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S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 Prof. RICARDO GOMES Prezados(as) Alunos(as)! Chegamos à 7ª Etapa de nossa Jornada! Estou feliz em compartilhar e trocar experiências com tantos alunos, das mais diversas partes desse país! Sei que o desafio do concurseiro não é fácil, tem que vencer vários desafios: pressão pessoal e externa para aprovação logo; inseguranças, falta de tempo para estudo (trabalho X estudo), tempo para a família, etc, etc... Mas vamos em frente, que a fila da aprovação também anda! Rsrs. Estudaremos agora a Resolução nº 21.538/03, editada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que regulamenta a legislação eleitoral referente ao alistamento eleitoral em meio eletrônico e a manutenção e a administração do cadastro eleitoral. QUADRO SINÓPTICO DA AULA: Resolução nº 21.538/2003: a) Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE). b) Procedimentos para o Alistamento Eleitoral. c) Transferência de domicílio eleitoral, 2ª Via e outros institutos. d) Título Eleitoral. e) Fiscalização dos Partidos Políticos. f) Acesso às Informações Constantes do Cadastro. g) Batimentos. h) Hipótese de Ilícito Penal. i) Restrições de Direitos Políticos. j) Revisão de Eleitorado. k) Justificação do Não-Comparecimento à Eleição. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 2 RESOLUÇÃO Nº 21.538/03 1. Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE). A Lei nº 7.444/85, ainda na década de 80, entre outras disposições, instituiu o processamento eletrônico de dados no alistamento eleitoral. Como forma de Regulamentar tal diploma e outras disposições legais a respeito da informatização do sistema eleitoral, somente em 2003, o TSE edita a Resolução nº 21.538/03. Apesar de muito detalhista e operacional, esta Resolução passou a ser um coringa em provas de TREs! No plano prático, o abstrato alistamento eleitoral que vimos em aulas préteritas operacionaliza-se por um requerimento de alistamento, chamado formalmente de RAE – Requerimento de Alistamento Eleitoral. O RAE é um formulário simples preenchido manualmente por Servidor da Justiça Eleitoral onde são consignados os dados pessoais do alistando e a operação requerida (ex: alistamento, transferência, etc). Após este preenchimento, deverá o RAE ser processado eletronicamente (isto é, em meio eletrônico, em computador). Assim, o formulário físico serve apenas de fonte das informações necessárias ao processamento eletrônico (documento de entrada de dados). Esta exigência decorre da diretriz estabelecida pela Lei e pelo TSE de que o Sistema Eleitoral deve ser o mais informatizado possível, para facilitar a gestão da Justiça Eleitoral e o próprio processo eleitoral (eleições, alistamento...). Este procedimento não impede o antigo procedimento, ainda subsidiário, de alistamento manual mediante cédulas eleitorais, previsto no Código Eleitoral. No entanto, hoje o RAE deverá sempre ser processado eletronicamente, mesmo que seja a posteriori. Art. 2º O requerimento de alistamento eleitoral (RAE) (anexo I) servirá como documento de entrada de dados e será S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 3 processado eletronicamente. Parágrafo único. O sistema de alistamento de que trata o parágrafo único do art. 1º conterá os campos correspondentes ao formulário RAE, de modo a viabilizar a impressão do requerimento, com as informações pertinentes, para apreciação do juiz eleitoral. Este sistema eletrônico de alistamento deve ser adotado em todo o País e os TREs devem seguir esta metodologia desenvolvida pelo TSE. Art. 1º O alistamento eleitoral, mediante processamento eletrônico de dados, implantado nos termos da Lei nº 7.444/85, será efetuado, em todo o território nacional, na conformidade do referido diploma legal e desta resolução. Parágrafo único. Os tribunais regionais eleitorais adotarão o sistema de alistamento desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Conceito de Alistamento Eleitoral. O Alistamento Eleitoral é o procedimento pelo qual o cidadão ainda não eleitor qualifica-se e inscreve-se como eleitor. Por meio da qualificação o cidadão comprova perante a Justiça Eleitoral possuir os requisitos necessários para ser eleitor. Por sua vez, com a inscrição, o cidadão passa a integrar o cadastro geral de eleitores da Justiça Eleitoral após a confirmação da qualificação do cidadão e o respectivo deferimento do Juiz Eleitoral. Como vimos na Aula 3, o ALISTAMENTO se faz mediante a QUALIFICAÇÃO e INSCRIÇÃO do eleitor. Código Eleitoral Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor. A Resolução nº 21.538/03 acrescenta mais algumas peculiaridades ao conceito ao alistamento ao prevê que somente será deferida inscrição eleitoral se: a) não for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 4 do país ou exterior; b) a única inscrição localizada estiver cancelada por determinação de autoridade judiciária. São 4 (quatro) as Operações possíveis para requerimento do alistando no RAE. Listo abaixo as Operações, com os respectivos números. É interessante decorar os nºs para uma eventual cobrança em provas de sua literalidade (acho um absurdo, mas...): 1. OPERAÇÃO 1 - ALISTAMENTO propriamente dito – quando o alistando, no 1º contato com a Justiça Eleitoral, requer sua a inscrição eleitoral. Como acima disposto, para ser deferido o alistamento, deve não pode haver nenhuma inscrição eleitoral já realizada ou, caso existindo, estiver cancelada por decisão judicial. 2. OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA – quando o eleitor desejar alterar seu domicílio eleitoral, podendo ser cumulado o pedido de transferência com o pedido de retificação de dados do cadastro eleitoral; 3. OPERAÇÃO 5 – REVISÃO – quando o eleitor requerer alguma das seguintes hipóteses: a. alteração do local de votação no mesmo Município, mesmo que seja alterada a Zona Eleitoral na Municipalidade. Cuidado que não é transferência de domicílio eleitoral, que implica, ao menos, na alteração de Município; b. retificação de dados pessoais como único pedido; c. regularização de inscrição cancelada. 4. OPERAÇÃO 7 – 2ª VIA – quando ocorrer o extravio do seu título, o eleitor inscrito regularmente poderá requerer sua 2ª via. O título deve ser expedido automaticamente, sem alteração de data de domicílio do eleitor. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 5 Art. 4º Deve ser consignada OPERAÇÃO 1 - ALISTAMENTO quando o alistando requerer inscrição equando em seu nome não for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral do país ou exterior, ou a única inscrição localizada estiver cancelada por determinação de autoridade judiciária (FASE 450). Art. 5º Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 - TRANSFERÊNCIA sempre que o eleitor desejar alterar seu domicílio e for encontrado em seu nome número de inscrição em qualquer município ou zona, unidade da Federação ou país, em conjunto ou não com eventual retificação de dados. Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 - REVISÃO quando o eleitor necessitar alterar local de votação no mesmo município, ainda que haja mudança de zona eleitoral, retificar dados pessoais ou regularizar situação de inscrição cancelada nas mesmas condições previstas para a transferência a que se refere o § 3º do art. 5º. Art. 7º Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 - SEGUNDA VIA quando o eleitor estiver inscrito e em situação regular na zona por ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu título eleitoral, sem nenhuma alteração. Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o título eleitoral será expedido automaticamente e a data de domicílio do eleitor não será alterada. Transferências de domicílio X de nº da inscrição eleitoral. Na transferência de domicílio eleitoral, o número original do eleitor permanece inalterado, devendo ser consignada a sigla da UF (do Estado) anterior. Não será concedida transferência do domicílio eleitoral acaso a inscrição do eleitor estiver envolvida nas seguintes pendências: em coincidência (agrupamento pelo batimento de duas ou mais inscrições ou registros que apresentem dados iguais ou semelhantes), estiver suspensa ou cancelada automaticamente ou por decisão judicial nos casos de perda e suspensão dos direitos políticos. Nestes casos, o eleitor deve inicialmente S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 6 procurar a Justiça Eleitoral para tentar regularizar sua situação. Após isso é que estará autorizado a fazer sua transferência. Por outro lado, em pedidos de transferência de domicílio eleitoral poderá ser transferido também o nº de inscrição eleitoral cancelado do mesmo ou de outro eleitor ou ex-eleitor (reutilização do nº de inscrição eleitoral) se comprovado que não existe outra inscrição (seja liberada, não liberada, regular ou suspensa) nos seguintes casos: a) falecimento; b) duplicidade/pluralidade de inscrições; c) deixar o eleitor de votar por 3 eleições consecutivas; d) nos casos de revisão de eleitorado. Se existirem mais de 1 inscrição cancelada para o mesmo eleitor, a transferência do nº da inscrição dar-se-á na seguinte ordem: a) na inscrição que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; b) que seja mais antiga. Art. 5 § 1º Na hipótese do caput, o eleitor permanecerá com o número originário da inscrição e deverá ser, obrigatoriamente, consignada no campo próprio a sigla da UF anterior. § 2º É vedada a transferência de número de inscrição envolvida em coincidência, suspensa, cancelada automaticamente pelo sistema quando envolver situação de perda e suspensão de direitos políticos, cancelada por perda de direitos políticos (FASE 329) e por decisão de autoridade judiciária (FASE 450). § 3º Será admitida transferência com reutilização do número de inscrição cancelada pelos códigos FASE 019 - falecimento, 027 - duplicidade/pluralidade, 035 - deixou de votar em três eleições consecutivas e 469 - revisão de eleitorado, desde que comprovada a inexistência de outra inscrição liberada, não liberada, regular ou suspensa para o eleitor. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 7 § 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no cadastro, nas condições previstas no § 3º, deverá ser promovida, preferencialmente, a transferência daquela: I - que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; II - que seja mais antiga. 2. Procedimentos para o Alistamento Eleitoral. O preenchimento do RAE deve ser feito por quem mesmo Professor? Vocês acham que deverá ser pelo alistando ou por vocês mesmos, servidores do TRE de seu Estado? Não haveria razão para ter concurso de TRE são não houvesse serviço! Por lógico, o RAE é preenchido pelo Servidor da Justiça Eleitoral (vocês!) no Cartório Eleitoral ou no posto de alistamento eleitoral. Vocês digitarão o RAE, preenchendo as informações constantes da documentação apresentanda pelo alistando e complementando com informações pessoais necessárias. O alistando (requerente) deve presenciar o preenchimento do RAE e a sua impressão. A Resolução faculta ao alistando a escolha/preferência do local de votação dentre os locais existentes na respectiva Zona Eleitoral. O eleitor deve assinar ou apor sua impressão digital (hipótese de analfabetismo) no RAE na presença do Servidor da Justiça Eleitoral (vocês!). Os servidores terão a inculbência de atestarem a satisfação dessa exigência (assinatura ou impressão digital). Para informação, conforme a Lei nº 7444/85, art. 5º, §1º, no caso de analfabeto, a impressão digital a ser colhida é a do polegar direito. Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o servidor da Justiça Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as informações no S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 8 sistema de acordo com os dados constantes do documento apresentado pelo eleitor, complementados com suas informações pessoais, de conformidade com as exigências do processamento de dados, destas instruções e das orientações específicas. § 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na presença do requerente. § 2º No momento da formalização do pedido, o requerente manifestará sua preferência sobre local de votação, entre os estabelecidos para a zona eleitoral. § 3º Para os fins o § 2º deste artigo, será colocada à disposição, no cartório ou posto de alistamento, a relação de todos os locais de votação da zona, com os respectivos endereços. § 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão digital do polegar será feita na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar, de imediato, a satisfação dessa exigência. Como havia dito, o RAE deverá sempre ser processado eletronicamente, mesmo que seja a posteriori. Assim, os RAEs apenas preenchidos manualmente devem ser preenchidos/digitados NO SISTEMA antes de serem submetidos ao despacho do Juiz Eleitoral. Em cada Zona Eleitoral, para preenchimento e digitação do RAE no sistema, deverá ser elaborada relação de servidores, pelos nºs de seus títulos eleitorais, aptos a praticarem os atos reservados ao Cartório Eleitoral. Se a emissão do título não for imediata (entrega imediata), o servidor deverá destacar o protocolo de solicitação de inscrição eleitoral (espécie de comprovante de requerimento de alistamento) a ser entregue ao alistando. Neste comprovante já deve constar o nº do título eleitoral. Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz eleitoral, o servidor providenciará o preenchimento ou a digitação no sistema dos espaçosque lhe são reservados no RAE. Parágrafo único. Para efeito de preenchimento do requerimento ou de digitação no sistema, será mantida em cada zona eleitoral S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 9 relação de servidores, identificados pelo número do título eleitoral, habilitados a praticar os atos reservados ao cartório. Art. 11. Atribuído número de inscrição, o servidor, após assinar o formulário, destacará o protocolo de solicitação, numerado de idêntica forma, e o entregará ao requerente, caso a emissão do título não seja imediata. Número da inscrição eleitoral. Como é composto o número de inscrição eleitoral? Conforme determina o TSE, o título eleitoral tem 12 ALGARISMOS numéricos, sendo formado na seguinte ordem: a) os 8 (oito) primeiros algarismos são seqüenciais – são números seqüenciais, mas devem ser desprezados os zeros à esquerda. Assim, pode o título ostentar os seguintes primeiros nºs: 100.00.000; 100.00.001; 100.00.002; 100.00.003; 100.00.004.... b) os 2 (dois) algarismos seguintes representam a Unidade da Federação (Ex: RS; AC; BA; RN; MT – com seus números abaixo); c) os 2 (dois) últimos algarismos são simples Dígitos Verificadores. Ex: 10404251.05.09. ? a) 10404251 (8 primeiros dígitos seqüenciais); b) 05 (algarismo referente à Unidade da Federação); c) 09 (algarismo referente ao Dígito Verificador. Os algarismos referentes às Unidades da Federação são, exemplificadamente, na seguinte ordem: 01 - São Paulo 02 - Minas Gerais 03 - Rio de Janeiro S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 10 04 - Rio Grande do Sul 05 - Bahia 06 - Paraná 07 - Ceará 08 - Pernambuco 09 - Santa Catarina 10 - Goiás (...) Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, observada a seqüência numérica fornecida pela Secretaria de Informática, às zonas eleitorais da respectiva circunscrição, séries de números de inscrição eleitoral, a serem utilizados na forma deste artigo. Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 algarismos, por unidade da Federação, assim discriminados: a) os oito primeiros algarismos serão seqüenciados, desprezando- se, na emissão, os zeros à esquerda; b) os dois algarismos seguintes serão representativos da unidade da Federação de origem da inscrição, conforme códigos constantes da seguinte tabela: (...) c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificadores, determinados com base no módulo 11, sendo o primeiro calculado sobre o número seqüencial e o último sobre o código da unidade da Federação seguido do primeiro dígito verificador. Documentação necessária para o alistamento. Já estudamos este assunto na Aula 3. No entanto, devemos frisar aqui a previsão específica da Resolução nº 21.538/03. O alistando deverá apresentar pelo menos 1 dos seguintes documentos, que comprovam sua nacionalidade brasileira (lembro mais uma vez que não é para apresentar todos os documentos, basta pelo menos 1 deles): a. carteira de identidade ou carteira profissional (emitida S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 11 pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional); b. certificado de quitação do serviço militar – obrigatório apenas para os maiores de 18 ANOS do SEXO MASCULINO; c. certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; d. instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação. É obrigatória a apresentação do certificado de quitação do serviço militar os eleitores do SEXO MASCULINO maiores de 18 anos. Nesse caso, mesmo que apresentem sua carteira de identidade no ato de inscrição, deverão fazer acompanhar do respectivo certificado de quitação. Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos seguintes documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira (Lei nº 7.444/85, art. 5º, § 2º): a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional; b) certificado de quitação do serviço militar; c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação. Parágrafo único. A apresentação do documento a que se refere a alínea b (Certificado de Quitação do serviço militar) é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino. Quanto à idade mínima de 16 ANOS, é preciso que se comprove esta idade de 16 anos completos na data do pleito, e não necessariamente na data do alistamento eleitoral, desde que a inscrição seja no mesmo ano eleitoral. Assim, é possível alistar-se com 15 anos de idade, desde que se prove possuir os 16 anos completos quando da eleição. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 12 Assim manifestou-se o TSE em vista da previsão constitucional do alistamento e do voto facultativos para os maiores de 16 e menores de 18 ANOS. Contudo, o título eleitoral somente terá efeitos com o implemento dos 16 ANOS de idade. Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, do menor que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive. § 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência. § 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá efeitos com o implemento da idade de 16 anos (Res.-TSE nº 19.465, de 12.3.96). Multa por não alistamento. Vimos anteriormente que o Código Eleitoral previa, no art. 8º, multa para o eleitor que ficasse inadimplemente com a Justiça Eleitoral por não alistar-se no prazo legal. Todavia, a Resolução nº 21.538/03 também veio dispondo exatamente sobre esta sanção, mas trouxe algumas peculiaridades relevantes, a seguir dispostas. Sofrerá PENA DE MULTA o eleitor: 1. Brasileiro nato – que não se alistar até os 19 anos; 2. Brasileiro naturalizado – que não se alistar até 1 ano depois de adquirida a nacionalidade. Na esteira do que prevê o art. 91 da Lei nº 9.504/97, a Resolução dispõe que não sofrerá a multa o não-alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o 151º (centésimo qüinquagésimo primeiro) dia anterior à eleição subseqüente à data em que completar 19 anos. Ou seja, mesmo ultrapassando os 19 anos, se for ano eleitoral, o cidadão não será multado caso aliste-se até o 151º dia anterior à eleição. Já relatamos sobre a discussão doutrinária a respeito do prazo legal de alistamento. O prazo de alistamento previsto no art. 91 da Lei nº S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L MA A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 13 9.504/97 e no referido art. 15, parágrafo único, da Resolução nº 21.538 teriam revogado as disposições do Código Eleitoral (Lei Complementar) sobre prazos de alistabilidade? Importa termos em mente que a Lei nº 9.504/97, a despeito de ser Lei Ordinária, em tese não revogadora do Código Eleitoral, em seu art. 91 prevê que nos 150 DIAS anteriores à eleição não será recebido nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência. A Resolução nº 21.538/03 segue este mesmo entendimento. Mais uma vez, aconselho a todos a atentarem-se aos prazos concedidos pelo Código Eleitoral e pelos referidos diplomas legais, tentando advinhar o que a prova está cobrando. Deveras, nas provas mais recentes, os examinadores têm apontado pela revogação do Código Eleitoral neste aspecto, aplicando-se o prazo da Lei Eleitoral e da Resolução nº 21.538/03. Lei Eleitoral Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos 150 (cento e cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição. Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até 1 (um) ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição. Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o 151º (centésimo qüinquagésimo primeiro) dia anterior à eleição subseqüente à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/97, art. 91). Além disso, vale frisar que, segundo a Resolução nº 21.538/03, esta multa deve ser cobrada nos termos do seu art. 85, que prevê como base de cálculo para aplicação das multas a UFIR e não mais o salário-minimo, como o faz ainda o Código Eleitoral. Art. 85. A base de cálculo para aplicação das multas previstas pelo Código Eleitoral e leis conexas, bem como das de que trata esta resolução, será o último valor fixado para a Ufir, multiplicado pelo fator 33,02, até que seja aprovado novo índice, S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 14 em conformidade com as regras de atualização dos débitos para com a União. Esta é o atual entendimento do TSE a respeito das multas eleitorais, inclusive o aplicado na prática. Recordo apenas que os dispositivos do Código Eleitoral ainda não foram revogados expressamente pela legislação em vigor. Ex-Analfabeto. Se o analfabeto, que tinha seu alistamento e votos facultativos, deixar esta condição (passar a ser alfabetizado), DEVERÁ requerer sua inscrição eleitoral! Seu alistamento e voto passarão a ser OBRIGATÓRIOS! É preciso que se entenda o seguinte: enquanto guardam a condição de analfabetos, estão livres da multa comentada acima. No entanto, quando deixar de ser analfabeto, o cidadão deve alistar-se, pois seu alistamento é obrigatório, sob pena de incorrer em multa eleitoral. Assim, o analfabeto não pagará a multa eleitoral prevista no art. 8º do Código, conforme art. 16 da Resolução nº 21.538/2003. Mas se deixar de sê-lo, ai sim poderá incorrer na multa. Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo. Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sêlo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito à multa prevista no art. 15. Recursos das decisões sobre alistamento e transferência. A partir do despacho do Juiz Eleitoral sobre o RAE, o TRE enviará aos Cartórios Eleitorais relação de inscrições incluídas no cadastro, para que sejam colocadas à disposição dos partidos políticos nos dias 1º e 15 de cada mês ou no 1º dia útil seguinte. Do despacho que DEFERIR o RAE, poderá qualquer delegado de Partido Político recorrer em 10 DIAS, a partir da colocação da listagem à disposição dos partidos. Do despacho que INDEFERIR o RAE, o alistando poderá recorrer S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 15 no prazo de 5 DIAS. Deferimento do RAE – recurso de Delegado de Partido ? 10 DIAS Indeferimento do RAE – recurso do alistando ? 5 DIAS Estas mesmas regras APLICAM-SE para os casos de TRANSFERÊNCIA de domicílio eleitoral! Consoante dispõe o art. 18, § 4º e 5º. Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento eletrônico de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições incluídas no cadastro, com os respectivos endereços. § 1º Do despacho que INDEFERIR o requerimento de inscrição, caberá RECURSO interposto pelo alistando no prazo de 5 (cinco) dias e, do que o DEFERIR, poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de 10 (dez) dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem (Lei nº 6.996/82, art. 7º). Art. 18. § 4º Despachado o requerimento de transferência pelo juiz eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições atualizadas no cadastro, com os respectivos endereços. § 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, caberá recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 16 exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem (Lei nº 6.996/82, art. 8º). 3. Transferência de domicílio eleitoral, 2ª Via e outros institutos. Em caso de mudança de domicílio do eleitor, este deverá requerer formalmente a transferência de domicílio eleitoral ao Juiz Eleitoral da nova residência. Para que seja deferida a transferência, devem ser preenchidas as seguintes exigências: a) recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo estabelecido pela legislação vigente – este prazo, segundo a própria Resolução nº 21.538/03, é de 150 dias antes da eleição. Neste período, o cadastro de eleitores estará fechado para transferência, alistamento ou revisão. b) transcurso de, pelo menos, 1 (um) ANO do alistamento ou da última transferência; c) residência mínima de 3 (três) MESES no novo domicílio, DECLARADA, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor – basta o eleitor AFIRMAR que possui residência mínima de 3 mesesno novo domicílio. No plano prático, contudo, tem-se exigido comprovante de residência (conta de luz, água, telefone, contrato de aluguel, etc). d) prova de quitação com a Justiça Eleitoral. O conceito de QUITAÇÃO ELEITORAL reúne a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, salvo quando facultativo, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, excetuadas as anistias legais, e a regular prestação de contas de campanha eleitoral, quando se S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 17 tratar de candidatos. Para requerer a transferência, pelo menos é o que determina a legislação, deve o eleitor entregar seu antigo título eleitoral (como comprovação de sua condição de eleitor) e provar a sua quitação eleitoral. Se não comprovados, o Juiz arbitrará desde logo o valor da MULTA a ser paga pelo eleitor que requerer a transferência, o que não impede o indeferimento do pedido. Art. 18 § 2º Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do cartório o título eleitoral e a prova de quitação com a Justiça Eleitoral. § 3º Não comprovada a condição de eleitor ou a quitação para com a Justiça Eleitoral, o juiz eleitoral arbitrará, desde logo, o valor da multa a ser paga. As exigências de tempo mínimo de 1 ANO do alistamento ou transferência e de residência mínima de 3 MESES NÃO se aplicam para servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de REMOÇÃO ou TRANSFERÊNCIA por interesse público. Art. 18 § 1º O disposto nos incisos II e III (1 ano de alistamento e residência mínima de 3 meses) não se aplica à transferência de título eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de remoção ou transferência (Lei nº 6.996/82, art. 8º, parágrafo único). 2ª VIA do Título. O eleitor fará pedido de 2ª VIA do seu título eleitoral sempre que ocorrer a perda ou o extravio do título eleitoral ou quando for inutilizado ou dilacerado. Nestes casos de inutilização e dilaceração do título, o pedido da 2ª VIA deve ser acompanho da 1ª Via do título, mesmo já inutilizado ou dilacerado. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 18 Da mesma forma que no alistamento eleitoral, em qualquer dos motivos do pedido de 2ª VIA, deve o eleitor apor sua assinatura ou a impressão digital do polegar na presença do Servidor da Justiça Eleitoral (vocês!). Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de sua inutilização ou dilaceração, o eleitor deverá requerer pessoalmente ao juiz de seu domicílio eleitoral que lhe expeça segunda via. § 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento será instruído com a primeira via do título. § 2º Em qualquer hipótese, no pedido de segunda via, o eleitor deverá apor a assinatura ou a impressão digital do polegar, se não souber assinar, na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar a satisfação dessa exigência, após comprovada a identidade do eleitor. Restabelecimento de inscrição cancelada por equívoco e FASE. A Resolução prevê expressamente a possibilidade de RESTABELECIMENTO de inscrição eleitoral CANCELADA por equívoco nos casos de Falecimento (FASE 019), por decisão de autoridade judiciária (FASE 450) e por revisão de eleitorado (FASE 469). Assim, caso a inscrição de determinado eleitor seja cancelada por um desses motivos de forma equivocada, poderá ser restabelecida normalmente, não necessitando de nova inscrição eleitoral. Gente! Pense num trabalho complicado! Convivi com o setor que fazia este trabalho e todos diziam que era cansativo! Depois da posse começa a reclamação! Rsrs. Fiquem tranquilos quanto a estes código FASEs, pois não devem ser cobrados em provas em vista de regulamentação e utilização ultra- específica da Corregedoria-Geral Eleitoral. Os Códigos FASE (Formulário de Atualização da Situação do Eleitor) são números que indicam situações específicas na vida eleitoral do cidadão, relacionados em tabela estabelecida pela Corregedoria-Geral, e mantidos no S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 19 histórico da inscrição. O Prov.-CGE nº 3/2007 aprovou o Manual do FASE com tabela de códigos FASE. Art. 20. Será admitido o restabelecimento, mediante comando do código FASE 361, de inscrição cancelada em virtude de comando equivocado dos códigos FASE 019, 450 e 469. Art. 21. Para registro de informações no histórico de inscrição no cadastro, utilizar-se-á, como documento de entrada de dados, o formulário de atualização da situação do eleitor (FASE), cuja tabela de códigos será estabelecida pela Corregedoria-Geral. Parágrafo único. A atualização de registros de que trata o caput poderá ser promovida, desde que viabilizado, diretamente no sistema de alistamento eleitoral, dispensando-se o preenchimento do formulário FASE. 4. Título Eleitoral. O título eleitoral é um documento emitido pela Justiça Eleitoral de acordo com características específicas indicadas no Anexo II da Resolução nº 21.538/03. A sua emissão é obrigatória por computador, devendo constar as seguintes informações: nome do eleitor, data de nascimento, unidade da Federação, o município, a zona e a seção eleitoral de votação, o número da inscrição eleitoral, data de emissão, assinatura do Juiz e do eleitor (ou a impressão digital do seu polegar), e no caso de 2ª via a expressão “2ª via”. Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e 2ª VIA, a data de emissão do título será a do preenchimento do RAE. Até esta data de emissão do título, o próprio instrumento do título serve de prova da quitação eleitoral. Art. 23 § 2º Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e segunda via, a data da emissão do título será a de S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 20 preenchimento do requerimento. Art. 26. O título eleitoral prova a quitação do eleitor para com a Justiça Eleitoral até a data de sua emissão. Na emissão on-line de títulos eleitorais e em situações tidas por excepcionais, os TREs poderão autorizar o uso de impressão da assinatura nos títulos eleitorais (chancela) do Presidente do TRE respectivo, em exercício na data da autorizaçao, em substituição à assinatura do Juiz Eleitoral da Zona. Esta previsão poderá ser utilizada, como exemplo, nos casos de revisão de eleitorado, recadastramento ou rezoneamento de eleitores. Ao ser impresso o título eleitoral deverá ser também impresso o Protocolo de Entrega do Título Eleitoral (PETE), espécie de comprovante da retirada do título do cartório (CANHOTO), que deve conter o número de inscrição, o nome do eleitor e de sua mãe e a data de nascimento, com espaços, no verso, destinadosà assinatura ou aposição da impressão digital do polegar do eleitor, o número de sua inscrição eleitoral, bem como à data de recebimento. O título eleitoral somente poderá ser buscado PESSOALMENTE! Por incrivel que pareça, não se admite terceiros buscarem o título, mesmo com procuração! Art. 24. § 1º O título será entregue, no cartório ou no posto de alistamento, pessoalmente ao eleitor, vedada a interferência de pessoas estranhas à Justiça Eleitoral. § 2º Antes de efetuar a entrega do título, comprovada a identidade do eleitor e a exatidão dos dados inseridos no documento, o servidor destacará o título eleitoral e colherá a assinatura ou a impressão digital do polegar do eleitor, se não souber assinar, no espaço próprio constante do canhoto. Como já amplamente comentado e segundo a Resolução nº 21.538/03, durante o período de fechamento do cadastro eleitoral previsto no art. 91 da Lei nº 9.504/97, de 150 DIAS anteriores à eleição, NÃO serão recebidos requerimentos de alistamento ou transferência. Tão logo sejam encerrados os trabalhos de apuração das eleições em âmbito nacional, as Zonas Eleitorais reabrirão o processamento dos RAEs S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 21 de alistamento, transferência, revisão e 2ª VIA. Resolução nº 21.538/03 Art. 25. No período de suspensão do alistamento, não serão recebidos requerimentos de alistamento ou transferência (Lei nº 9.504/97, art. 91, caput). Parágrafo único. O processamento reabrir-se-á em cada zona logo que estejam concluídos os trabalhos de apuração em âmbito nacional (Código Eleitoral, art. 70). Lei nº 9.504/97 Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos 150 (cento e cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição. 5. Fiscalização dos Partidos Políticos. Em decorrência do Princípio Democrático, de abertura e transparência de todo o processo eleitoral e, especificamente, dos trabalhos desenvolvidos pela Justiça Eleitoral, a legislação faculta aos Partidos Políticos a fiscalização do alistamento eleitoral. Além do dever da Justiça Eleitoral de disponibilizar aos Partidos relação contendo os nomes dos eleitores com as respectivas inscrições eleitorais para eventualmente impugnar (recorrer) de decisão que defere determinados alistamentos (visto linhas atrás), as agremiações poderão, por intermédio dos seus Delegados: a) acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda via e quaisquer outros, até mesmo emissão e entrega de títulos eleitorais, previstos nesta resolução; b) requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida; c) examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 22 servidores designados, os documentos relativos aos pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda via e revisão de eleitorado, deles podendo requerer, de forma fundamentada, cópia, sem ônus para a Justiça Eleitoral. Ao identificar determinadas impropriedades/irregularidades geradoras do cancelamento de inscrição de algum(uns) eleitor(es), deverá o Partido comunicar por escrito de tal fato ao Juiz Eleitoral, que tomará as providências cabíveis. Para operacionalizar esta fiscalização, os partidos poderão manter delegados perante o TRE e perante as Zonas Eleitorais nos seguintes números: a) até 2 (dois) Delegados perante o TRE; b) até 3 (três) Delegados perante a Zona Eleitoral, que trabalharão em regime de revezamento, em vista da vedação de atuação simultânea de mais de 1 Delegado de cada partido. Os Delegados indicados pelos Partidos para fiscalizarem o alistamento eleitoral perante as Zonas Eleitorais serão credenciados pelo Juiz Eleitoral da respectiva Zona. Os Delegados credenciados pelo TRE têm maiores prerrogativas, podendo representar o partido em todas as Zonas Eleitorais da circunscrição. Art. 27. Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de cancelamento de inscrição deverá ser comunicada por escrito ao juiz eleitoral, que observará o procedimento estabelecido nos arts. 77 a 80 do Código Eleitoral. Art. 28. Para os fins do art. 27, os partidos políticos poderão manter até dois delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral e até três delegados em cada zona eleitoral, que se revezarão, não sendo permitida a atuação simultânea de mais de um delegado de cada partido. § 1º Na zona eleitoral, os delegados serão credenciados pelo juiz eleitoral. § 2º Os delegados credenciados no Tribunal Regional Eleitoral S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 23 poderão representar o partido, na circunscrição, perante qualquer juízo eleitoral. 6. Acesso às Informações Constantes do Cadastro. Este é um ponto que considero bastante sensível à Justiça Eleitoral. O Cadastro Nacional de Eleitores é um dos bancos de dados detidos por uma instituição brasileira mais valiosos da atualidade. Nele estão contidos dados pessoais de mais da metade da população brasileira! São muitos os órgãos e instituições que “paqueram” o TSE em busca de uma liberação de acesso aos dados. Mas a postura do TSE tem sido de muita cautela na gestão dessas informações. Imaginem uma empresa privada tomar posse dessas informações! Estes dados valem muito mesmo! Em especial para o setor privado. Por isso, na Resolução nº 21.538/03 traz restrições e condições para o acesso aos dados, somente sendo acessível as informações constantes do cadastro nacional de eleitores às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas nos termos a seguir tratados. REGRA: todos os dados pessoais dos eleitores (informações personalizadas – filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, escolaridade, telefone e endereço) são preservados pela Justiça Eleitoral, não sendo acessíveis por terceiros. EXCEÇÕES (podem ter acesso aos dados do cadastro de eleitores): a) pelo próprio ELEITOR sobre seus dados pessoais – não poderia ser vedado o acesso ao eleitor sobre seus dados no cadastro, até mesmo para possa corrigir algum erro ou desatualização; b) por AUTORIDADE JUDICIAL e pelo MINISTÉRIO PÚBLICO, vinculada a utilização das informações obtidas, S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 24 exclusivamente, às respectivas atividades funcionais – Atenção que não só os Juízes, mas também o MP tem acesso a esses dados! c) por entidades autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, desde que exista reciprocidade de interesses (Lei nº 7.444/85, art. 4º). Exemplo de fato: a Polícia Federal há tempos está tentando celebrar um Convênio com o TSE para que este libere os dados do cadastro, o que facilitará suas investigações sobre, ex: endereço do criminoso, mas o TSE ainda continua reticente em vista de não haveresta reciprocidade; Convênio entre a Receita Federal do Brasil e o TSE; entre a CGU e o TSE, etc. Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão acessíveis às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas, nos termos desta resolução (Lei nº 7.444/85, art. 9º, I). § 1º Em resguardo da privacidade do cidadão, não se fornecerão informações de caráter personalizado constantes do cadastro eleitoral. § 2º Consideram-se, para os efeitos deste artigo, como informações personalizadas, relações de eleitores acompanhadas de dados pessoais (filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, escolaridade, telefone e endereço). Ademais, o TSE prelecionou que os TREs e os Juízes Eleitorais podem autorizar o fornecimento de dados estatísticos constantes do cadastro eleitoral, especificamente relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito eleitoral, salvo se estas informações tiverem caráter reservado (às quais não poderão ser fornecidas). É possivel porque estes dados não implicam em violação às informações pessoais dos eleitores. São vedados aos Juízes Eleitorais e aos TREs fornecerem informações pessoais de eleitores constantes do cadastro eleitoral não pertencentes a sua jurisdição eleitoral, salvo apenas quanto à possibilidade do próprio eleitor efetuar o pagamento de multas impostas por outro Juiz Eleitoral ou perante outro TRE. Todo aquele que usar os dados estatísticos eleitorais citados acima S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 25 são obrigados a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela manipulação inadequada ou extrapolada das informações obtidas. Art. 30. Os tribunais e juízes eleitorais poderão, no âmbito de suas jurisdições, autorizar o fornecimento a interessados, desde que sem ônus para a Justiça Eleitoral e disponíveis em meio magnético, dos dados de natureza estatística levantados com base no cadastro eleitoral, relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito eleitoral, salvo quando lhes for atribuído caráter reservado. Art. 31. Os juízes e os tribunais eleitorais não fornecerão dados do cadastro de eleitores não pertencentes a sua jurisdição, salvo na hipótese do art. 82 desta resolução. Art. 32. O uso dos dados de natureza estatística do eleitorado ou de pleito eleitoral obriga a quem os tenha adquirido a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela manipulação inadequada ou extrapolada das informações obtidas. 7. Batimentos. O TSE, mediante a Corregedoria-Geral Eleitoral, realiza constantemente BATIMENTOS (Cruzamentos) de informações constantes do Cadastro Eleitoral, em âmbito nacional, para verificarem inconsistências nos dados e evitar eventuais DUPLICIDADES ou PLURALIDADES (mais de 2) de inscrições eleitorais. Imaginem o mesmo eleitor com 10 Títulos Eleitorais! É isso que o TSE quer evitar, para coibir tentativas de fraude nas eleições. Este procedimento de Batimento é feito pelo próprio Sistema do TSE, por meio da tecnologia da informação (batimento em meio eletrônico), e mediante instauração de processo próprio para cada inscrição irregular, onde será verificada minunciosamente (batimento) as informações constantes do cadastro. Importante! Os requerimentos de ALISTAMENTO, TRANSFERÊNCIA e S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 26 REVISÃO somente serão incluídas no cadastro eleitoral após o BATIMENTO realizado pelo TSE em âmbito nacional! As inscrições que forem identificadas e agrupadas em duplicidade ou pluralidade formarão um processo administrativo próprio sujeito à decisão da autoridade judicial competente. Das inscrições assim agrupadas, formando um mesmo grupo por duplicidade ou pluralidade, as inscrições MAIS RECENTES serão consideradas NÃO LIBERADAS no sistema. Por outro lado, se forem inscrições de GÊMEOS (2 ou + irmãos - aqueles que tenham comprovado mesma filiação, data e local de nascimento), mesmo sendo recentes, estas serão consideradas LIBERADAS no sistema. No entanto, se a inscrição de um Gêmeo for agrupada com outra(s) inscrições de não-gêmeo, esta será considerada NÃO LIBERADA. Para que haja a liberação imediata do sistema precisa a indicação simultânea de 2 ou + inscrições de Gêmeos. Art. 33. O batimento ou cruzamento das informações constantes do cadastro eleitoral terá como objetivos expurgar possíveis duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais e identificar situações que exijam averiguação e será realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em âmbito nacional. § 1º As operações de alistamento, transferência e revisão somente serão incluídas no cadastro ou efetivadas após submetidas a batimento. § 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade ficará sujeita a apreciação e decisão de autoridade judiciária. § 3º Em um mesmo grupo, serão sempre consideradas não liberadas as inscrições mais recentes, excetuadas as inscrições atribuídas a gêmeos, que serão identificadas em situação liberada. § 4º Em caso de agrupamento de inscrição de gêmeo com inscrição para a qual não foi indicada aquela condição, essa última será considerada não liberada. Com o batimento nacional realizado pelo TSE (Corregedoria-Geral S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 27 Eleitoral), serão colocados à disposição das Zonas Eleitorais os seguintes documentos: a) RELAÇÃO DE ELEITORES AGRUPADOS por duplicidade ou pluralidade; b) COMUNICAÇÃO à autoridade judiciária competente para providências de sua alçada. O eleitor que tiver sua inscrição não liberada em virtude do batimento será notificado de tal fato. Se desejar regularizar sua situação, tem prazo de 20 DIAS para tanto, a contar do recebimento da notificação. Art. 34. Será colocada à disposição de todas as zonas eleitorais, após a realização de batimento: I - RELAÇÃO DE ELEITORES AGRUPADOS (envolvidos em duplicidade ou pluralidade) emitida por ordem de número de grupo, contendo todos os eleitores agrupados inscritos na zona, com dados necessários a sua individualização, juntamente com índice em ordem alfabética; II - COMUNICAÇÃO dirigida à autoridade judiciária incumbida da apreciação do caso, noticiando o agrupamento de inscrição em duplicidade ou pluralidade, para as providências estabelecidas nesta resolução. Parágrafo único. Será expedida NOTIFICAÇÃO dirigida ao eleitor cuja inscrição foi considerada não liberada pelo batimento. Art. 36. Todo eleitor que tiver sua inscrição não liberada em decorrência do cruzamento de informações deverá ser notificado para, se o desejar, requerer regularização de sua situação eleitoral, no prazo de 20 dias, contados da data de realização do batimento. O Juiz Eleitoral, ao receber do TSE a relação de eleitores agrupados por duplicidades e pluralidades, fará publicar EDITAL com prazo de 3 DIAS para que os interessados sejam cientificados da irregularidade, podendo corrigi-la. Art. 35. Colocada à disposição a relação de eleitores agrupados, o juiz eleitoral fará publicar edital, pelo prazo de três dias, para conhecimento dos interessados. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 38 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 28 Quando a autoridade judiciária compentente tomar conhecimento de supostas duplicidades/pluralidades (coincidências de inscrições), deverá, DE OFÍCIO, tomar as seguintes providências: a) determinar sua autuação; b) determinar a regularização da situação da inscrição do eleitor que não possuir outra inscrição liberada, independentemente de requerimento, desde que constatado que o grupo é formado por pessoas distintas; c) determinar as diligências cabíveis quando não for possível identificar de pronto se a inscrição pertence ou não a um mesmo eleitor; d) aguardar, sendo o caso, o comparecimento do eleitor ao cartório durante os 20 dias que lhe são facultados para requerer regularização de situação eleitoral; e) comparecendo o eleitor ao cartório, orientá-lo, conforme o caso, a preencher o Requerimento para Regularização de Inscrição (RRI), ou a requerer, oportunamente, transferência, revisão ou segunda via; f) determinar o cancelamento da(s) inscrição(ões) que comprovadamente pertença(m) a um mesmo eleitor, assegurando a cada eleitor apenas uma inscrição; g) dar publicidade à decisão; h) promover a digitação da decisão; i) adotar demais medidas cabíveis. Caso o eleitor tenha sua inscrição eleitoral agrupada por duplicidade/pluralidade NÃO PODERÁ requerer TRANSFERÊNCIA, REVISÃO e também 2ª VIA! Art. 38. Não poderá ser objeto de transferência, revisão ou segunda via, inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade. Decorar! Encerrado o prazo para exame e decisão dos casos de S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 29 duplicidade/pluralidade pela autoridade judiciária, a inscrição LIBERADA passará a figurar no sistema como REGULAR e a NÃO-LIBERADA como CANCELADA: • LIBERADA ? REGULAR • NÃO-LIBERADA ? CANCELADA Inscrição REGULAR – é a inscrição não envolvida em duplicidade ou pluralidade, que está disponível para o exercício do voto e habilitada a transferência, revisão e segunda via. Inscrição CANCELADA – é a inscrição atribuída a eleitor que incidiu em uma das causas de cancelamento previstas na legislação eleitoral, que não poderá ser utilizada para o exercício do voto e somente poderá ser objeto de transferência ou revisão nos casos previstos na Resolução nº 21.538/03. coincidente - a inscrição agrupada pelo batimento, nos termos do inciso I, sujeita a exame e decisão de autoridade judiciária e que não poderá ser objeto de transferência, revisão e segunda via: Inscrição NÃO LIBERADA – é a inscrição coincidente (duplicidade/pluralidade) que NÃO está disponível para o exercício do voto; Inscrição LIBERADA – é a inscrição que, apesar de coincidente (duplicidade/pluralidade), que ESTÁ disponível para o exercício do voto. Art. 39. Encerrado o prazo para exame e decisão dos casos de duplicidade ou pluralidade, não existindo decisão de autoridade judiciária, a inscrição liberada passará a figurar como regular e a não-liberada como cancelada, caso exista no cadastro. No batimento realizado pela Corregedoria-Geral Eleitoral, em âmbito nacional, caso seja identificada situação em que o mesmo eleitor possua 2 ou + inscrições LIBERADAS ou REGULARES, estando ou não agrupadas pelo batimento, impõe-se o CANCELAMENTO de 1 ou + inscrições. Este Cancelamento deverá recair, preferencialmente, na seguinte ordem: 1. na inscrição MAIS RECENTE, efetuada contrariamente às S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 30 instruções em vigor (na última inscrição, tida por irregular); 2. na inscrição que NÃO corresponda ao DOMICÍLIO ELEITORAL do eleitor; 3. naquela cujo título NÃO haja sido ENTREGUE ao eleitor; 4. naquela cujo título não haja sido UTILIZADO para o exercício do voto na última eleição; 5. na MAIS ANTIGA. Se for caso de Gêmeos ou Homônimos (aqueles, excetuados os gêmeos, que possuam dados iguais ou semelhantes e que figurem em uma mesma duplicidade ou pluralidade), a inscrição não será cancelada, devendo ser comandado código FASE específica para cada situação no cadastro do eleitor. Ademais, determinadas inconsistências nos dados do cadastro eleitoral deverão ser corrigidas mediante o preenchimento do RAE (Operação 5 – Revisão). Art. 40. § 1º Comprovado que as inscrições identificadas pertencem a gêmeos ou homônimos, deverá ser comandado o respectivo código FASE. § 2º Constatada a inexatidão de qualquer dado constante do cadastro eleitoral, deverá ser providenciada a necessária alteração, mediante preenchimento ou digitação de RAE (Operação 5 - Revisão), observadas as formalidades para seu deferimento. Pessoal, CAIU em PROVA! Este assunto de cancelamento de inscrição em virtude do batimento acabou de cair na Prova do TRE/AM, realizada ainda este ano! Vejam: QUESTÃO 161: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. Identificada situação em que um mesmo eleitor possua duas ou mais inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou não pelo batimento, o S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 31 cancelamento de uma ou mais delas deverá, preferencialmente, recair a) na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor. b) na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do eleitor. c) naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor. d) naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última eleição. e) na mais antiga. COMENTÁRIOS: Esta foi fácil, não é? Seguindo a ordem de preferência indicada acima, o cancelamento deverá recair preferencial e primeiramente na inscrição MAIS RECENTE, efetuada contrariamente às instruções em vigor. RESPOSTA CERTA: LETRA A Mas quem é a autoridade judiciária competente para regularização da situação de eleitores que se encontrem envolvidos em duplicidades e pluralidades de inscrições? A Resolução nº 21.538/03 determina que a COMPETÊNCIA para decidir sobre pluralidades/duplicidades de inscrições e para os casos de eleitores com direitos políticos suspensos, é das seguintes autoridades de acordo com o critério: 1. DUPLICIDADES – cabe ao Juiz da Zona Eleitoral onde foi efetuada a inscrição mais recente; 2. PLURALIDADES – caberá: a. ao Juiz da Zona Eleitoral – quando ocorrer pluralidade de inscrições efetuadas em uma mesma Zona Eleitoral; b. ao Corregedor Regional Eleitoral – quando envolver inscrições efetuadas em Zonas Eleitorais diversas de S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 32 uma mesma circunscrição – Ex: Zonas Eleitorais diversas do mesmo Município (cada qual com 1 Juiz Eleitoral diferente). c. ao Corregedor-Geral Eleitoral– quando envolver inscrições efetuadas entre Zonas Eleitorais de circunscrições diversas. Ex: Zonas Eleitorais de Estados diversos. 3. DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSOS – cabe ao Corregedor-Geral Eleitoral. Art. 41 § 1º As decisões de situação relativa a pessoa que perdeu seus direitos políticos (Tipo 3D) e de pluralidades decorrentes do agrupamento de uma ou mais inscrições, requeridas em circunscrições distintas, com um ou mais registros de suspensão da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos (Tipo 3P) serão da competência do corregedor-geral. Ademais, vale acrescentar que o Juiz Eleitoral NÃO poderá determinar a regularização, o cancelamento ou a suspensão de inscrição que pertença a Jurisdição de outro Juiz Eleitoral. Somente tem poderes sobre as inscrições de sua alçada jurisdicional, de sua jurisdição! Art. 42. O juiz eleitoral só poderá determinar a regularização, o cancelamento ou a suspensão de inscrição que pertença à sua jurisdição. Caberá RECURSO, no prazo de 3 DIAS, para: a) o Corregedor Regional Eleitoral – de decisões tomadas por Juízes Eleitorais de sua circunscrição sobre inscrições eleitorais; b) o Corregedor-Geral Eleitoral – de decisões do Corregedor Regional. A Resolução nº 21.538/03 prevê o prazo de 40 DIAS para a S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 33 autoridade judiciária competente pronunciar-se a respeito da duplicidade ou pluralidade detectadas pelo batimento, contados da data do batimento. Art. 47. A autoridade judiciária competente deverá se pronunciar quanto às situações de duplicidade e pluralidade detectadas pelo batimento em até 40 dias contados da data de realização do respectivo batimento. 8. Hipótese de Ilícito Penal. Os casos de duplicidade ou pluralidade de inscrições podem decorrer de alguma prática de crime eleitoral. Tão logo a autoridade judiciária competente, vista logo acima, decida sobre a duplicidade/pluralidade, se não ficar evidenciada falha dos servidores da Justiça Eleitoral (que é muito comum), deverá encaminhar os autos ao Ministério Público Eleitoral (MPE), que deverá averiguar a existência ou não de indícios da prática de algum ilícito penal. Se o MPE manifestar-se pela existência de indícios de crime eleitoral, deverá devolver os autos à autoridade judiciária para que esta possa remetê-los à Polícia Federal, que instaurará Inquérito Policial! O TSE admite a atuação supletiva da Polícia Estadual quando no local da infração não existir órgãos da Polícia Federal (Resolução nº 22.376/2006, art. 2º, p. único). Com a conclusão do Inquérito Policial, este deverá ser remetido ao Juiz Eleitoral competente para decidir na esfera penal, segundo as regras do Processo Penal. Julgada a ação penal proposta pelo MPE ou arquivado o Inquérito Policial pelo Juiz Eleitoral, esta decisão deve ser comunicada à autoridade judiciária que determinou a abertura do Inquérito Policial (pois pode ser diversa da que decidiu sobre a ação penal ou o sobre o arquivamento do inquérito), para que tome as medidas cabíveis na esfera administrativa (demais medidas quanto à anotação no cadastro eleitoral a respeito das S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 34 inscrições investigadas). Se não forem identificados sinais da prática de crime eleitoral, os autos serão arquivados na Zona Eleitoral onde o eleitor for inscrito. A prática de inscrição fraudulenta ou irregular enseja não apenas a apuração de eventual responsabilidade penal do eleitor, mas também das responsabilidades penais, civis e administrativas dos servidores da Justiça Eleitoral (cuidado, hen!), de terceiros e do próprio eleitor. As investigações sobre irregularidade no alistamento eleitoral podem ser provocadas por qualquer eleitor, partido político ou pelo Ministério Público, relatando fatos e indicando provas. Art. 48. Decidida a duplicidade ou pluralidade e tomadas as providências de praxe, se duas ou mais inscrições em cada grupo forem atribuídas a um mesmo eleitor, excetuados os casos de evidente falha dos serviços eleitorais, os autos deverão ser remetidos ao Ministério Público Eleitoral. § 1º Manifestando-se o Ministério Público pela existência de indício de ilícito penal eleitoral a ser apurado, o processo deverá ser remetido, pela autoridade judiciária competente, à Polícia Federal para instauração de inquérito policial. § 2º Inexistindo unidade regional do Departamento de Polícia Federal na localidade onde tiver jurisdição o juiz eleitoral a quem couber decisão a respeito, a remessa das peças informativas poderá ser feita por intermédio das respectivas corregedorias regionais eleitorais. § 3º Concluído o apuratório ou no caso de pedido de dilação de prazo, o inquérito policial a que faz alusão o § 1º deverá ser encaminhado, pela autoridade policial que o presidir, ao juiz eleitoral a quem couber decisão a respeito na esfera penal. § 4º Arquivado o inquérito ou julgada a ação penal, o juiz eleitoral comunicará, sendo o caso, a decisão tomada à autoridade judiciária que determinou sua instauração, com a finalidade de tornar possível a adoção de medidas cabíveis na esfera administrativa. § 5º A espécie, no que lhe for aplicável, será regida pelas S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 35 disposições do Código Eleitoral e, subsidiariamente, pelas normas do Código de Processo Penal. § 6º Não sendo cogitada a ocorrência de ilícito penal eleitoral a ser apurado, os autos deverão ser arquivados na zona eleitoral onde o eleitor possuir inscrição regular. Art. 49. Os procedimentos a que se refere esta resolução serão adotados sem prejuízo da apuração de responsabilidade de qualquer ordem, seja de eleitor, de servidor da Justiça Eleitoral ou de terceiros, por inscrição fraudulenta ou irregular. Parágrafo único. Qualquer eleitor, partido político ou Ministério Público poderá se dirigir formalmente ao juiz eleitoral, corregedor regional ou geral, no âmbito de suas respectivas competências, relatando fatos e indicando provas para pedir abertura de investigação com o fim de apurar irregularidade no alistamento eleitoral. Vale mencionar que a competência para decidir, no âmbito penal, a respeito das duplicidades e pluralidades é do Juiz Eleitoral da Zona onde foi efetuada a inscrição mais recente. Art. 44. A competência para decidir a respeito das duplicidades e pluralidades, na esfera penal, será sempre do juiz eleitoral da zona onde foi efetuada a inscrição mais recente. 9. Restrições de Direitos Políticos. O cidadão com restrições em seus direitos políticos, a depender do caso, pode ser considerado inelegível ou ter perdido ou suspenso estes direitos. Quando a autoridade judiciária competente for cientificada de determinado fato que ocasiona inelegibilidade do eleitor ou mesmo a S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br36 suspensão dos seus direitos políticos, deve esta autoridade atualizar os dados no sistema, determinando a inclusão de tais informações, mediante código FASE específico (Provimento da Corregedoria-Geral Eleitoral nº 47/2007). Se for inscrição de eleitor pertencente a outra Zona Eleitoral, o Juiz Eleitoral deverá comunicar o fato à Zona Eleitoral a que pertencer a inscrição através da Corregedoria Regional. Se for eleitor devidamente inscrito na Justiça Eleitoral ou com inscrição cancelada, o registro no sistema da suspensão dos direitos políticos ou de sua inelegibilidade deverá ser feito diretamente na base de perda e suspensão de direitos políticos (em parte específica do cadastro nacional de eleitores) pela Corregedoria Regional Eleitoral que tomar conhecimento do fato em 1º lugar. Existe um intercâmbio (Convênio) entre o Ministério da Justiça e o TSE (Corregedoria-Geral Eleitoral). Esta Pasta Ministerial encaminha ordinariamente lista de cidadãos que tiveram seus direitos políticos PERDIDOS. De posse dessa lista, a Corregedoria-Geral providencia a imediata atualização da situação das inscrições no cadastro e na base de perda e suspensão de direitos políticos. Caso um brasileiro venha a gozar de direitos políticos em Portugual, com a comunicação formal ao TSE, este terá seus direitos políticos suspensos aqui no Brasil. Estes dados ficam registrados no sistema para que a Justiça Eleitoral possa dar cumprimento à legislação eleitoral quanto às restrições dos direitos políticos. Art. 51. Tomando conhecimento de fato ensejador de inelegibilidade ou de suspensão de inscrição por motivo de suspensão de direitos políticos ou de impedimento ao exercício do voto, a autoridade judiciária determinará a inclusão dos dados no sistema mediante comando de FASE. § 1º Não se tratando de eleitor de sua zona eleitoral, o juiz eleitoral comunicará o fato, por intermédio das correspondentes corregedorias regionais, à zona eleitoral a que pertencer a inscrição. § 2º Quando se tratar de pessoa não inscrita perante a Justiça S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 37 Eleitoral ou com inscrição cancelada no cadastro, o registro será feito diretamente na base de perda e suspensão de direitos políticos pela Corregedoria Regional Eleitoral que primeiro tomar conhecimento do fato. § 3º Comunicada a perda de direitos políticos pelo Ministério da Justiça, a Corregedoria-Geral providenciará a imediata atualização da situação das inscrições no cadastro e na base de perda e suspensão de direitos políticos. § 4º A outorga a brasileiros do gozo dos direitos políticos em Portugal, devidamente comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral, importará suspensão desses mesmos direitos no Brasil (Decreto nº 70.391, de 12.4.72). Para que o cidadão com restrição de direitos políticos tenha por regularizada a sua situação eleitoral deve provar a cessação do impedimento! Além disso, deve preencher requerimento próprio e instrui-lo com declaração da atual situação dos seus direitos políticos, provando o alegado. Art. 52. A regularização de situação eleitoral de pessoa com restrição de direitos políticos somente será possível mediante comprovação de haver cessado o impedimento. § 1º Para regularização de inscrição envolvida em coincidência com outra de pessoa que perdeu ou está com seus direitos políticos suspensos, será necessária a comprovação de tratar-se de eleitor diverso. § 2º Na hipótese do artigo, o interessado deverá preencher requerimento e instruir o pedido com declaração de situação de direitos políticos e documentação comprobatória de sua alegação. § 3º Comprovada a cessação do impedimento, será comandado o código FASE próprio e/ou inativado(s), quando for o caso, o(s) registro(s) correspondente(s) na base de perda e suspensão de direitos políticos. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 38 São os seguintes os documentos aceitos como comprobatórios da reaquisição ou restabelecimento dos direitos políticos: 1. nos casos de PERDA: a) decreto ou portaria; b) comunicação do Ministério da Justiça. 2. nos casos de SUSPENSÃO: a) para interditos ou condenados: sentença judicial, certidão do juízo competente ou outro documento; b) para conscritos ou pessoas que se recusaram à prestação do serviço militar obrigatório: Certificado de Reservista, Certificado de Isenção, Certificado de Dispensa de Incorporação, Certificado do Cumprimento de Prestação Alternativa ao Serviço Militar Obrigatório, Certificado de Conclusão do Curso de Formação de Sargentos, Certificado de Conclusão de Curso em Órgão de Formação da Reserva ou similares; c) para beneficiários do Estatuto da Igualdade: comunicação do Ministério da Justiça ou de repartição consular ou missão diplomática competente, a respeito da cessação do gozo de direitos políticos em Portugal, na forma da lei. 3. nos casos de INELEGIBILIDADE: certidão ou outro documento. 10. Revisão de Eleitorado. Os TREs poderão deteminar o procedimento de REVISÃO DE ELEITORADO sempre que houver denúncia de fraude no alistamento de uma Zona Eleitoral ou Município em proporções comprometedoras (termo legal genérico). Esta revisão de eleitorado determinada pelo TRE deve ser S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 7 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 39 comunicada ao TSE. No procedimento de revisão de eleitorado será determinado o CANCELAMENTO DE OFÍCIO das inscrições correspondentes aos títulos eleitorais NÃO APRESENTADOS à revisão! Isto é, os eleitores convocados que não se apresentarem com seus títulos à Revisão na Zona ou Município terão suas inscrições canceladas! Art. 58. Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional Eleitoral poderá determinar a realização de correição e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará, comunicando a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral, a revisão do eleitorado, obedecidas as instruções contidas nesta resolução e as recomendações que subsidiariamente baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão (Código Eleitoral, art. 71, § 4º). O TSE também pode determinar, de ofício, a Revisão ou Correição em Zonas Eleitorais. A Resolução nº 21.538/03 prevê que o TSE determinará sempre que: 1. o total de TRANSFERÊNCIAS de eleitores ocorridas no ano em curso seja 10% (dez por cento) superior ao do ano anterior; (ano em curso teve 10% a mais de transferências de eleitores que o ano anterior. Ex: no ano de 2009 a Zona Eleitoral X teve 10.000 transferências de eleitores; em 2010 já foi contabilizada mais 12.000 transferências; + de 20% do que em 2009). 2. o ELEITORADO for superior ao DOBRO da população entre 10-15 (dez e quinze) anos, somada à de idade superior a 70 (setenta) anos do território daquele município; Para calcular, 1º soma-se a população entre 10 e 15 anos com os cidadãos maiores de 70 do Município em questão; se a quantidade de eleitores forem o dobro desse número (10-15 anos + > 70 anos), será o caso
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