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MODELO DE RECURSO DE ITENS DA PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL DA OAB 2ª FASE

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ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR OUVIDOR DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
Venho, através desta, SOLICITAR, recorreção da minha prova de 2ª fase do XVII Exame de Ordem Unificado (penal), tendo em vista erro material quanto a análise dos meus recursos.
Foram contestados dois quesitos da peça prática, quesitos 3 e 4, onde o requerente obteve provimento no item 4, alcançando a pontuação requerida 1 ponto.
Contudo, no item 3 a resposta dada ao recurso não condiz com a razão recursal elaborada pelo requerente, vejamos requerido:
Ademais, no quesito 3 o recorrente faz jus à atribuição de 0,35 pontos referente ao sub item que exigia a referência de que “ultrapassados 4 anos desde o recebimento da denúncia, considerando a redução do prazo pela menoridade relativa”, visto que atendeu o exigido no subitem de forma inequívoca ao demonstrar a data precisa de ocorrência da prescrição punitiva em abstrato, ou seja, o requerente ao informar com precisão a :., “data da prescrição elaborou de forma técnica a aplicação da pena em abstrato na tabela prevista no artigo 109, bem como aplicou a redução prazo previstos no artigo 115 do Código Penal referente a menoridade, restando configurado claramente a indicação do lapso temporal e redução para chegar a data de ocorrência da PPP em abstrato nas linhas 84 a 87 da página 03, pois só se pode chegar a referida data descrita alhures com a aplicação correta do lapso temporal ultrapassado e redução do prazo descritos no artigo 115 do CP. Assim sendo, requer a atribuição de 0,35 pontos relativo ao aludido quesito.
A resposta fora padrão para inúmeros examinados e não correspondeu exatamente com o exposto em sede recursal:
“Peça prático- profissional
Quanto ao item 3: Relativamente ao item 3 da peça processual, inobstante os argumentos apresentados no recurso, entendo não assistir razão ao examinando.
A questão em comento visa obter do examinando o conhecimento acerca da extinção da punibilidade pela prescrição. Desta forma, para a obtenção da pontuação relativa ao item “3”, o examinando deveria indicar que a punibilidade do réu está extinta com base na prescrição da pretensão punitiva, pois entre a data do recebimento da denúncia e a data da apresentação dos memoriais transcorreu lapso de tempo superior a 4 (quatro) anos. 
Frise-se que o acusado tinha menos de 21 (vinte e um) anos à época dos fatos e, por isso, aplica-se a causa de redução prevista no Art. 115 do Código Penal, que diminui o lapso prescricional em metade. Sendo assim, considerando que o crime de furto simples, cuja pena máxima prevista abstratamente é de 4 (quatro) anos de reclusão, prescreveria em 8 (oito) anos entre um marco interruptivo e outro, tal lapso cai pela metade, passando, assim, a 4 (quatro) anos.
Para obter a totalidade da pontuação, o examinando deveria, ainda, indicar os dispositivos legais pertinentes: Art. 109, inciso IV, combinado com Art. 115, além do Art. 107, inciso IV, todos do Código Penal.
Note-se que às linhas 85/87, página 03, do caderno de textos definitivos, entretanto, o examinando não menciona a menoridade relativa do acusado ou o lapso de quatro anos entre um marco interruptivo e outro e, por isso, não atendeu adequada e integralmente aos estritos termos do gabarito. Por tal razão, nega-se provimento ao recurso e se mantém a nota, forte no item “3.5.5” do Edital, in verbis: “O examinando receberá nota zero nas questões da prova prático-profissional em casos de não atendimento ao conteúdo avaliado (...).”, bem como, no item “3.5.9” do Edital, in verbis: “(...) A omissão de dados que forem legalmente exigidos ou necessários para a correta solução do problema proposto acarretará em descontos na pontuação atribuída ao examinando nesta fase.”. Recurso não provido.”
Como se depreende do recurso, o requerente demonstrou exatamente o que o examinador exigia quando da resposta do recurso.
Outrossim, a questão 03 item “A” também fora combatida através de recurso pelo candidato e o erro no julgamento fora ainda claramente visível, tendo em vista o examinador não acatar a resposta equivalente na seara da medida processual cabível na primeira parte do item “A”, onde o requerente respondeu de forma sucinta e objetiva que a medida cabível seria a incompetência da comarca de Mogi das Cruzes linha 1 a 6 da página 08. Pelo exposto requer seja atribuido 0,35 pontos em reconhecimento a medida cabível equivalente.
Demais disso, o recorrente faz jus a atribuição da pontuação requerida, pois de forma objetiva respondeu o quesito guerreado na primeira parte do item “A” da questão 03. Vejamos a resposta do recurso:
“Questão 03 – Letras “A”: pelo não provimento do recurso.
Quanto ao item “A”, da questão 03: A questão exigia do examinando a identificação da medida processual adequada a afastar o julgamento da Vara Criminal de Mogi das Cruzes. De acordo com o enunciado, a defesa de Antônio foi intimada para apresentar resposta à acusação. Identificada a incompetência territorial daquela comarca, era necessário, portanto, indicar a apresentação de exceção de incompetência do juízo ou a arguição de preliminar de incompetência na resposta à acusação para fazer jus ao primeiro intervalo de pontuação (0,35) do item “A” da questão “3”. 
Igualmente, para a correta fundamentação da resposta, a questão exigia que o examinando indicasse o dispositivo legal que sustenta a medida processual formulada. A exceção de incompetência do juízo é prevista pelo art. 108, caput, do Código de Processo Penal, ao passo que o fundamento para a arguição de preliminar de incompetência encontra respaldo no art. 396-A do mesmo diploma.
Como se verifica pelo transcrito nas linhas 01/06, página 08, do caderno de textos definitivos, o examinando não atendeu à exigência do gabarito oficial, razão pela qual, nos termos do item “3.5.5” do Edital, in verbis: “O examinando receberá nota zero nas questões da prova prático-profissional em casos de não atendimento ao conteúdo avaliado (...)”. Do mesmo modo, o item “3.5.9” do Edital, in verbis: “(...) A omissão de dados que forem legalmente exigidos ou necessários para a correta solução do problema proposto acarretará em descontos na pontuação atribuída ao examinando nesta fase.”. Nega-se provimento ao recurso.”
Como se pode depreender o candidato respondeu de forma equivalente ao item “A” da questão 03, não sabendo o candidato o porquê do indeferimento da primeira parte do item em análise.
Ademais, o requerente acertou integralmente a tese de Prescrição punitiva da pena em abstrato, tendo efetuado todo cálculo de forma correta onde já se encontram inclusive aplicados o lapso temporal e redução da menoridade previstos no artigo 109 e 115 do Código Penal, com a perfeita indicação do dia em que ocorreu, pois não se consegue chegar ao dia da ocorrência sem saber aplicar o lapso de tempo e redução já descrito alhures.
Por todo exposto, requer a essa respeitável instituição determine à banca examinadora a recorreção da prova do requerente, que obteve pontuação igual 5.6, precisando de mais 0.4 para sua aprovação. Tal ato não constitui invasão de competência da banca contratada.
Nesses termos, pede deferimento.
Natal-RN, 23 de julho de 2015
Alex Sandro Vasconcelos de Araújo

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