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ADOÇÃO meu resumo

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ADOÇÃO
- Também chamada de filiação civil;
- É ato jurídico em sentido estrito;
- O Código Civil não regulamenta mais esse instituto, ficando a cargo do ECA;
- A matéria de adoção no ECA está regulamentada do artigo 39 ao 52-D;
- Não é negócio jurídico unilateral;
- A adoção é uma medida irrevogável e excepcional;
- A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos.
- Em caso de menores de 18 anos o procedimento é todo feito na Vara da Infância e da Juventude; Tratando-se de maiores o procedimento é realizado na Vara de Família; Sempre com intervenção do MP, pois trata-se de questões de do estado da pessoa e de ordem social;
- A adoção de maiores de 18 anos dependerá da assistência do Poder Público e é necessário a sentença constitutiva, aplicando-se, no que couber o ECA; devendo ser escrita no Registro Civil;
*Enunciado 273 – CJF: “273 – Art. 10. Tanto na adoção bilateral quanto na unilateral, quando não se preserva o vínculo com qualquer dos genitores originários, deverá ser averbado o cancelamento do registro originário de nascimento do adotado, lavrando-se novo registro. Sendo unilateral a adoção, e sempre que se preserve o vínculo originário com um dos genitores, deverá ser averbada a substituição do nome do pai ou da mãe natural pelo nome do pai ou da mãe adotivos”.
- Adoção bilateral – realizada por duas pessoas; é indispensável que nesta modalidade de adoção os adotantes sejam casados, ou mantenham união estável de modo a comprovar a estabilidade familiar;
	- Adoção unilateral – feita por somente uma pessoa;
- Família natural – é a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes; Família extensa -  aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
- Adoção homoafetiva - Cuida-se da possibilidade de pessoa que mantém união homoafetiva adotar duas crianças (irmãos biológicos) já perfilhadas por sua companheira. É certo que o art. 1º da Lei n. 12.010/2009 e o art. 43 do ECA deixam claro que todas as crianças e adolescentes têm a garantia do direito à convivência familiar e que a adoção fundada em motivos legítimos pode ser deferida somente quando presentes reais vantagens a eles. Anote-se, então, ser imprescindível, na adoção, a prevalência dos interesses dos menores sobre quaisquer outros, até porque se discute o próprio direito de filiação, com consequências que se estendem por toda a vida. Decorre daí que, também no campo da adoção na união homoafetiva, a qual, como realidade fenomênica, o Judiciário não pode desprezar, há que se verificar qual a melhor solução a privilegiar a proteção aos direitos da criança. Frise-se inexistir aqui expressa previsão legal a permitir também a inclusão, como adotante, do nome da companheira de igual sexo nos registros de nascimento das crianças, o que já é aceito em vários países, tais como a Inglaterra, País de Gales, Países Baixos, e em algumas províncias da Espanha, lacuna que não se mostra como óbice à proteção proporcionada pelo Estado aos direitos dos infantes.
Contudo, estudos científicos de respeitadas instituições (a Academia Americana de Pediatria e as universidades de Virgínia e Valência) apontam não haver qualquer inconveniente na adoção por companheiros em união homoafetiva, pois o que realmente importa é a qualidade do vínculo e do afeto presente no meio familiar que ligam as crianças a seus cuidadores.
Na específica hipótese, há consistente relatório social lavrado por assistente social favorável à adoção e conclusivo da estabilidade da família, pois é incontroverso existirem fortes vínculos afetivos entre a requerente e as crianças. 
Assim, impõe-se deferir a adoção lastreada nos estudos científicos que afastam a possibilidade de prejuízo de qualquer natureza às crianças, visto que criadas com amor, quanto mais se verificado cuidar de situação fática consolidada, de dupla maternidade desde os nascimentos, e se ambas as companheiras são responsáveis pela criação e educação dos menores, a elas competindo, solidariamente, a responsabilidade. Mediante o deferimento da adoção, ficam consolidados os direitos relativos a alimentos, sucessão, convívio com a requerente em caso de separação ou falecimento da companheira e a inclusão dos menores em convênios de saúde, no ensino básico e superior, em razão da qualificação da requerente, professora universitária.
Frise-se, por último, que, segundo estatística do CNJ, ao consultar-se o Cadastro Nacional de Adoção, poucos são os casos de perfiliação de dois irmãos biológicos, pois há preferência por adotar apenas uma criança. Assim, por qualquer ângulo que se analise a questão, chega-se à conclusão de que, na hipótese, a adoção proporciona mais do que vantagens aos menores (art. 43 do ECA) e seu indeferimento resultaria verdadeiro prejuízo a eles.
- Finalidade da adoção – possibilitar ao adotado as melhores condições de desenvolvimento humano e de realização social;
- Requisitos da adoção: Art. 42 - ECA
- Pessoa capaz, maior de 18 anos, independentemente do estado civil;
-Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando;
- Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família;
- O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando, considerando a idade do pretenso adotante mais novo;
- os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.
- Tutor ou curador podem adotar seus respectivos pupilos, tutelados ou curatelados, desde que prestem contas de sua administração, e havendo algum débito deverá ser saldado antes da adoção; 
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado.
- Este tipo de adoção em regra depende do consentimento dos pais ou representantes legais, excetuando-se os casos em que os mesmos sejam desconhecidos ou tenham o seu poder familiar destituído, o mesmo vale para os adotandos maiores de 18 anos (Art. 45 §1º e 2º - ECA);
- Os adotados possuem o mesmo direito dos filhos naturais (Princípio da igualdade entre filhos; Art. 227, §6º-CF)
- Efeitos da adoção (Art. 47- ECA):
- A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus ascendentes.
- O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do adotado.
- A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do Registro Civil do Município de sua residência.
- Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do registro
- A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a modificação do prenome.
- Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei.
- A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista no § 6o do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data do óbito.
*Obs.: o processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão mantidos em arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida a sua conservação para consulta a qualquer tempo.
*Obs.: Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança ou adolescente com deficiência ou com doença crônica.
- Adoção post mortem:
- É necessária inequívoca manifestação de vontade do adotantefalecido em concretizar a adoção; essa manifestação deverá ser reconhecida, antes da decisão que concederá a adoção, por seus herdeiros e estes ficarão encarregados de dar continuidade ao processo (Art. 47, §9 – ECA);
- É vedada a adoção por procuração; assim como é proibida também a adoção por ascendentes ou irmãos;
*Obs.: não há vedação de adoção entre tio e sobrinho e nem de primos para primos;
- Adoção internacional (Art. 46, § 3º e 4º- ECA):
	- Período de convivência de 30 dias, no mínimo, e sem ressalvas; 
- Será acompanhado de uma equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude;
- Após completar 18 anos o adotado terá direito a conhecer sua origem biológica, bem como seu processo e eventuais incidentes; Direito da verdade biológica;
- A morte do adotante não restabelece o poder familiar dos pais biológicos (Art. 49-ECA);

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