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Curatela do portador de doença mental e a possibilidade da autocuratela no Direito de Família Thiago JS Oliveira Uma visão do doente mental O doente mental na Idade Média: Maldição social enviada por Deus – juntamente com a mulher; Isolamento do seio social; Implantação dogmática cristã – seres dotados de razão; Do Ser nada à Pessoa. Uma visão do doente mental Século XII – primeiras casas de cuidados ao doente mental; Seria ele um eleito de Deus ou uma espécie de expiador de culpas alheias? Possuía alma, mas não possuía virtude, como pode-se salvar do inferno? Sendo doente mental, pode ser salvo de pecados? Uma visão do doente mental Século XVI: novo contexto do amental A doença mental priva a pessoa da razão: Philipus Aureolus Paracelsus; Loucura e idiotice são fatores naturais; O problema da doença mental à pura ciência; Medicina e psiquiatria a minuciosa observação, descrição e classificação. Incapacidade: eis a questão Há uma instituição dentro do Sistema Normativo Brasileiro que resguarda o doente mental e seus direitos? Qual o entendimento do Sistema Jurisdicional sobre o doente mental? O doente mental possui direitos? Incapacidade: eis a questão Nem todos são cidadãos: Institutas de Justiniano. Possuía capacidade quem detivesse integral direito de personalidade – “status libertatis” e “status civitatis”. Distinção conforme posição social: Homens livres, cidadãos e familiar. Incapacidade: eis a questão Distinção de capacidade e incapacidade fora pensada conforme as progressivas fases de desenvolvimento da pessoa, desde a infância até a idade adulta, atribuindo crescente grau de capacidade civil: Impúberes vs púberes; Impúberes vs infantes. Incapacidade: eis a questão A lei, imbuída de proteger os cidadãos, detém vista a respeito de sua idade, sua saúde e seu desenvolvimento mental e intelectual, dispondo-lhes a salvo seus direitos e obrigações. CCB: Arts.: 3º, incisos e 4º, incisos; Arts.: 166, I – nulidade; 177, I – anulabilidade; Arts.: 1768; 1591; 1592; 1770; 1779 e; 1182, § 3º, todos CPC – interdição. Curatela: mas e quanto a autocuratela? Pontes de Miranda: A Sistematização da Curatela ou Curadoria, em um viés muito mais amplo, considerando ser um cargo conferido por lei a alguém, para reger a pessoa e os bens, ou somente os bens, de indivíduos menores, ou maiores, que por si não o podem fazer, devido a perturbações mentais, surdo-mudez, prodigalidade, ausência, ou por ainda não ter nascido. Curatela: mas e quanto a autocuratela? Curatela cabível quanto ao interdito advindo da interdição; Curatela: Em razão permanente; transitória; provisória. Mas, sendo possível a razão da curatelagem por circunstancias transitórias, porque não permitir a autocuratela ao doente mental, sendo que este acarrete fator transitório? Curatela: mas e quanto a autocuratela? CID-10: 1- atividade da vida diária: autocuidado, comunicação, atividade física, função sensorial, atividade manual não-especializada, deslocamento/viagens, função sexual, sono, trabalho, atividades recreativas; 2- funcionamento social; 3- concentração; 4- adaptação. Possível aplicação da autocuratela Transtornos neuróticos: Não causam alienação mental, não afetando sua razão de gerir sua pessoa e seus bens. Retardo mental de natureza leve (levíssima): Sintoma que mais atinge as pessoas atualmente; Não há qualquer estudo referente a influência mental de seu portador. Não atinge a pessoa de modo dramático.
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