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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS 
AULA 7 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS 
AULA 7 
Prof. RICARDO GOMES 
 
Prezados(as) Alunos(as)! 
Chegamos à 7ª Etapa de nossa Jornada! 
Estou feliz em compartilhar e trocar experiências com tantos 
alunos, das mais diversas partes desse país! 
Sei que o desafio do concurseiro não é fácil, tem que vencer vários 
desafios: pressão pessoal e externa para aprovação logo; inseguranças, falta 
de tempo para estudo (trabalho X estudo), tempo para a família, etc, etc... 
Mas vamos em frente, que a fila da aprovação também anda! Rsrs. 
Estudaremos agora a Resolução nº 21.538/03, editada pelo 
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que regulamenta a legislação eleitoral 
referente ao alistamento eleitoral em meio eletrônico e a manutenção e a 
administração do cadastro eleitoral. 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
Resolução nº 21.538/2003: 
a) Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE). 
b) Procedimentos para o Alistamento Eleitoral. 
c) Transferência de domicílio eleitoral, 2ª Via e outros 
institutos. 
d) Título Eleitoral. 
e) Fiscalização dos Partidos Políticos. 
f) Acesso às Informações Constantes do Cadastro. 
g) Batimentos. 
h) Hipótese de Ilícito Penal. 
i) Restrições de Direitos Políticos. 
j) Revisão de Eleitorado. 
k) Justificação do Não-Comparecimento à Eleição. 
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RESOLUÇÃO Nº 21.538/03 
 
1. Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE). 
A Lei nº 7.444/85, ainda na década de 80, entre outras 
disposições, instituiu o processamento eletrônico de dados no alistamento 
eleitoral. Como forma de Regulamentar tal diploma e outras disposições legais 
a respeito da informatização do sistema eleitoral, somente em 2003, o TSE 
edita a Resolução nº 21.538/03. 
Apesar de muito detalhista e operacional, esta Resolução passou a 
ser um coringa em provas de TREs! 
 
No plano prático, o abstrato alistamento eleitoral que vimos em 
aulas préteritas operacionaliza-se por um requerimento de alistamento, 
chamado formalmente de RAE – Requerimento de Alistamento Eleitoral. 
O RAE é um formulário simples preenchido manualmente por 
Servidor da Justiça Eleitoral onde são consignados os dados pessoais do 
alistando e a operação requerida (ex: alistamento, transferência, etc). Após 
este preenchimento, deverá o RAE ser processado eletronicamente (isto é, 
em meio eletrônico, em computador). Assim, o formulário físico serve 
apenas de fonte das informações necessárias ao processamento eletrônico 
(documento de entrada de dados). 
Esta exigência decorre da diretriz estabelecida pela Lei e pelo TSE 
de que o Sistema Eleitoral deve ser o mais informatizado possível, para 
facilitar a gestão da Justiça Eleitoral e o próprio processo eleitoral (eleições, 
alistamento...). Este procedimento não impede o antigo procedimento, ainda 
subsidiário, de alistamento manual mediante cédulas eleitorais, previsto no 
Código Eleitoral. No entanto, hoje o RAE deverá sempre ser processado 
eletronicamente, mesmo que seja a posteriori. 
Art. 2º O requerimento de alistamento eleitoral (RAE) (anexo 
I) servirá como documento de entrada de dados e será 
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processado eletronicamente. 
Parágrafo único. O sistema de alistamento de que trata o 
parágrafo único do art. 1º conterá os campos correspondentes ao 
formulário RAE, de modo a viabilizar a impressão do requerimento, 
com as informações pertinentes, para apreciação do juiz eleitoral. 
Este sistema eletrônico de alistamento deve ser adotado em todo o 
País e os TREs devem seguir esta metodologia desenvolvida pelo TSE. 
Art. 1º O alistamento eleitoral, mediante processamento eletrônico 
de dados, implantado nos termos da Lei nº 7.444/85, será 
efetuado, em todo o território nacional, na conformidade do 
referido diploma legal e desta resolução. 
Parágrafo único. Os tribunais regionais eleitorais adotarão o 
sistema de alistamento desenvolvido pelo Tribunal Superior 
Eleitoral. 
 
Conceito de Alistamento Eleitoral. 
O Alistamento Eleitoral é o procedimento pelo qual o cidadão 
ainda não eleitor qualifica-se e inscreve-se como eleitor. 
Por meio da qualificação o cidadão comprova perante a Justiça 
Eleitoral possuir os requisitos necessários para ser eleitor. Por sua vez, com a 
inscrição, o cidadão passa a integrar o cadastro geral de eleitores da Justiça 
Eleitoral após a confirmação da qualificação do cidadão e o respectivo 
deferimento do Juiz Eleitoral. 
Como vimos na Aula 3, o ALISTAMENTO se faz mediante a 
QUALIFICAÇÃO e INSCRIÇÃO do eleitor. 
Código Eleitoral 
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e 
inscrição do eleitor. 
A Resolução nº 21.538/03 acrescenta mais algumas peculiaridades 
ao conceito ao alistamento ao prevê que somente será deferida inscrição 
eleitoral se: 
a) não for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral 
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do país ou exterior; 
b) a única inscrição localizada estiver cancelada por 
determinação de autoridade judiciária. 
 
São 4 (quatro) as Operações possíveis para requerimento do 
alistando no RAE. Listo abaixo as Operações, com os respectivos números. É 
interessante decorar os nºs para uma eventual cobrança em provas de sua 
literalidade (acho um absurdo, mas...): 
1. OPERAÇÃO 1 - ALISTAMENTO propriamente dito – quando 
o alistando, no 1º contato com a Justiça Eleitoral, requer sua 
a inscrição eleitoral. Como acima disposto, para ser deferido 
o alistamento, deve não pode haver nenhuma inscrição 
eleitoral já realizada ou, caso existindo, estiver cancelada por 
decisão judicial. 
2. OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA – quando o eleitor 
desejar alterar seu domicílio eleitoral, podendo ser cumulado 
o pedido de transferência com o pedido de retificação de 
dados do cadastro eleitoral; 
3. OPERAÇÃO 5 – REVISÃO – quando o eleitor requerer 
alguma das seguintes hipóteses: 
a. alteração do local de votação no mesmo Município, 
mesmo que seja alterada a Zona Eleitoral na 
Municipalidade. Cuidado que não é transferência de 
domicílio eleitoral, que implica, ao menos, na alteração 
de Município; 
b. retificação de dados pessoais como único pedido; 
c. regularização de inscrição cancelada. 
 
4. OPERAÇÃO 7 – 2ª VIA – quando ocorrer o extravio do seu 
título, o eleitor inscrito regularmente poderá requerer sua 2ª 
via. O título deve ser expedido automaticamente, sem 
alteração de data de domicílio do eleitor. 
 
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Art. 4º Deve ser consignada OPERAÇÃO 1 - ALISTAMENTO 
quando o alistando requerer inscrição equando em seu nome não 
for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral do país ou 
exterior, ou a única inscrição localizada estiver cancelada por 
determinação de autoridade judiciária (FASE 450). 
Art. 5º Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 - TRANSFERÊNCIA 
sempre que o eleitor desejar alterar seu domicílio e for encontrado 
em seu nome número de inscrição em qualquer município ou zona, 
unidade da Federação ou país, em conjunto ou não com eventual 
retificação de dados. 
Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 - REVISÃO quando o 
eleitor necessitar alterar local de votação no mesmo município, 
ainda que haja mudança de zona eleitoral, retificar dados pessoais 
ou regularizar situação de inscrição cancelada nas mesmas 
condições previstas para a transferência a que se refere o § 3º do 
art. 5º. 
Art. 7º Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 - SEGUNDA VIA 
quando o eleitor estiver inscrito e em situação regular na zona por 
ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu título 
eleitoral, sem nenhuma alteração. 
Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o título 
eleitoral será expedido automaticamente e a data de domicílio do 
eleitor não será alterada. 
 
Transferências de domicílio X de nº da inscrição eleitoral. 
Na transferência de domicílio eleitoral, o número original do 
eleitor permanece inalterado, devendo ser consignada a sigla da UF (do 
Estado) anterior. 
Não será concedida transferência do domicílio eleitoral acaso a 
inscrição do eleitor estiver envolvida nas seguintes pendências: em 
coincidência (agrupamento pelo batimento de duas ou mais inscrições ou 
registros que apresentem dados iguais ou semelhantes), estiver suspensa ou 
cancelada automaticamente ou por decisão judicial nos casos de perda e 
suspensão dos direitos políticos. Nestes casos, o eleitor deve inicialmente 
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procurar a Justiça Eleitoral para tentar regularizar sua situação. Após isso é 
que estará autorizado a fazer sua transferência. 
Por outro lado, em pedidos de transferência de domicílio 
eleitoral poderá ser transferido também o nº de inscrição eleitoral 
cancelado do mesmo ou de outro eleitor ou ex-eleitor (reutilização do nº de 
inscrição eleitoral) se comprovado que não existe outra inscrição (seja 
liberada, não liberada, regular ou suspensa) nos seguintes casos: 
a) falecimento; 
b) duplicidade/pluralidade de inscrições; 
c) deixar o eleitor de votar por 3 eleições consecutivas; 
d) nos casos de revisão de eleitorado. 
Se existirem mais de 1 inscrição cancelada para o mesmo eleitor, a 
transferência do nº da inscrição dar-se-á na seguinte ordem: 
a) na inscrição que tenha sido utilizada para o exercício do voto 
no último pleito; 
b) que seja mais antiga. 
 
Art. 5 
§ 1º Na hipótese do caput, o eleitor permanecerá com o número 
originário da inscrição e deverá ser, obrigatoriamente, consignada 
no campo próprio a sigla da UF anterior. 
§ 2º É vedada a transferência de número de inscrição envolvida 
em coincidência, suspensa, cancelada automaticamente pelo 
sistema quando envolver situação de perda e suspensão de direitos 
políticos, cancelada por perda de direitos políticos (FASE 329) e por 
decisão de autoridade judiciária (FASE 450). 
§ 3º Será admitida transferência com reutilização do número de 
inscrição cancelada pelos códigos FASE 019 - falecimento, 027 - 
duplicidade/pluralidade, 035 - deixou de votar em três eleições 
consecutivas e 469 - revisão de eleitorado, desde que comprovada 
a inexistência de outra inscrição liberada, não liberada, regular ou 
suspensa para o eleitor. 
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§ 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no 
cadastro, nas condições previstas no § 3º, deverá ser promovida, 
preferencialmente, a transferência daquela: 
I - que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último 
pleito; 
II - que seja mais antiga. 
 
 
 
2. Procedimentos para o Alistamento Eleitoral. 
 
O preenchimento do RAE deve ser feito por quem mesmo 
Professor? 
Vocês acham que deverá ser pelo alistando ou por vocês mesmos, 
servidores do TRE de seu Estado? Não haveria razão para ter concurso de TRE 
são não houvesse serviço! 
Por lógico, o RAE é preenchido pelo Servidor da Justiça Eleitoral 
(vocês!) no Cartório Eleitoral ou no posto de alistamento eleitoral. Vocês 
digitarão o RAE, preenchendo as informações constantes da documentação 
apresentanda pelo alistando e complementando com informações pessoais 
necessárias. 
O alistando (requerente) deve presenciar o preenchimento do RAE 
e a sua impressão. A Resolução faculta ao alistando a escolha/preferência 
do local de votação dentre os locais existentes na respectiva Zona Eleitoral. 
O eleitor deve assinar ou apor sua impressão digital (hipótese 
de analfabetismo) no RAE na presença do Servidor da Justiça Eleitoral 
(vocês!). Os servidores terão a inculbência de atestarem a satisfação dessa 
exigência (assinatura ou impressão digital). 
Para informação, conforme a Lei nº 7444/85, art. 5º, §1º, no caso 
de analfabeto, a impressão digital a ser colhida é a do polegar direito. 
Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o servidor 
da Justiça Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as informações no 
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sistema de acordo com os dados constantes do documento 
apresentado pelo eleitor, complementados com suas informações 
pessoais, de conformidade com as exigências do processamento de 
dados, destas instruções e das orientações específicas. 
§ 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na 
presença do requerente. 
§ 2º No momento da formalização do pedido, o requerente 
manifestará sua preferência sobre local de votação, entre os 
estabelecidos para a zona eleitoral. 
§ 3º Para os fins o § 2º deste artigo, será colocada à disposição, 
no cartório ou posto de alistamento, a relação de todos os locais de 
votação da zona, com os respectivos endereços. 
§ 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão 
digital do polegar será feita na presença do servidor da Justiça 
Eleitoral, que deverá atestar, de imediato, a satisfação dessa 
exigência. 
 
Como havia dito, o RAE deverá sempre ser processado 
eletronicamente, mesmo que seja a posteriori. Assim, os RAEs apenas 
preenchidos manualmente devem ser preenchidos/digitados NO SISTEMA 
antes de serem submetidos ao despacho do Juiz Eleitoral. 
Em cada Zona Eleitoral, para preenchimento e digitação do RAE no 
sistema, deverá ser elaborada relação de servidores, pelos nºs de seus 
títulos eleitorais, aptos a praticarem os atos reservados ao Cartório Eleitoral. 
Se a emissão do título não for imediata (entrega imediata), o 
servidor deverá destacar o protocolo de solicitação de inscrição eleitoral 
(espécie de comprovante de requerimento de alistamento) a ser entregue ao 
alistando. Neste comprovante já deve constar o nº do título eleitoral. 
Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz eleitoral, o 
servidor providenciará o preenchimento ou a digitação no sistema 
dos espaçosque lhe são reservados no RAE. 
Parágrafo único. Para efeito de preenchimento do requerimento 
ou de digitação no sistema, será mantida em cada zona eleitoral 
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relação de servidores, identificados pelo número do título eleitoral, 
habilitados a praticar os atos reservados ao cartório. 
Art. 11. Atribuído número de inscrição, o servidor, após assinar o 
formulário, destacará o protocolo de solicitação, numerado de 
idêntica forma, e o entregará ao requerente, caso a emissão do 
título não seja imediata. 
 
Número da inscrição eleitoral. 
Como é composto o número de inscrição eleitoral? 
Conforme determina o TSE, o título eleitoral tem 12 ALGARISMOS 
numéricos, sendo formado na seguinte ordem: 
a) os 8 (oito) primeiros algarismos são seqüenciais – são 
números seqüenciais, mas devem ser desprezados os zeros à 
esquerda. Assim, pode o título ostentar os seguintes 
primeiros nºs: 100.00.000; 100.00.001; 100.00.002; 
100.00.003; 100.00.004.... 
b) os 2 (dois) algarismos seguintes representam a Unidade 
da Federação (Ex: RS; AC; BA; RN; MT – com seus 
números abaixo); 
c) os 2 (dois) últimos algarismos são simples Dígitos 
Verificadores. 
Ex: 10404251.05.09. ? 
a) 10404251 (8 primeiros dígitos seqüenciais); 
b) 05 (algarismo referente à Unidade da Federação); 
c) 09 (algarismo referente ao Dígito Verificador. 
 
Os algarismos referentes às Unidades da Federação são, 
exemplificadamente, na seguinte ordem: 
01 - São Paulo 
02 - Minas Gerais 
03 - Rio de Janeiro 
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04 - Rio Grande do Sul 
05 - Bahia 
06 - Paraná 
07 - Ceará 
08 - Pernambuco 
09 - Santa Catarina 
10 - Goiás 
(...) 
Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, observada 
a seqüência numérica fornecida pela Secretaria de Informática, às 
zonas eleitorais da respectiva circunscrição, séries de números de 
inscrição eleitoral, a serem utilizados na forma deste artigo. 
Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 
algarismos, por unidade da Federação, assim discriminados: 
a) os oito primeiros algarismos serão seqüenciados, desprezando-
se, na emissão, os zeros à esquerda; 
b) os dois algarismos seguintes serão representativos da unidade 
da Federação de origem da inscrição, conforme códigos constantes 
da seguinte tabela: (...) 
c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificadores, 
determinados com base no módulo 11, sendo o primeiro calculado 
sobre o número seqüencial e o último sobre o código da unidade da 
Federação seguido do primeiro dígito verificador. 
 
Documentação necessária para o alistamento. 
Já estudamos este assunto na Aula 3. No entanto, devemos frisar 
aqui a previsão específica da Resolução nº 21.538/03. 
O alistando deverá apresentar pelo menos 1 dos seguintes 
documentos, que comprovam sua nacionalidade brasileira (lembro mais 
uma vez que não é para apresentar todos os documentos, basta pelo menos 1 
deles): 
a. carteira de identidade ou carteira profissional (emitida 
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pelos órgãos criados por lei federal, controladores do 
exercício profissional); 
b. certificado de quitação do serviço militar – obrigatório 
apenas para os maiores de 18 ANOS do SEXO 
MASCULINO; 
c. certidão de nascimento ou casamento, extraída do 
Registro Civil; 
d. instrumento público do qual se infira, por direito, ter o 
requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, 
também, os demais elementos necessários à sua 
qualificação. 
É obrigatória a apresentação do certificado de quitação do serviço 
militar os eleitores do SEXO MASCULINO maiores de 18 anos. Nesse caso, 
mesmo que apresentem sua carteira de identidade no ato de inscrição, 
deverão fazer acompanhar do respectivo certificado de quitação. 
Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos 
seguintes documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira 
(Lei nº 7.444/85, art. 5º, § 2º): 
a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados 
por lei federal, controladores do exercício profissional; 
b) certificado de quitação do serviço militar; 
c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; 
d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o 
requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, 
também, os demais elementos necessários à sua qualificação. 
Parágrafo único. A apresentação do documento a que se 
refere a alínea b (Certificado de Quitação do serviço militar) 
é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino. 
Quanto à idade mínima de 16 ANOS, é preciso que se comprove 
esta idade de 16 anos completos na data do pleito, e não necessariamente 
na data do alistamento eleitoral, desde que a inscrição seja no mesmo ano 
eleitoral. Assim, é possível alistar-se com 15 anos de idade, desde que se 
prove possuir os 16 anos completos quando da eleição. 
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Assim manifestou-se o TSE em vista da previsão constitucional do 
alistamento e do voto facultativos para os maiores de 16 e menores de 18 
ANOS. Contudo, o título eleitoral somente terá efeitos com o implemento dos 
16 ANOS de idade. 
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem 
eleições, do menor que completar 16 anos até a data do pleito, 
inclusive. 
§ 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o 
encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrição 
eleitoral ou transferência. 
§ 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá 
efeitos com o implemento da idade de 16 anos (Res.-TSE nº 
19.465, de 12.3.96). 
 
Multa por não alistamento. 
Vimos anteriormente que o Código Eleitoral previa, no art. 8º, 
multa para o eleitor que ficasse inadimplemente com a Justiça Eleitoral por não 
alistar-se no prazo legal. 
Todavia, a Resolução nº 21.538/03 também veio dispondo 
exatamente sobre esta sanção, mas trouxe algumas peculiaridades relevantes, 
a seguir dispostas. 
Sofrerá PENA DE MULTA o eleitor: 
1. Brasileiro nato – que não se alistar até os 19 anos; 
2. Brasileiro naturalizado – que não se alistar até 1 ano 
depois de adquirida a nacionalidade. 
Na esteira do que prevê o art. 91 da Lei nº 9.504/97, a Resolução 
dispõe que não sofrerá a multa o não-alistado que requerer sua inscrição 
eleitoral até o 151º (centésimo qüinquagésimo primeiro) dia anterior à 
eleição subseqüente à data em que completar 19 anos. Ou seja, mesmo 
ultrapassando os 19 anos, se for ano eleitoral, o cidadão não será multado 
caso aliste-se até o 151º dia anterior à eleição. 
Já relatamos sobre a discussão doutrinária a respeito do prazo 
legal de alistamento. O prazo de alistamento previsto no art. 91 da Lei nº 
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9.504/97 e no referido art. 15, parágrafo único, da Resolução nº 21.538 
teriam revogado as disposições do Código Eleitoral (Lei Complementar) sobre 
prazos de alistabilidade? 
Importa termos em mente que a Lei nº 9.504/97, a despeito de ser 
Lei Ordinária, em tese não revogadora do Código Eleitoral, em seu art. 91 
prevê que nos 150 DIAS anteriores à eleição não será recebido nenhum 
requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência. A Resolução nº 
21.538/03 segue este mesmo entendimento. 
Mais uma vez, aconselho a todos a atentarem-se aos prazos 
concedidos pelo Código Eleitoral e pelos referidos diplomas legais, tentando 
advinhar o que a prova está cobrando. Deveras, nas provas mais recentes, os 
examinadores têm apontado pela revogação do Código Eleitoral neste aspecto, 
aplicando-se o prazo da Lei Eleitoral e da Resolução nº 21.538/03. 
Lei Eleitoral 
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de 
transferência será recebido dentro dos 150 (cento e 
cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição. 
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou 
o naturalizado que não se alistar até 1 (um) ano depois de 
adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa 
imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição. 
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que 
requerer sua inscrição eleitoral até o 151º (centésimo 
qüinquagésimo primeiro) dia anterior à eleição subseqüente 
à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. 
a Lei nº 9.504/97, art. 91). 
Além disso, vale frisar que, segundo a Resolução nº 21.538/03, 
esta multa deve ser cobrada nos termos do seu art. 85, que prevê como base 
de cálculo para aplicação das multas a UFIR e não mais o salário-minimo, 
como o faz ainda o Código Eleitoral. 
Art. 85. A base de cálculo para aplicação das multas 
previstas pelo Código Eleitoral e leis conexas, bem como das 
de que trata esta resolução, será o último valor fixado para a Ufir, 
multiplicado pelo fator 33,02, até que seja aprovado novo índice, 
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em conformidade com as regras de atualização dos débitos para 
com a União. 
Esta é o atual entendimento do TSE a respeito das multas 
eleitorais, inclusive o aplicado na prática. Recordo apenas que os dispositivos 
do Código Eleitoral ainda não foram revogados expressamente pela legislação 
em vigor. 
 
Ex-Analfabeto. 
Se o analfabeto, que tinha seu alistamento e votos facultativos, 
deixar esta condição (passar a ser alfabetizado), DEVERÁ requerer sua 
inscrição eleitoral! Seu alistamento e voto passarão a ser OBRIGATÓRIOS! 
É preciso que se entenda o seguinte: enquanto guardam a 
condição de analfabetos, estão livres da multa comentada acima. No entanto, 
quando deixar de ser analfabeto, o cidadão deve alistar-se, pois seu 
alistamento é obrigatório, sob pena de incorrer em multa eleitoral. 
Assim, o analfabeto não pagará a multa eleitoral prevista no art. 8º 
do Código, conforme art. 16 da Resolução nº 21.538/2003. Mas se deixar de 
sê-lo, ai sim poderá incorrer na multa. 
Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo. 
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sêlo, deverá 
requerer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito à multa 
prevista no art. 15. 
 
Recursos das decisões sobre alistamento e transferência. 
A partir do despacho do Juiz Eleitoral sobre o RAE, o TRE enviará 
aos Cartórios Eleitorais relação de inscrições incluídas no cadastro, para que 
sejam colocadas à disposição dos partidos políticos nos dias 1º e 15 de cada 
mês ou no 1º dia útil seguinte. 
Do despacho que DEFERIR o RAE, poderá qualquer delegado de 
Partido Político recorrer em 10 DIAS, a partir da colocação da listagem à 
disposição dos partidos. 
Do despacho que INDEFERIR o RAE, o alistando poderá recorrer 
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no prazo de 5 DIAS. 
Deferimento do RAE – recurso de Delegado de Partido ? 10 DIAS 
Indeferimento do RAE – recurso do alistando ? 5 DIAS 
Estas mesmas regras APLICAM-SE para os casos de 
TRANSFERÊNCIA de domicílio eleitoral! Consoante dispõe o art. 18, § 4º e 
5º. 
Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz eleitoral 
e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal 
Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento 
eletrônico de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à 
disposição dos partidos políticos, relações de inscrições incluídas no 
cadastro, com os respectivos endereços. 
§ 1º Do despacho que INDEFERIR o requerimento de 
inscrição, caberá RECURSO interposto pelo alistando no prazo de 
5 (cinco) dias e, do que o DEFERIR, poderá recorrer qualquer 
delegado de partido político no prazo de 10 (dez) dias, 
contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos 
partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou 
no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao 
alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos não as 
consultem (Lei nº 6.996/82, art. 7º). 
Art. 18. 
§ 4º Despachado o requerimento de transferência pelo juiz 
eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do 
Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de 
processamento de dados enviará ao cartório eleitoral, que as 
colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições 
atualizadas no cadastro, com os respectivos endereços. 
§ 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, 
caberá recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do 
que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político 
no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem 
à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de 
cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido 
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exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os 
partidos não as consultem (Lei nº 6.996/82, art. 8º). 
 
 
 
3. Transferência de domicílio eleitoral, 2ª Via e outros 
institutos. 
 
Em caso de mudança de domicílio do eleitor, este deverá requerer 
formalmente a transferência de domicílio eleitoral ao Juiz Eleitoral da nova 
residência. Para que seja deferida a transferência, devem ser preenchidas 
as seguintes exigências: 
a) recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio 
no prazo estabelecido pela legislação vigente – este 
prazo, segundo a própria Resolução nº 21.538/03, é de 150 
dias antes da eleição. Neste período, o cadastro de 
eleitores estará fechado para transferência, alistamento ou 
revisão. 
b) transcurso de, pelo menos, 1 (um) ANO do alistamento 
ou da última transferência; 
c) residência mínima de 3 (três) MESES no novo 
domicílio, DECLARADA, sob as penas da lei, pelo próprio 
eleitor – basta o eleitor AFIRMAR que possui residência 
mínima de 3 mesesno novo domicílio. No plano prático, 
contudo, tem-se exigido comprovante de residência (conta 
de luz, água, telefone, contrato de aluguel, etc). 
d) prova de quitação com a Justiça Eleitoral. 
 O conceito de QUITAÇÃO ELEITORAL reúne a plenitude do 
gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, salvo quando 
facultativo, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar 
os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em 
caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, excetuadas as anistias 
legais, e a regular prestação de contas de campanha eleitoral, quando se 
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tratar de candidatos. 
Para requerer a transferência, pelo menos é o que determina a 
legislação, deve o eleitor entregar seu antigo título eleitoral (como 
comprovação de sua condição de eleitor) e provar a sua quitação eleitoral. 
Se não comprovados, o Juiz arbitrará desde logo o valor da MULTA a ser paga 
pelo eleitor que requerer a transferência, o que não impede o indeferimento do 
pedido. 
Art. 18 
§ 2º Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do 
cartório o título eleitoral e a prova de quitação com a Justiça 
Eleitoral. 
§ 3º Não comprovada a condição de eleitor ou a quitação 
para com a Justiça Eleitoral, o juiz eleitoral arbitrará, desde 
logo, o valor da multa a ser paga. 
As exigências de tempo mínimo de 1 ANO do alistamento ou 
transferência e de residência mínima de 3 MESES NÃO se aplicam para 
servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por 
motivo de REMOÇÃO ou TRANSFERÊNCIA por interesse público. 
Art. 18 
§ 1º O disposto nos incisos II e III (1 ano de alistamento e 
residência mínima de 3 meses) não se aplica à transferência 
de título eleitoral de servidor público civil, militar, 
autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de 
remoção ou transferência (Lei nº 6.996/82, art. 8º, parágrafo 
único). 
 
2ª VIA do Título. 
O eleitor fará pedido de 2ª VIA do seu título eleitoral sempre que 
ocorrer a perda ou o extravio do título eleitoral ou quando for inutilizado ou 
dilacerado. 
Nestes casos de inutilização e dilaceração do título, o pedido da 2ª 
VIA deve ser acompanho da 1ª Via do título, mesmo já inutilizado ou 
dilacerado. 
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Da mesma forma que no alistamento eleitoral, em qualquer dos 
motivos do pedido de 2ª VIA, deve o eleitor apor sua assinatura ou a 
impressão digital do polegar na presença do Servidor da Justiça Eleitoral 
(vocês!). 
Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de sua 
inutilização ou dilaceração, o eleitor deverá requerer pessoalmente 
ao juiz de seu domicílio eleitoral que lhe expeça segunda via. 
§ 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento 
será instruído com a primeira via do título. 
§ 2º Em qualquer hipótese, no pedido de segunda via, o eleitor 
deverá apor a assinatura ou a impressão digital do polegar, se não 
souber assinar, na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que 
deverá atestar a satisfação dessa exigência, após comprovada a 
identidade do eleitor. 
 
Restabelecimento de inscrição cancelada por equívoco e 
FASE. 
A Resolução prevê expressamente a possibilidade de 
RESTABELECIMENTO de inscrição eleitoral CANCELADA por equívoco nos 
casos de Falecimento (FASE 019), por decisão de autoridade judiciária (FASE 
450) e por revisão de eleitorado (FASE 469). 
Assim, caso a inscrição de determinado eleitor seja cancelada por 
um desses motivos de forma equivocada, poderá ser restabelecida 
normalmente, não necessitando de nova inscrição eleitoral. 
Gente! Pense num trabalho complicado! Convivi com o setor que 
fazia este trabalho e todos diziam que era cansativo! Depois da posse começa 
a reclamação! Rsrs. 
Fiquem tranquilos quanto a estes código FASEs, pois não devem 
ser cobrados em provas em vista de regulamentação e utilização ultra-
específica da Corregedoria-Geral Eleitoral. 
Os Códigos FASE (Formulário de Atualização da Situação do Eleitor) 
são números que indicam situações específicas na vida eleitoral do cidadão, 
relacionados em tabela estabelecida pela Corregedoria-Geral, e mantidos no 
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histórico da inscrição. O Prov.-CGE nº 3/2007 aprovou o Manual do FASE com 
tabela de códigos FASE. 
Art. 20. Será admitido o restabelecimento, mediante comando do 
código FASE 361, de inscrição cancelada em virtude de comando 
equivocado dos códigos FASE 019, 450 e 469. 
Art. 21. Para registro de informações no histórico de inscrição no 
cadastro, utilizar-se-á, como documento de entrada de dados, o 
formulário de atualização da situação do eleitor (FASE), cuja tabela 
de códigos será estabelecida pela Corregedoria-Geral. 
Parágrafo único. A atualização de registros de que trata o caput 
poderá ser promovida, desde que viabilizado, diretamente no 
sistema de alistamento eleitoral, dispensando-se o preenchimento 
do formulário FASE. 
 
 
 
4. Título Eleitoral. 
 
O título eleitoral é um documento emitido pela Justiça Eleitoral de 
acordo com características específicas indicadas no Anexo II da Resolução nº 
21.538/03. A sua emissão é obrigatória por computador, devendo constar as 
seguintes informações: nome do eleitor, data de nascimento, unidade da 
Federação, o município, a zona e a seção eleitoral de votação, o número da 
inscrição eleitoral, data de emissão, assinatura do Juiz e do eleitor (ou a 
impressão digital do seu polegar), e no caso de 2ª via a expressão “2ª via”. 
Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e 2ª VIA, 
a data de emissão do título será a do preenchimento do RAE. Até esta data de 
emissão do título, o próprio instrumento do título serve de prova da quitação 
eleitoral. 
Art. 23 
§ 2º Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e 
segunda via, a data da emissão do título será a de 
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preenchimento do requerimento. 
Art. 26. O título eleitoral prova a quitação do eleitor para com a 
Justiça Eleitoral até a data de sua emissão. 
Na emissão on-line de títulos eleitorais e em situações tidas por 
excepcionais, os TREs poderão autorizar o uso de impressão da assinatura 
nos títulos eleitorais (chancela) do Presidente do TRE respectivo, em exercício 
na data da autorizaçao, em substituição à assinatura do Juiz Eleitoral da Zona. 
Esta previsão poderá ser utilizada, como exemplo, nos casos de revisão de 
eleitorado, recadastramento ou rezoneamento de eleitores. 
Ao ser impresso o título eleitoral deverá ser também impresso o 
Protocolo de Entrega do Título Eleitoral (PETE), espécie de comprovante 
da retirada do título do cartório (CANHOTO), que deve conter o número de 
inscrição, o nome do eleitor e de sua mãe e a data de nascimento, com 
espaços, no verso, destinadosà assinatura ou aposição da impressão digital do 
polegar do eleitor, o número de sua inscrição eleitoral, bem como à data de 
recebimento. 
O título eleitoral somente poderá ser buscado PESSOALMENTE! 
Por incrivel que pareça, não se admite terceiros buscarem o título, mesmo com 
procuração! 
Art. 24. 
§ 1º O título será entregue, no cartório ou no posto de 
alistamento, pessoalmente ao eleitor, vedada a interferência de 
pessoas estranhas à Justiça Eleitoral. 
§ 2º Antes de efetuar a entrega do título, comprovada a identidade 
do eleitor e a exatidão dos dados inseridos no documento, o 
servidor destacará o título eleitoral e colherá a assinatura 
ou a impressão digital do polegar do eleitor, se não souber 
assinar, no espaço próprio constante do canhoto. 
Como já amplamente comentado e segundo a Resolução nº 
21.538/03, durante o período de fechamento do cadastro eleitoral previsto no 
art. 91 da Lei nº 9.504/97, de 150 DIAS anteriores à eleição, NÃO serão 
recebidos requerimentos de alistamento ou transferência. 
Tão logo sejam encerrados os trabalhos de apuração das eleições 
em âmbito nacional, as Zonas Eleitorais reabrirão o processamento dos RAEs 
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de alistamento, transferência, revisão e 2ª VIA. 
Resolução nº 21.538/03 
Art. 25. No período de suspensão do alistamento, não serão 
recebidos requerimentos de alistamento ou transferência (Lei 
nº 9.504/97, art. 91, caput). 
Parágrafo único. O processamento reabrir-se-á em cada zona 
logo que estejam concluídos os trabalhos de apuração em âmbito 
nacional (Código Eleitoral, art. 70). 
Lei nº 9.504/97 
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de 
transferência será recebido dentro dos 150 (cento e 
cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição. 
 
 
5. Fiscalização dos Partidos Políticos. 
 
Em decorrência do Princípio Democrático, de abertura e 
transparência de todo o processo eleitoral e, especificamente, dos trabalhos 
desenvolvidos pela Justiça Eleitoral, a legislação faculta aos Partidos Políticos a 
fiscalização do alistamento eleitoral. 
Além do dever da Justiça Eleitoral de disponibilizar aos Partidos 
relação contendo os nomes dos eleitores com as respectivas inscrições 
eleitorais para eventualmente impugnar (recorrer) de decisão que defere 
determinados alistamentos (visto linhas atrás), as agremiações poderão, por 
intermédio dos seus Delegados: 
a) acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, 
revisão, segunda via e quaisquer outros, até mesmo emissão 
e entrega de títulos eleitorais, previstos nesta resolução; 
b) requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente 
e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo 
promovida; 
c) examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos 
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servidores designados, os documentos relativos aos pedidos 
de alistamento, transferência, revisão, segunda via e revisão 
de eleitorado, deles podendo requerer, de forma 
fundamentada, cópia, sem ônus para a Justiça Eleitoral. 
Ao identificar determinadas impropriedades/irregularidades 
geradoras do cancelamento de inscrição de algum(uns) eleitor(es), deverá 
o Partido comunicar por escrito de tal fato ao Juiz Eleitoral, que tomará as 
providências cabíveis. 
Para operacionalizar esta fiscalização, os partidos poderão manter 
delegados perante o TRE e perante as Zonas Eleitorais nos seguintes números: 
a) até 2 (dois) Delegados perante o TRE; 
b) até 3 (três) Delegados perante a Zona Eleitoral, que 
trabalharão em regime de revezamento, em vista da vedação 
de atuação simultânea de mais de 1 Delegado de cada 
partido. 
Os Delegados indicados pelos Partidos para fiscalizarem o 
alistamento eleitoral perante as Zonas Eleitorais serão credenciados pelo Juiz 
Eleitoral da respectiva Zona. Os Delegados credenciados pelo TRE têm maiores 
prerrogativas, podendo representar o partido em todas as Zonas Eleitorais da 
circunscrição. 
Art. 27. 
Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de 
cancelamento de inscrição deverá ser comunicada por escrito ao 
juiz eleitoral, que observará o procedimento estabelecido nos arts. 
77 a 80 do Código Eleitoral. 
Art. 28. Para os fins do art. 27, os partidos políticos poderão 
manter até dois delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral e 
até três delegados em cada zona eleitoral, que se revezarão, não 
sendo permitida a atuação simultânea de mais de um delegado de 
cada partido. 
§ 1º Na zona eleitoral, os delegados serão credenciados pelo juiz 
eleitoral. 
§ 2º Os delegados credenciados no Tribunal Regional Eleitoral 
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poderão representar o partido, na circunscrição, perante qualquer 
juízo eleitoral. 
 
 
 
 
6. Acesso às Informações Constantes do Cadastro. 
 
Este é um ponto que considero bastante sensível à Justiça Eleitoral. 
O Cadastro Nacional de Eleitores é um dos bancos de dados detidos por uma 
instituição brasileira mais valiosos da atualidade. Nele estão contidos dados 
pessoais de mais da metade da população brasileira! 
São muitos os órgãos e instituições que “paqueram” o TSE em 
busca de uma liberação de acesso aos dados. Mas a postura do TSE tem sido 
de muita cautela na gestão dessas informações. 
Imaginem uma empresa privada tomar posse dessas informações! 
Estes dados valem muito mesmo! Em especial para o setor privado. 
Por isso, na Resolução nº 21.538/03 traz restrições e condições 
para o acesso aos dados, somente sendo acessível as informações constantes 
do cadastro nacional de eleitores às instituições públicas e privadas e às 
pessoas físicas nos termos a seguir tratados. 
REGRA: todos os dados pessoais dos eleitores (informações 
personalizadas – filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, 
escolaridade, telefone e endereço) são preservados pela Justiça Eleitoral, não 
sendo acessíveis por terceiros. 
EXCEÇÕES (podem ter acesso aos dados do cadastro de eleitores): 
a) pelo próprio ELEITOR sobre seus dados pessoais – não 
poderia ser vedado o acesso ao eleitor sobre seus dados no 
cadastro, até mesmo para possa corrigir algum erro ou 
desatualização; 
b) por AUTORIDADE JUDICIAL e pelo MINISTÉRIO 
PÚBLICO, vinculada a utilização das informações obtidas, 
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exclusivamente, às respectivas atividades funcionais – 
Atenção que não só os Juízes, mas também o MP tem 
acesso a esses dados! 
c) por entidades autorizadas pelo Tribunal Superior 
Eleitoral, desde que exista reciprocidade de interesses (Lei 
nº 7.444/85, art. 4º). Exemplo de fato: a Polícia Federal há 
tempos está tentando celebrar um Convênio com o TSE para 
que este libere os dados do cadastro, o que facilitará suas 
investigações sobre, ex: endereço do criminoso, mas o TSE 
ainda continua reticente em vista de não haveresta 
reciprocidade; Convênio entre a Receita Federal do Brasil e o 
TSE; entre a CGU e o TSE, etc. 
Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão 
acessíveis às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas, 
nos termos desta resolução (Lei nº 7.444/85, art. 9º, I). 
§ 1º Em resguardo da privacidade do cidadão, não se fornecerão 
informações de caráter personalizado constantes do cadastro 
eleitoral. 
§ 2º Consideram-se, para os efeitos deste artigo, como 
informações personalizadas, relações de eleitores acompanhadas 
de dados pessoais (filiação, data de nascimento, profissão, estado 
civil, escolaridade, telefone e endereço). 
Ademais, o TSE prelecionou que os TREs e os Juízes Eleitorais 
podem autorizar o fornecimento de dados estatísticos constantes do cadastro 
eleitoral, especificamente relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito 
eleitoral, salvo se estas informações tiverem caráter reservado (às quais não 
poderão ser fornecidas). É possivel porque estes dados não implicam em 
violação às informações pessoais dos eleitores. 
São vedados aos Juízes Eleitorais e aos TREs fornecerem 
informações pessoais de eleitores constantes do cadastro eleitoral não 
pertencentes a sua jurisdição eleitoral, salvo apenas quanto à possibilidade do 
próprio eleitor efetuar o pagamento de multas impostas por outro Juiz Eleitoral 
ou perante outro TRE. 
Todo aquele que usar os dados estatísticos eleitorais citados acima 
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são obrigados a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela 
manipulação inadequada ou extrapolada das informações obtidas. 
Art. 30. Os tribunais e juízes eleitorais poderão, no âmbito de suas 
jurisdições, autorizar o fornecimento a interessados, desde que 
sem ônus para a Justiça Eleitoral e disponíveis em meio magnético, 
dos dados de natureza estatística levantados com base no cadastro 
eleitoral, relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito eleitoral, 
salvo quando lhes for atribuído caráter reservado. 
Art. 31. Os juízes e os tribunais eleitorais não fornecerão dados do 
cadastro de eleitores não pertencentes a sua jurisdição, salvo na 
hipótese do art. 82 desta resolução. 
Art. 32. O uso dos dados de natureza estatística do eleitorado ou 
de pleito eleitoral obriga a quem os tenha adquirido a citar a fonte 
e a assumir responsabilidade pela manipulação inadequada ou 
extrapolada das informações obtidas. 
 
 
7. Batimentos. 
 
O TSE, mediante a Corregedoria-Geral Eleitoral, realiza 
constantemente BATIMENTOS (Cruzamentos) de informações constantes do 
Cadastro Eleitoral, em âmbito nacional, para verificarem inconsistências nos 
dados e evitar eventuais DUPLICIDADES ou PLURALIDADES (mais de 2) de 
inscrições eleitorais. 
Imaginem o mesmo eleitor com 10 Títulos Eleitorais! É isso que o 
TSE quer evitar, para coibir tentativas de fraude nas eleições. Este 
procedimento de Batimento é feito pelo próprio Sistema do TSE, por meio da 
tecnologia da informação (batimento em meio eletrônico), e mediante 
instauração de processo próprio para cada inscrição irregular, onde será 
verificada minunciosamente (batimento) as informações constantes do 
cadastro. 
Importante! 
Os requerimentos de ALISTAMENTO, TRANSFERÊNCIA e 
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REVISÃO somente serão incluídas no cadastro eleitoral após o BATIMENTO 
realizado pelo TSE em âmbito nacional! 
As inscrições que forem identificadas e agrupadas em duplicidade 
ou pluralidade formarão um processo administrativo próprio sujeito à 
decisão da autoridade judicial competente. 
Das inscrições assim agrupadas, formando um mesmo grupo por 
duplicidade ou pluralidade, as inscrições MAIS RECENTES serão 
consideradas NÃO LIBERADAS no sistema. 
Por outro lado, se forem inscrições de GÊMEOS (2 ou + irmãos 
- aqueles que tenham comprovado mesma filiação, data e local de 
nascimento), mesmo sendo recentes, estas serão consideradas LIBERADAS 
no sistema. No entanto, se a inscrição de um Gêmeo for agrupada com 
outra(s) inscrições de não-gêmeo, esta será considerada NÃO LIBERADA. 
Para que haja a liberação imediata do sistema precisa a indicação 
simultânea de 2 ou + inscrições de Gêmeos. 
Art. 33. O batimento ou cruzamento das informações constantes 
do cadastro eleitoral terá como objetivos expurgar possíveis 
duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais e identificar 
situações que exijam averiguação e será realizado pelo Tribunal 
Superior Eleitoral, em âmbito nacional. 
§ 1º As operações de alistamento, transferência e revisão 
somente serão incluídas no cadastro ou efetivadas após 
submetidas a batimento. 
§ 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade ficará 
sujeita a apreciação e decisão de autoridade judiciária. 
§ 3º Em um mesmo grupo, serão sempre consideradas não 
liberadas as inscrições mais recentes, excetuadas as inscrições 
atribuídas a gêmeos, que serão identificadas em situação liberada. 
§ 4º Em caso de agrupamento de inscrição de gêmeo com 
inscrição para a qual não foi indicada aquela condição, essa última 
será considerada não liberada. 
 
Com o batimento nacional realizado pelo TSE (Corregedoria-Geral 
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Eleitoral), serão colocados à disposição das Zonas Eleitorais os seguintes 
documentos: 
a) RELAÇÃO DE ELEITORES AGRUPADOS por duplicidade ou 
pluralidade; 
b) COMUNICAÇÃO à autoridade judiciária competente para 
providências de sua alçada. 
O eleitor que tiver sua inscrição não liberada em virtude do 
batimento será notificado de tal fato. Se desejar regularizar sua situação, 
tem prazo de 20 DIAS para tanto, a contar do recebimento da notificação. 
Art. 34. Será colocada à disposição de todas as zonas eleitorais, 
após a realização de batimento: 
I - RELAÇÃO DE ELEITORES AGRUPADOS (envolvidos em 
duplicidade ou pluralidade) emitida por ordem de número de 
grupo, contendo todos os eleitores agrupados inscritos na zona, 
com dados necessários a sua individualização, juntamente com 
índice em ordem alfabética; 
II - COMUNICAÇÃO dirigida à autoridade judiciária incumbida da 
apreciação do caso, noticiando o agrupamento de inscrição em 
duplicidade ou pluralidade, para as providências estabelecidas 
nesta resolução. 
Parágrafo único. Será expedida NOTIFICAÇÃO dirigida ao eleitor 
cuja inscrição foi considerada não liberada pelo batimento. 
Art. 36. Todo eleitor que tiver sua inscrição não liberada em 
decorrência do cruzamento de informações deverá ser notificado 
para, se o desejar, requerer regularização de sua situação eleitoral, 
no prazo de 20 dias, contados da data de realização do batimento. 
O Juiz Eleitoral, ao receber do TSE a relação de eleitores agrupados 
por duplicidades e pluralidades, fará publicar EDITAL com prazo de 3 DIAS 
para que os interessados sejam cientificados da irregularidade, podendo 
corrigi-la. 
Art. 35. Colocada à disposição a relação de eleitores agrupados, o 
juiz eleitoral fará publicar edital, pelo prazo de três dias, para 
conhecimento dos interessados. 
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Quando a autoridade judiciária compentente tomar conhecimento 
de supostas duplicidades/pluralidades (coincidências de inscrições), deverá, DE 
OFÍCIO, tomar as seguintes providências: 
a) determinar sua autuação; 
b) determinar a regularização da situação da inscrição do eleitor 
que não possuir outra inscrição liberada, independentemente 
de requerimento, desde que constatado que o grupo é 
formado por pessoas distintas; 
c) determinar as diligências cabíveis quando não for possível 
identificar de pronto se a inscrição pertence ou não a um 
mesmo eleitor; 
d) aguardar, sendo o caso, o comparecimento do eleitor ao 
cartório durante os 20 dias que lhe são facultados para 
requerer regularização de situação eleitoral; 
e) comparecendo o eleitor ao cartório, orientá-lo, conforme o 
caso, a preencher o Requerimento para Regularização de 
Inscrição (RRI), ou a requerer, oportunamente, 
transferência, revisão ou segunda via; 
f) determinar o cancelamento da(s) inscrição(ões) que 
comprovadamente pertença(m) a um mesmo eleitor, 
assegurando a cada eleitor apenas uma inscrição; 
g) dar publicidade à decisão; 
h) promover a digitação da decisão; 
i) adotar demais medidas cabíveis. 
 
Caso o eleitor tenha sua inscrição eleitoral agrupada por 
duplicidade/pluralidade NÃO PODERÁ requerer TRANSFERÊNCIA, REVISÃO 
e também 2ª VIA! 
Art. 38. Não poderá ser objeto de transferência, revisão ou 
segunda via, inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade. 
Decorar! 
Encerrado o prazo para exame e decisão dos casos de 
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duplicidade/pluralidade pela autoridade judiciária, a inscrição LIBERADA 
passará a figurar no sistema como REGULAR e a NÃO-LIBERADA como 
CANCELADA: 
• LIBERADA ? REGULAR 
• NÃO-LIBERADA ? CANCELADA 
 
Inscrição REGULAR – é a inscrição não envolvida em duplicidade ou 
pluralidade, que está disponível para o exercício do voto e habilitada a 
transferência, revisão e segunda via. 
Inscrição CANCELADA – é a inscrição atribuída a eleitor que incidiu em uma 
das causas de cancelamento previstas na legislação eleitoral, que não poderá 
ser utilizada para o exercício do voto e somente poderá ser objeto de 
transferência ou revisão nos casos previstos na Resolução nº 21.538/03. 
coincidente - a inscrição agrupada pelo batimento, nos termos do inciso I, 
sujeita a exame e decisão de autoridade judiciária e que não poderá ser objeto 
de transferência, revisão e segunda via: 
Inscrição NÃO LIBERADA – é a inscrição coincidente 
(duplicidade/pluralidade) que NÃO está disponível para o exercício do voto; 
Inscrição LIBERADA – é a inscrição que, apesar de coincidente 
(duplicidade/pluralidade), que ESTÁ disponível para o exercício do voto. 
Art. 39. Encerrado o prazo para exame e decisão dos casos de 
duplicidade ou pluralidade, não existindo decisão de autoridade 
judiciária, a inscrição liberada passará a figurar como regular e a 
não-liberada como cancelada, caso exista no cadastro. 
 
No batimento realizado pela Corregedoria-Geral Eleitoral, em 
âmbito nacional, caso seja identificada situação em que o mesmo eleitor 
possua 2 ou + inscrições LIBERADAS ou REGULARES, estando ou não 
agrupadas pelo batimento, impõe-se o CANCELAMENTO de 1 ou + inscrições. 
Este Cancelamento deverá recair, preferencialmente, na seguinte 
ordem: 
1. na inscrição MAIS RECENTE, efetuada contrariamente às 
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instruções em vigor (na última inscrição, tida por irregular); 
2. na inscrição que NÃO corresponda ao DOMICÍLIO 
ELEITORAL do eleitor; 
3. naquela cujo título NÃO haja sido ENTREGUE ao eleitor; 
4. naquela cujo título não haja sido UTILIZADO para o 
exercício do voto na última eleição; 
5. na MAIS ANTIGA. 
 
Se for caso de Gêmeos ou Homônimos (aqueles, excetuados os 
gêmeos, que possuam dados iguais ou semelhantes e que figurem em uma 
mesma duplicidade ou pluralidade), a inscrição não será cancelada, devendo 
ser comandado código FASE específica para cada situação no cadastro do 
eleitor. Ademais, determinadas inconsistências nos dados do cadastro eleitoral 
deverão ser corrigidas mediante o preenchimento do RAE (Operação 5 – 
Revisão). 
Art. 40. 
§ 1º Comprovado que as inscrições identificadas pertencem a 
gêmeos ou homônimos, deverá ser comandado o respectivo código 
FASE. 
§ 2º Constatada a inexatidão de qualquer dado constante do 
cadastro eleitoral, deverá ser providenciada a necessária alteração, 
mediante preenchimento ou digitação de RAE (Operação 5 - 
Revisão), observadas as formalidades para seu deferimento. 
 
Pessoal, CAIU em PROVA! 
Este assunto de cancelamento de inscrição em virtude do 
batimento acabou de cair na Prova do TRE/AM, realizada ainda este ano! 
Vejam: 
 
QUESTÃO 161: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. 
Identificada situação em que um mesmo eleitor possua duas ou mais 
inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou não pelo batimento, o 
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cancelamento de uma ou mais delas deverá, preferencialmente, recair 
a) na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor. 
b) na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do eleitor. 
c) naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor. 
d) naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última 
eleição. 
e) na mais antiga. 
 
COMENTÁRIOS: 
Esta foi fácil, não é? 
Seguindo a ordem de preferência indicada acima, o cancelamento deverá 
recair preferencial e primeiramente na inscrição MAIS RECENTE, efetuada 
contrariamente às instruções em vigor. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
 
Mas quem é a autoridade judiciária competente para 
regularização da situação de eleitores que se encontrem envolvidos em 
duplicidades e pluralidades de inscrições? 
A Resolução nº 21.538/03 determina que a COMPETÊNCIA para 
decidir sobre pluralidades/duplicidades de inscrições e para os casos de 
eleitores com direitos políticos suspensos, é das seguintes autoridades de 
acordo com o critério: 
1. DUPLICIDADES – cabe ao Juiz da Zona Eleitoral onde foi 
efetuada a inscrição mais recente; 
2. PLURALIDADES – caberá: 
a. ao Juiz da Zona Eleitoral – quando ocorrer 
pluralidade de inscrições efetuadas em uma mesma 
Zona Eleitoral; 
b. ao Corregedor Regional Eleitoral – quando envolver 
inscrições efetuadas em Zonas Eleitorais diversas de 
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uma mesma circunscrição – Ex: Zonas Eleitorais 
diversas do mesmo Município (cada qual com 1 Juiz 
Eleitoral diferente). 
c. ao Corregedor-Geral Eleitoral– quando envolver 
inscrições efetuadas entre Zonas Eleitorais de 
circunscrições diversas. Ex: Zonas Eleitorais de 
Estados diversos. 
3. DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSOS – cabe ao 
Corregedor-Geral Eleitoral. 
 
Art. 41 
§ 1º As decisões de situação relativa a pessoa que perdeu seus 
direitos políticos (Tipo 3D) e de pluralidades decorrentes do 
agrupamento de uma ou mais inscrições, requeridas em 
circunscrições distintas, com um ou mais registros de suspensão da 
Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos (Tipo 3P) serão da 
competência do corregedor-geral. 
Ademais, vale acrescentar que o Juiz Eleitoral NÃO poderá 
determinar a regularização, o cancelamento ou a suspensão de inscrição que 
pertença a Jurisdição de outro Juiz Eleitoral. Somente tem poderes sobre as 
inscrições de sua alçada jurisdicional, de sua jurisdição! 
Art. 42. O juiz eleitoral só poderá determinar a regularização, o 
cancelamento ou a suspensão de inscrição que pertença à sua 
jurisdição. 
Caberá RECURSO, no prazo de 3 DIAS, para: 
a) o Corregedor Regional Eleitoral – de decisões tomadas 
por Juízes Eleitorais de sua circunscrição sobre inscrições 
eleitorais; 
b) o Corregedor-Geral Eleitoral – de decisões do Corregedor 
Regional. 
 
A Resolução nº 21.538/03 prevê o prazo de 40 DIAS para a 
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autoridade judiciária competente pronunciar-se a respeito da duplicidade ou 
pluralidade detectadas pelo batimento, contados da data do batimento. 
Art. 47. A autoridade judiciária competente deverá se pronunciar 
quanto às situações de duplicidade e pluralidade detectadas pelo 
batimento em até 40 dias contados da data de realização do 
respectivo batimento. 
 
 
 
8. Hipótese de Ilícito Penal. 
 
Os casos de duplicidade ou pluralidade de inscrições podem 
decorrer de alguma prática de crime eleitoral. Tão logo a autoridade 
judiciária competente, vista logo acima, decida sobre a duplicidade/pluralidade, 
se não ficar evidenciada falha dos servidores da Justiça Eleitoral (que é muito 
comum), deverá encaminhar os autos ao Ministério Público Eleitoral 
(MPE), que deverá averiguar a existência ou não de indícios da prática de 
algum ilícito penal. 
Se o MPE manifestar-se pela existência de indícios de crime 
eleitoral, deverá devolver os autos à autoridade judiciária para que esta possa 
remetê-los à Polícia Federal, que instaurará Inquérito Policial! 
O TSE admite a atuação supletiva da Polícia Estadual quando no 
local da infração não existir órgãos da Polícia Federal (Resolução nº 
22.376/2006, art. 2º, p. único). 
Com a conclusão do Inquérito Policial, este deverá ser remetido ao 
Juiz Eleitoral competente para decidir na esfera penal, segundo as regras do 
Processo Penal. 
Julgada a ação penal proposta pelo MPE ou arquivado o 
Inquérito Policial pelo Juiz Eleitoral, esta decisão deve ser comunicada à 
autoridade judiciária que determinou a abertura do Inquérito Policial (pois 
pode ser diversa da que decidiu sobre a ação penal ou o sobre o arquivamento 
do inquérito), para que tome as medidas cabíveis na esfera administrativa 
(demais medidas quanto à anotação no cadastro eleitoral a respeito das 
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inscrições investigadas). 
Se não forem identificados sinais da prática de crime eleitoral, os 
autos serão arquivados na Zona Eleitoral onde o eleitor for inscrito. 
A prática de inscrição fraudulenta ou irregular enseja não 
apenas a apuração de eventual responsabilidade penal do eleitor, mas também 
das responsabilidades penais, civis e administrativas dos servidores da 
Justiça Eleitoral (cuidado, hen!), de terceiros e do próprio eleitor. 
As investigações sobre irregularidade no alistamento eleitoral 
podem ser provocadas por qualquer eleitor, partido político ou pelo 
Ministério Público, relatando fatos e indicando provas. 
Art. 48. Decidida a duplicidade ou pluralidade e tomadas as 
providências de praxe, se duas ou mais inscrições em cada grupo 
forem atribuídas a um mesmo eleitor, excetuados os casos de 
evidente falha dos serviços eleitorais, os autos deverão ser 
remetidos ao Ministério Público Eleitoral. 
§ 1º Manifestando-se o Ministério Público pela existência de 
indício de ilícito penal eleitoral a ser apurado, o processo deverá 
ser remetido, pela autoridade judiciária competente, à Polícia 
Federal para instauração de inquérito policial. 
§ 2º Inexistindo unidade regional do Departamento de Polícia 
Federal na localidade onde tiver jurisdição o juiz eleitoral a quem 
couber decisão a respeito, a remessa das peças informativas 
poderá ser feita por intermédio das respectivas corregedorias 
regionais eleitorais. 
§ 3º Concluído o apuratório ou no caso de pedido de dilação de 
prazo, o inquérito policial a que faz alusão o § 1º deverá ser 
encaminhado, pela autoridade policial que o presidir, ao juiz 
eleitoral a quem couber decisão a respeito na esfera penal. 
§ 4º Arquivado o inquérito ou julgada a ação penal, o juiz 
eleitoral comunicará, sendo o caso, a decisão tomada à autoridade 
judiciária que determinou sua instauração, com a finalidade de 
tornar possível a adoção de medidas cabíveis na esfera 
administrativa. 
§ 5º A espécie, no que lhe for aplicável, será regida pelas 
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disposições do Código Eleitoral e, subsidiariamente, pelas normas 
do Código de Processo Penal. 
§ 6º Não sendo cogitada a ocorrência de ilícito penal eleitoral a ser 
apurado, os autos deverão ser arquivados na zona eleitoral 
onde o eleitor possuir inscrição regular. 
Art. 49. Os procedimentos a que se refere esta resolução serão 
adotados sem prejuízo da apuração de responsabilidade de 
qualquer ordem, seja de eleitor, de servidor da Justiça 
Eleitoral ou de terceiros, por inscrição fraudulenta ou 
irregular. 
Parágrafo único. Qualquer eleitor, partido político ou 
Ministério Público poderá se dirigir formalmente ao juiz eleitoral, 
corregedor regional ou geral, no âmbito de suas respectivas 
competências, relatando fatos e indicando provas para pedir 
abertura de investigação com o fim de apurar irregularidade no 
alistamento eleitoral. 
Vale mencionar que a competência para decidir, no âmbito penal, a 
respeito das duplicidades e pluralidades é do Juiz Eleitoral da Zona onde foi 
efetuada a inscrição mais recente. 
Art. 44. A competência para decidir a respeito das duplicidades e 
pluralidades, na esfera penal, será sempre do juiz eleitoral da 
zona onde foi efetuada a inscrição mais recente. 
 
 
 
9. Restrições de Direitos Políticos. 
 
O cidadão com restrições em seus direitos políticos, a depender do 
caso, pode ser considerado inelegível ou ter perdido ou suspenso estes 
direitos. 
Quando a autoridade judiciária competente for cientificada de 
determinado fato que ocasiona inelegibilidade do eleitor ou mesmo a 
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suspensão dos seus direitos políticos, deve esta autoridade atualizar os dados 
no sistema, determinando a inclusão de tais informações, mediante código 
FASE específico (Provimento da Corregedoria-Geral Eleitoral nº 47/2007). 
Se for inscrição de eleitor pertencente a outra Zona Eleitoral, o Juiz 
Eleitoral deverá comunicar o fato à Zona Eleitoral a que pertencer a inscrição 
através da Corregedoria Regional. 
Se for eleitor devidamente inscrito na Justiça Eleitoral ou com 
inscrição cancelada, o registro no sistema da suspensão dos direitos políticos 
ou de sua inelegibilidade deverá ser feito diretamente na base de perda e 
suspensão de direitos políticos (em parte específica do cadastro nacional de 
eleitores) pela Corregedoria Regional Eleitoral que tomar conhecimento do 
fato em 1º lugar. 
Existe um intercâmbio (Convênio) entre o Ministério da Justiça e 
o TSE (Corregedoria-Geral Eleitoral). Esta Pasta Ministerial encaminha 
ordinariamente lista de cidadãos que tiveram seus direitos políticos 
PERDIDOS. De posse dessa lista, a Corregedoria-Geral providencia a imediata 
atualização da situação das inscrições no cadastro e na base de perda e 
suspensão de direitos políticos. 
Caso um brasileiro venha a gozar de direitos políticos em 
Portugual, com a comunicação formal ao TSE, este terá seus direitos políticos 
suspensos aqui no Brasil. 
Estes dados ficam registrados no sistema para que a Justiça 
Eleitoral possa dar cumprimento à legislação eleitoral quanto às restrições dos 
direitos políticos. 
Art. 51. Tomando conhecimento de fato ensejador de 
inelegibilidade ou de suspensão de inscrição por motivo de 
suspensão de direitos políticos ou de impedimento ao exercício do 
voto, a autoridade judiciária determinará a inclusão dos dados no 
sistema mediante comando de FASE. 
§ 1º Não se tratando de eleitor de sua zona eleitoral, o juiz 
eleitoral comunicará o fato, por intermédio das correspondentes 
corregedorias regionais, à zona eleitoral a que pertencer a 
inscrição. 
§ 2º Quando se tratar de pessoa não inscrita perante a Justiça 
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Eleitoral ou com inscrição cancelada no cadastro, o registro será 
feito diretamente na base de perda e suspensão de direitos 
políticos pela Corregedoria Regional Eleitoral que primeiro tomar 
conhecimento do fato. 
§ 3º Comunicada a perda de direitos políticos pelo Ministério da 
Justiça, a Corregedoria-Geral providenciará a imediata atualização 
da situação das inscrições no cadastro e na base de perda e 
suspensão de direitos políticos. 
§ 4º A outorga a brasileiros do gozo dos direitos políticos em 
Portugal, devidamente comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral, 
importará suspensão desses mesmos direitos no Brasil (Decreto nº 
70.391, de 12.4.72). 
 
Para que o cidadão com restrição de direitos políticos tenha por 
regularizada a sua situação eleitoral deve provar a cessação do 
impedimento! Além disso, deve preencher requerimento próprio e instrui-lo 
com declaração da atual situação dos seus direitos políticos, provando o 
alegado. 
Art. 52. A regularização de situação eleitoral de pessoa com 
restrição de direitos políticos somente será possível mediante 
comprovação de haver cessado o impedimento. 
§ 1º Para regularização de inscrição envolvida em coincidência com 
outra de pessoa que perdeu ou está com seus direitos políticos 
suspensos, será necessária a comprovação de tratar-se de eleitor 
diverso. 
§ 2º Na hipótese do artigo, o interessado deverá preencher 
requerimento e instruir o pedido com declaração de situação de 
direitos políticos e documentação comprobatória de sua alegação. 
§ 3º Comprovada a cessação do impedimento, será comandado o 
código FASE próprio e/ou inativado(s), quando for o caso, o(s) 
registro(s) correspondente(s) na base de perda e suspensão de 
direitos políticos. 
 
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São os seguintes os documentos aceitos como comprobatórios da 
reaquisição ou restabelecimento dos direitos políticos: 
1. nos casos de PERDA: 
a) decreto ou portaria; 
b) comunicação do Ministério da Justiça. 
2. nos casos de SUSPENSÃO: 
a) para interditos ou condenados: sentença judicial, 
certidão do juízo competente ou outro documento; 
b) para conscritos ou pessoas que se recusaram à 
prestação do serviço militar obrigatório: 
Certificado de Reservista, Certificado de Isenção, 
Certificado de Dispensa de Incorporação, Certificado do 
Cumprimento de Prestação Alternativa ao Serviço 
Militar Obrigatório, Certificado de Conclusão do Curso 
de Formação de Sargentos, Certificado de Conclusão 
de Curso em Órgão de Formação da Reserva ou 
similares; 
c) para beneficiários do Estatuto da Igualdade: 
comunicação do Ministério da Justiça ou de repartição 
consular ou missão diplomática competente, a respeito 
da cessação do gozo de direitos políticos em Portugal, 
na forma da lei. 
3. nos casos de INELEGIBILIDADE: certidão ou outro 
documento. 
 
 
10. Revisão de Eleitorado. 
 
Os TREs poderão deteminar o procedimento de REVISÃO DE 
ELEITORADO sempre que houver denúncia de fraude no alistamento de 
uma Zona Eleitoral ou Município em proporções comprometedoras (termo 
legal genérico). Esta revisão de eleitorado determinada pelo TRE deve ser 
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comunicada ao TSE. 
No procedimento de revisão de eleitorado será determinado o 
CANCELAMENTO DE OFÍCIO das inscrições correspondentes aos títulos 
eleitorais NÃO APRESENTADOS à revisão! Isto é, os eleitores convocados 
que não se apresentarem com seus títulos à Revisão na Zona ou Município 
terão suas inscrições canceladas! 
Art. 58. Quando houver denúncia fundamentada de fraude no 
alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional 
Eleitoral poderá determinar a realização de correição e, provada a 
fraude em proporção comprometedora, ordenará, comunicando a 
decisão ao Tribunal Superior Eleitoral, a revisão do eleitorado, 
obedecidas as instruções contidas nesta resolução e as 
recomendações que subsidiariamente baixar, com o cancelamento 
de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não forem 
apresentados à revisão (Código Eleitoral, art. 71, § 4º). 
 
O TSE também pode determinar, de ofício, a Revisão ou 
Correição em Zonas Eleitorais. A Resolução nº 21.538/03 prevê que o TSE 
determinará sempre que: 
1. o total de TRANSFERÊNCIAS de eleitores ocorridas no 
ano em curso seja 10% (dez por cento) superior ao do 
ano anterior; (ano em curso teve 10% a mais de 
transferências de eleitores que o ano anterior. Ex: no ano de 
2009 a Zona Eleitoral X teve 10.000 transferências de 
eleitores; em 2010 já foi contabilizada mais 12.000 
transferências; + de 20% do que em 2009). 
2. o ELEITORADO for superior ao DOBRO da população 
entre 10-15 (dez e quinze) anos, somada à de idade 
superior a 70 (setenta) anos do território daquele 
município; Para calcular, 1º soma-se a população entre 10 e 
15 anos com os cidadãos maiores de 70 do Município em 
questão; se a quantidade de eleitores forem o dobro desse 
número (10-15 anos + > 70 anos), será o caso

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