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S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 Prof. RICARDO GOMES Prezados(as) Companheiros(as) de Jornada! Sim! Considero a todos Companheiros(as)! Até porque foi uma grande jornada nestas 9 semanas de aulas, não é verdade! O tempo passou e chegamos ao fim! Esta Aula é a última do nosso Curso, queridos alunos! Recebi muitos emails de alunos informando que tiveram resultado positivo na Prova do TRE/RS. A todos que fizeram esta prova do TRE/RS, que farão a prova do TRE/AC e os vindouros concursos de TREs, desejo muita sorte e sucesso em suas provas! Ademais, sinceramente, espero que todos tenham gostado das Aulas ministradas neste Curso de Direito Eleitoral e espero que o Curso tenha contribuído na consecução de seus objetivos, na carreira e na vida profissional de cada um! Parabéns àqueles que conseguiram êxito nestes concursos vigentes e força a todos que continuam na caminhada rumo à aprovação! Nesta 9ª AULA veremos a uma parte do Direito Processual Eleitoral, com foco nas principais Ações previstas na CF-88 e em Lei (Ação de Impugnação de Registro de Candidatura, Ação de Investigação Judicial Eleitoral e Ação de Impugnação de Mandato Eletivo), bem como as recentes alterações na LC nº 64/90 na parte processual da lei. QUADRO SINÓPTICO DA AULA: Direito Processual Eleitoral 1. Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC). 2. Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). 3. Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) 4. Novas disposições Processuais da LC nº 64/90, instituídas pela LC nº 135/10. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 2 DIREITO PROCESSUAL ELEITORAL 1. Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC). Esta parte Processual do Direito Eleitoral é realmente um pouco complicada para memorizar e entender todos os aspectos legais e doutrinários. No entanto, tentarei simplificar ao máximo para que possam familiarizar-se com os temas sem maiores dificuldades. A Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) é prevista na Lei Complementar nº 64/90 (Lei das Inelegibilidades), em seus arts. 3º e seguintes. Objeto da AIRC. A AIRC tem por objetivo demonstrar a ausência de condição de elegibilidade e/ou a presença de causa de inelegibilidade do candidato para IMPEDIR o REGISTRO de candidatura ou CANCELAR o já registrado. As Condições de Elegibilidades nós já conhecemos, estão lembrados? São aquelas previstas no art. 14, §3º, da CF-88: CF-88 Art. 14 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 3 a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador*; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. Já as Causas de Inelegibilidade nós estudamos na Aula 1 as previstas no art. 14, §§ 4º-8º, da CF-88 e, na Aula anterior (Aula 8), as Causas de Inelegibilidade Legais da Lei Complementar nº 64/90. Com isso, caso algum candidato que pleiteie registro de candidatura não preencha alguma das condições de elegibilidade ou incorra em alguma dessas causas de inelegibilidade, tanto Constitucionais quanto Legais, poderá ter seu registro de candidatura impugnado! Exemplos de fundamentos para a AIRC: 1. candidato a Deputado Federal com apenas 19 anos de idade (não preencheu requisito básico de elegibilidade para o cargo almejado: idade mínima de 21 ANOS); 2. candidato a Prefeito Municipal analfabeto; 3. servidor público que não se desincompatibilizou de suas funções no prazo legal. Causas de Inelegibilidade Constitucionais Art. 14 § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação da EC 16/97) § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 4 § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. § 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. Como a AIRC objetiva cancelar/impedir o registro do candidato, obviamente somente poderá ser manejada após a publicação do pedido de registro do candidato. Preclusão das inelegibilidades. Ensina o Professor José Gomes que se a inelegibilidade infraconstitucional (LC nº 64) não for argüida via AIRC e nem pronunciada de ofício pelo Juiz, haverá preclusão (perda do direito de alegá-la por meio da AIRC). Todavia, se a inelegibilidade for de ordem constitucional nunca precluirá, podendo ser alegada via Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED), matéria fora de nosso estudo. Legitimidade Ativa. Quem é legítimo para impugnar o registro de candidatos? São legitimados para manejar a AIRC: 1. qualquer candidato (os adversários); 2. Partidos Políticos 3. Coligações S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 5 4. Ministério Público Eleitoral A Lei assegura ao Ministério Público Eleitoral (MPE) competência independente dos demais legitimados para interpor a AIRC. Com isso, mesmo que candidato, partido político ou coligação tenha impugnado o registro de algum candidato, o MPE também poderá impugnar no mesmo sentido. O membro do MPE (Promotor Eleitoral) que nos últimos 4 ANOS tiver sido candidato a cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidiáriaestá vedado por lei de propor AIRC! Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO DO CANDIDATO, impugná-lo em petição fundamentada. § 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido. § 2° Não poderá impugnar (vedação legal) o registro de candidato o representante do Ministério Público que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidária. Devo observar que para a doutrina majoritária e para jurisprudência do TSE, a falta das condições de elegibilidade e a presença de causa de inelegibilidade poderão ser também reconhecidas ex officio pelo JUIZ, isto é, poderá reconhecer sem a provocação dos legitimados ativos. Por isso, qualquer cidadão poderá dar notícia ao Magistrado Eleitoral de alguma causa de inelegibilidade ou do não preenchimento das condições de elegibilidade de algum candidato. Com base nela poderá o magistrado cassar o registro do candidato se for confirmada. Friso, contudo, que tal notícia não constitui a AIRC, pois o cidadão não tem legitimidade para impugnar registro de candidatura. Legitimidade Passiva. Os que irão figurar no pólo passivo da AIRC são os pré- S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 6 candidatos a cargos eletivos. A AIRC deve ser interposta após o pedido de registro de candidatura, mas antes do seu deferimento. Órgão Competente para julgar a AIRC. Por simples raciocínio lógico poderíamos inferir que a competência para julgar a Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) cingir- se-ia à Justiça Eleitoral. Contudo, a Lei estabelece os seguintes critérios de determinação de competência para julgamento da AIRC: 1. o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará a AIRC quando se tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da República; 2. os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) julgarão a AIRC quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice- Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital; 3. os Juízes Eleitorais julgarão a AIRC quando se tratar de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. Competência caiu na última prova do TRE/RS!!! QUESTÃO 198: TRE – RS – Técnico Judiciário [FCC] – 18/07/2010. O conhecimento e decisão da arquição de inelegibilidade de candidato a Senador, a Governador de Estado e a Deputado Estadual, formulada perante a Justiça Eleitoral, será feita perante o Tribunal (A) Regional Eleitoral do Estado correspondente. (B) Superio Eleitoral. (C) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente, respectivamente. (D) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e o Juiz Eleitoral, respectivamente. (E) Regional Eleitoral do Estado correspondente e o Juiz Eleitoral, S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 7 respectivamente. RESPOSTA CERTA: LETRA A COMENTÁRIOS: O art. 2º da Lei Complementar nº 64/90 prevê a competência a julgamento das argüições de inelegilidade. Para julgamento das referentes a candidato ao Senado, Governador, Vice, Deputados Federais e Estaduais/Distritais, a Lei dispõe que é de competência do TRE. Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições de inelegibilidade. Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita perante: I - o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da República; II - os Tribunais Regionais Eleitorais, quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital; RITO PROCESSUAL DA AIRC: 1. Prazo para interposição da AIRC. Como determina o art. 3 da LC nº 64/90, o prazo para interpor a AIRC é de 5 (CINCO) DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO DO CANDIDATO. Vejam que este prazo e os listados à frente diferem-se da regra de prazos no Direito Eleitoral, que é de 3 DIAS. O pedido de registro de candidatura, visto em aula passada, tem prazo limite até às 19 HORAS do dia 5 JULHO. O prazo para interpor a AIRC, portanto, é em até 5 DIAS da publicação do pedido de registro. Com a petição inicial da AIRC o autor já deve desde logo especificar os meios de prova que pretende produzir. As testemunhas a serem arroladas estão limitadas ao número máximo de 6 (seis). S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 8 Art. 2 § 3° O impugnante (autor) especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis). 2. Contestação. Com o ajuizamento da AIRC, antes de notificar o impugnado deve-se esperar que seja esgotado o prazo de 5 DIAS da publicação do pedido de registro do candidato. Passando este prazo, deve-se proceder à notificação do impugnado. Após a notificação, o CANDIDATO impugnado, o PARTIDO POLÍTICO ou a COLIGAÇÃO têm prazo de 7 (SETE) DIAS para apresentar CONTESTAÇÃO contra a AIRC. Assim, a partir da data em que terminar o prazo para impugnação (5 DIAS após a publicação do pedido de registro do candidato), estando regularmente notificado o candidato, começa o prazo para a contestação. Na Contestação poderão ser juntados documentos, arroladas testemunhas e requerer produção de provas. Abre-se, com isso, a fase instrutória do processo da AIRC, onde serão produzidas as provas do alegado na petição inicial. Art. 4° A partir da data em que terminar o prazo para impugnação, passará a correr, após devida notificação, o prazo de 7 (sete) DIAS para que o candidato, partido político ou coligação possa CONTESTÁ-LA, juntar documentos, indicar rol de testemunhas e requerer a produção de outras provas, inclusive documentais, que se encontrarem em poder de terceiros, de repartições públicas ou em procedimentos judiciais, ou administrativos, salvo os processos em tramitação em segredo de justiça. Se for matéria eminentemente jurídica (somente de Direito) e a necessidade de prova não for relevante, NÃO serão inquiridas as testemunhas. No entanto, se a matéria for fática (não restritamente jurídico/abstrata) e se a prova for imprescindível para o deslinde do caso, S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 9 serão designados os 4 (QUATRO) DIAS seguintes ao término do prazo da contestação para a INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS tanto do impugnante quanto do impugnado (autor e réu da AIRC), no número máximo de 6 testemunhas. Art. 5° Decorrido o prazo para contestação, se não se tratar apenas de matériade direito e a prova protestada for relevante, serão designados os 4 (QUATRO) DIAS seguintes para INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS do impugnante e do impugnado, as quais comparecerão por iniciativa das partes que as tiverem arrolado, com notificação judicial. § 1° As testemunhas do impugnante e do impugnado serão ouvidas em uma só assentada. § 2° Nos 5 (cinco) dias subseqüentes, o Juiz, ou o Relator, procederá a todas as diligências que determinar, de ofício ou a requerimento das partes. § 3° No prazo do parágrafo anterior, o Juiz, ou o Relator, poderá ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou testemunhas, como conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam influir na decisão da causa. § 4° Quando qualquer documento necessário à formação da prova se achar em poder de terceiro, o Juiz, ou o Relator, poderá ainda, no mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito. § 5° Se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não comparecer a juízo, poderá o Juiz contra ele expedir mandado de prisão e instaurar processo por crime de desobediência. 3. Alegações Finais. Todas as PARTES - impugnante e impugnado (autor e réu da AIRC) - e o Ministério Público Eleitoral poderão oferecer ALEGAÇÕES FINAIS no processo no prazo de 5 (CINCO) DIAS após o encerramento do prazo da instrução probatória (encerramento da fase instrutória). Mas o que são essas “Alegações Finais” Professor? São as razões finais (argumentos finais) apresentadas no processo S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 10 pelas partes após a fase instrutória/probatória. Primeiro o autor interpõe a AIRC, abre-se o prazo para o réu Contestar, iniciando também a fase instrutória. Após o encerramento desta fase probatória, as partes e o MPE têm prazo de 5 DIAS para apresentar as alegações finais. Art. 6° Encerrado o prazo da dilação probatória, nos termos do artigo anterior, as PARTES, inclusive o Ministério Público, poderão apresentar ALEGAÇÕES no prazo comum de 5 (cinco) dias. 4. Sentença. Com a apresentação ou não das alegações finais, findo o prazo para sua interposição, os autos deverão ser conclusos no dia imediato ao Juiz Eleitoral ou ao Relator no Tribunal (nas eleições presidenciais, federais e estaduais – TSE e TREs) para Sentença do Juiz Eleitoral ou Julgamento da Corte Eleitoral competente. Na decisão, conforme dispõe o Direito Processual e, especificamente, o parágrafo único do art. 7º da LC nº 64/90, para formar sua convicção, o Juiz ou o Relator gozam de liberdade para apreciar o acervo probatório, devendo atentar aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Quanto aos pedidos de registro de candidatos nas ELEIÇÕES MUNICIPAIS (competência do Juiz Eleitoral), a Sentença do magistrado deve ser proferida no prazo máximo de 3 DIAS após a conclusão do processo ao magistrado. Art. 7° Encerrado o prazo para alegações, os autos serão conclusos ao Juiz, ou ao Relator, no dia imediato, para sentença ou julgamento pelo Tribunal. Parágrafo único. O Juiz, ou Tribunal, formará sua convicção pela livre apreciação da prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes, mencionando, na decisão, os que motivaram seu convencimento. Art. 8° Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoral apresentará a sentença em cartório 3 (três) dias após a conclusão dos autos, passando a correr S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 11 deste momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição de RECURSO para o Tribunal Regional Eleitoral. 5. Recursos e Contra-razões. Tão logo passem estes 3 DIAS após a conclusão dos autos, inicia- se novo prazo de 3 DIAS para interposição de RECURSO da Sentença do Juiz Eleitoral para o Tribunal. O TSE inclusive editou a Súmula 10 a respeito da contagem inicial do prazo de recurso contra a sentença do Juiz Eleitoral em AIRC: TSE Súmula nº 10 - DJ 28, 29 e 30/10/92 Processo de Registro de Candidatos - Prazo para o Recurso Ordinário No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em Cartório antes de 3 (três) dias contados da conclusão ao Juiz, o prazo para o RECURSO ordinário, salvo intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele tríduo – 3 dias. Assim, mesmo que a Sentença do Juiz seja proferida antes do prazo de 3 dias da conclusão do processo, o prazo para recurso desta Sentença somente começará a correr após a finalização deste prazo. De outro lado, a LC nº 64/90 dispõe que a partir da interposição do RECURSO contra a Sentença, começa a correr o prazo de 3 DIAS para o recorrido apresentar CONTRA-RAZÕES ao Recurso. Com o recebimento destas contra-razões, os autos devem ser encaminhados ao TRE. Art. 8. § 1° A partir da data em que for protocolizada a petição de recurso, passará a correr o prazo de 3 (três) dias para a apresentação de contra-razões. § 2° Apresentadas as contra-razões, serão os autos imediatamente remetidos ao Tribunal Regional Eleitoral, inclusive por portador, se houver necessidade, decorrente da exigüidade de prazo, correndo as despesas do transporte por conta do recorrente, se tiver S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 12 condições de pagá-las. Da decisão do TRE sobre a Sentença do Magistrado de 1º grau cabe RECURSO ao TSE, em petição fundamentada, também no prazo de 3 DIAS a contar da leitura e publicação do Acórdão (decisão do TRE). Art. 11. Na sessão do julgamento, que poderá se realizar em até 2 (duas) reuniões seguidas, feito o relatório, facultada a palavra às partes e ouvido o Procurador Regional, proferirá o Relator o seu voto e serão tomados os dos demais Juízes. § 2° Terminada a sessão, far-se-á a leitura e a publicação do acórdão, passando a correr dessa data o prazo de 3 (três) dias, para a interposição de recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, em petição fundamentada. RESUMO do Rito Processual da AIRC: • Publicação do pedido de registro de candidatura – 5 DIAS para interpor a AIRC; • Apresentada a AIRC, notifica-se o candidato impugnado para apresentar CONTESTAÇÃO em 7 DIAS; • Após o prazo da contestação, poderá abrir-se o prazo de 4 DIAS para INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS; • Encerrada a fase instrutória (probatória), todas PARTES e o Ministério Público Eleitoral poderão oferecer ALEGAÇÕES FINAIS processo no prazo de 5 (CINCO) DIAS; • Com o fim do prazo para alegações finais, os autos deverão ser conclusos no dia imediato ao Juiz Eleitoral ou ao Relator no Tribunal (nas eleições presidenciais, federais e estaduais – TSE e TREs) para Sentença ou Julgamento. Nas ELEIÇÕES MUNICIPAIS (competência do Juiz Eleitoral), a Sentença do magistrado deve ser proferida no prazo máximo de 3 DIAS após a conclusão do processo ao magistrado. • Passados os 3 DIAS após a conclusão dos autos, inicia-se novo prazo de 3 DIAS para interposição de RECURSO da Sentença do Juiz Eleitoral para o Tribunal. Ademais, interposto o RECURSO contra a S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 13 Sentença, começa a correr o prazo de 3 DIAS para o recorrido apresentar CONTRA-RAZÕES ao Recurso. • Com o recebimento destas contra-razões, os autos devem ser encaminhados ao TRE. 6. Prazos de Impugnação de Registro. São peremptórios (terminantes, implacáveis), contínuos e correm em secretaria ou Cartório os prazos desde o encerramento do registro até a proclamação dos eleitos, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados. Art. 16. Os prazos a que se referem o art. 3º e seguintes desta lei complementar são peremptórios e contínuos e correm em secretaria ou Cartório e, a partir da data do encerramento do prazo para registro de candidatos, não se suspendem aos sábados, domingos e feriados. 7. Efeitos da AIRC. ALTERAÇÃO RECENTE! Com o TRÂNSITO EM JULGADO ou com a publicação da decisão proferida por ÓRGÃO COLEGIADO que declarar a inelegibilidade do candidato, poderão ocorrer 2 (duas) hipóteses: a) se o impugnado ainda não tiver obtido o registro de candidatura, ser-lhe-á NEGADO O REGISTRO! b) se o impugnado já tiver obtido o registro de candidatura, abre-se 2 (duas) possibilidades: a. o registro será cancelado, se for antes da diplomação – como não ocorreu a diplomação, basta cancelar o registro; b. será declarado nulo o diploma se já tiver sido expedido; com a expedição do diploma, não como cancelar o registro, sendo necessária a declaração de nulidade do diploma. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 14 A decisão que nega o registro, cancela o registro ou declara nulo o diploma deverá ser comunicada ao Ministério Público Eleitoral e ao órgão da Justiça Eleitoral competente para o registro de candidatura e expedição de diploma do candidato réu. Art. 15. Transitada em julgado ou publicada a decisão proferida por órgão colegiado que declarar a inelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado registro, ou cancelado, se já tiver sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido. (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput, independentemente da apresentação de recurso, deverá ser comunicada, de imediato, ao Ministério Público Eleitoral e ao órgão da Justiça Eleitoral competente para o registro de candidatura e expedição de diploma do réu. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 8. Substituto ao Candidato Inelegível e Inelegibilidade do Titular X Vice. A Lei assegura aos Partidos Políticos ou às Coligações o direito de substituir o candidato considerado inelegível por outro candidato, escolhido pela Comissão Executiva do Partido, mesmo que a decisão transitada em julgado tenha sido proferida após o término do prazo de registro (19 horas do dia 5 Julho). Conforme preleciona o art. 18 da LC nº 64/90, a declaração de inelegibilidade do candidato a TITULAR de Chefe do Poder Executivo é independente da candidatura do candidato a VICE, isto é, a declaração de inelegibilidade do candidato a TITULAR não atingirá a candidatura do VICE por, em regra, ter caráter personalíssimo. A Lei nº 9.504/97 também faculta aos Partidos e Coligações substituir o candidato inelegível até 10 DIAS contados da notificação do partido da decisão judicial de inelegibilidade. Art. 17. É facultado ao partido político ou coligação que requerer o registro de candidato considerando inelegível dar-lhe substituto, S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 15 mesmo que a decisão passada em julgado tenha sido proferida após o termo final do prazo de registro, caso em que a respectiva Comissão Executiva do Partido fará a escolha do candidato. Art. 18. A declaração de inelegibilidade do candidato à Presidência da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e Prefeito Municipal não atingirá o candidato a Vice-Presidente, Vice- Governador ou Vice-Prefeito, assim como a destes não atingirá aqueles. Lei nº 9.504/97 Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado. § 1o A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 9. Argüição de Inelegibilidade como Crime Eleitoral. A LC nº 64/90 prevê que a argüição de inelegibilidade ou a impugnação de registro de candidato com fundamento em interferência do poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma temerária ou de manifesta má-fé constitui CRIME ELEITORAL punido com pena de 6 MESES a 2 ANOS e multa. Art. 25. Constitui crime eleitoral a argüição de inelegibilidade, ou a impugnação de registro de candidato feito por interferência do poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma temerária ou de manifesta má-fé: Pena: detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa de 20 (vinte) a 50 (cinqüenta) vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional (BTN) e, no caso de sua extinção, de título público que o substitua. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 16 2. Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). Previsão Normativa e Objetivo da AIJE. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) tem por fundamento primeiro o art. 14, §9º, da CF-88, que estabelece os bens tutelados pela AIJE: probidade administrativa, moralidade para o exercício do mandato, a normalidade e a legitimidade das eleições, evitando-se a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego. Art. 14 § 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. Com efeito, a AIJE tem disciplinamento previsto no art. 22 da LC nº 64/90: Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá REPRESENTAR (AIJE) à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de INVESTIGAÇÃO JUDICIAL para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito: (...) A AIJE, que é chamada na Lei de “representação”, poderá ser S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL- TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 17 manejada nas hipóteses de transgressões à legislação eleitoral que venham a beneficiar candidatos ou pré-candidatos, desequilibrando o pleito eleitoral ao não respeitar a igualdade entre os candidatos. Estas transgressões são listadas na LC nº 64/90 nos seguintes termos: a) transgressões relativas à origem de valores pecuniários; b) uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou político/autoridade, em detrimento da liberdade do voto; c) utilização indevida de veículos; d) utilização indevida de meios de comunicação social. Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais. Parágrafo único. A apuração e a punição das transgressões mencionadas no caput deste artigo terão o objetivo de proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta, indireta e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Prazo para proposição da AIJE. Conforme a doutrina majoritária, apesar da não previsão em Lei, a AIJE deve ser proposto a partir do REGISTRO DA CANDIDATURA até a DIPLOMAÇÃO do candidato. Segundo o TSE, a AIJE não poderá ser proposta após a diplomação do candidato, pois o processo seria extinto em “razão de decadência” (Acórdão TSE nº 628). Legitimidade Ativa. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 18 Igualmente à AIRC, são legitimados para manejar a AIJE: 1. qualquer candidato; 2. Partidos Políticos 3. Coligações 4. Ministério Público Eleitoral O Eleitor/cidadão NÃO tem legitimidade para interpor a AIJE. Legitimidade Passiva. Conforme pacífica jurisprudência do TSE, no pólo passivo da AIJE podem figurar candidato, pré-candidato, e também qualquer pessoa (cidadão) que haja contribuído para a prática abusiva. Competência para julgar a AIJE. A competência para julgar a AIJE é do CORREGEDOR-GERAL da Justiça Eleitoral (Ministro do STJ no TSE), dos CORREGEDORES REGIONAIS ELEITORAIS (nos TREs) e dos Juízes Eleitorais. A competência para conhecer e julgar a AIJE liga-se à natureza das eleições, determinando-se da seguinte forma: 1. candidato a Presidente e Vice-Presidente da República, a competência é do Corregedor-Geral Eleitoral; 2. candidato a Senador, Deputado Federal e Estadual, Governador e Vice-Governador, a competência é do Corregedor Regional Eleitoral; 3. candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, a competência é dos Juízes Eleitorais. Art. 21. As transgressões a que se refere o art. 19 desta lei complementar serão apuradas mediante procedimento sumaríssimo de investigação judicial, realizada pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais, nos termos das Leis nºs 1.579, de 18 de março de 1952, 4.410, de 24 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 19 de setembro de 1964, com as modificações desta lei complementar. Art. 24. Nas eleições municipais, o Juiz Eleitoral será competente para conhecer e processar a representação prevista nesta lei complementar, exercendo todas as funções atribuídas ao Corregedor-Geral ou Regional, constantes dos incisos I a XV do art. 22 desta lei complementar, cabendo ao representante do Ministério Público Eleitoral em função da Zona Eleitoral as atribuições deferidas ao Procurador-Geral e Regional Eleitoral, observadas as normas do procedimento previstas nesta lei complementar. Efeitos da AIJE. ALTERAÇÃO RECENTE! Antes da LC nº 135/10 existiam efeitos diversos para o julgamento procedente da AIJE, se ocorrido antes ou depois da eleição. Agora, caso seja julgada procedente a AIJE ANTES ou DEPOIS da eleição (mesmo após a proclamação dos eleitos), os efeito são os mesmos, a seguir listados: IMPORTANTE! • declaração de inelegibilidade do representado e dos que tenham contribuído para a prática do ato, com sanção de inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos 8 (OITO) ANOS subseqüentes à eleição anterior; • cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, • remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral para instauração de Processo Disciplinar e de Ação Penal, se for o caso. Art. 22 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 20 XIV – julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subseqüentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) Assunto cobrado também no TRE/RS!!! QUESTÃO 199: TRE – RS – Técnico Judiciário [FCC] – 18/07/2010. A investigação judicial para apurar uso indevido ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou partido político, (A) será processada pelo Tribunal Regional Eleitoral que, após a oitiva do Corregedor-Geral, enviará os autos ao Ministério Público para que este aplique as sanções previstas em lei. (B) será feita pela Polícia Judiciária, mediante inquérito policial, que, afinal, será encaminhado ao Ministério Público para oferecimento de eventual denúncia. (C) será objeto de investigação pelo Ministério Público eleitoral que, afinal, declarará a inelegibilidade do investigado, aplicando-lhe as sanções previstas em lei. (D) será processada internamente por qualquer partido político, coligação ou candidato que, afinal, encaminhará as suas conclusões ao Tribunal competente que, após a oitiva do Corregedor-Geral, aplicará as sanções previstas em lei. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 21 (E) terá início por representação de qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público feita diretamente ao Corregedor-Geral. RESPOSTA CERTA: LETRA E COMENTÁRIOS: A investigação judicial éprevista na Lei Complementar nº 64/90, como competência da Corregedoria-Geral Eleitoral e das Corregedorias Regionais Eleitorais para apurar eventual transgressão de candidatos quanto à origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político em detrimento da liberdade do voto. O art. 22 da LC nº 64/90 prevê que qualquer partido político, coligação ou o Ministério Público poderão representar diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional para dar início à investigação judicial. A questão queria saber a legitimidade ativa para apresentar a AIJE: Igualmente à AIRC, são legitimados para manejar a AIJE: 1. qualquer candidato; 2. Partidos Políticos 3. Coligações 4. Ministério Público Eleitoral Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais. Parágrafo único. A apuração e a punição das transgressões mencionadas no caput deste artigo terão o objetivo de proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta, indireta e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Art. 21. As transgressões a que se refere o art. 19 desta lei S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 22 complementar serão apuradas mediante procedimento sumaríssimo de investigação judicial, realizada pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais, nos termos das Leis nºs 1.579, de 18 de março de 1952, 4.410, de 24 de setembro de 1964, com as modificações desta lei complementar. Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito: RITO PROCESSUAL DA AIJE: A LC nº 64/90 prevê 2 tipos diversos de procedimentos. O Procedimento visto na Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) é considerado pela doutrina como um Procedimento Ordinário. Já o Procedimento da AIJE é reputado sumaríssimo, pela concentração de atos e diminuição dos prazos, previstos nos incisos do art. 22: 1. Notificação do representado. Após a proposição da AIJE, o Corregedor ou o Juiz Eleitoral deverá notificar o representado, entregando-lhe a 2ª VIA da Petição Inicial da AIJE a fim de que, no prazo de 5 DIAS apresente sua DEFESA. 2. Fase Probatória e Inquirição das testemunhas. Com a finalização do prazo de 5 DIAS da notificação, abrem-se mais 5 DIAS para inquirição das testemunhas arroladas pelo representante e pelo representado, no máximo 6 (seis) para cada parte. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 23 A oitiva das testemunhas abre a fase probatória da AIJE. Nos 3 DIAS subseqüentes à inquirição das testemunhas, o Juiz ou Corregedor poderão proceder às diligências solicitadas pelas partes ou determinadas de ofício. 3. Alegações Finais. Tanto as Partes quanto o MPE poderão apresentar alegações finais no prazo de 2 DIAS após a fase probatória e às diligências. Obs: na AIRC o prazo para alegações finais é de 5 DIAS. 4. Decisão. Finalizado o prazo para apresentação das alegações finais, os autos serão conclusos ao Juiz ou Corregedor para, em 3 DIAS, apresentar Sentença (Juiz) ou Relatório (Corregedor), que será submetido a julgamento pelo colegiado do Tribunal na 1ª sessão subseqüente. O prazo de recurso tanto da Sentença do Juiz Eleitoral para o TRE quanto da decisão do TRE para o TSE é de 3 DIAS. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 24 3. Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) Previsão Legal e Objetivo da AIME. A Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) tem previsão no art. 14, §§ 10 e 11 da CF-88: Art. 14 § 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instruída a ação COM PROVAS de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. O objetivo da AIME é tutelar a cidadania, a lisura e o equilíbrio do pleito eleitoral. É uma ação constitucional-eleitoral que visa subtrair do mandato o candidato que se utilizou de fraude, corrupção ou abuso do poder econômico para obtê-lo. Na AIME não se cogita de inelegibilidade do candidato, mas apenas da derrogação, subtração, do mandato obtido ilicitamente. Em outras palavras, a AIME visa desconstituir o mandato do eleito com abuso de poder econômico, corrupção ou fraude. Fundamentos para a AIME: 1. Abuso do poder econômico – mau uso do poder econômico por parte do candidato na campanha eleitoral, chegando a ser eleito e diplomado no cargo; 2. Corrupção - solicitar ou aceitar o recebimento de vantagem S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 25 ilícita a título de contraprestação pela prática de ato político- administrativo no exercício do cargo ou função pública; 3. Fraude – utilização de artimanha, astúcia, para alterar o resultado das eleições. Em regra, ocorre na votação e apuração. Prazo de propositura da AIME. Conforme já dispõe a CF-88, o prazo para AIME é de 15 DIAS após a DIPLOMAÇÃO. O TSE já exarou entendimento que este prazo de 15 DIAS é DECADENCIAL, isto é, não sendo alegado no prazo, perde-se o direito de impugnar o mandato eletivo. Legitimidade Ativa. Não há previsão constitucional e nem legal sobre a legitimidade da AIME, mas segundo o TSE, podem propô-la: 1. Qualquer candidato, eleito ou não-eleito; 2. Partidos Políticos 3. Coligações 4. Ministério Público Eleitoral Legitimidade Passiva. Será réu da AIME o candidato que se elegeu beneficiando-se do abuso do poder econômico, de corrupção ou fraude. Consoante o Professor Francisco Barros, esta é uma das diferenças da AIME da AIJE. Enquanto a AIME é interposta contra candidato eleito e diplomado (vencedor das eleições), a AIJE é interposta contra apenas candidatos. Competência para julgar a AIME. A competência para julgar a AIME é do órgão da Justiça Eleitoral também competente para diplomar o candidato, determinando-se da seguinte forma: S E L M A A R A U J O R A M O S 70 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 26 1. candidato a Presidente e Vice-Presidente da República, a competência é do Corregedor-Geral Eleitoral (TSE); 2. candidato a Senador, Deputado Federal e Estadual, Governador e Vice-Governador, a competência é do Corregedor Regional Eleitoral (TREs); 3. candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, a competência é dos Juízes Eleitorais. Rito Processual da AIME. A AIME utiliza-se do rito ordinário da AIRC visto linhas atrás. Ressalta-se, contudo, que a AIME tem por característica marcante o seu trâmite em SEGREDO DE JUSTIÇA, segundo o citado parágrafo 11 do art. 14 da CF-88: Art. 14 § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em SEGREDO DE JUSTIÇA, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. Efeitos da AIME. Caso seja julgada procedente a AIME, acarreta 2 efeitos: 1. a perda do mandato eletivo do candidato eleito e diplomado. 2. a inelegibilidade por 8 ANOS, na esteira do disposto no atual art. 1º, I, d, da LC nº 64/90: Art. 1, I: INELEGÍVEIS: d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 27 Se a AIME for julgada improcedente, logicamente não será cassado o mandato do candidato diplomado. Porém, caso se confirme ser temerária ou de manifesta má-fé a arguição de abuso do poder econômico, incorrerá o autor em crime eleitoral, consoante o art. 25 da LC nº 64/90 já comentado. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 28 4. Novas disposições Materiais e Processuais da LC nº 64/90, instituídas pela LC nº 135/10. Inelegibilidade não deferida X registro de candidatura. Caso a alegada inelegibilidade do candidato por meio de Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) seja, ao final, afastada pela Justiça Eleitoral, o registro de candidatura deverá ser deferido normalmente, na forma como dispõe a Lei nº 9.504/97. Art. 26-A. Afastada pelo órgão competente a inelegibilidade prevista nesta Lei Complementar, aplicar-se-á, quanto ao registro de candidatura, o disposto na lei que estabelece normas para as eleições. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) Priorização aos Processos da Justiça Eleitoral. Os processos de desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade deverão ser tratados com PRIORIDADE pelo Ministério Público e pela Justiça Eleitoral, com a ressalva apenas para os processos de habeas corpus e mandado de segurança. Dando ainda mais relevância aos Processos sobre inelegibilidades, a LC nº 135/10 determina que tanto a Justiça Eleitoral quanto o MPE não podem deixar de cumprir os prazos legais previstos na LC nº 64/90 (ex: 3 dias após a conclusão para exarar a Sentença) alegando acúmulo de serviço no exercício das funções regulares. Inclusive, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e as Corregedorias Eleitorais devem manter acompanhamento sobre o cumprimento dos prazos da LC nº 64/90 por parte da Justiça Eleitoral e do MPE, promovendo a devida responsabilização quando for o caso. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 29 Ademais, a Lei atual prevê que as Polícias Judiciárias, as Receitas Federais, Estaduais e Municipais, os Tribunais e os Órgãos de Contas (Tribunais de Contas), o Banco Central do Brasil (BACEN) e o Conselho de Controle de Atividade Financeira (COAF) auxiliarão a Justiça Eleitoral e o MPE na apuração de crimes eleitorais, dando também prioridade às demandas destes órgãos eleitorais. Art. 26-B. O Ministério Público e a Justiça Eleitoral darão prioridade, sobre quaisquer outros, aos processos de desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade até que sejam julgados, ressalvados os de habeas corpus e mandado de segurança. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) § 1o É defeso às autoridades mencionadas neste artigo deixar de cumprir qualquer prazo previsto nesta Lei Complementar sob alegação de acúmulo de serviço no exercício das funções regulares. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) § 2o Além das polícias judiciárias, os órgãos da receita federal, estadual e municipal, os tribunais e órgãos de contas, o Banco Central do Brasil e o Conselho de Controle de Atividade Financeira auxiliarão a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral na apuração dos delitos eleitorais, com prioridade sobre as suas atribuições regulares. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) § 3o O Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público e as Corregedorias Eleitorais manterão acompanhamento dos relatórios mensais de atividades fornecidos pelas unidades da Justiça Eleitoral a fim de verificar eventuais descumprimentos injustificados de prazos, promovendo, quando for o caso, a devida responsabilização. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) Suspensão da Decisão de Inelegibilidade. Vimos na Aula passada que a LC nº 135/10 incluiu em várias situações de decretação de inelegibilidade de candidatos a possibilidade de decisão proferida por órgão colegiado, mesmo sem o trânsito em julgado, decretarem a inelegibilidade de candidatos. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 30 Esta decisão proferida por órgão colegiado do Poder Judiciário (seja da Justiça Eleitoral seja da Justiça Comum – Justiça Estadual ou Federal) já produz efeito de decretar a inelegibilidade, mas dela cabe RECURSO ao órgão colegiado do Tribunal competente. Nas hipóteses de decretação de inelegibilidade em virtude de decisão de órgão colegiado do Poder Judiciário listadas abaixo, a nova redação da LC nº 64/90 prevê que o órgão também colegiado do Tribunal competente para julgar o recurso poderá, em caráter cautelar, SUSPENDER a inelegibilidade sempre que: • existir plausibilidade da pretensão recursal – é a fumaça do bom direito (fumus boni juris) – indicação de que as razões dispostas no recurso sejam verdadeiras; possibilidade de existência do direito invocado pelo recorrente; • requerimento expresso do recorrente de suspensão da inelegibilidade (ou seja, a Justiça Eleitoral não poderá decretar ex officio a suspensão).Hipóteses passíveis de pedido de suspensão da inelegibilidade decretada por órgão colegiado: Art. 1º Inciso I: d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 31 h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) l) os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) n) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão que reconhecer a fraude; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) Três considerações sobre o novo efeito suspensivo destas inelegibilidades: a) Se o órgão colegiado do Tribunal que julgar o recurso conferir o dito efeito suspensivo, o julgamento do recurso terá PRIORIDADE sobre todos os demais, salvo quanto a mandado de segurança e habeas corpus. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 32 b) Caso o órgão colegiado do Tribunal mantenha a inicial decisão pela inelegibilidade ou caso seja revogada a suspensão, serão desconstituídos o registro ou o diploma eventualmente concedidos ao recorrente. c) O efeito suspensivo poderá ser revogado caso a defesa pratique atos manifestamente protelatórios ao longo da tramitação do recuso. Art. 26-C. O órgão colegiado do tribunal ao qual couber a apreciação do recurso contra as decisões colegiadas a que se referem as alíneas d, e, h, j, l e n do inciso I do art. 1o poderá, em caráter cautelar, suspender a inelegibilidade sempre que existir plausibilidade da pretensão recursal e desde que a providência tenha sido expressamente requerida, sob pena de PRECLUSÃO, por ocasião da interposição do recurso. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) § 1o Conferido efeito suspensivo, o julgamento do recurso terá prioridade sobre todos os demais, à exceção dos de mandado de segurança e de habeas corpus. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) § 2o Mantida a condenação de que derivou a inelegibilidade ou revogada a suspensão liminar mencionada no caput, serão desconstituídos o registro ou o diploma eventualmente concedidos ao recorrente. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) § 3o A prática de atos manifestamente protelatórios por parte da defesa, ao longo da tramitação do recurso, acarretará a revogação do efeito suspensivo. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 33 EXERCÍCIOS QUESTÃO 198: TRE – RS – Técnico Judiciário [FCC] – 18/07/2010. O conhecimento e decisão da arquição de inelegibilidade de candidato a Senador, a Governador de Estado e a Deputado Estadual, formulada perante a Justiça Eleitoral, será feita perante o Tribunal (A) Regional Eleitoral do Estado correspondente. (B) Superio Eleitoral. (C) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente, respectivamente. (D) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e o Juiz Eleitoral, respectivamente. (E) Regional Eleitoral do Estado correspondente e o Juiz Eleitoral, respectivamente. RESPOSTA CERTA: LETRA A COMENTÁRIOS: O art. 2º da Lei Complementar nº 64/90 prevê a competência a julgamento das argüições de inelegilidade. Para julgamento das referentes a candidato ao Senado, Governador, Vice, Deputados Federais e Estaduais/Distritais, a Lei dispõe que é de competência do TRE. Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições de inelegibilidade. Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita perante: I - o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato a S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 34 Presidente ou Vice-Presidente da República; II - os Tribunais Regionais Eleitorais, quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital; QUESTÃO 199: TRE – RS – Técnico Judiciário [FCC] – 18/07/2010. A investigação judicial para apurar uso indevido ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou partido político, (A) será processada pelo Tribunal Regional Eleitoral que, após a oitiva do Corregedor-Geral, enviará os autos ao Ministério Público para que este aplique as sanções previstas em lei. (B) será feita pela Polícia Judiciária, mediante inquérito policial, que, afinal, será encaminhado ao Ministério Público para oferecimento de eventual denúncia. (C) será objeto de investigação pelo Ministério Público eleitoral que, afinal, declarará a inelegibilidade do investigado, aplicando-lhe as sanções previstas em lei. (D) será processada internamente por qualquer partido político, coligação ou candidatoque, afinal, encaminhará as suas conclusões ao Tribunal competente que, após a oitiva do Corregedor-Geral, aplicará as sanções previstas em lei. (E) terá início por representação de qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público feita diretamente ao Corregedor-Geral. RESPOSTA CERTA: LETRA E COMENTÁRIOS: A investigação judicial é prevista na Lei Complementar nº 64/90, como competência da Corregedoria-Geral Eleitoral e das Corregedorias Regionais Eleitorais para apurar eventual transgressão de candidatos quanto à origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político em detrimento da liberdade do voto. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 35 O art. 22 da LC nº 64/90 prevê que qualquer partido político, coligação ou o Ministério Público poderão representar diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional para dar início à investigação judicial. Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais. Parágrafo único. A apuração e a punição das transgressões mencionadas no caput deste artigo terão o objetivo de proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta, indireta e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Art. 21. As transgressões a que se refere o art. 19 desta lei complementar serão apuradas mediante procedimento sumaríssimo de investigação judicial, realizada pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais, nos termos das Leis nºs 1.579, de 18 de março de 1952, 4.410, de 24 de setembro de 1964, com as modificações desta lei complementar. Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito: QUESTÃO 200: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010. O prazo para interposição de recurso da decisão do Juiz Eleitoral que rejeitar impugnação de registro de candidato a Prefeito Municipal e do acórdão do S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 36 Tribunal Regional Eleitoral que confirmar a decisão de primeiro grau é de a) 3 dias. b) 3 e 5 dias, respectivamente. c) 5 dias. d) 5 e 7 dias, respectivamente. e) 15 dias. RESPOSTA CERTA: LETRA A COMENTÁRIOS: Da Sentença do Juiz de 1º grau, cabe RECURSO ao TRE no prazo de 3 DIAS. Art. 8° Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoral apresentará a sentença em cartório 3 (três) dias após a conclusão dos autos, passando a correr deste momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição de RECURSO para o Tribunal Regional Eleitoral. Inclusive o TSE Sumulou o seguinte entendimento: TSE Súmula nº 10 - DJ 28, 29 e 30/10/92 Processo de Registro de Candidatos - Prazo para o Recurso Ordinário No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em Cartório antes de 3 (três) dias contados da conclusão ao Juiz, o prazo para o RECURSO ordinário, salvo intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele tríduo – 3 dias. Da decisão do TRE sobre a Sentença do Magistrado de 1º grau cabe RECURSO ao TSE, em petição fundamentada, também no prazo de 3 DIAS a contar da leitura e publicação do Acórdão (decisão do TRE). Art. 11. § 2° Terminada a sessão, far-se-á a leitura e a publicação do acórdão, passando a correr dessa data o prazo de 3 (três) dias, para a interposição de recurso para o Tribunal Superior S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 37 Eleitoral, em petição fundamentada. Então, os prazo de recursos são 3 DIAS nos dois casos apresentados na questão. QUESTÃO 201: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010. As transgressões pertinentes a origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento da liberdade de voto, nas eleições para Deputado Federal, serão apuradas mediante procedimento sumaríssimo de investigação judicial realizada pelo a) Corregedor-Geral Eleitoral. b) Corregedor Regional Eleitoral do respectivo Estado. c) Tribunal Superior Eleitoral. d) Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado. e) Ministério Público Eleitoral. RESPOSTA CERTA: LETRA B COMENTÁRIOS: A questão quer saber a competência para julgar a AIJE contra Deputado Federal. A competência para conhecer e julgar a AIJE liga-se à natureza das eleições, determinando-se da seguinte forma: 4. candidato a Presidente e Vice-Presidente da República, a competência é do Corregedor-Geral Eleitoral; 5. candidato a Senador, Deputado Federal e Estadual, Governador e Vice-Governador, a competência é do Corregedor Regional Eleitoral; 6. candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, a competência é dos Juízes Eleitorais. Neste caso, a competência para julgar AIJE de candidato a Deputado Federal é do Corregedor Regional Eleitoral do Estado. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 38 QUESTÃO 202: TRE-AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 15/01/2007. A impugnação de registro ao cargo de Senador poderá ser feita a) por qualquer candidato, partido político, coligação, ou pelo Ministério Público, em petição fundamentada, no prazo de 10 dias contados da publicação do pedido de registro, perante o Tribunal Superior Eleitoral. b) por qualquer candidato, partido político, coligação, ou pelo Ministério Público, em petição fundamentada, no prazo de 5 dias contados da publicação do pedido de registro, perante o Tribunal Superior Eleitoral. c) apenas pelo Ministério Público Eleitoral, em petição fundamentada, no prazo de 5 dias contados da publicação do pedido de registro, perante o Tribunal Regional Eleitoral competente. d) apenas pelos candidatos, partidos políticos e coligações, em petição fundamentada, no prazo de 3 dias contados da publicação do pedido de registro, perante o Tribunal Superior Eleitoral. e) por qualquer candidato, partido político, coligação, ou pelo Ministério Público, em petição fundamentada, no prazo de 5 dias contados da publicação do pedido de registro, perante o Tribunal Regional Eleitoral competente. RESPOSTA CERTA: LETRA E COMENTÁRIOS: São legitimados para manejar a AIRC: 5. qualquer candidato(os adversários); 6. Partidos Políticos 7. Coligações 8. Ministério Público Eleitoral LC nº 64/90 Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 39 DO CANDIDATO, impugná-lo em petição fundamentada. A competência para julgar a AIRC contra candidato a Senador é do TRE. São os seguintes os critérios de determinação de competência para julgamento da AIRC: 4. o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará a AIRC quando se tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da República; 5. os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) julgarão a AIRC quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice- Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital; 6. os Juízes Eleitorais julgarão a AIRC quando se tratar de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. QUESTÃO 203: TRE-RN - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 03/07/2005. Considere as proposições a respeito da impugnação de registro de candidatura. I. Caberá a qualquer candidato, partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 dias contados da publicação de pedido de registro de candidato, impugná-lo em petição fundamentada. II. A impugnação por parte de candidato, partido político ou coligação impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido. III. O impugnante pode arrolar, se for o caso, até 3 testemunhas para confirmarem a veracidade do alegado. IV. A partir da data em que terminar o prazo para impugnação, passará a correr, após devida notificação, o prazo de 7 dias para que o candidato, partido ou coligação possa contestá-la. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e IV. c) I, II e III. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 40 d) II, III e IV. e) II e IV. RESPOSTA CERTA: LETRA B COMENTÁRIOS: Item I – correto. Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO DO CANDIDATO, impugná-lo em petição fundamentada. Item II – errado. A Lei assegura ao Ministério Público Eleitoral (MPE) competência independente dos demais legitimados para interpor a AIRC. Com isso, mesmo que candidato, partido político ou coligação tenha impugnado o registro de algum candidato, o MPE também poderá impugnar no mesmo sentido. Art. 3° § 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, NÃO impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido. Item III – errado. O número máximo de testemunhas é de 6 (seis) e não 3 (três). Art. 2 § 3° O impugnante (autor) especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis). Item IV – correto. Art. 4° A partir da data em que terminar o prazo para impugnação, passará a correr, após devida notificação, o prazo de 7 (sete) DIAS para que o candidato, partido político ou coligação possa CONTESTÁ-LA, juntar documentos, indicar S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 41 rol de testemunhas e requerer a produção de outras provas, inclusive documentais, que se encontrarem em poder de terceiros, de repartições públicas ou em procedimentos judiciais, ou administrativos, salvo os processos em tramitação em segredo de justiça. QUESTÃO 204: TRE-RN - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 03/07/2005. A impugnação de pedido de registro de candidatura poderá ser formulada a) pelo Ministério Público, mediante termo nos autos, no prazo de 5 (cinco) dias, contados do deferimento do registro da candidatura. b) por qualquer eleitor, em petição fundamentada, no prazo de 10 (dez) dias, contados do encerramento do prazo previsto para os partidos políticos e coligações. c) pelos partidos políticos e coligações, em petição fundamentada e instruída, no prazo de 10 (dez) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato. d) por qualquer candidato, partido político, coligação ou pelo Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato. e) por qualquer candidato, no prazo de 10 (dez) dias, contados do pedido de registro de candidatura para as eleições majoritárias. RESPOSTA CERTA: LETRA D COMENTÁRIOS: São legitimados para manejar a AIRC: 1. qualquer candidato (os adversários); 2. Partidos Políticos 3. Coligações 4. Ministério Público Eleitoral LC nº 64/90 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 42 Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO DO CANDIDATO, impugná-lo em petição fundamentada. QUESTÃO 205: TRE-RN - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 03/07/2005. As transgressões pertinentes à origem de valores patrimoniais, abusos do poder econômico ou político, em detrimento da liberdade de voto, nas eleições estaduais, serão apuradas a) mediante procedimento sumaríssimo de investigação judicial realizada pelos Corregedores Regionais Eleitorais. b) através de ação penal privada, ajuizada por qualquer candidato, partido político ou coligação. c) através de inquérito policial instaurado pelo Delegado de Polícia da sede do diretório do partido político a que pertencer o candidato. d) mediante inquérito civil, instaurado pelo Ministério Público, em face da representação de candidato, partido político ou coligação. e) através de ação penal pública, instaurada no foro da sede do partido a que pertencer o candidato, mediante denúncia do Ministério Público. RESPOSTA CERTA: LETRA A COMENTÁRIOS: Art. 21. As transgressões a que se refere o art. 19 desta lei complementar serão apuradas mediante procedimento sumaríssimo de investigação judicial, realizada pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais, nos termos das Leis nºs 1.579, de 18 de março de 1952, 4.410, de 24 de setembro de 1964, com as modificações desta lei complementar. A questão refere-se às transgressões nas eleições estaduais. Para todos os cargos nas eleições estaduais, o competente para julgar a AIJE é o Corregedor S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 9 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 43 Regional Eleitoral: 1. candidato a Presidente e Vice-Presidente da República, a competência é do Corregedor-Geral Eleitoral; 2. candidato
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