direito Privado no livro 
correspondente, expedindo CERTIDÃO de inteiro teor. 
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Tornando-se pessoa jurídica, o partido deve promover a obtenção 
do apoiamento mínimo de eleitores para ostentar o seu caráter nacional e 
deve realizar os atos necessários para a constituição definitiva de seus órgãos 
e designação dos dirigentes, na forma do seu estatuto. 
Com o registro no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas 
da Capital Federal e sendo promovido o apoiamento mínimo de eleitores, o 
Partido poderá finalmente requerer o registro de seus estatutos no TSE. 
Resumo: 
Registrono Cartório Civil como Pessoa Jurídica de Direito Privado ? 
Obtenção do Apoiamento Mínimo ? 
Constituição definitiva dos órgãos e designação dos dirigentes ? 
Registros dos Estatutos no TSE. 
cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da 
Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em 
número nunca inferior a 101 (cento e um), com domicílio 
eleitoral em, no mínimo, 1/3 (um terço) dos Estados, e será 
acompanhado de: 
I - cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido; 
II - exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o 
programa e o estatuto; 
III - relação de todos os fundadores com o nome completo, 
naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção, 
Município e Estado, profissão e endereço da residência. 
§ 1º O requerimento indicará o nome e função dos dirigentes 
provisórios e o endereço da sede do partido na Capital Federal. 
§ 2º Satisfeitas as exigências deste artigo, o Oficial do Registro 
Civil efetua o registro no livro correspondente, expedindo 
certidão de inteiro teor. 
§ 3º Adquirida a personalidade jurídica na forma deste artigo, 
o partido promove a obtenção do apoiamento mínimo de 
eleitores a que se refere o § 1º do art. 7º e realiza os atos 
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necessários para a constituição definitiva de seus órgãos e 
designação dos dirigentes, na forma do seu estatuto. 
Art. 9º Feita a constituição e designação, referidas no § 3º do 
artigo anterior, os dirigentes nacionais promoverão o registro do 
estatuto do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral, 
através de requerimento acompanhado de: (...) 
 
Registro no TSE. 
O registro do Estatuto no TSE é realizado por meio de outro 
requerimento, acompanhado da seguinte documentação: 
a. exemplar autenticado do inteiro teor do programa e 
do estatuto partidários, inscritos no Registro Civil; 
b. certidão do registro civil da pessoa jurídica 
(expedida pelo Oficial do Cartório); 
c. certidões dos cartórios eleitorais que comprovem 
ter o partido obtido o apoiamento mínimo de eleitores. 
A prova desse apoiamento mínimo é feita por meio das assinaturas 
dos eleitores, com menção ao número do título eleitoral, em listas organizadas 
por cada Zona. A certidão citada é emitida pelo Escrivão eleitoral, que após 
consultar no cadastro eleitoral a situação de cada um dos eleitores constantes 
da relação apresentada pelo partido, atestará a veracidade das assinaturas, 
lavrando a certidão. 
O escrivão dará imediato recibo de cada lista que lhe for 
apresentada e, no prazo de 15 DIAS, lavrará o seu atestado (Certidão), 
devolvendo-a ao interessado. 
Após o protocolo do registro do Partido, o processo será distribuído 
a um Relator no prazo de 48 HORAS. Deve ser ouvida a Procuradoria-
Geral Eleitoral no prazo de 10 DIAS. 
Caso não seja necessária a realização de diligências para sanar 
eventuais falhas no processo ou tendo sido estas sanadas, o registro do 
estatuto do Partido no TSE deverá ser efetuado no prazo máximo de 30 
DIAS! 
Outras alterações posteriores no estatuto ou no programa do 
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partido deverão ser registradas tanto no Cartório do Registro Civil quanto 
no TSE! 
O Partido também deve comunicar à Justiça Eleitoral a constituição 
de seus órgãos de direção e os nomes dos integrantes e as posteriores 
alterações, nos seguintes termos: 
1. no Tribunal Superior Eleitoral, dos integrantes dos órgãos 
de âmbito nacional; 
2. nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos integrantes dos 
órgãos de âmbito estadual, municipal ou zonal. 
Art. 9 
§ 1º A prova do apoiamento mínimo de eleitores é feita por 
meio de suas assinaturas, com menção ao número do respectivo 
título eleitoral, em listas organizadas para cada Zona, sendo a 
veracidade das respectivas assinaturas e o número dos títulos 
atestados pelo Escrivão Eleitoral. 
§ 2º O Escrivão Eleitoral dá imediato recibo de cada lista que lhe 
for apresentada e, no prazo de 15 (quinze) dias, lavra o seu 
atestado, devolvendo-a ao interessado. 
§ 3º Protocolado o pedido de registro no Tribunal Superior 
Eleitoral, o processo respectivo, no prazo de 48 (quarenta e oito) 
horas, é distribuído a um Relator, que, ouvida a Procuradoria-
Geral, em 10 (dez) dias, determina, em igual prazo, diligências 
para sanar eventuais falhas do processo. 
§ 4º Se não houver diligências a determinar, ou após o seu 
atendimento, o Tribunal Superior Eleitoral registra o estatuto 
do partido, no prazo de 30 (trinta) dias. 
Art. 10. As alterações programáticas ou estatutárias, após 
registradas no Ofício Civil competente, devem ser encaminhadas, 
para o mesmo fim, ao Tribunal Superior Eleitoral. 
Parágrafo único. O Partido comunica à Justiça Eleitoral a 
constituição de seus órgãos de direção e os nomes dos respectivos 
integrantes, bem como as alterações que forem promovidas, para 
anotação: (Incluído pela Lei nº 9.259, de 1996) 
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I - no Tribunal Superior Eleitoral, dos integrantes dos órgãos de 
âmbito nacional; (Incluído pela Lei nº 9.259, de 1996) 
II - nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos integrantes dos órgãos 
de âmbito estadual, municipal ou zonal. (Incluído pela Lei nº 
9.259, de 1996) 
 
Credenciamento de Delegados. 
Após o registro do Partido no TSE, poderão ser registrados 
Delegados perante as 3 esferas jurisdicionais eleitorais: 
• no Juiz Eleitoral; 
• no TRE; 
• no TSE. 
Os Delegados credenciados pelos diversos órgãos representam o 
partido perante Tribunais ou Juízes Eleitorais respectivos. Em detalhes, assim é 
selecionada a representação destes delegados: 
• Delegados credenciados pelo órgão de direção nacional 
representam o partido perante quaisquer Tribunais (TSE e 
TREs) ou Juízes Eleitorais; 
• Delegados credenciados pelos órgãos estaduais, somente 
perante o TRE e os Juízes Eleitorais do respectivo Estado, 
do DF ou Território; 
• Delegados credenciados pelo órgão municipal, perante o 
Juiz Eleitoral da respectiva jurisdição. 
Art. 11. O partido com registro no Tribunal Superior Eleitoral pode 
credenciar, respectivamente: 
I - delegados perante o Juiz Eleitoral; 
II - delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral; 
III - delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral. 
Parágrafo único. Os delegados credenciados pelo órgão de direção 
nacional representam o partido perante quaisquer Tribunais ou 
Juízes Eleitorais; os credenciados pelos órgãos estaduais, somente 
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perante o Tribunal Regional Eleitoral e os Juízes Eleitorais do 
respectivo Estado, do Distrito Federal ou Território Federal; e os 
credenciados pelo órgão municipal, perante o Juiz Eleitoral da 
respectiva jurisdição. 
 
 
 
1.3. Da filiação partidária. 
 
Condições para a filiação partidária. 
Os partidospolíticos são acessíveis a todos os cidadãos, sem 
quaisquer distinções. Contudo, a Lei dos Partidos Políticos impõe 2 condições 
básicas para que o eleitor possa filiar-se a determinado partido: 
1. estar em gozo de seus direitos políticos; 
2. atender às regras estatutárias do Partido que deseja filiar-se. 
Esta última condição decorre da autonomia partidária, que permite 
aos partidos estabelecerem, entre outros, sua organização interna e regras 
sobre filiação partidária. 
Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no 
pleno gozo de seus direitos políticos. 
Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação 
partidária, com o atendimento das regras estatutárias do 
partido. 
Parágrafo único. Deferida a filiação do eleitor, será entregue 
comprovante ao interessado, no modelo adotado pelo partido. 
 
Relação dos filiados para a Justiça Eleitoral. 
Na 2ª (segunda) semana dos meses de ABRIL e OUTUBRO (2 
vezes no ano) de cada ano, o partido, por seus órgãos de direção municipais, 
regionais ou nacional, deverá remeter, aos JUÍZES ELEITORAIS, para 
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arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para 
efeito de candidatura a cargos eletivos, a RELAÇÃO de todos os seus filiados, 
da qual constará a data de filiação, o número dos títulos eleitorais e das seções 
em que estão inscritos. 
Sobre o tema, o TSE exarou a Súmula 20: 
Súmula 20 – TSE: A falta do nome do filiado ao partido na 
lista por este encaminhada à Justiça Eleitoral, nos termos do art. 
19 da Lei 9.096, de 19.9.95, pode ser suprida por outros 
elementos de prova de oportuna filiação. 
NOVO! Agora, os órgãos de direção nacional dos partidos têm 
acesso às informações dos filiados constantes do cadastro eleitoral. Este 
cadastro nacional de eleitores é um banco de dados quase indevasável. Com 
esta nova permissão, os órgãos nacionais dos partidos não terão mais 
obstáculos para acessarem as informações dos seus filiados constantes do 
cadastro de eleitores. 
Art. 19 
§ 1º Se a relação não é remetida nos prazos mencionados neste 
artigo, permanece inalterada a filiação de todos os eleitores, 
constante da relação remetida anteriormente. 
§ 2º Os prejudicados por desídia ou má-fé poderão requerer, 
diretamente à Justiça Eleitoral, a observância do que prescreve o 
caput deste artigo. 
§ 3o Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão 
pleno acesso às informações de seus filiados constantes do 
cadastro eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
Prazos mínimos de filiação partidária para concorrer a cargo 
eletivo. 
Para concorrer em uma determinada eleição, o eleitor deverá estar 
filiado no seu partido com pelo menos 1 ANO antes da data das 
ELEIÇÕES (majoritárias ou proporcionais). Se não fosse essa regra, muitos 
eleitores filiavam-se aos partidos faltando poucos dias antes das eleições para 
candidatarem-se, sem demonstrar qualquer histórico de luta política. 
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Art. 18. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar 
filiado ao respectivo partido pelo menos 1 (um) ANO antes 
da data fixada para as eleições, majoritárias ou proporcionais. 
Todavia, a Lei permite aos partidos, à luz da autonomia partidária, 
instituir em seus estatutos PRAZOS DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA SUPERIORES 
A 1 ANO para eventuais candidaturas a cargos eletivos! Ressalva a Lei que 
estes prazos não podem ser alterados pelos partidos no ano da eleição. 
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu 
estatuto, prazos de filiação partidária SUPERIORES aos 
previstos nesta Lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos. 
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no 
estatuto do partido, com vistas a candidatura a cargos eletivos, 
não podem ser alterados no ano da eleição. 
 
Desligamento do eleitor do Partido. 
O desligamento do vínculo de eleitor com o Partido depende de 
comunicação escrita daquele ao órgão de direção municipal do partido e 
ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito. 
Considera-se automaticamente extinto o vínculo do eleitor com o 
partido tão logo decorram 2 DIAS da data da entrega da comunicação. 
Apenas para conhecimento, informo que a Resolução nº 
23.117/2009 estabele os procedimentos do desligamento dos partidos. 
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação 
escrita ao órgão de direção municipal e ao Juiz Eleitoral da 
Zona em que for inscrito. 
Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da 
comunicação, o vínculo torna-se extinto, para todos os efeitos. 
 
Cancelamento imediato da filiação partidária. 
Serão imediatamente canceladas as filiações partidárias nos 
seguintes casos ocorridos com os eleitores: 
1. morte; 
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2. perda dos direitos políticos; 
3. expulsão; 
4. outras formas previstas no estatuto, com comunicação 
obrigatória ao atingido no prazo de 48 (quarenta e oito) 
horas da decisão. 
Por lei, o eleitor está obrigado a comunicar da filiação a outro 
partido ao partido que ainda está filiado e ao Juiz Eleitoral de sua Zona, para 
que cancele sua filiação antiga, sob pena de ficar configurada no dia imediato à 
sua nova filiação a chamada DUPLA FILIAÇÃO, sendo consideradas AMBAS 
NULAS! 
Art. 22. 
Parágrafo único. Quem se filia a outro partido deve fazer 
comunicação ao partido e ao juiz de sua respectiva Zona 
Eleitoral, para cancelar sua filiação; se não o fizer no dia 
imediato ao da nova filiação, fica configurada DUPLA 
FILIAÇÃO, sendo AMBAS consideradas NULAS para todos os 
efeitos. 
 
 
 
1.4. Da fusão, incorporação e extinção dos partidos 
políticos. 
Os órgãos de direção nacional do partido poderão decidir pela 
extinção do partido, ou mesmo pela fusão ou incorporação a outros Partidos. 
A FUSÃO é a união de 1 ou mais partidos que implica no 
surgimento de um NOVO PARTIDO. 
A INCORPORAÇÃO é o processo em que um partido é dissolvido 
para integrar um outro que continua existindo. 
A dissolução (extinção), a fusão ou a incorporação de um 
Partido no outro geram o CANCELAMENTO dos registros dos Partidos perante 
o Ofício Civil (Cartório) e junto ao TSE! 
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Art. 27. Fica cancelado, junto ao Ofício Civil e ao Tribunal Superior 
Eleitoral, o registro do partido que, na forma de seu estatuto, se 
dissolva, se incorpore ou venha a se fundir a outro. 
O TSE determina o CANCELAMENTO do registro civil e do 
estatuto do partido, após o trânsito em julgado de decisão, quando ficar 
compravado contra o partido: 
1. ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de 
procedência estrangeira; 
2. estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros; 
3. não ter os órgãos nacionais dos partidos prestado, nos 
termos desta Lei,as devidas contas à Justiça Eleitoral; 
(alteração recente, conforme art. 28, §6º) 
4. que mantém organização paramilitar. 
Lógico que esta decisão de cancelamento deve obedever ao 
Princípio do Devido Processo Legal (“processo regular”), assegurando ao 
acusado ampla defesa. 
Qualquer eleitor, representante de partido ou o Procurador-Geral 
Eleitoral poderão iniciar o processo de cancelamento do registro e estatuto do 
partido, com denúncia/representação fundamentada. 
Se um órgão de direção estadual ou municipal vier a ser punido 
por prática de qualquer ato, o partido político em nível nacional não sofrerá a 
suspensão das cotas do Fundo Partidário e nem qualquer outra punição. 
Art. 28 
§ 1º A decisão judicial a que se refere este artigo deve ser 
precedida de processo regular, que assegure ampla defesa. 
§ 2º O processo de cancelamento é iniciado pelo Tribunal à vista de 
denúncia de qualquer eleitor, de representante de partido, ou de 
representação do Procurador-Geral Eleitoral. 
§ 3º O partido político, em nível nacional, não sofrerá a suspensão 
das cotas do Fundo Partidário, nem qualquer outra punição como 
conseqüência de atos praticados por órgãos regionais ou 
municipais. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.693, de 27.7.98) 
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NOVO! Alterações recentes com relação às despesas dos partidos. 
A Lei agora impõe que as despesas realizadas pelos órgãos 
partidários municipais e estaduais ou somente por candidatos 
majoritários nos Municípios ou Estados, devem ser pagas pela esfera 
partidária correspondente (qual seja, órgãos partidários municipais ou 
estaduais), salvo se houver acordo expresso com o(s) órgão(s) de outras 
esferas (nacional ou estadual). 
Com isso, se forem os órgãos inferiores inadimplentes em suas 
despesas, NÃO PODERÃO ser cobradas judicialmente dos órgãos superiores. 
Possíveis penhoras devem recair apenas nos bens do órgão que contraiu a 
dívida e não no órgão superior. 
Na esteira do que foi adiantado linhas acima, será cancelado pelo 
TSE o registro civil e o estatuto do partido quando o ÓRGÃO NACIONAL do 
partido não prestar contas à Justiça Eleitoral. Caso órgãos regionais ou 
municipais não prestem as contas, não será caso de cancelamento. 
Este entendimento já era pacífico pela jurisprudência do TSE, vindo 
em boa hora a determinação em sede de lei nesse sentido. 
Art. 28 
§ 4o Despesas realizadas por órgãos partidários municipais ou 
estaduais ou por candidatos majoritários nas respectivas 
circunscrições devem ser assumidas e pagas 
EXCLUSIVAMENTE pela esfera partidária correspondente, 
salvo acordo expresso com órgão de outra esfera partidária. 
(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 5o Em caso de não pagamento, as despesas não poderão ser 
cobradas judicialmente dos órgãos superiores dos partidos 
políticos, recaindo eventual penhora exclusivamente sobre o 
órgão partidário que contraiu a dívida executada. (Incluído pela Lei 
nº 12.034, de 2009) 
§ 6o O disposto no inciso III do caput refere-se apenas aos órgãos 
nacionais dos partidos políticos que deixarem de prestar contas ao 
Tribunal Superior Eleitoral, não ocorrendo o cancelamento do 
registro civil e do estatuto do partido quando a omissão for 
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dos órgãos partidários regionais ou municipais. (Incluído pela 
Lei nº 12.034, de 2009) 
 
Procedimentos para Fusão e Incorporação de Partidos. 
Os órgãos nacionais dos partidos poderão decidir pela fusão ou 
incorporação de 2 ou mais partidos. 
Para Fusão devem ser observadas as seguintes regras: 
1. os órgãos de direção dos partidos elaborarão projetos 
comuns de estatuto e programa; 
2. os órgãos nacionais de deliberação dos partidos em processo 
de fusão votarão em reunião conjunta, por maioria absoluta, 
os projetos, e elegerão o órgão de direção nacional que 
promoverá o registro do novo partido. 
Para a Incorporação, o Partido subsistente (incorporando) 
deliberará por seu órgão nacional, por maioria absoluta de votos, se 
adotará ou não o estatuto e programa do partido incorporado. 
Art. 29. 
§ 3º Adotados o estatuto e o programa do partido incorporador, 
realizar-se-á, em reunião conjunta dos órgãos nacionais de 
deliberação, a eleição do novo órgão de direção nacional. 
§ 4º Na hipótese de fusão, a existência legal do novo partido tem 
início com o registro, no Ofício Civil competente da Capital Federal, 
do estatuto e do programa, cujo requerimento deve ser 
acompanhado das atas das decisões dos órgãos competentes. 
§ 5º No caso de incorporação, o instrumento respectivo deve ser 
levado ao Ofício Civil competente, que deve, então, cancelar o 
registro do partido incorporado a outro. 
§ 6º Havendo fusão ou incorporação de partidos, os votos obtidos 
por eles, na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, 
devem ser somados para efeito do funcionamento parlamentar, nos 
termos do art. 13, da distribuição dos recursos do Fundo Partidário 
e do acesso gratuito ao rádio e à televisão. 
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§ 7º O novo estatuto ou instrumento de incorporação deve ser 
levado a registro e averbado, respectivamente, no Ofício Civil e no 
Tribunal Superior Eleitoral. 
 
 
 
1.5. Da prestação de contas. 
 
Os órgãos de direção dos partidos (nacionais, regionais e 
municipais) são responsáveis também pela arrecadaçao e aplicação de 
recursos para manunteção da agremiação e para custear as campanhas 
eleitorais. Estes órgãos de direção devem manter em dia sua escrituração 
contábil, de forma a permitir que sejam conhecidas as origens de suas 
receitas e a destinação de suas despesas. 
Os partidos NÃO PODEM receber, direta ou indiretamente, 
contribuição ou auxílio financeiro, inclusive por meio de publicidade de 
qualquer espécie oriundos de: 
1. entidade ou governo estrangeiros; 
2. autoridade ou órgãos públicos, ressalvadas as dotações 
do Fundo Partidário; 
3. autarquias, empresas públicas ou concessionárias de 
serviços públicos, sociedades de economia mista e 
fundações instituídas em virtude de lei e para cujos 
recursos concorram órgãos ou entidades governamentais; 
4. entidade de classe ou sindical. 
 
Controle do balanço contábil dos Partidos. 
A CADA ANO os partidos devem enviar, à Justiça Eleitoral, o 
balanço contábil do exercício finalizado, até o dia 30 de ABRIL do ano 
seguinte. O encaminhamento deste balanço contábil anual para controle da 
Justiça Eleitoral dar-se-á do seguinte modo: 
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• ao TSE – o balanço do órgão nacional; 
• aos TREs – os balanços dos órgãos estaduais; 
• aos Juízes Eleitorais – os balanços dos órgãos municipais. 
Estes balanços devem ser publicados na imprensa oficial. Caso 
não exista, deve-se proceder à afixação dos balanços no próprio Cartório 
Eleitoral. 
No ano de eleição, a Lei impõeaos partidos o envio de 
balancetes mensais à Justiça Eleitoral, durante o período de 6 MESES, 
compreendidos entre: 4 meses anteriores e 2 meses posteriores ao pleito. 
 
Requisitos do Balanço Contábil. 
Os balanços contábeis dos Partidos deverão possuir as seguintes 
informações/itens obrigatórios: 
1. discriminação dos valores e destinação dos recursos oriundos 
do fundo partidário; 
2. origem e valor das contribuições e doações; 
3. despesas de caráter eleitoral, com a especificação e 
comprovação dos gastos com programas no rádio e televisão, 
comitês, propaganda, publicações, comícios, e demais 
atividades de campanha; 
4. discriminação detalhada das receitas e despesas. 
 
Fiscalização da Justiça Eleitoral. 
A Justiça Eleitoral detém, por força de Lei, a competência para 
fiscalizar a escrituração contábil e a prestação de contas dos partidos, 
bem como as despesas de campanha eleitoral, devendo ATESTAR se elas 
refletem adequadamente a real movimentação financeira, os dispêndios e 
recursos aplicados nas campanhas. 
No exercício desta fiscalização, a Justiça Eleitoral impõe aos 
Partidos o atendimento das normas abaixo: 
a) obrigatoriedade de constituição de comitês e designação 
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de dirigentes partidários específicos (Tesoureiro), para 
movimentar recursos financeiros nas campanhas eleitorais – 
uma das principais funções dos comitês é esta, a de 
movimentar recursos financeiros em campanhas; 
b) caracterização da responsabilidade dos dirigentes do 
partido e comitês, inclusive do tesoureiro, que 
responderão, civil e criminalmente, por quaisquer 
irregularidades; 
c) escrituração contábil, com documentação que comprove a 
entrada e saída de dinheiro ou de bens recebidos e aplicados; 
d) obrigatoriedade de CONSERVAÇÃO pelo partido da 
documentação comprobatória de suas prestações de contas, 
por prazo não inferior a 5 (cinco) ANOS; 
e) obrigatoriedade de prestação de contas, pelo partido político, 
seus comitês e candidatos, no encerramento da campanha 
eleitoral, com o recolhimento imediato à tesouraria do 
partido dos saldos financeiros eventualmente apurados. 
Para examinar as prestações de contas enviadas pelos diretórios 
dos partidos, a Justiça Eleitoral poderá requisitar técnicos (servidores) do 
Tribunal de Contas da União (TCU) ou dos Estados (TCEs). 
 
Denúncia ou Representação de Irregularidade. 
Qualquer filiado ao partido, Delegado poderão denunciar 
irregularidades nas contas partidárias. O Procurador-Geral Eleitoral poderá, da 
mesma forma, representar sobre impropriedades identificadas, devendo o TSE 
e os TREs determinarem o exame da escrituração do partido e a apuração 
de violação à lei e aos estatutos em matéria financeira. 
A Lei prevê que poderá a Justiça Eleitoral determinar a quebra do 
sigilo bancário dos partidos. 
Como forma de propiciar uma fiscalização mútua dos partidos, 
objetivando preservar o atendimento das prescrições legais em matéria 
financeira, a Lei possibilita a qualquer Partido examinar as prestações de 
contas mensais e os balanços anuais dos demais partidos, no prazo de 
15 DIAS após a publicação dos balanços, podendo IMPUGNÁ-LOS no prazo 
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de 5 DIAS. 
Art. 35. O Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais 
Eleitorais, à vista de denúncia fundamentada de filiado ou delegado 
de partido, de representação do Procurador-Geral ou Regional ou 
de iniciativa do Corregedor, determinarão o exame da 
escrituração do partido e a apuração de qualquer ato que 
viole as prescrições legais ou estatutárias a que, em matéria 
financeira, aquele ou seus filiados estejam sujeitos, podendo, 
inclusive, determinar a quebra de sigilo bancário das contas dos 
partidos para o esclarecimento ou apuração de fatos vinculados à 
denúncia. 
Parágrafo único. O partido pode examinar, na Justiça Eleitoral, 
as prestações de contas mensais ou anuais dos demais 
partidos, 15 DIAS após a publicação dos balanços 
financeiros, aberto o prazo de 5 DIAS para impugná-las, 
podendo, ainda, relatar fatos, indicar provas e pedir abertura de 
investigação para apurar qualquer ato que viole as prescrições 
legais ou estatutárias a que, em matéria financeira, os partidos e 
seus filiados estejam sujeitos. 
 
Sanções por violação das normas. 
Caso a Justiça Eleitoral constate a violaçaõ de normas legais ou 
mesmo estatutárias, o partido ficará sujeito às seguintes sanções: 
a) no caso de recursos de origem não mencionada ou 
esclarecida, fica SUSPENSO o recebimento das quotas do 
FUNDO PARTIDÁRIO até que o esclarecimento seja aceito 
pela Justiça Eleitoral; 
b) no caso de recebimento de recursos previstos como 
VEDADOS (ex: de governo estrangeiro), fica SUSPENSA a 
participação no fundo partidário por 1 (um) ANO; 
c) no caso de recebimento de doações cujo VALOR 
ULTRAPASSE os limites previstos na Lei, fica SUSPENSA 
por 2 ANOS a participação no FUNDO PARTIDÁRIO e será 
aplicada ao partido MULTA correspondente ao valor que 
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exceder aos limites fixados. 
Outrossim, a falta (ausência) de prestação de contas ou a sua 
desaprovação TOTAL ou PARCIAL*gera a SUSPENSÃO de novas cotas do 
Fundo Partidário e sujeita aos responsáveis às penalidades previstas em Lei. É 
possível a realização de diligências necessárias à complementação das 
informações ou à sanação das irregularidades. A sanção de suspensão das 
quotas do Fundo Partidário deve ser aplicada EXCLUSIVAMENTE à esfera 
partidária responsável pela irregularidade (Ex: órgão partidário federal, 
estadual ou municipal). 
 
Princípios da Proporcionalidade e Razoabilidade na 
aplicação da Sanção. 
NOVO! O Legislador, na recente alteração conferida pela Lei nº 
12.034/09, determinou expressamente que deverá ser aplicada a sanção de 
suspensão do repasse de novas cotas do Fundo Partidário de forma 
PROPORCIONAL e RAZOÁVEL pelo período compreendido entre 1 e 12 
MESES, ou mesmo realizar desconto da importância apontada como irregular 
do respectivo valor a ser repassado. 
Não pode a Justiça Eleitoral ficar sem julgar determinada prestação 
de contas ad eternum. Por isso, a Lei confere o prazo prescricional de 5 
ANOS desde a apresentação das contas no Juízo ou Tribunal Eleitoral 
competente para que SEJAM JULGADAS. Caso as contas não sejam julgadas 
neste prazo de 5 ANOS, prescreve o direito do Estado de sancionar o 
partido com a suspensão dos repasses das quotas do fundo partidário. 
A partir deste prazo, mesmo que as contas fossem irregulares, o 
partido NÃO mais poderia ser atingido com a sanção de suspensão de 
repasses. 
Art. 37 
§ 3o A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do 
Fundo Partidário, por desaprovação total ou parcial da prestação 
de contas de partido, deverá ser aplicada de forma proporcional 
e razoável, pelo período de 1 (um) mês a 12 (doze) meses, ou 
por meio do DESCONTO, do valor a ser repassado, da importância 
apontada como irregular, não podendo ser aplicada a sanção 
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de suspensão, caso a prestação de contas não seja julgada, 
pelo juízo ou tribunal competente, após 5 (cinco) anos de 
sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
Recurso da desaprovação das contas. 
NOVO! Da decisão do Juízo Eleitora que DESAPROVA TOTAL ou 
PARCIALMENTE a prestação das contas dos partidos, caberá RECURSO para 
os TREs ou para o TSE. 
Este RECURSO deve ser recebido COM EFEITO SUSPENSIVO! 
Ou seja, suspenderá os efeitos da decisão de desaprovação das contas. 
Desde a Reforma Eleitoral operada pela Lei nº 12034/09, os 
Partidos apenados com a suspensão dos repasses por desaprovação das contas 
pelos TREs ou pelo TSE poderão efetuar simples REQUERIMENTO nos autos 
da prestação de contas para serem REVISTAS as SANÇÕES à luz do 
princípio da proporcionalidade. 
Por derradeiro, a Lei preleciona que tem caráter jurisdicional o 
exame da prestação de contas dos órgãos partidários realizado pela Justiça 
Eleitoral. Assim, cai por terra o entendimento de parte da doutrina de que tal 
exame tinha natureza meramente administrativa. Com isso, destas decisões 
cabem também outros recursos previstos na Lei Civil, aplicáveis 
subsidiariamente aos Processos tramitantes na Justiça Eleitoral. 
Art. 37. 
§ 4o Da decisão que desaprovar total ou parcialmente a prestação 
de contas dos órgãos partidários caberá recurso para os 
Tribunais Regionais Eleitorais ou para o Tribunal Superior 
Eleitoral, conforme o caso, o qual deverá ser recebido com efeito 
suspensivo. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 5o As prestações de contas desaprovadas pelos Tribunais 
Regionais e pelo Tribunal Superior poderão ser revistas para fins 
de aplicação proporcional da sanção aplicada, mediante 
requerimento ofertado nos autos da prestação de contas. 
(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 6o O exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem 
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caráter jurisdicional. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
 
 
1.6. Do acesso gratuito ao Rádio e à Televisão. 
 
Relembro que existem 3 tipos de propaganda: 
1. Propaganda Eleitoral – é aquela que leva ao conhecimento 
geral, ainda que de forma dissimulada, a candidatura dos 
postulantes a cargos eletivos (dos candidados), mesmo 
que apenas postulada, a ação política que se pretende 
desenvolver ou razões que induzam a concluir que o 
beneficiário é o mais apto ao exercício da função pública. 
2. Propaganda Intrapartidária – propaganda feita para a 
escolha dos candidatos. Pretende convencer correligionários 
a escolherem determinado candidato para concorrer, pelo 
partido, a cargo eletivo. 
3. Propaganda Partidária – é a propaganda realizada pelos 
Partidos como divulgação do programa e da proposta 
política do partido, tanto no período eleitoral, quanto fora 
dele. Não se trata de propanda de candidatos a cargos 
eletivos, mas apenas do Partido. 
A propaganda tratada neste ponto da Lei dos Partidos Políticos é a 
Propaganda Partidária e não a Eleitoral. 
A Lei garante aos Partidos acesso gratuito ao RÁDIO e à TV para 
difundirem a propaganda partidária, gravada ou ao vivo, a ser realizada entre 
as 19hs e 30m e as 22hs (19hs30m – 22hs). 
Objetivos da Propaganda Partidária: 
a) difundir os programas partidários; 
b) transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do 
programa partidário, dos eventos com este relacionados e 
das atividades congressuais do partido; 
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c) divulgar a posição do partido em relação a temas político-
comunitários. 
d) promover e difundir a participação política FEMININA, 
dedicando às mulheres o tempo que será fixado pelo órgão 
nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10% 
(dez por cento). NOVO! 
 
Vedações à propaganda partidária no RÁDIO e TV. 
São vedados nos programas de Rádio e TV que serão veiculadas 
as propagandas partidárias: 
a) a participação de pessoa filiada a partido que NÃO o 
responsável pelo programa – isto é, somente o 
responsável pelo programa poderá participar da propaganda 
partidária no Rádio e TV; 
b) a divulgação de propaganda de CANDIDATOS a cargos 
eletivos e a defesa de interesses PESSOAIS ou de 
outros partidos; - a propaganda de candidatos é realizada 
na Propaganda Eleitoral e não na partidária. No entanto, os 
partidos acabam fazendo propaganda eleitoral velada, no 
bojo da própria propaganda partidária. Abusos tem sido 
reprimidos pela Justiça Eleitoral. 
c) a utilização de imagens ou cenas incorretas ou 
incompletas, efeitos ou quaisquer outros recursos que 
distorçam ou falseiem os fatos ou a sua comunicação. 
NOVO! Caso determinado partido desacate alguma destas vedações, 
será punido com as seguintes sanções: 
1. quando a infração ocorrer nas transmissões em BLOCO 
(transmissão em cadeia nacional ou estadual de duração 
prolongada), com a cassação do direito de transmissão 
no SEMESTRE SEGUINTE; 
2. quando a infração ocorrer nas transmissões em INSERÇÕES 
(mensagens de até 60 SEGUNDOS - 30 segundo ou 1 
minuto), com a cassação de tempo equivalente a 5 (cinco) 
vezes ao da inserção ilícita, no SEMESTRE SEGUINTE. 
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Representação por conduta vedada. 
NOVO! Qualquer Partido Político poderá representar contra o 
descumprimento da Lei referente ao cometimento de conduta vedada na 
propaganda partidária. O julgamento desta represenção será: 
• Pelo TSE – quando se tratar de programa em Bloco ou 
Inserção NACIONAL; 
• Pelos TREs – quando se tratar de programas em Bloco ou 
Inserção ESTADUAL. 
O prazo para Represenção contra conduta vedada em propaganda 
partidária no Rádio e TV deve ser oferecida até o ÚLTIMO DIA do SEMESTRE 
em que for veiculado o programa impugnado. Ex: caso o programa irregular 
seja veiculado no dia 20 de março, o prazo para a impugnação por meio da 
represenção é até o dia 30 de junho. 
No entanto, caso o programa seja veiculado nos últimos 30 DIAS 
do SEMESTRE, o prazo para impugnação estende-se até o 15º DIA do 
semestre seguinte. Ex: caso a veiculação do programa se dê no dia 10 de 
junho, a impugnação poderá ser apresentada até dia 15 de JULHO (15º do 
semestre posterior). 
Da decisão judicial que julgar PROCEDENTE a representação 
(cassando o direito de transmissão de propaganda partidária), caberá 
RECURSO para o TSE, que será também recebido com EFEITO 
SUSPENSIVO! Isto é, suspenderá os efeitos da decisão de cassação do direito 
de transmissão, o que permitirá a transmissão. 
É PROIBIDA Propaganda Partidária PAGA no Rádio e na TV! A Lei 
atual restringe a propaganda partidária no Rádio e na TV aos HORÁRIOS 
GRATUITOS! 
Art. 45 
§ 3o A representação, que somente poderá ser oferecida por 
partido político, será julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral 
quando se tratar de programa em bloco ou inserções nacionais 
e pelos Tribunais Regionais Eleitorais quando se tratar de 
programasem bloco ou inserções transmitidos nos Estados 
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correspondentes. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 4o O prazo para o oferecimento da representação encerra-se no 
último dia do semestre em que for veiculado o programa 
impugnado, ou se este tiver sido transmitido nos últimos 30 
(trinta) dias desse período, até o 15o (décimo quinto) dia do 
semestre seguinte. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 5o Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais que julgarem 
procedente representação, cassando o direito de transmissão de 
propaganda partidária, caberá recurso para o Tribunal Superior 
Eleitoral, que será recebido com efeito suspensivo. (Incluído pela 
Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 6o A propaganda partidária, no rádio e na televisão, fica 
restrita aos horários gratuitos disciplinados nesta Lei, com 
proibição de propaganda paga. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 
2009) 
 
Procedimentos para a transmissão gratuita. 
A transmissão gratuita da propaganda partidária dos Partidos 
Políticos em âmbito nacional e estadual é OBRIGAÇÃO das emissoras de 
RÁDIO e TV, que atenderão à demanda dos órgãos de direção dos Partidos. 
As transmissões podem ser em BLOCO ou por INSERÇÕES: 
• BLOCO – em cadeia nacional ou estadual; 
• INSERÇÕES – de 30 segundos ou 1 minuto no intervalo 
da programação das emissoras. 
A transmissão por Bloco ou por Inserção não pode ser realizada 
diretamente por acordo entre o Partido e a Emissora de Rádio e TV. É preciso 
que o Partido que o TSE ou os TREs autorizem, nos seguintes termos: 
• TSE autoriza/determina: 
o Bloco - formação de cadeias nacionais e estaduais; 
o Inserções - quando solicitadas por órgão de direção 
nacional de partido. 
• TREs autorizam/determinam insercões quando solicitadas 
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por órgão de direção estadual de partido. 
A formação das cadeias nacionais e regionais deve ser 
AUTORIZADA pelo TSE mediante REQUERIMENTO dos órgãos nacionais 
dos Partidos, com uma antecedência mínima de 15 DIAS. O TSE dará 
prioridade ao requerimento apresentado em 1º lugar, caso haja coincidência 
de data em pedidos de partidos diversos. 
Em cada REDE somente são autorizadas 10 INSERÇÕES de 30 
SEGUNDOS ou 5 INSERÇÕES de 1 MINUTO (Total: 5 MINUTOS). 
A despeito do dever dos Tribunais Eleitorais autorizarem os blocos 
e inserções, a Lei faculta aos Partidos pacturarem com as emissoras 
procedimentos e condições que agilizem a transmissão da propaganda 
partidária. 
Atenção! 
O art. 48 teve sua redação declarada inconstitucional pelo STF 
na ADIN 1354-8. Igualmente, o art 49 é também inaplicável por decorrência 
lógica (arrastamento), segundo entendimento do TSE insculpido na Resolução 
nº 22.503/2006. 
Art. 48. O partido registrado no Tribunal Superior Eleitoral que não 
atenda ao disposto no art. 13 tem assegurada a realização de um 
programa em cadeia nacional, em cada semestre, com a duração 
de dois minutos. (Vide Adins nºs 1.351-3 e 1.354-8) 
Art. 49. O partido que atenda ao disposto no art. 13 tem 
assegurado: (Vide Adins nºs 1.351-3 e 1.354-8) (Vide Lei nº 
9.259, de 1996) 
I - a realização de um programa, em cadeia nacional e de um 
programa, em cadeia estadual em cada semestre, com a duração 
de 20 (vinte) MINUTOS cada; 
II - a utilização do tempo total de 40 (quarenta) minutos, por 
semestre, para inserções de trinta segundos ou um minuto, nas 
redes nacionais, e de igual tempo nas emissoras estaduais. 
 
 
 
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EXERCÍCIOS: 
 
QUESTÃO 140: TRE - PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
02/08/2009. 
O partido político 
a) pode ter caráter estadual ou municipal, desde que exerça suas atividades de 
acordo com seu estatuto e seu programa. 
b) adquire personalidade jurídica com o registro de seu estatuto no Tribunal 
Superior Eleitoral. 
c) tem direito à exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, 
independentemente do registro no Tribunal Superior Eleitoral. 
d) tem autonomia para definir sua estrutura interna, mas a sua organização é 
regulamentada pela Justiça Eleitoral. 
e) é pessoa jurídica de direito privado e as pessoas a ele filiadas têm iguais 
direitos e deveres. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Os partidos devem ter APENAS caráter NACIONAL! Tem os 
partidos órgãos não nacionais (estaduais e municipais), mas são todos com 
caráter NACIONAL! 
CF-88 
Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o 
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos 
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos: 
I - caráter nacional; 
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Lei nº 9.096/95 
Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de 
acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a 
entidades ou governos estrangeiros. 
Item B – errado. A aquisição da personalidade jurídica do Partido se dá 
mediante o seu registro em Cartório competente do Registro Civil das 
Pessoas Jurídicas, da Capital Federal (Brasília) e não no TSE. 
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na 
forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior 
Eleitoral. 
Art. 8º O requerimento do registro de partido político, dirigido ao 
cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da 
Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em 
número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em, no 
mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado de: 
Resumo do procedimento de registro e criação dos Partidos: 
Registro no Cartório Civil como Pessoa Jurídica de Direito Privado ? 
Obtenção do Apoiamento Mínimo ? 
Constituição definitiva dos órgãos e designação dos dirigentes ? 
Registros dos Estatutos no TSE. 
Item C – errado. Somente com o registro do estatuto no TSE é que estará 
assegurada a EXCLUSIVIDADE da denominação do partido, sigla e 
símbolos, sendo vedada a utilização de variação destes por outros partidos 
que possam confundir o eleitor, induzindo-o a erro ou confusão. 
Art. 7 
§ 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal 
Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua 
denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros 
partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão. 
Item D – errado. Os partidos são AUTÔNOMOS para definirem suas 
estruturas internas, organização e funcionamento. 
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Lei nº 9.096/95 
Art. 3º É assegurada, ao partidopolítico, AUTONOMIA para 
definir sua estrutura interna, organização e funcionamento. 
Item E – correto. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 1º O partido político, PESSOA JURÍDICA DE DIREITO 
PRIVADO, (...) 
CF-88 
Art. 17 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade 
jurídica, na forma da LEI CIVIL, registrarão seus estatutos 
no Tribunal Superior Eleitoral. 
Código Civil 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os PARTIDOS POLÍTICOS. 
O Princípio da Igualdade determina que os filiados de um partido político 
têm iguais direitos e deveres. 
Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e 
deveres. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
QUESTÃO 141: TJ RR - Juiz Substituto [FCC] - 28/03/2008. 
Os partidos políticos 
a) adquirem personalidade jurídica com o registro do estatuto no Tribunal 
Superior Eleitoral. 
b) têm ação de caráter regional. 
c) podem adotar uniforme para seus membros. 
d) são pessoas jurídicas de direito privado. 
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e) podem receber recursos do Fundo Partidário independentemente do registro 
de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Aquisição de personalidade se dá com o registro do Partido 
em Cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da 
Capital Federal (Brasília) e não no TSE. 
Item B – errado. Ação de caráter NACIONAL. 
Item C – errado. É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou 
paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar 
UNIFORME para seus membros. 
CF-88 
Art. 17. 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de 
organização paramilitar. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução 
militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma 
natureza e adotar uniforme para seus membros. 
Item D – correto. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 1º O partido político, PESSOA JURÍDICA DE DIREITO 
PRIVADO, (...) 
Código Civil 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os PARTIDOS POLÍTICOS. 
Item E – errado. A CF-88 assegura aos Partidos o direito aos recursos ao 
fundo partidário e de acesso gratuito ao RÁDIO e TV. No entanto, 
somente o partido que tenha registrado seu estatuto no TSE poderá: 
• participar do processo eleitoral, 
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• receber recursos do Fundo Partidário e 
• ter acesso gratuito ao RÁDIO e TV. 
CF-88 
Art. 17 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo 
partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma 
da lei. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 7 
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no 
Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo 
eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso 
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA D 
 
QUESTÃO 142: TRE-SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
10/05/2006. 
Os partidos políticos 
a) podem receber recursos do Fundo Partidário, mesmo que não tenham 
registrado seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
b) são pessoas jurídicas de direito público, pois se destinam a assegurar os 
direitos fundamentais definidos na Constituição Federal. 
c) podem ser subordinados a entidades estrangeiras, desde que seus estatutos 
respeitem a soberania nacional. 
d) não podem ministrar instrução paramilitar, mas podem adotar uniformes 
para seus membros. 
e) têm autonomia para definir sua estrutura interna, organização e 
funcionamento, e seus estatutos devem ter caráter nacional. 
 
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COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Conforme questão anterior. 
Item B – errado. Pessoas Jurídicas de Direito Privado. 
Item C – errado. Nunca poderá haver subordinação dos Partidos a entidades 
estrangeiras. 
CF-88 
Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o 
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos 
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de 
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a 
estes; 
Lei nº 9.096/95 
Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de 
acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a 
entidades ou governos estrangeiros. 
Item D – errado. É vedado ao partido político ministrar instrução militar 
ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar 
UNIFORME para seus membros. 
CF-88 
Art. 17. 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de 
organização paramilitar. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução 
militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma 
natureza e adotar UNIFORME para seus membros. 
Item E – correto. 
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Lei nº 9.096/95 
Art. 3º É assegurada, ao partido político, AUTONOMIA para definir 
sua estrutura interna, organização e funcionamento. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
QUESTÃO 143: TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 
15/01/2006. 
Em relação aos partidos políticos, é correto afirmar que 
a) é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. 
b) podem ter caráter nacional e internacional, resguardado o regime 
democrático e o pluripartidarismo, e é vedada a fidelidade partidária. 
c) deverão registrar seus estatutos no Senado Federal. 
d) prestarão suas contas ao Congresso Nacional, que as aprovarão por maioria 
absoluta dos seus membros. 
e) poderão receber recursos financeiros de organização paramilitar e entidade 
ou governo estrangeiros desde que devidamente contabilizado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. Liberdade Partidária. A criação, fusão, incorporação e 
extinção de partidos é LIVRE em todo o país, observando-se as condições 
estabelecidas na CF e na Lei. 
CF-88 
Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o 
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos 
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos: 
Lei nº 9.096/95 
Art. 2º É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
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partidos políticos cujos programas respeitem a soberania 
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os 
direitos fundamentais da pessoa humana. 
Item B– errado. Caráter apenas nacional e permanece a fidelidade partidária – 
os partidos podem estabelecer normas específicas sobre a fidelidade partidária. 
Art. 17 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir 
sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar 
os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
eleitorais, SEM OBRIGATORIEDADE DE VINCULAÇÃO entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou 
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de 
disciplina e fidelidade partidária. 
Item C – errado. Registro dos estatutos no TSE. 
Item D – errado. Prestação de contas à Justiça Eleitoral e não ao Congresso 
Nacional. 
Item E – errado. Os partidos NÃO PODEM receber, direta ou indiretamente, 
contribuição ou auxílio financeiro, inclusive por meio de publicidade de 
qualquer espécie oriundos de: entidade ou governo estrangeiros; 
Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, 
sob qualquer forma ou pretexto, contribuição ou auxílio 
pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de 
publicidade de qualquer espécie, procedente de: 
I - entidade ou governo estrangeiros; 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
 
QUESTÃO 144: TRE-MG - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
18/07/2005. 
Os partidos políticos 
a) podem adotar uniformes para seus membros, mas lhes é vedado ministrar 
instrução militar ou paramilitar. 
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b) só adquirem personalidade jurídica após o registro de seus estatutos no 
Tribunal Regional Eleitoral competente. 
c) atuam de acordo com o seu estatuto e programa e podem ser subordinados 
a entidades estrangeiras. 
d) têm autonomia para definir sua estrutura interna, órgãos e funcionamento, 
e só podem ter caráter nacional. 
e) têm acesso gratuito ao rádio e à televisão, independentemente do registro 
de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral, e podem receber recurso do 
fundo partidário. 
 
COMENTÁRIOS: 
Itens A, B, C e D já comentados. D é correto. 
Item E – errado. A CF-88 assegura aos Partidos o direito aos recursos ao 
fundo partidário e de acesso gratuito ao RÁDIO e TV. No entanto, 
somente o partido que tenha registrado seu estatuto no TSE poderá: 
• participar do processo eleitoral, 
• receber recursos do Fundo Partidário e 
• ter acesso gratuito ao RÁDIO e TV. 
Art. 7 
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no 
Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo 
eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso 
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA D 
 
QUESTÃO 145: TRE-RN - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 
03/07/2005. 
Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei, 
deverão registrar seus estatutos junto ao 
a) Conselho Nacional Eleitoral. 
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b) Colégio Eleitoral de sua circunscrição. 
c) Superior Tribunal de Justiça. 
d) Congresso Nacional. 
e) Tribunal Superior Eleitoral. 
 
COMENTÁRIOS: 
Com a aquisição da personalidade jurídica, o partido deve registrar seu 
estatuto no TSE. 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
QUESTÃO 146: TRE-PE - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 
25/01/2004. 
Considere as afirmativas: 
I. Os Partidos Políticos podem ter caráter nacional, estadual ou municipal. 
II. A autonomia para definir sua organização e funcionamento possibilita aos 
Partidos Políticos a adoção de uniformes para seus membros. 
III. Os filiados de um Partido Político têm iguais direitos e deveres. 
Está correto APENAS o que se afirma em 
a) I. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) III. 
 
COMENTÁRIOS: 
Itens I e II errados. Já comentados. 
Item III - correto. O Princípio da Igualdade determina que os filiados de um 
partido político têm iguais direitos e deveres. 
Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e 
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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS 
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deveres. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
QUESTÃO 147: TRE-BA - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 
21/09/2003. 
Considere as afirmações relativas aos Partidos Políticos. 
I. O Partido Político é pessoa jurídica de direito público, destina-se a assegurar, 
no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo 
e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal. 
II. É assegurada ao Partido Político autonomia para definir sua estrutura 
interna, organização e funcionamento. 
III. O requerimento de registro de Partido Político, dirigido ao cartório 
competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Capital Federal deve ser 
subscrito por seus fundadores, em número nunca inferior a 100, com domicílio 
eleitoral em, no mínimo, 5 Estados. 
Está correta APENAS o que se afirma em 
a) II e III. 
b) I e III. 
c) I e II. 
d) II. 
e) I. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item I – errado. Pessoa Jurídica de Direito Privado. 
Item II – correto. Autonomia partidária. 
Item III – errado. O requerimento de registro deve ser subscrito pelos 
fundadores do Partido, em número não inferior a 101 (pelo menos 101 
fundadores e NÃO 100!!!), com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 dos 
ESTADOS (caráter nacional) e NÃO APENAS 5 ESTADOS. 
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Art. 8º O requerimento do registro de partido político, dirigido ao 
cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da 
Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em 
número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em, no 
mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado de: 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA D 
 
QUESTÃO 148: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010. 
A respeito da criação e do registro dos Partidos Políticos, considere: 
I. O partido político que já tenha adquirido personalidade jurídica através do 
registro no cartório competente do Registro Civil e das Pessoas Jurídicas da 
Capital Federal poderá participar do processo eleitoral, ter acesso gratuito ao 
rádio e à televisão, mas não receberá recursos do Fundo Partidário. 
II. Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter 
nacional. 
III. O registro do estatuto no Tribunal Superior Eleitoral assegura a 
exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos. 
IV. O requerimento de registro de partido político, dirigido ao cartório 
competente do Registro Civil e das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve 
ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e um, 
com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II e IV. 
b) I, II e III. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) II, III e IV.

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