Buscar

Aula%2002

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 02 – JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 
Olá, Pessoal !!! FELIZ 
Hoje trataremos de dois temas importantíssimos que estão interligados, a JURISDIÇÃO E A 
COMPETÊNCIA. 
Até agora já entendemos os princípios, o inquérito e a ação penal, mas ainda não sabemos 
quem é realmente a autoridade competente para julgar. 
Imaginemos uma situação em que Mévio sequestra Tícia no Rio de Janeiro, vai para São 
Paulo, permanece por dois meses na capital paulista e, posteriormente, foge para Minas 
Gerais onde mata a vítima. Neste caso onde Mévio deverá ser julgado? MG, SP ou RJ? Ao 
final desta aula você estará apto a responder a esta e muitas outras questões. 
Enfatizo que o assunto “jurisdição e competência” é bastante exigido pelas bancas e, não 
raras vezes, me deparo com alunos que sabem muito sobre o inquérito policial e a ação 
penal, mas que erram questões fáceis sobre este tema. 
Assim, ATENÇÃO TOTAL para mais esta aula que, sem dúvida, fará diferença na hora da 
sua prova. 
Dito isto... Vamos agregar conhecimento. 
Bons estudos!!! 
******************************************************************************************* 
2.1 JURISDIÇÃO 
Para iniciar este tópico é importante o conhecimento da origem etimológica da palavra 
jurisdição que provém do latim júris (direito) e dictio (dizer), que significa a função de dizer o 
direito. 
Para Pedroso, Jurisdição "é o poder de proclamar e aplicar o Direito, estendendo as normas, 
leis e princípios jurídicos cabíveis às hipóteses ocorrentes, dirimindo-se os litígios e 
restabelecendo-se a harmonia social". 
Manzini aduz que, "jurisdição é a função soberana, que tem por escopo estabelecer, por 
provocação de quem tem o dever ou o interesse respectivo, se, no caso concreto, é aplicável 
uma determinada norma jurídica: função garantida, mediante a reserva do seu exercício, 
exclusivamente aos órgãos do Estado, instituídos com as garantias da independência e da 
imparcialidade (juízes) e da observância de determinadas formas (processo, coação 
indireta)". 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 2
EM RESUMO Î A jurisdição nada mais é do que o poder atribuído com EXCLUSIVIDADE 
ao Judiciário de aplicar o Direito no caso concreto, através do devido processo legal. Ao 
instituir a jurisdição, o Estado objetiva garantir aos indivíduos a correta aplicação do Direito 
através de quem tem a obrigação de conhecê-lo. 
 2.1.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
A jurisdição possui diversas características e em cada livro você encontrará algumas 
diferentes. O que esta divergência doutrinária importa para você? ABSOLUTAMENTE 
NADA, pois o que é importante é o que as bancas de prova exigem. Desta forma, seguem 
as características importantes para a sua PROVA: 
• SUBSTITUTIVIDADE Î A vontade das partes é substituída pela vontade do 
órgão jurisdicional que declara o Direito ao caso concreto. 
Assim, por exemplo, se Tício inicia uma ação penal privada contra Mévio 
pelo crime de injúria, solicitando ao Juiz a aplicação de pena máxima, e 
Mévio nega o fato solicitando a total absolvição, o Juiz não precisará optar 
por um dos pedidos, podendo aplicar uma pena inferior à solicitada sem 
proclamar a absolvição. 
• DEFINITIVIDADE Î A decisão proclamada pela autoridade judicial torna-se 
imutável quando do encerramento do processo. 
 2.1.2 PRINCÍPIOS
Rege-se a Jurisdição pelos seguintes princípios: 
• PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL Î Vimos este princípio aplicado ao 
Processo Penal na AULA 00 e aqui, para a jurisdição, valem os mesmos 
conceitos. Relembrando: 
Consagrado pela CF/88, em seu art. 5º, LIII, o princípio do Juiz natural 
estabelece que ninguém será sentenciado senão pela autoridade 
competente, representando a garantia de um órgão julgador técnico e 
isento, com competência estabelecida na própria Constituição e nas leis de 
organização judiciária de cada Estado. 
Juiz natural é, assim, aquele previamente conhecido, segundo regras 
objetivas de competência estabelecidas anteriormente à infração penal, 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 3
investido de garantias que lhe assegurem absoluta independência e 
imparcialidade. 
• PRINCÍPIO DA INVESTIDURA Î A jurisdição só pode ser desempenhada 
por quem está investido no cargo de Juiz e no exercício de suas funções. 
Regra geral, tal investidura ocorre mediante concurso público. 
Assim, se cair na sua prova a seguinte questão: “Segundo o princípio da 
investidura, a jurisdição SÓ pode ser exercida por juiz legalmente investido 
através de Concurso Público” você dirá que a assertiva 
está........INCORRETA! Pois encontramos exceção no chamado QUINTO 
CONSTITUCIONAL previsto no art. 94 da Constituição Federal nos 
seguintes termos: 
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, 
dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será 
composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez 
anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de 
reputação ilibada , com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de 
representação das respectivas classes. (grifo nosso). 
• PRINCÍPIO DA INDECLINABILIDADE DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL 
Î Nenhum Juiz pode retirar de si, “abrir mão”, da função jurisdicional 
(normalmente o termo utilizado em prova para este princípio é “o Juiz não 
poderá subtrair-se da função jurisdicional”) e nem a lei excluirá da 
apreciação do Judiciário lesão ou ameaça ao direito (Art. 5º, XXXV da CF). 
• PRINCÍPIO DA INÉRCIA DE JURISDIÇÃO (NE PROCEDAT JUDEX EX 
OFFICIO) Î Você lembra quando falamos na aula 00 do princípio da 
iniciativa das partes? Por favor, não diga que não... rsrs 
Então, o princípio da inércia de jurisdição contém exatamente o mesmo 
conceito, ou seja, o órgão jurisdicional depende da iniciativa das partes para 
poder dar início à ação, não podendo proceder ex officio (diretamente, sem 
manifestação das partes). Perceba que aqui só temos uma mudança de 
denominação. 
• PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE Î Decorrente do princípio do Juiz 
Natural, traz a garantia de que nenhum Magistrado poderá delegar a 
Jurisdição a outro órgão. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 4
• PRINCÍPIO DA IMPRORROGABILIDADE Î Salvo em casos excepcionais 
que encontram previsão LEGAL, um Juiz não poderá invadir a competência 
de outro. 
• PRINCÍPIO DA IRRECUSABILIDADE OU INEVITABILIDADE Î
Imaginemos uma audiência onde ficará definida a divisão de bens de um 
casal por ocasião da separação judicial. Normalmente o homem prefere um 
Juiz ou uma Juíza? E a mulher? Alguns responderão tanto faz, mas, 
normalmente, até por questões culturais, o homem prefere ser “julgado” por 
um Juiz e a mulher por uma Juíza, neste supracitado caso. Exatamente 
para evitar escolhas de cunho pessoal, através do conceito deste princípio 
as partes não podem recusar o Juiz, salvo em casos excepcionais. 
• PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE OU DA CORRELAÇÃOÎ A sentença do 
Juiz deve corresponder ao pedido, guardando exata relação com o pedido 
incorporado na denúncia ou queixa. 
Podemos resumir o que vimos até agora da seguinte forma: 
SIGNIFICADO 
PRINCÍPIOS 
CARACTERÍSTICAS 
FUNÇÃO DE DIZER O 
DIREITO 
1. JUIZ NATURAL 
2. INVESTIDURA 
3. INDECLINABILIDADE 
4. INÉRCIA DE JURISDIÇÃO 
5. INDELEGABILIDADE 
6. IMPRORROGABILIDADE 
7. IRRECUSABILIDADE 
8. CORRELAÇAO 
1. SUBSTITUTIVIDADE2. DEFINITIVIDADE 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 5
2.2 COMPETÊNCIA 
Caro (a) aluno (a), até agora falamos da Jurisdição como o poder que detêm o Judiciário de 
dizer o Direito no caso concreto. 
Todavia, podemos dizer que todo Juiz pode julgar todas as causas (penais, eleitorais, civis, 
trabalhistas, etc.)? Ou mesmo, podemos afirmar que um Juiz do RJ poderá julgar qualquer 
crime ocorrido em qualquer lugar? 
A resposta para as duas questões é NÃO, pois cada Magistrado possui uma competência, ou 
seja, uma parcela da Jurisdição. 
Competência, na doutrina tradicional, é o critério que define os limites jurisdicionais de cada 
órgão do Poder Judiciário. 
Nas palavras de THEODORO JÚNIOR citando JOSÉ FREDERICO MARQUES, hoje em dia 
não mais se confunde competência e jurisdição, pois aquela é "apenas a medida de 
jurisdição, isto é, a determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da 
função jurisdicional". 
 2.2.1 FATORES DETERMINANTES DA COMPETÊNCIA JURISDICIONAL
Dispõe o Código de Processo Penal sobre a competência: 
 Art. 69. Determinará a competência jurisdicional: 
 I - o lugar da infração: 
 II - o domicílio ou residência do réu; 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 6
 III - a natureza da infração; 
 IV - a distribuição; 
 V - a conexão ou continência; 
 VI - a prevenção; 
 VII - a prerrogativa de função. 
Assim, podemos dizer que a competência pode ser analisada em razão do lugar (ratione 
loci), da pessoa (ratione personae), da natureza da infração (ratione materiae) e, nos 
casos em que a competência se estende por mais de uma jurisdição, pela prevenção, 
prerrogativa de função, distribuição e conexão ou continência. Vamos analisar os 
aspectos pertinentes a cada uma: 
2.2.1.1 PREVENÇÃO
Começaremos tratando da definição da prevenção, pois este conhecimento será 
necessário em praticamente todos os outros tipos de competência jurisdicional. 
Observe: 
Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, 
concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou 
com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros 
na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda 
que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa. (grifo nosso). 
Do exposto, podemos resumir que a competência pela prevenção será aplicada para 
solucionar o caso quando dois Juízes forem igualmente competentes. Nas palavras de 
Fernando Capez, trata-se de uma prefixação da competência, que ocorre quando o 
(Polícia Federal) A prerrogativa de função é um dos critérios utilizados para fixar a 
competência no processo penal. 
GABARITO: CORRETA 
CAIU EM PROVA! 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 7
Juiz toma conhecimento da prática de uma infração penal antes de qualquer outro 
igualmente competente. 
Exemplos de prevenção: Decretação da prisão preventiva, pedido de explicações em 
juízo, concessão de fiança, etc. 
OBSERVAÇÂO IMPORTANTE Î Não ocorre prevenção em pedido de habeas corpus 
e remessa de cópia de auto de prisão em flagrante, dentre outros. Assim, está 
INCORRETO afirmar que qualquer ato do Magistrado ocasiona a prevenção. 
 2.2.1.2 O LUGAR DA INFRAÇÃO
O foro do lugar, como bem nos diz Pimenta Bueno, é sem dúvida o foro mais racional. 
Se naquele local o Direito foi violado, ali deverá ocorrer a ação social para punir o 
criminoso. O lugar da infração constitui a REGRA GERAL para a determinação da 
competência conforme o CPP: 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que 
se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for 
praticado o último ato de execução. (grifo nosso) 
(Polícia Federal) No processo penal, a competência será determinada, de regra, 
pelo lugar da infração. 
GABARITO: CORRETA 
(Polícia Federal) Em regra, a competência é determinada pelo lugar em que se 
consumar a infração; no caso de tentativa, pelo lugar onde foi praticado o 
primeiro ato de execução. 
GABARITO: ERRADA (último ato de execução) 
CAIU EM PROVA! 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 8
O artigo 70 do Código de Processo Penal adota claramente a chamada Teoria do 
Resultado, segundo a qual o lugar do crime é o da ação ou omissão, sendo 
irrelevante o lugar da produção do resultado. 
Em contrapartida, o Código Penal, ao definir o lugar do crime (art. 6°), estabelece 
que "considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no 
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado", 
consagrando, para o Direito Penal, a Teoria da Ubiqüidade. 
Sobre o tema, manifesta-se Mirabete asseverando que "a superveniência da Lei n° 
7.209 de 11-7-84, que deu nova redação à Parte Geral do Código Penal, não alterou 
a regra do artigo 70, caput, do CPP, já que o artigo 6° daquele Estatuto refere-se ao 
lugar do crime para os efeitos de direito penal e não como regra de 
competência”. 
Assim, prevalece para a determinação da competência o lugar da consumação do 
crime, onde, em consonância com o artigo 14, inciso I, do próprio Código Penal, é 
possível reunir todos os elementos para a definição do delito. 
Nesse sentido, exemplificando, a Súmula 200 do STJ orienta que "o juízo federal 
competente para processar e julgar acusado de crime de uso de passaporte falso é 
o lugar onde o delito se consumou". 
(MPE-RN / 2009) Tratando-se de competência territorial pelo lugar da infração, 
em regra, o CPP adotou a teoria da atividade. 
GABARITO: ERRADA (Teoria do Resultado) 
(Delegado-PC-PB / 2008) Nos crimes qualificados pelo resultado, por força da 
teoria da atividade, adotada pelo CPP, o foro competente é o do local da 
prática da ação, independentemente do local em que se consumou o delito. 
GABARITO: ERRADA (Teoria do Resultado) 
CAIU EM PROVA! 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 9
Agora imaginemos a seguinte situação: Mévio envia uma carta injuriosa para Tícia, 
sua ex-namorada residente em Londres. Neste caso, temos um delito começando 
no território nacional e se consumando no exterior. Para essas situações em 
que temos delitos envolvendo o Brasil e outro país, dispõe o CPP: 
Art.70 
[...] 
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se 
consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que 
tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. 
§ 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território 
nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora 
parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. 
Do exposto, podemos resumir: 
Regras especiais:
1 - Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou 
quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada 
nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela 
prevenção. 
Observe a notícia de jornal: Um homem foi morto e outro ficou baleado numa 
emboscada no limite entre Garuva, em Santa Catarina, e Paraná. A execução 
aconteceu na subida de uma serra, depois que um carro, com duas pessoas, 
1 – EXECUÇÃO iniciada no Brasil e CONSUMAÇÃO fora do país 
Î A competência é determinada pelo local do ÚLTIMO ATO 
DE EXECUÇÃO NOBRASIL. 
2 – ÚLTIMO ATO DE EXECUÇÃO praticado fora do território 
nacional Î A competência é determinada pelo lugar em que o 
crime tenha produzido parcialmente ou devia produzir o 
resultado. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 10
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
INFRAÇÃO CONTINUADA ÎQUANDO O AGENTE, MEDIANTE MAIS DE 
UMA AÇÃO OU OMISSÃO, PRATICA DOIS OU MAIS CRIMES DA MESMA 
ESPÉCIE E, PELAS CONDIÇÕES DE TEMPO, LUGAR, MANEIRA DE 
EXECUÇÃO E OUTRAS SEMELHANTES, DEVEM OS SUBSEQÜENTES 
SER CONSIDERADOS COMO CONTINUAÇÃO DO PRIMEIRO. 
SERIA O EXEMPLO DE UM EMPREGADO DE UMA LOJA QUE TODO DIA 
SUBTRAI R$50,00 DO CAIXA E NO 10º DIA É DESCOBERTO. 
INFRAÇÃO PERMANENTE ÎÉ O CRIME CUJO MOMENTO 
CONSUMATIVO SE PROLONGA NO TEMPO. EXEMPLO: SEQUESTRO 
parou ao lado dos dois homens no acostamento da rodovia BR-376, que liga os 
dois estados. Um dos passageiros do carro disparou pelo menos quatro tiros. 
Neste caso, se não for possível determinar corretamente a jurisdição (infração 
consumada nas divisas), a competência será determinada pela já vista 
prevenção. 
2 - Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em 
território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela 
prevenção. 
Assim, se um seqüestro tem início no RJ, depois o criminoso vai se esconder 
em SP e finalmente é descoberto pela polícia em MG, teremos o Juízo definido 
pela prevenção. 
(Polícia Federal) Tratando-se de crime permanente ou continuado, praticado 
em território de duas ou mais jurisdições, a competência, no processo penal, 
firmar-se-á pela prevenção. 
GABARITO: CORRETA 
CAIU EM PROVA! 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 11
Exemplo prático e interessante:
Finalizando este tópico, analise a situação: 
Tício, morador do Rio de Janeiro, resolveu viajar para São Paulo a fim de 
realizar compras na Rua 25 de março. Chegando ao local, emitiu um cheque 
no valor de R$5.000,00 sabendo que não detinha suficiente provisão de fundos. 
Neste caso, o foro competente para o julgamento do crime de estelionato será 
SP ou RJ? Observe o que nos diz o STF: 
SÚMULA 521 Î O foro competente para o processo e julgamento dos crimes 
de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão 
de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado. (No 
exemplo o RJ). 
Isso ocorre porque é no lugar em que é negado o pagamento do cheque (praça 
de origem) que irá se consumar o prejuízo da vítima, ou seja, não importa onde 
ele depositou o cheque e sim de onde o dinheiro deveria sair. 
2.2.1.3 O DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU 
O CPP inicia o tratamento do assunto deixando bem claro o caráter subsidiário da 
definição de competência pelo domicílio ou residência do réu, observe: 
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência 
regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. (grifo nosso). 
Entretanto, este caráter subsidiário é extremamente atenuado a partir da aplicação da 
regra prevista no Art. 73 do CPP, item este IMPORTANTÍSSIMO PARA PROVA!!! 
Observe: 
(TRE-MS) No processo penal, a competência será determinada, de 
regra, pelo lugar do domicílio do réu. 
GABARITO: ERRADA 
CAIU EM PROVA! 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 12
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá 
preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando 
conhecido o lugar da infração. (grifo nosso). 
É óbvio, mas interessante ressaltar, que a regra acima não será aplicada no caso de 
ação penal privada subsidiária da pública e, muito menos, nas públicas condicionadas 
ou incondicionadas. 
Finalizando, o CPP trata de duas importantes situações: 
1 - O RÉU POSSUÍ MAIS DE UMA RESIDÊNCIA Î A competência é determinada 
pela prevenção. Observe: 
Art. 72. [...] 
§ 1o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á 
pela prevenção. 
2 - O RÉU POSSUI RESIDÊNCIA DESCONHECIDA Î Será competente o juiz que 
primeiro tomar conhecimento do fato. Veja: 
(Analista Judiciário) Pode o ofendido, em crime de ação penal privada, 
oferecer a queixa no foro do domicílio ou residência do réu, ou no lugar 
da infração, de acordo com a sua conveniência. 
GABARITO: CORRETA 
(Polícia Rodoviária Federal) A competência, no processo penal, será, 
quanto à ação penal privada subsidiária da pública, em qualquer caso, 
determinada pelo domicílio ou residência do réu. 
GABARITO: ERRADA 
CAIU EM PROVA! 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 13
Art. 72. [...] 
§ 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, 
será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. 
2.2.1.4 NATUREZA DA INFRAÇÃO
Diz o Prof. Mirabete que, determinada a competência pelo lugar da infração ou, 
eventualmente, pelo domicílio ou residência do réu (ratione loci), é preciso fixá-la em 
razão da matéria (ratione materiae), ou seja, deve-se verificar se é da competência da 
Justiça Especial (Militar, Eleitoral etc.) ou da Justiça Comum (Federal ou Estadual). 
Dirimida essa questão referente à competência do Juízo, deve-se buscar, na hipótese 
de haver vários juízes, aquele competente em razão da natureza da infração, caso não 
tenham todos a competência plena (para todas as infrações), hipótese em que é ela 
determinada pela distribuição. 
Assim, podemos definir a competência em razão da matéria como o poder que tem Juiz 
ou Tribunal para conhecer de uma determinada infração, em razão da sua natureza ou 
da pena que a lei lhe comina. 
Sobre o assunto o Código de Processo Penal dispõe: 
 Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada 
pelas leis de organização judiciária, salvo a competência privativa do 
Tribunal do Júri. 
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
LEIS DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
Primeiramente, as normas de organização judiciária estão presentes na 
Constituição Federal. A Carta Magna é a maior responsável pela distribuição de 
competências para o exercício do poder do Estado; impõe normas referentes à 
competência para legislar em tema de organização judiciária. 
Em segundo lugar, considerando que cada Estado pode organizar a sua Justiça, 
o Código de Processo Civil, o Código de Organização Judiciária de cada Estado e 
o Regimento Interno do Tribunal de Justiça Estadual delinearão a estrutura do 
Poder Judiciário local. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 14
É a lei de organização judiciária (federal ou estadual) que vai determinar a competência 
do juiz, podendo estabelecer critérios variados para a divisão, tais como: a qualidade da 
pena principal (reclusão, detenção, multa); o elemento subjetivo (crimes dolosos e 
culposos); a natureza da infração penal (crimes, contravenções); o bem jurídico 
protegido (vida, integridade corporal, patrimônio, fé pública etc.); a espécie da lei penal 
(comum, especial) etc. 
Não obstante a margem de liberdade conferida às leis de organização judiciária, a 
Constituição Federal assegura para o Júri a competência para o julgamento dos crimes 
dolosos contra a vida, incluindo-se, portanto, o crime de genocídio. Observe como o 
CPP dispõe sobre o tema: 
Art. 74. [...] 
§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos 
arts. 121, §§ 1o e 2o, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e127 do 
Código Penal, consumados ou tentados. 
Para finalizar este tópico, vamos tratar da hipótese de ocorrência da desclassificação 
do crime. Observe o disposto no CPP: 
Art. 74. 
[...] 
 § 2o Se, iniciado o processo perante um juiz, houver 
desclassificação para infração da competência de outro, a este será 
remetido o processo, salvo se mais graduada for a jurisdição do primeiro, 
que, em tal caso, terá sua competência prorrogada. 
 § 3o Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra 
atribuída à competência de juiz singular, observar-se-á o disposto no art. 
410; mas, se a desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júri, a 
seu presidente caberá proferir a sentença (art. 492, § 2o). 
 
Existem determinadas situações em que, no decorrer do processo, é dado ao fato 
delituoso classificação diversa da prevista na inicial (denúncia ou queixa). 
Seria o caso, por exemplo, de um processo que inicialmente tratava de homicídio 
culposo e no seu decorrer verificou-se claramente a ocorrência de um homicídio doloso. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 15
Neste caso, deverá o magistrado remeter os autos ao Juiz competente para os 
processos que devem ser decididos pelo Júri. Todavia, deve-se atentar que o próprio 
texto do CPP traz uma exceção a esta regra, pois se a jurisdição do Juiz que 
desclassifica a infração for mais graduada que a do Juiz competente, terá ele sua 
competência prorrogada, continuando, assim, com o processo até o final. 
A ATTEENNÇÇÃÃO O CCOOM M EESST TE E IITTEEM M, , PPO OIIS S AAPPAARREECCE E MMU UIITTO O EEM M 
P PRROOVVAA! !!!!! 
2.2.1.5 DISTRIBUIÇÃO
Sobre este critério de definição da competência jurisdicional não há muito o que 
explicar, pois trata do caso em que, havendo mais de um Juiz competente no foro do 
processo, a distribuição do mesmo determinará qual Magistrado será o responsável. 
Observe: 
Art. 75. A precedência da distribuição fixará a competência quando, na 
mesma circunscrição judiciária, houver mais de um juiz igualmente 
competente. 
 Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da concessão de 
fiança ou da decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência 
anterior à denúncia ou queixa prevenirá a da ação penal. 
Exemplificando: 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 16
2.2.1.6 CONEXÃO
Existem determinadas situações em que em um delito temos fatos que guardam 
relação entre si. Para estes casos deve-se, preferencialmente, unir os processos a fim 
de primar pela celeridade processual e evitar decisões diferentes para o mesmo caso. 
Assim, imagine que em um jogo de futebol dez torcedores cometeram atos de 
vandalismo quebrando parte do estádio. É interessante que todos sejam julgados no 
mesmo processo pelas razões acima apresentadas. 
Sobre o tema, FERNANDO DA COSTA TOURINHO FILHO assinala, com precisão e 
segurança, que Conexão é sinônimo de relação, coerência, nexo. Logo, pode-se dizer 
que a conexão de que trata o Código de Processo Penal é o nexo, a relação recíproca 
que os fatos guardam entre si e, em face do vínculo existente entre eles, devem ser 
apreciados num só processo, possibilitando um só quadro probatório e, ao mesmo 
tempo, evitando decisões díspares ou conflitantes. 
Podemos classificar a conexão em: 
JUIZ 01 JUIZ 02 
PROCESSO 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 17
a) CONEXÃO INTERSUBJETIVA , que se subdivide em: 
• Intersubjetiva por simultaneidade Î Definida no Art. 76, I (primeira parte) 
do CPP: 
Art. 76. A competência será determinada pela conexão:
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido 
praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas [...] 
Exemplo: Imaginemos uma final de campeonato brasileiro, Corinthians e 
Avaí no Pacaembu e o empate favorecendo o time da casa. 
Aos 48 minutos do segundo tempo, o árbitro apita um pênalti para o 
Avaí, que converte a cobrança. 
A torcida do Corinthians, revoltada, impulsivamente e sem ajuste 
prévio, começa a destruir o estádio. 
Neste caso, é interessante que todos os infratores sejam julgados no 
mesmo processo, configurando a conexão intersubjetiva por 
simultaneidade. 
• Intersubjetiva por concurso Î Definida no Art. 76, I (segunda parte) do 
CPP: 
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, 
[...] por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o 
lugar [...] 
Exemplo: Pensemos em uma quadrilha que efetua um seqüestro. Um 
indivíduo é responsável pelo planejamento, outro pela execução, um 
terceiro fica só vigiando o local no momento do delito, outro fica 
responsável pela negociação do resgate e assim por diante. 
Nesta situação, todos deverão compor o mesmo processo penal, 
configurando conexão intersubjetiva por concurso. 
• Intersubjetiva por reciprocidade Î Definida no Art. 76, I (parte final) do 
CPP: 
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, 
[...] por várias pessoas, umas contra as outras; 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 18
Exemplo: Briga entre dois grupos rivais, ocasionando lesões corporais 
recíprocas. 
b) CONEXÃO OBJETIVA Î Prevista no Art. 76, II do CPP nos seguintes termos: 
Art. 76. A competência será determinada pela conexão: 
[...] 
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou 
ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em 
relação a qualquer delas; 
Exemplo 01: Tício mata Mévia, sua esposa. No momento em que estava 
retirando o corpo da casa, aparece a melhor amiga de Mévia e Tício a mata 
visando garantir sua impunidade. 
Exemplo 02: Caio, vendedor de livros e DVDs piratas, mata um policial a fim de 
garantir a venda dos produtos aos clientes. Tal delito foi cometido visando 
facilitar a execução de outro, caracterizando a conexão objetiva. 
c) CONEXÃO INSTRUMENTAL OU PROBATÓRIA Î Prevista no Art. 76, III do 
CPP: 
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas 
circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. 
Exemplo: Tício furtou o relógio de Caio. Mévio comprou o relógio tendo 
conhecimento de que era roubado (delito de receptação). Neste caso, podemos 
falar em conexão probatória, pois a prova do furto influi na prova da receptação. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 19
Bom, caros companheiros de 
estudo, até aqui tudo tranquilo? 
Sei que o assunto é cheio de 
detalhes, mas são eles que farão 
diferença na hora da prova. 
Assim, beba uma água, respire 
fundo e vamos em frente que todo 
esforço será recompensado em 
breve!!! 
(Delegado-PC-PB / 2008) Ocorre a conexão intersubjetiva concursal quando duas ou 
mais infrações tiverem sido praticadas ao mesmo tempo e por várias pessoas 
reunidas, ainda que sem liame subjetivo entre as condutas. 
GABARITO: INCORRETA 
(Delegado-PC-PB / 2008) Ocorre a conexão probatória quando a infração é praticada 
para facilitar ou ocultar outra, ou ainda para conseguir impunidade ou vantagem em 
relação a qualquer uma delas. 
GABARITO: INCORRETA 
(Policia Civil-PA / 2006) A competência é determinada pela conexão material ou 
lógica quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias influir 
na prova de outra. 
GABARITO: INCORRETA 
CAIU EM PROVA!CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 20
2.2.1.7 CONTINÊNCIA
Falamos bastante sobre conexão e dissemos que ela ocorre quando do nexo entre 
ações ou provas. 
Tratamos, como exemplo da conexão, da tão comum briga de torcida e neste ponto 
cabe um importante questionamento: É possível aplicar um processo para cada 
indivíduo? 
A resposta é SIM, pois eles podem ser individualizados. É claro que, como vimos, é 
melhor que os processos sejam unidos, para não haver, por exemplo, divergência nas 
penas. Todavia, não é por isso que podemos afirmar que o processo não é passível 
de separação. 
Neste ponto reside a principal diferença entre a conexão e a continência, pois nesta 
última um delito está CONTIDO no outro, não sendo possível a separação. Vamos 
começar a compreender... 
O CPP traz em seu texto as seguintes hipóteses de continência: 
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: 
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; 
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, 
§ 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 21
No primeiro caso trazido pelo CPP, temos um único crime (uma única 
conduta) e várias pessoas sendo acusadas dele. Exemplo claro é o crime de rixa, 
no qual ocorre uma briga entre três ou mais pessoas, em que é impossível identificar 
a existência de grupos distintos. Trata-se de uma briga desordenada, de todos contra 
todos. 
Aqui, caro aluno, deve estar surgindo o questionamento: Mas professor, aqui não é o 
mesmo caso da conexão intersubjetiva por reciprocidade? 
E a resposta é NÂO, pois no caso da briga entre grupos rivais temos o delito de lesão 
corporal ou até homicídio, que pode ser individualizado (dois ou mais delitos sendo 
cometidos). Diferentemente, quando falamos da rixa não temos grupos rivais e sim 
três ou mais indivíduos brigando, sem ser possível identificar grupos. 
Neste caso, os brigões terão obrigatoriamente que estar em um mesmo processo para 
ser caracterizada a RIXA. Há um só crime praticado, NECESSARIAMENTE por três 
ou mais agentes (co-autores de um MESMO DELITO). 
No segundo caso, o artigo 77 diz que a competência é determinada pela continência 
"no caso de infração cometida nas condições previstas nos art. 51, § 1°, 53, segunda 
parte, e 54 do Código Penal". 
A referência é feita a dispositivos originais do Código Penal, agora substituídos pelos 
art. 70, 73 e 74 da nova Parte Geral. Podemos então dizer que o inciso II do art. 77 
garante a aplicação da continência aos seguintes casos: 
1 - AO CONCURSO FORMAL DE CRIMES EM QUE, COM UMA MESMA CONDUTA, O 
AGENTE PRATICA DOIS OU MAIS CRIMES (ART. 70); 
Exemplo: Um indivíduo dirigindo com um velocidade 50% acima da permitida perde o 
controle do veículo e atropela 05 pessoas Î Uma conduta gerando 05 homicídios 
culposos. 
(MPE-CE) A competência será determinada pela continência quando duas ou 
mais pessoas forem acusadas pelo mesmo crime. 
GABARITO: CERTA 
CAIU EM PROVA! 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 22
2 - AO ERRO NA EXECUÇÃO (ABERRATIO ICTUS) EM QUE, POR ACIDENTE OU ERRO 
NO USO DOS MEIOS DE EXECUÇÃO, O AGENTE, ALÉM DE ATINGIR A PESSOA QUE 
PRETENDIA OFENDER LESA OUTRA (ART. 73, 2ª PARTE); 
Exemplo: Tício dispara contra Mévio e, além dele, acerta Caio que passava pelo local. 
3- AO RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO (ABERRATIO CRIMINIS) EM QUE, 
FORA DA HIPÓTESE ANTERIOR, O AGENTE ALÉM DO RESULTADO PRETENDIDO, 
CAUSA OUTRO (ART. 74, 2ª PARTE). 
Exemplo: Mévio joga uma pedra visando quebrar a janela de sua vizinha. A janela 
quebra e a pedra acerta Tícia que passava naquele momento por ela. 
Até aqui podemos resumir o assunto Conexão e Continência da seguinte forma: 
CONEXÃO 
INTERSUBJETIVA
OBJETIVA
INSTRUMENTAL 
OU PROBATÓRIA
POR SIMULTANEIDADE
POR CONCURSO 
POR RECIPROCIDADE
NEXO ENTRE 
DUAS OU MAIS 
INFRAÇÕES 
(PLURALIDADE 
DE CONDUTAS) 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 23
2.2.1.8 REGRAS ESPECIAIS DA CONEXÃO E CONTINÊNCIA
A reunião dos processos poderá ocasionar uma prorrogação de competências em 
relação a um dos crimes. 
“Mas, como assim, professor?” 
Vamos exemplificar: Imaginemos que um furto qualificado ocorreu em SP e a 
receptação foi consumada em MG. Aqui temos um exemplo de conexão, concorda? 
Mas qual será o juízo competente, SP ou MG ? Exatamente para dirimir este tipo de 
dúvida dispõe da seguinte forma o CPP: 
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, 
serão observadas as seguintes regras: 
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da 
jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri; 
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: 
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais 
grave; 
CONTINÊNCIA 
DUAS OU MAIS 
PESSOAS + UMA 
INFRAÇÃO 
EM RAZÃO DE 
CONCURSO FORMAL 
ABERRATIO ICTUS 
ABERRATIO DELICTI 
O FATO É O 
MESMO OU A 
CONDUTA É 
UMA SÓ 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 24
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de 
infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; 
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; 
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de 
maior graduação; 
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá 
esta. 
Podemos resumir da seguinte forma: 
TIME 01 TIME 02 VENCEDOR 
Competência do Júri X Jurisdição Comum JÚRI 
JURISDIÇÃO 01 X JURISDIÇÃO 02 EMPATE 
CRITÉRIOS DE DESEMPATE: 
1-Pena mais grave 
2-Maior número de infrações 
3-Prevenção 
JURISDIÇÃO–SÉRIE A X JURISDIÇÃO–SÉRIE B 
JURISDIÇÃO – SÉRIE A 
(MAIOR GRADUAÇÃO) 
JURISDIÇÃO COMUM X JURISDIÇÃO 
ESPECIAL 
JURISDIÇÃO ESPECIAL 
MESMA CATEGORIA 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 25
Visto o quadro, já podemos responder à pergunta do início do tópico. Será competente 
MG ou SP? 
Como são jurisdições de mesma categoria, teremos que seguir os critérios de 
desempate, ou seja, será competente o estado no qual foi praticado o delito com a 
pena mais grave. No exemplo, SP. 
OBSERVAÇÂO PARA ACALMAR: É claro que você não precisa saber a penalização 
para todos os crimes. Se a banca exigir a utilização dos critérios de desempate ela 
deixará bem claro qual delito tem uma penalização maior. UFAAAA!!! 
2.2.1.9 SEPARAÇÃO DOS PROCESSOS 
No Direito praticamente nenhum conceito é absoluto e com relação à conexão e à 
continência não será diferente. Vimos até agora que nos citados casos a regra é a 
unidade do processo, mas o CPP traz algumas exceções. Observe: 
 Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e 
julgamento, salvo:
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar; 
II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores. 
 [...] 
OBS: REGRA GERAL, O MILITAR SERÁ JULGADO NA JUSTIÇA 
MILITAR E O CIVIL, NA COMUM 
OBS: DEVIDO À INIMPUTABILIDADE DO MENOR DE 18 ANOS FICA 
EVIDENTE A NECESSIDADE DE SEPARAÇÃO DOS PROCESSOS. 
OBSERVAÇÃO – SÚMULA 122 DO STJ 
COMPETE À JUSTIÇA FEDERAL O PROCESSO E JULGAMENTOUNIFICADO DOS 
CRIMES CONEXOS DE COMPETÊNCIA FEDERAL E ESTADUAL, NÃO SE APLICANDO 
A REGRA DO ART. 78, II, "A", DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 26
Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações 
tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar 
diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não 
Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz 
reputar conveniente a separação. (grifo nosso). 
2.2.1.10 COMPETÊNCIA POR PRERROGATIVA DA FUNÇÃO
Existem no nosso ordenamento jurídico determinados cargos que gozam do chamado 
foro privilegiado, ou seja, quando cometem um delito, os ocupantes destes cargos não 
serão julgados segundo as regras de competência aplicadas à maioria dos cidadãos. 
Segundo Mirabete, “Fala-se em competência ratione personae (em razão da pessoa), 
quando o Código deixa bem claro que a competência é ditada pela função da pessoa, 
tendo em vista a dignidade do cargo exercido e não do indivíduo que o exerce. É 
usual também o nome de foro privilegiado, agora mais aceitável, já que a Constituição 
Federal de 1988 não menciona proibição ao "foro privilegiado", mas apenas a "juízo 
ou tribunal de exceção" (art. 5°, XXXVII).” 
(Polícia Federal) Ocorrendo um crime de competência da Justiça Militar 
e outro de competência da Justiça Comum, será competente a Justiça 
Militar para o julgamento dos dois crimes. 
GABARITO: ERRADA 
CAIU EM PROVA! 
OBS: PERCEBA QUE SÃO TRÊS POSSIBILIDADES DE SEPARAÇÃO 
FACULTATIVA PREVISTAS NO ART. 80: 
1-QUANDO AS INFRAÇÕES TIVEREM SIDO PRATICADAS EM 
CIRCUNSTÂNCIAS DE TEMPO OU DE LUGAR DIFERENTES; 
2-QUANDO PELO EXCESSIVO NÚMERO DE ACUSADOS E PARA NÃO 
IHES PROLONGAR A PRISÃO PROVISÓRIA; 
3 - MOTIVO RELEVANTE. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 27
Agregando à definição de Mirabete, observe os seguintes julgados: 
O Código de Processo Penal trata do tema afirmando que a competência por 
prerrogativa de função é do STF, STJ, dos TRF e dos TJ dos Estados e do Distrito 
Federal relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes 
comuns e de responsabilidade. Observe: 
STJ, HC 99.773/RJ, DJ 03.03.2008 
O foro especial por prerrogativa funcional não é privilégio pessoal do seu detentor, 
mas garantia necessária ao pleno exercício de funções públicas, típicas do Estado 
Democrático de Direito. É técnica de proteção da pessoa que o detém, em face de 
dispositivo da Carta Magna, significando que o titular se submete a investigação, 
processo e julgamento por órgão judicial previamente designado, não se 
confundindo, de forma alguma, com a idéia de impunidade do agente. 
STF, AgR Inq. 2.268/DF, DJ 15.06.2007, Informativo 471 
Com a perda do mandato eletivo pelo investigado, querelado ou denunciado, cessa a 
competência penal originária do STF para apreciar e julgar autoridades dotadas de 
prerrogativa de foro ou função. 
STF, Inq. 2.295/MG, DJE 05.06.2009 
Uma vez iniciado o julgamento de Parlamentar no STF, a superveniência do término 
do mandato eletivo não desloca a competência para outra instância. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 28
Art. 84. 
A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal 
Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais 
Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, 
relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes 
comuns e de responsabilidade 
Regra interessante é a prevista no Art. 85 nos seguintes termos: 
Art. 85. Nos processos por crime contra a honra, em que forem 
querelantes as pessoas que a Constituição sujeita à jurisdição do 
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Apelação, àquele ou a 
estes caberá o julgamento, quando oposta e admitida a exceção da 
verdade. 
Vamos compreender o supracitado artigo: Digamos que Tício diz a um Ministro de 
Estado que ele é corrupto. O ministro resolve, então, ingressar com uma ação contra 
Tício por crime contra a honra. Como Tício não goza de foro privilegiado, a ação será 
proposta na Justiça comum. Entretanto, se Tício conseguir provar o que está dizendo, 
obviamente não será condenado. Assim, no decurso do processo, o réu pode opor a 
exceção da verdade, ou seja, comprovar aquilo que disse. Neste caso, o julgamento 
caberá ao juízo competente para julgar o querelante (ofendido), pois a comprovação 
de Tício poderá dar ensejo até mesmo a uma ação penal contra o Ministro. 
Podemos resumir a competência pela prerrogativa de função da seguinte forma: 
Autoridade Crime 
comum 
Crime de 
responsabilidade
Presidente da República STF Senado Federal 
Vice-Presidente STF Senado Federal 
Deputados Federais e 
Senadores 
STF Casa respectiva a 
que pertence 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 29
Ministros do STF STF Senado Federal 
Procurador Geral da República STF Senado Federal 
Ministros de Estado e 
Comandantes da Marinha, Exército 
e Aeronáutica 
STF STF 
Se conexo com o 
Presidente: 
Senado Federal 
Advogado-Geral da União STF Senado Federal 
Ministros de Tribunais Superiores 
(STJ, TSE, STM e TST) 
STF STF 
Chefes de missão diplomática de 
caráter permanente 
STF STF 
Embaixador brasileiro STF STF 
Ministros do TCU STF STF 
Membros de TRT, TRE, TCE, TCM 
e TRF’s 
STJ STJ 
Desembargadores Federais e 
Estaduais 
STJ STJ 
Juízes Federais TRF TRF 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 30
********************************************************************************************************** 
Caro(a) aluno(a), 
Chegamos ao final de mais uma aula e posso dizer, sem dúvida, que após o estudo 
cuidadoso e consequente entendimento do que aqui foi exposto você terá um verdadeiro 
diferencial para a prova. 
Como conversamos no início da aula, muita gente não dá a atenção necessária ao tema 
Jurisdição e Competência e, por isso mesmo, é um assunto explorado constantemente pelas 
bancas (conforme demonstrado durante a aula com exercícios de provas anteriores). 
Sendo assim consolide o aprendizado e garanta importantes pontos em sua PROVA. 
Abraços, bons estudos e até a próxima aula, 
Pedro Ivo 
pedro@pontodosconcursos.com.br
"Grandes realizações não são feitas por impulso, 
mas por uma soma de pequenas realizações”. 
(Vincent Van Gogh) 
********************************************************************************************************** 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 31
PRINCIPAIS ARTIGOS TRATADOS NA AULA
DA COMPETÊNCIA 
Art. 69. Determinará a competência jurisdicional: 
I - o lugar da infração: 
II - o domicílio ou residência do réu; 
III - a natureza da infração; 
IV - a distribuição; 
V - a conexão ou continência; 
VI - a prevenção; 
VII - a prerrogativa de função. 
DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a 
competência serádeterminada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato 
de execução. 
§ 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será 
competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia 
produzir seu resultado. 
§ 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a 
jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais 
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas 
ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
DA COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU 
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio 
ou residência do réu. 
§ 1o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
§ 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o 
juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 32
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de 
domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. 
DA COMPETÊNCIA PELA NATUREZA DA INFRAÇÃO 
Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organização 
judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri. 
§ 2o Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para infração da 
competência de outro, a este será remetido o processo, salvo se mais graduada for a 
jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua competência prorrogada. 
DA COMPETÊNCIA POR DISTRIBUIÇÃO 
Art. 75. A precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição 
judiciária, houver mais de um juiz igualmente competente. 
Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança ou da 
decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa 
prevenirá a da ação penal. 
DA COMPETÊNCIA POR CONEXÃO OU CONTINÊNCIA 
Art. 76. A competência será determinada pela conexão: 
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por 
várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o 
lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras; 
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou 
para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas; 
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares 
influir na prova de outra infração. 
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: 
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; 
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda 
parte, e 54 do Código Penal. 
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as 
seguintes regras: 
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, 
prevalecerá a competência do júri; 
 Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: 
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; 
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as 
respectivas penas forem de igual gravidade; 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 33
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; 
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; 
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta. 
Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo: 
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar; 
II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores. 
§ 1o Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se, em relação a algum co-réu, 
sobrevier o caso previsto no art. 152. 
§ 2o A unidade do processo não importará a do julgamento, se houver co-réu foragido que 
não possa ser julgado à revelia, ou ocorrer a hipótese do art. 461. 
Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido 
praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo 
número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo 
relevante, o juiz reputar conveniente a separação. 
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no 
processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória 
ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência, 
continuará competente em relação aos demais processos. 
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou 
continência, o juiz, se vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, 
de maneira que exclua a competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente. 
Art. 82. Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, 
a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os 
outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. Neste caso, a unidade dos 
processos só se dará, ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das penas. 
DA COMPETÊNCIA POR PREVENÇÃO 
Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais 
juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos 
outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior 
ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3o, 71, 72, § 2o, e 78, II, c). 
DA COMPETÊNCIA PELA PRERROGATIVA DE FUNÇÃO 
Art. 84. A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do 
Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos 
Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles 
por crimes comuns e de responsabilidade 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 34
Art. 85. Nos processos por crime contra a honra, em que forem querelantes as pessoas que 
a Constituição sujeita à jurisdição do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Apelação, 
àquele ou a estes caberá o julgamento, quando oposta e admitida a exceção da verdade. 
Art. 86. Ao Supremo Tribunal Federal competirá, privativamente, processar e julgar: 
I - os seus ministros, nos crimes comuns; 
II - os ministros de Estado, salvo nos crimes conexos com os do Presidente da República; 
III - o procurador-geral da República, os desembargadores dos Tribunais de Apelação, os 
ministros do Tribunal de Contas e os embaixadores e ministros diplomáticos, nos crimes 
comuns e de responsabilidade. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 35
E EXXEERRC CÍÍCCIIOOS S 
1. (UPENET / Agente Penitenciário - SERES-PE / 2010) Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. 
b) Na determinação da competência pela conexão ou continência, no concurso de jurisdições de categorias 
diversas, predominará a de maior graduação.c) Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a 
competência firmar-se-á exclusivamente pela natureza do crime. 
d) Ao Supremo Tribunal Federal compete processar e julgar os seus próprios ministros nos crimes comuns. 
e) Havendo concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a 
competência do tribunal do júri. 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: A única alternativa incorreta é a "C", pois contraria o disposto no art. 71 do CPP. Observe: 
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas 
ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
2. (FCC / Advogado - METRO-SP / 2010) A respeito da competência, considere: 
I. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência da vítima. 
II. Nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante só poderá ajuizar a ação no foro do domicílio ou 
residência do réu. 
III. Na competência por conexão ou continência, no concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará 
a do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave. 
Está correto o que consta SOMENTE em 
a) I e II. 
b) III. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) I. 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 36
Assertiva I Î Incorreta ÎContraria o art. 72 do CPP. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência 
regular-se-á pelo domicílio ou residência DO RÉU 
Assertiva II Î Incorreta ÎContraria o art. 73 do CPP. Nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante 
PODE PREFERIR O FORO DO DOMICÍLIO OU DE RESIDÊNCIA DO RÉU, MESMO QUE CONHECIDO O 
LUGAR DA INFRAÇÃO. 
Assertiva III Î Correta ÎEstá de acordo com o art. 78, II, “a”. Na competência por conexão ou continência, no 
concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à qual for cominada pena 
mais grave. 
3. (FGV / Delegado - PC-AP / 2010) Relativamente ao tema Jurisdição e Competência, analise as 
afirmativas a seguir: 
I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de 
tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Se, iniciada a execução no território 
nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido 
praticado, no Brasil, o último ato de execução. 
II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em 
que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. 
III. Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a 
infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, ou tratando-se de infração continuada 
ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: 
Assertiva I Î Correta Î Reproduz o art. 70 e seus parágrafos: 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a 
competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato 
de execução. 
Assertiva II Î Correta Î Reproduz o parágrafo 2º do art. 70: 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 37
§ 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será 
competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia 
produzir seu resultado. 
Assertiva III Î Correta Î Reproduz o parágrafo 3º do art. 70: 
§ 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a 
jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais 
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
4. (FCC / Analista Judiciário - TRE-RS / 2010) A respeito da determinação da competência por conexão 
ou continência, considere as alternativas abaixo: 
I. No concurso de jurisdições da mesma categoria, prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior 
número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade. 
II. No concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à qual for cominada a 
pena menos grave. 
III. No concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá a comum. 
IV. No concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação. 
V. No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência 
deste último. 
Está correto o que consta SOMENTE em 
a) I e IV. 
b) I, II e V. 
c) II, III e V. 
d) III e IV. 
e) IV e V. 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS: Analisando: 
Assertiva I Î Correta Î Reproduz o art. 78, II, “b”. 
Assertiva II Î Incorreta Î No concurso de jurisdições da mesma categoria preponderará a do lugar da 
infração, à qual for cominada a pena mais grave (art. 78, II, “a”). 
Assertiva III Î Incorreta Î No concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta. (art. 78, IV). 
Assertiva IV Î Correta Î Reproduz o art. 78, III. 
Assertiva V Î Incorreta Î No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, 
prevalecerá a competência do júri. (art. 78, I). 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 38
5. (FCC / Analista Judiciário - TRE-AM / 2010) Na hipótese de crime cometido por duas ou mais pessoas, 
em concurso, a competência será determinada pela 
a) natureza da infração. 
b) conexão. 
c) distribuição. 
d) continência. 
e) prevenção. 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: A questão exige do candidato o conhecimento do inciso I do art. 77: 
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: 
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; 
6. (FCC / Analista Judiciário - TJ-AP / 2009) Considerando as regras sobre a competência estabelecidas 
no Código de Processo Penal, é correto afirmar que 
a) nos crimes a distância, cuja execução foi iniciada no Brasil e o resultado ocorreu em outro país, a 
competência será da Capital Federal Brasileira. 
b) se tratando de infração permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência será 
do lugar no qual teve início a infração. 
c) nos casos de tentativa, a competência será determinada pelo lugar em que foi praticado o primeiro ato de 
execução. 
d) nos casos de ação privada exclusiva, o querelante pode preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, 
mesmo que conhecido o lugar da infração. 
e) não sendo conhecido o lugar da infração e tendo o réu apenas um domicílio, a competência será 
determinada pela prevenção. 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: Analisando: 
Alternativa A Î Incorreta Î A competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, 
o último ato de execução (art. 70, parágrafoprimeiro do CPP). 
Alternativa B Î Incorreta Î A competência será firmada pela prevenção (art. 71, CPP). 
Alternativa C Î Incorreta Î Na tentativa, a competência se dará pelo lugar em que foi praticado o último ato de 
execução (art. 70, caput, segunda parte). 
Alternativa D Î Correta Î Está em conformidade com o art. 73 do CPP. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 39
Alternativa E Î Incorreta Î Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo 
domicílio ou residência do réu (art. 72, caput, CPP). 
7. (FCC / Defensor - DPE-MA / 2009) A competência fixada pela circunstância de duas ou mais pessoas 
serem acusadas pela mesma infração é determinada: 
a) pela prevenção. 
b) por conexão. 
c) pela natureza da infração. 
d) pela continência. 
e) por distribuição. 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 77, a competência será determinada pela continência quando duas ou 
mais pessoas forem acusadas pela mesma infração (continência subjetiva). 
8. (FCC / Defensor - DPE-MT / 2009) A respeito dos critérios de determinação e modificação da 
competência, é correto afirmar que 
a) compete à Justiça Federal o processo e o julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e 
estadual. 
b) o querelante, nos casos de exclusiva ação penal, não poderá preferir o foro do domicílio ou da residência do 
réu, quando conhecido o lugar da infração. 
c) no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá a competência da jurisdição comum. 
d) a competência será determinada pelo lugar em que ocorreu a consumação, quando, iniciada a execução no 
território nacional, a infração se consumar fora dele. 
e) a competência será determinada pelo local em que tiver sido iniciada a continuação quando se tratar de 
infração continuada praticada em território de duas ou mais jurisdições. 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: 
Alternativa “A” Î Correta Î Reproduz a súmula 122 do STJ. 
Alternativa “B” Î Incorreta Î De acordo com o art. 73, nos casos de exclusiva ação privada, o querelante 
poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. 
Alternativa “C” Î Incorreta Î De acordo com o art. 78, na determinação da competência por conexão ou 
continência, no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta. 
Alternativa “D” Î Incorreta Î De acordo com o art. 70, § 1º, se, iniciada a execução no território nacional, a 
infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no 
Brasil, o último ato de execução. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 40
Alternativa “E” Î Incorreta Î De acordo com: Art. 71, tratando-se de infração continuada ou permanente, 
praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
9. (VUNESP / Técnico Judiciário / 2007) Competência é: 
a) sinônimo de jurisdição. 
b) o poder de julgar um caso concreto, com a conseqüente solução do litígio. 
c) a medida da extensão do poder de julgar. 
d) todas as alternativas estão corretas. 
e) Nenhuma alternativa está correta. 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: Jurisdição é o poder de julgar um caso concreto, com a conseqüente solução do litígio. 
Competência é a medida da extensão do poder de julgar (da jurisdição). 
10. (FCC / Técnico Judiciário / 2007) São princípios relacionados à jurisdição, EXCETO: 
a) Princípio do juiz natural. 
b) Princípio da delegabilidade da jurisdição. 
c) Princípio da correlação. 
d) Princípio da inércia. 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: Nenhum juiz pode delegar sua jurisdição a outro órgão, pois estaria, por via indireta, violando 
a garantia do juiz natural (Princípio da indelegabilidade). 
11. (FCC / MPE-SE / 2004) Assinale a alternativa INCORRETA. De acordo com o Código de Processo 
Penal, a competência pode ser classificada em razão: 
a) da matéria. 
b) razão do lugar. 
c) da pessoa incriminada. 
d) da pessoa que intenta a ação. 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: De acordo com o CPP, art. 69, a competência pode ser classificada: incisos I e II – pelo lugar 
da infração ou pelo domicílio do réu (ratio loci), inciso III – pela natureza da infração (ratio materiae) e inciso VII 
– pela prerrogativa de função (ratio personae). 
12. (FGV / Analista Judiciário / 2006) Assinale a alternativa INCORRETA. A competência em razão da 
matéria penal compreende a justiça comum e a especial. A justiça especial compreende: 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 41
a) Justiça Federal. 
b) Justiça Eleitoral. 
c) Justiça Militar. 
d) Competência política do Senado Federal. 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS: A CF, art. 109, prevê a Justiça Federal como espécie de justiça comum. 
13. (TRF / Juiz Substituto / 2008) Concomitantemente, diversas pessoas saquearam um estabelecimento 
comercial, sem se conhecerem umas às outras. Trata-se de: 
(A) continência de ações, em razão do concurso de pessoas. 
(B) conexão intersubjetiva por reciprocidade. 
(C) conexão intersubjetiva por simultaneidade. 
(D) conexão objetiva. 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: A conexão Intersubjetiva por simultaneidade encontra-se definida no Art. 76, I (primeira 
parte) do CPP e ocorre quando duas ou mais infrações são praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas 
reunidas, sem vínculo subjetivo. 
14. (FCC / TRE-SE / 2007 - Adaptada) Quando desconhecido o lugar onde ocorreu a infração, e o réu 
tiver mais de uma residência, a competência, entre os juízes das respectivas jurisdições, se 
estabelecerá: 
a) pela prevenção. 
b) pela continência. 
c) pela conexão. 
d) pela distribuição. 
e) N.R.A 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS: Art. 72, § 1º, CPP - Quando desconhecido o lugar onde ocorreu a infração, e o réu tiver mais 
de uma residência, a competência, entre os juízes das respectivas jurisdições, se estabelecerá pela prevenção. 
15. (VUNESP / TJ-SP / 2003) Ao Senado Federal, exercendo atividade jurisdicional, compete processar e 
julgar: 
a) o Presidente da República pelos crimes comum e de responsabilidade. 
b) os Ministros do STF pelos crimes de responsabilidade. 
c) os Ministros de Estado pelos crimes de responsabilidade, desde que não sejam conexos aos crimes do 
Presidente da República. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 42
d) o Procurador Geral da República pelos crimes comuns. 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: Art. 52, I e II, CF - Ao Senado Federal, exercendo atividade jurisdicional, compete processar e 
julgar: o Presidente da República, o vice, o Procurador Geral da República, os Ministros do STF e o Advogado-
Geral da União pelos crimes de responsabilidade e os Ministros de Estado pelos crimes de responsabilidade, 
desde que conexos aos crimes do Presidente da República. 
16. (CESPE / Juiz Substituto / 2010) O STF é competente para processar e julgar originalmente: 
a) seus próprios Ministros nos crimes comuns. 
b) os membros do Congresso Nacional nas infrações de responsabilidade. 
c) os membros do Tribunal de Contas da União apenas nos crimes de responsabilidade. 
d) os membros dos Tribunais Superiores apenas nos crimes comuns. 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS: Art. 102, I, b e c, CF – O STF é competente para processar e julgar originalmente, nas 
infrações penais comuns, seus próprios Ministros, o Presidenteda República, o Vice, os membros do 
Congresso Nacional e o Procurador Geral da República, nas infrações penais comuns e nos crimes de 
responsabilidade, os membros do Tribunal de Contas da União, os membros dos Tribunais Superiores, os 
chefes de missão diplomática de caráter permanente, os Ministros de Estado (exceto nos crimes de 
responsabilidade conexos aos do Presidente da República) e os comandantes das Forças Armadas. 
17. (MP-SP / MP-SP / 2005) Os deputados federais e senadores serão julgados, nos crimes comuns: 
a) pelo STF, desde que haja licença prévia da respectiva Casa. 
b) pelo STF, independentemente de qualquer licença prévia da respectiva Casa. 
c) pelo STJ, desde que haja licença prévia da respectiva Casa. 
d) pelo STJ, independentemente de qualquer licença prévia da respectiva Casa. 
e) pela Justiça Comum. 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: Veja o quadro apresentado na aula! Os deputados federais e senadores serão julgados, nos 
crimes comuns, independentemente de qualquer licença prévia da respectiva Casa (art. 102, I, b e 53, §§ 1º e 
3º, CF). 
18. (TRF / Juiz substituto / 2007) O deputado estadual que cometer crime doloso contra a vida será 
julgado: 
a) pelo STJ. 
b) pelo Tribunal de Justiça de seu Estado. 
c) pela Assembéia Legislativa de seu Estado. 
d) pelo tribunal do Júri. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 43
e) pelo STF. 
GABARITO: D. 
COMENTÁRIOS: Tendo em vista que a CF não previu competência especial para os deputados estaduais, 
caso estes pratiquem crime doloso contra a vida, aplica-se a Súmula 721, do STF, que dispõe: "a competência 
constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido 
exclusivamente pela Constituição estadual". 
19. (Analista Judiciário / 2007) Na hipótese de o crime ser praticado por dois ou mais agentes em 
concurso, em que um deles tiver foro privilegiado: 
a) os processos devem ser separados, devendo o agente que tem prerrogativa responder no juízo especial e o 
que não tem, responder no juízo comum. 
b) os processos devem ser reunidos por conexão e julgados pelo juízo comum. 
c) os processos devem ser reunidos por conexão ou continência e julgados pelo juízo especial. 
d) os processos nunca poderão ser reunidos, em abono à garantia do juiz natural. 
e) N.R.A 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: Na hipótese do crime ser praticado por dois ou mais agentes em concurso, em que um deles 
tiver foro privilegiado, os processos devem ser reunidos por conexão ou continência e julgados pelo juízo 
especial, aplicando-se a Súmula 704, STF, que dispõe: "não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa 
e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa 
de função de um dos denunciados". 
20. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MT / 2010) A competência é, de regra, determinada pelo lugar em 
que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de 
execução. 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Reproduz o art. 70 do CPP. 
21. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MT / 2010) Não sendo conhecido o lugar da infração, a 
competência regular-se-á pelo domicílio ou residência da vítima. 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Segundo o art. 72 do CPP, "não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-
se-á pelo domicílio ou residência do RÉU." 
22. (CESPE / Procurador - PGM-RR / 2010) Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência será 
firmada pelo domicílio da vítima. 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 72, não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-
á pelo domicílio ou residência do réu. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 44
23. (CESPE / Promotor - MPE-RN / 2009) Caso determinada autoridade do estado do Rio Grande do 
Norte, detentora de foro especial por prerrogativa de função no TJRN, cuja previsão encontra-se apenas 
na respectiva constituição estadual, cometa crime doloso contra a vida, a competência para processá-la 
e julgá-la deve ser do tribunal do júri. 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: A competência do Tribunal do Júri haurida diretamente da Constituição Federal, prevalece 
sobre competência estabelecida por Constituição Estadual. 
24. (CESPE / Promotor - MPE-RN / 2009) Por se tratar de hipótese de competência criminal absoluta, 
verificada a ocorrência de conexão entre delitos diversos, deve ser determinada a reunião dos 
processos, ainda que um deles já tenha sido julgado, sob pena de nulidade, que pode ser alegada a 
qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição. 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Segundo o art. 82 do CPP, se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados 
processos diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os 
outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. Neste caso, a unidade dos processos só se dará, 
ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das penas. 
25. (CESPE / Promotor - MPE-RN / 2009) Tratando-se de competência territorial pelo lugar da infração, 
em regra, o CPP adotou a teoria da atividade. 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: O CPP adotou, em regra, a teoria do resultado: 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
26. (CESPE / Analista Judiciário - TJ-DF / 2008) Caso o lugar da infração seja desconhecido, a 
competência será regulada pelo domicílio ou residência do réu. 
GABARITO: CERTA. 
COMENTÁRIOS: Conforme constatamos pela leitura do art. 72 do CPP, não sendo conhecido o lugar da 
infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. 
27. (CESPE / Analista Judiciário - TJ-DF / 2008) Para a determinação da competência em matéria 
processual penal, o CPP adotou a teoria da atividade, de modo que a competência será determinada 
pelo local da ação ou da omissão, ainda que outro seja o local do resultado. 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: A assertiva está incorreta, pois a regra geral, aplicada aos crimes consumados, é que a 
competência será determinada pelo local do resultado (teoria do resultado). Já quanto aos crimes tentados, o 
CPP adotou a teoria da atividade (art. 70, caput, parte final, do CPP). 
28. (CESPE / Analista Judiciário - TJ-DF / 2008) Verificada a reunião dos processos por conexão ou 
continência, ainda que no processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 45
sentença absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência, 
continuará competente em relação aos demais processos. 
GABARITO: CERTA. 
COMENTÁRIOS: Trata-se da redação exata do art. 81 do CPP: 
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no 
processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória 
ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência, 
continuará competente em relação aos demais processos. 
29. (CESPE / Procurador - PGE-CE / 2008) Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada 
em território de duas ou mais jurisdições, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido 
praticado o último ato de execução. 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 71, será determinada

Outros materiais