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Aula 1 IDPP Teoria Geral

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INSTITUIÇÕES DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ASSUNTO – TEORIA GERAL DO DIREITO
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Noções gerais
Acepções da palavra direito 
Conceito de direito
Direito objetivo e direito subjetivo
Direito e moral
Normas jurídicas
CONCLUSÃO
______________________________________________________________________________
1. INTRODUÇÃO
Nesta disciplina pretende-se que o estudante adquira uma visão ampla do direito e de seus principais ramos, pois o conhecimento dos princípios, conceitos e institutos da ciência jurídica são imprescindíveis ao desempenho de atividades profissionais relacionadas à utilização da legislação, tarefa que requer o conhecimento necessário à correta interpretação e à aplicação do direito. 
2. DESENVOLVIMENTO
NOÇÕES GERAIS
Por natureza, o homem é um ser gregário, eminentemente social, não só pelo instinto sociável, mas também por força de sua inteligência que lhe demonstra que é melhor viver em sociedade para atingir seus objetivos. A vida do homem é essencialmente uma coexistência, pois não vive isolado, mas coexiste, isto é, vive necessariamente em companhia de outros homens. Com isso, espontânea e até inconscientemente é levado a formar grupos sociais: família, escola, associação esportiva, recreativa, cultural, religiosa, profissional, sociedade agrícola, mercantil, industrial, grêmio, partido político etc. Os romanos já afirmavam: ubi societas, ibi jus (onde houver sociedade, haverá o direito).
O homem, certamente, não conseguiria viver isolado. Obrigados que somos a viver necessariamente uns ao lado dos outros, precisamos de regras de convivência. Sem essas regras, disciplinadoras de nosso procedimento, seria estabelecido o caos. Os conflitos gerados dos choques de interesses seriam inevitáveis e a desordem constituiria o estado natural da humanidade.
Indispensável, então, determinada ordem na vida social, pressupondo estas certas restrições ou limitações à atividade de cada um de nós, a fim de que possamos realizar o bem comum. O fim do direito é, portanto, determinar regras que permitam aos homens a vida em sociedade.
A ordem jurídica não é outra coisa senão o estabelecimento de restrições, a determinação de limites, a cuja observância todos os indivíduos se acham indistintamente submetidos, para que se torne possível a coexistência social. Reside ai a razão por que o homem não pode furtar, roubar ou matar impunemente; se o arbítrio fosse sua lei exclusiva, fatal seria o perecimento da sociedade.
Direito é, portanto, o conjunto dessas normas, gerais e positivas, ditadas por um poder soberano e que disciplinam a vida social.
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ACEPÇÕES DA PALAVRA DIREITO
Etimologicamente, a palavra direito deriva do latim directum, que designava, originalmente, aquilo que é reto. Num sentido figurado, passou a designar o que estava de acordo com a lei.
O Direito constitui uma verdadeira constante na história da humanidade, é um fenômeno universal, comum a todos os povos. Existiu, existe e sempre existirá, em todos os tempos, em todos os lugares.
Não é exagero afirmar que todos sentem o Direito e que, de certo modo, todos sabem o que é o Direito. O vocábulo corrente, empregado a todo o instante nas relações da vida diária para exprimir sentimentos que todos já experimentamos, está gravado na mente de cada um. “Isto é direito”, “o meu direito foi violado”, “o juiz reconheceu o nosso direito”, são expressões cotidianamente ouvidas, que envolvem a noção vulgar a respeito do fenômeno jurídico.
Para exemplificar, o termo “direito” é empregado em sentido nitidamente diverso nas seguintes expressões:
a) o “direito” pátrio proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo;
b) o locador tem o “direito” de cobrar o aluguel do locatário;
c) o salário é um “direito” do trabalhador;
d) o “direito” é um setor da realidade social;
e) o estudo do “direito” requer método próprio.
Cada uma das sentenças acima emprega uma das significações fundamentais do “direito”. São cinco realidades distintas, senão vejamos:
a) na primeira, “direito” significa a lei ou a norma jurídica (direito norma);
b) na segunda, “direito” tem o sentido de faculdade ou poder de agir (direito faculdade);
c) na terceira, “direito” indica o que é justo (direito justo);
d) na quarta, o “direito” é considerado como fenômeno social (direito fato social);
e) na última, significa a disciplina científica (direito ciência).
CONCEITO DE DIREITO
Conforme entendimento pacífico dos Juristas, não é tarefa fácil descobrir a definição de direito, pois, como já vimos, o próprio termo encerra diversos significados.
Diante da impossibilidade de discorrermos acerca das diversas conceituações dadas ao Direito através dos tempos, destacamos algumas das mais importantes.
Da antiguidade vem a definição de Celso: “Direito é a arte do bom e do eqüitativo”. A critica que se faz a tal conceituação é de que nela ocorre confusão entre o Direito e a Moral.
Na idade Média, o poeta Dante Alighieri formulou a seguinte conceituação: “Direito é a proporção real e pessoal de homem para que, conservada, conserva a sociedade e que, destruída, a destrói”. A definição acentua que o Direito é fato que só existe na sociedade e que dele toda a sociedade depende.
Nos tempos modernos, Kant definiu que “Direito é o conjunto das condições segundo as quais o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbítrio dos outros de acordo com uma lei geral de liberdade”. A crítica feita ao conceito é de que se refere ao Direito Natural, pois sustenta que o homem deve ser respeitado na sua liberdade, trazendo-a como valor ético supremo.
Para o italiano Giorgio Del Vecchio, porém, “Direito é a coordenação objetiva das ações possíveis entre vários sujeitos, segundo um princípio ético que as determina, excluindo delas qualquer impedimento”.
A seu turno, Miguel Reale, criador da teoria tridimensional do Direito, este é definido como a “vinculação bilateral atributiva da conduta para a realização ordenada dos valores de convivência”. Para Reale são elementos do direito: o fato, o valor e a norma, que coexistem numa unidade concreta.
O conceito apresentado por Sérgio Pinto Martins traduz bem a acepção jurídica do termo; “Direito é o conjunto de princípios, de regras e de instituições destinado a regular a vida humana em sociedade”.
conjunto: pois é composto por várias partes organizadas formando um sistema;
princípios próprios: como qualquer ciência o direito possui esses princípios característicos. Ex: boa-fé, ética, respeito ao direito alheio etc;
regras: legislação codificada ou extravagante; e
instituições próprias: são entidades que perduram no tempo. Ex: Poder Judiciário, Poder Executivo, sociedades civis e comerciais, família, sindicato etc.
objetivo: regular a vida em sociedade, fixando normas de conduta individuais e coletivas. 
DIREITO E MORAL
Na vida em sociedade não estamos somente adstritos à observância de normas jurídicas. Aparece assim, a necessidade de se delimitar a diferenciação entre o direito e a moral. Ambos têm pontos em comum e pontos de dessemelhança.
Como semelhança podemos destacar:
que têm uma base ética comum, uma origem idêntica, a consciência social;
ambos constituem normas de comportamento e regulam atos de seres humanos livres;
tanto o direito quanto a moral, têm por fim o bem-estar do indivíduo e da sociedade.
Por outro lado, são pontos divergentes:
o campo da moral é mais amplo. Abrange os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com seus semelhantes. O direito é mais restrito, compreende apenas os deveres do homem para com o semelhante;
o direito possui coação, a moral é incoercível. A principal distinção entre a regra moral e a regra jurídica repousa efetivamente na sanção. Considerando o fim a que se destina, a regra moral só comporta sanções internas (remorso, arrependimento, desgosto íntimo, sentimento de reprovação geral). Do ponto de vista social, tal sanção éineficaz, pois a ela não se submetem, por exemplo, os indivíduos sem consciência ou sem religião. A regra jurídica, ao revés, conta com a sanção para coagir os homens. Se não existisse esse elemento coercitivo, não haveria segurança nem justiça para a humanidade. O conceito de coação, ou possibilidade de constranger o indivíduo à observância da norma, torna-se inseparável do direito;
a moral visa à abstenção do mal e à prática do bem, enquanto o direito objetiva evitar a lesão ou o prejuízo de outrem;
a moral dirige-se ao momento interno, psíquico, volitivo, à intenção que determina o ato, ao passo que o direito se dirige ao momento externo, físico, isto é, exterior;
a moral é unilateral, o direito é bilateral.
DIREITO:
normas que disciplinam, obrigatoriamente, as relações humanas em sociedade
Aristóteles: o homem é um ser social; fora da sociedade, é louco ou deus
sociedade e direito:- não existe sociedade sem direito, sem normas que a controle e discipline
elementos de sobrevivência da sociedade: - ordem ( direito), direção 
(governo) e solidariedade (elemento ético e moral da natureza humana)
- tem validade em determinado território
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ELEMENTOS DO DIREITO.
sujeito: é o ser a quem a ordem jurídica assegura o direito de agir (direito subjetivo) e para quem as normas (direito objetivo) são confeccionadas e impostas para o equilíbrio social.
objeto: é o bem ou vantagem sobre o qual o sujeito exerce o poder conferido pela ordem jurídica
relação: é o laço que liga, submete, o objeto ao sujeito; é a norma propriamente dita.
MORAL:
princípios de conduta variáveis em cada sociedade e época.
normas éticas naturais, relacionadas à conduta humana, conforme a consciência individual de retidão, do bem e do mal.
regras incorporadas pelo indivíduo que lhe proporcionam satisfação e garantem o bem-viver.
QUADRO COMPARATIVO
	DIREITO
	MORAL
	PODE SER HETERÔNOMO (receber de um estranho ao grupo a lei que deve se submeter)
	NUNCA É HETERÔNOMA
	É UM ATO
	É UMA INTENÇÃO
	É COERCÍVEL
	NÃO É COERCÍVEL
	VISA O BEM ESTAR SOCIAL
	VISA O BEM ESTAR INDIVIDUAL
O choque entre o Direito e a Moral pode redundar em desobediência civil. Essa situação verifica-se quando uma lei impõe condições que são contrárias a fundamentos morais, gerando repulsa, o que conduz pessoas isoladamente ou de forma organizada à desobediência. Como exemplo pode-se citar os Estados Unidos na época da segregação racial, em que os negros eram obrigados a ceder lugar aos brancos e somente ocupar o fundo dos ônibus que faziam o transporte público ou a proibição de freqüentarem determinados locais etc. Isso gerou o movimento em defesa dos direitos civis que levou ao reconhecimento do direito de igualdade entre os indivíduos independentemente da raça.
Exemplo prático da importância da moral na conduta das pessoas, porém a não obrigatoriedade de seu reconhecimento jurídico encontra-se no julgamento do processo citado a seguir:
RECURSO ESPECIAL1991/0004629-9
RESP 9084 / SP.
RESP - PENAL - FALSO TESTEMUNHO -  O MESMO OCORREU COM O FALSO TESTEMUNHO (CP, ART. 342), E O ART. 343 (SEM "NOMEN IURIS"). HA UM CRIME PARA CADA AGENTE. O DELITO DO PARTICIPE E DAR, OFERECER, OU PROMETER DINHEIRO OU QUALQUER VANTAGEM A TESTEMUNHA PARA FAZER AFIRMAÇÃO FALSA, NEGAR OU CALAR A VERDADE. A PENA COMINADA, DE OUTRO LADO, E A MESMA PARA AMBAS AS INFRAÇÕES. LOGICAMENTE, ESTABELECEU DISTINÇÃO ENTRE A CONDUTA DE QUEM INFLUENCIA OFERECENDO, OU NÃO, DINHEIRO OU OUTRA RECOMPENSA. VALE DIZER, SO INCRIMINOU O COMPORTAMENTO DE TERCEIRO QUE OFERECE A CONTRAPRESTAÇÃO RESTA, POR ISSO, ATIPICA, A CONDUTA, SEM DUVIDA, IMORAL, CONTRARIA A ETICA, DO ADVOGADO QUE SE RESTRINGE A SOLICITAR QUE O DEPOIMENTO SE ORIENTE NO SENTIDO FAVORAVEL AO REU. RELATOR: MINISTRO LUIZ VICENTE CERNICCHIARO
Podemos concluir que uma conduta imoral pode não ser condenada pelo Direito, enquanto uma conduta moral pode ser juridicamente condenável, a exemplo de fazer justiça com base no ditado popular: “dente por dente, olho por olho”.
ÉTICA
Ética vem do grego "ethos" e significa morada. Heidegger da ao "ethos" o significado de "morada do ser". A ética constitui uma ciência, um ramo da Filosofia. O estudo sobre o comportamento ético das pessoas costuma ir além dos meros interesses individuais, a exemplo da conduta profissional. A Ética tem por objetivo estabelecer os valores fundamentais da conduta do homem
Conforme a lição de Rosana Glock e José Roberto Goldim: “A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito - pois não estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a Ética”. 
Considerando a importância da ética no exercício profissional, segue texto dos referidos autores a respeito do assunto.
“Ética Profissional: Pontos para sua reflexão.
É imprescindível estar sempre bem informado, acompanhando não apenas sobre as mudanças nos conhecimentos técnicos da sua área profissional, mas também nos aspectos legais e normativos. Vá e busque o conhecimento. Muitos processos ético-disciplinares nos conselhos profissionais acontecem por desconhecimento, negligência. Competência técnica, aprimoramento constante, respeito às pessoas, confidencialidade, privacidade, tolerância, flexibilidade, fidelidade, envolvimento, afetividade, correção de conduta, boas maneiras, relações genuínas com as pessoas, responsabilidade, corresponder à confiança que é depositada em você. Comportamento eticamente adequado e sucesso continuado são indissociáveis!” 
MS 22357 / DF - DISTRITO FEDERAL
MANDADO DE SEGURANÇA
EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. 2. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. PRESTAÇÃO DE CONTAS DA EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA - INFRAERO. EMPREGO PÚBLICO. REGULARIZAÇÃO DE ADMISSÕES. 3. CONTRATAÇÕES REALIZADAS EM CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE À ÉPOCA. ADMISSÕES REALIZADAS POR PROCESSO SELETIVO SEM CONCURSO PÚBLICO, VALIDADAS POR DECISÃO ADMINISTRATIVA E ACÓRDÃO ANTERIOR DO TCU. 4. TRANSCURSO DE MAIS DE DEZ ANOS DESDE A CONCESSÃO DA LIMINAR NO MANDADO DE SEGURANÇA. 5. OBRIGATORIEDADE DA OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA ENQUANTO SUBPRINCÍPIO DO ESTADO DE DIREITO. NECESSIDADE DE ESTABILIDADE DAS SITUAÇÕES CRIADAS ADMINISTRATIVAMENTE. 6. PRINCÍPIO DA CONFIANÇA COMO ELEMENTO DO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA. PRESENÇA DE UM COMPONENTE DE ÉTICA JURÍDICA E SUA APLICAÇÃO NAS RELAÇÕES JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO. 7. CONCURSO DE CIRCUNSTÂNCIAS ESPECÍFICAS E EXCEPCIONAIS QUE REVELAM: A BOA FÉ DOS IMPETRANTES; A REALIZAÇÃO DE PROCESSO SELETIVO RIGOROSO; A OBSERVÂNCIA DO REGULAMENTO DA INFRAERO, VIGENTE À ÉPOCA DA REALIZAÇÃO DO PROCESSO SELETIVO; A EXISTÊNCIA DE CONTROVÉRSIA, À ÉPOCA DAS CONTRATAÇÕES, QUANTO À EXIGÊNCIA, NOS TERMOS DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO, DE CONCURSO PÚBLICO NO ÂMBITO DAS EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. 8. CIRCUNSTÂNCIAS QUE, ALIADAS AO LONGO PERÍODO DE TEMPO TRANSCORRIDO, AFASTAM A ALEGADA NULIDADE DAS CONTRATAÇÕES DOS IMPETRANTES. 9. MANDADO DE SEGURANÇA DEFERIDO. MINISTRO GILMAR MENDES.
Neste processo pode-se verificar a aplicação prática da ética e sua relevãncia nos julgamentos efetuados pelos tribunais.
DIREITO E JUSTIÇA
Justo é aquilo que é adequado, correto. A idéia de Justiça pode ser definida como a reunião de valores éticos e morais, que atribui, a cada um, de forma igualitária, o que lhe pertence. Há na doutrina uma discussão a cerca do caráter absoluto ou relativo da palavra Justiça. Na acepção relativa, a palavra Justiça possui significação ampla, e que poderia divergir de tempos em tempos, pois o que estaria correto e adequado no presente poderia se alterar no futuro e vice versa. Aqueles que concordam com esse posicionamento, dizem que a colocação dessa palavra no corpo dos textos jurídicos,poderá causar distorções, pois a concepção de Justiça seria relativa, por ser extremamente subjetiva. 
NORMAS JURÍDICAS
As normas jurídicas são estruturas fundamentais do Direito e nas quais são gravados preceitos e valores que vão compor a Ordem Jurídica. A norma jurídica é responsável por regular a conduta do indivíduo, e fixar enunciados sobre a organização da sociedade e do Estado, impor aos que a ela infringem, as penalidades previstas, e isso se dá em prol da busca do bem maior do Direito, que é a Justiça.
Características da norma jurídica
Generalidade: a norma vale para qualquer um, sem distinção de qualquer natureza entre os indivíduos que se encontram na mesma situação. Essa característica consagra um dos princípios basilares do Direito: igualdade de todos perante a lei.
Abstratividade: diz respeito ao fato de a norma não ser criada para regular uma situação concreta ocorrida, mas para regular, de forma abstrata, abrangendo o maior número possível de casos semelhantes, que ocorrem, normalmente, da mesma forma. 
Imperatividade: característica essencial, pois para ser cumprida e observada por todos, deverá ser imperativa, ou seja, impor aos destinatários a obrigação de obedecer. Não depende da vontade dos indivíduos, pois a norma não é conselho, mas ordem a ser seguida. 
Coercibilidade: a possibilidade do uso da força para combater aqueles que não observam as normas. Essa força pode-se dar mediante coação, que atua na esfera psicológica, desestimulando o indivíduo de descumprir a norma, ou por sanção (penalidade), que é o resultado do efetivo descumprimento. 
QUESTÕES PARA PESQUISA E DEBATE:
- aborto
- eutanásia
- pesquisas científicas com animais
- pesquisas científicas com células-troncos
- clonagem de seres humanos
- guerras
3. CONCLUSÃO
Exercícios.
1. Comente a expressão ubi societas, ibi jus. 
2. Faça um comparativo entre direito subjetivo e direito objetivo.
3. Por que o direito não é permanente?
4. Faça um comparativo entre direito e moral.
5. Comente a expressão popular: “é legal, mas é imoral”.
6. A ética somente se refere à prática profissional?
Bibliografia:
MARTINS, Sérgio P. Instituições de direito público e privado. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
PINHO, Ruy Rebello. Instituições de direito público e privado. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
SECCO, O. de A. Introdução ao estudo do direito. 9 ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2004.
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