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Aula 2 IDPP Classificações

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INSTITUIÇÕES DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ASSUNTO – TEORIA GERAL DO DIREITO
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Direito Natural
Direito Positivo
Direito Objetivo
Direito Subjetivo
Direito Internacional
Direito Nacional
Fontes do Direito     
CONCLUSÃO
_______________________________________________________________________________
1. INTRODUÇÃO
Na presente aula, continuaremos o estudo da Teoria Geral do Direito iniciado na aula anterior.
2. DESENVOLVIMENTO
Direito Natural: pertence à própria natureza humana, tem caráter universal e inerente a todas as épocas, mas não tem caráter imperativo. Constitui um conjunto de princípios que servem de fundamento ao comportamento humano e influência na elaboração do Direito positivo. 
Ex: Direito à vida, liberdade, reprodução, família etc.
Direito Positivo: é constituído pelo conjunto de normas elaboradas por uma determinada sociedade para reger sua vida interna, tem validade por um tempo determinado, pois está sujeito a alterações, a fim de se adaptar às necessidades sociais. São as normas impostas pelo Estado. Esse Direito possui como características ser inconcluso, já que está sujeito a alterações ao longo do tempo; e ser transacional porque impõe limites ao seu exercício para impedir o surgimento de conflitos de interesses.
Ex: Leis civis, penais, comerciais, administrativas etc.
O Direito Positivo classifica-se em Direito Internacional e Direito Nacional. O Direito Internacional subdivide-se em Direito Internacional Público e Direito Internacional Privado.
Direito Objetivo e Direito Subjetivo
Direito objetivo é o complexo de normas jurídicas impostas às pessoas e que regem o comportamento humano, de modo obrigatório, prescrevendo uma sanção no caso de sua violação. O Direito subjetivo, por sua vez, é o poder que tem o homem de exigir garantias para a realização de seus interesses quando estes estão de conformidade com o interesse social. São prerrogativas de que uma pessoa é titular, em virtude da regra de direito. A expressão designa uma faculdade reconhecida à pessoa pela lei e que lhe permite realizar determinados atos. (facultas agendi).
Nítida é a correlação existente entre o direito objetivo e o direito subjetivo. Apesar de intimamente ligados são inconfundíveis. O direito objetivo é sempre um conjunto de normas impostas ao comportamento humano, autorizando-o a fazer ou não fazer algo. Estando, portanto, fora do homem, indica-lhe o caminho a seguir, prescrevendo sanção em caso de descumprimento. O direito subjetivo é sempre permissão que tem o ser humano de agir conforme o direito objetivo. Um não pode existir sem o outro. O direito subjetivo deriva do direito objetivo.
OBJETIVO
- é o complexo de regras impostas aos indivíduos nas suas relações externas, com caráter de universalidade, emanados dos órgãos competentes e obrigatórias mediante coação, pela necessidade de manutenção da ordem social.
- é o direito norma.
SUBJETIVO
- é o poder que tem o homem de exigir garantias para a realização de seus interesses.
- é o poder de ação assegurado pela ordem jurídica.
- é o direito faculdade.
CLASSIFICAÇÕES DO DIREITO
A tradicional dicotomia do direito em direito público e direito privado remonta aos antigos romanos, com base na distinção entre os interesses da esfera particular, entre duas ou mais pessoas, e os interesses públicos, que são relativos ao Estado e à sociedade e que merecem ter posição privilegiada. Trata-se de distinção que perdura até hoje, por vezes nebulosa, em especial na zona limítrofe entre os dois grupos.
Há diversos critérios para diferenciar regras de direito público e de direito privado. Os três mais difundidos são:
critério do interesse: predominância do interesse público ou do interesse privado;
critério da qualidade dos sujeitos: intervenção do Estado ou de outros entes públicos na relação jurídica; e
critério da posição dos sujeitos: se o Estado age como ente soberano ou se age de igual para igual com os demais sujeitos da relação jurídica.
Como regra geral, entendem-se como pertencentes ao direito público as normas que regulam as relações em que o Estado exerce a soberania em que o indivíduo é um súdito. Por outro lado, quando o Estado age de igual para igual com o indivíduo (por exemplo, no caso de empresas estatais), a matéria poderá ser da alçada do direito privado. Pertencem ao direito público ramos como o direito constitucional, o direito administrativo, o direito penal e o direito processual.
Já o direito privado não cuida apenas dos interesses individuais mas inclui também a proteção de valores caros à sociedade e de interesse coletivo, como a família. Pertencem ao direito privado ramos como o direito civil e o direito comercial.
O direito privado baseia-se no princípio da autonomia da vontade, isto é, as pessoas gozam da faculdade de estabelecer entre si as normas que desejarem. Já o direito público segue princípio diverso, o da legalidade estrita, pelo qual o Estado somente pode fazer o que é previsto em lei. A autonomia da vontade também está sujeita ao princípio da legalidade, mas em menor grau - em direito privado, tudo que não é proibido é permitido.
DIREITO INTERNACIONAL 
Cumpre verificar que há que se fazer uma primeira distinção entre o Direito Nacional e o Direito Internacional. O primeiro é o existente dentro das fronteiras de um país. O segundo, por sua vez, é o que se destina a estudar as relações entre os países e costuma ser dividido em Direito Internacional público e Direito Internacional Privado.
Direito Internacional Público: é um conjunto de normas que regulam as relações entre os Estados membros da comunidade internacional e organismos análogos, bem quanto aos indivíduos. As relações entre países, os tratados internacionais, as organizações internacionais, o reconhecimento de Estados e governos, a extradição, o Direito de asilo, a definição dos domínios terrestres e marítimos, o espaço aéreo, as agências diplomáticas, os consulados etc.
Direito Internacional Privado: é o conjunto de normas internas de cada país, instituídas especialmente para definir se a um determinado caso se aplicará a lei local ou a lei de um outro país. O Direito Internacional Privado rege as relações do Estado com cidadãos pertencentes a Estados diversos. São assuntos da alçada do Direito Internacional Privado: a eventual validade de uma lei estrangeira dentro do território de um país, a nacionalidade, a situação do estrangeiro, o efeito da de sentenças estrangeiras, o casamento, os contratos, etc.
DIREITO NACIONAL
De forma ampla também se classifica em Público e Privado
A natureza da matéria versada pela norma jurídica varia porque às vezes diz respeito a um interesse imediato do Estado e outras a interesses imediatos de particulares. 
Quando a regra de Direito estabelece os órgãos de que se constitui o Estado, a forma de Governo, o sistema de distribuição de poderes, por exemplo, refere-se a assuntos do próprio Estado: é norma de Direito Público. Diz-se, também, que o Direito Público é composto, inteira ou predominantemente, por normas de ordem pública, que são normas imperativas, cogentes, de aplicação obrigatória.
Se a norma jurídica regulamenta as relações entre particulares, como as relações entre o locador e o locatário de um imóvel, as relações de emprego e empregador, entre comerciantes etc, estará dispondo sobre Direito Privado por se tratar de assuntos dos particulares e que só secundariamente interessam ao Estado. Assim, o Direito Privado é o composto, inteira ou predominantemente, por normas de ordem privada, que são normas de caráter supletivo que vigoram apenas enquanto a vontade dos interessados não dispuser de modo contrário.
São assim, ramos do Direito Público: o Direito Constitucional, Administrativo, Eleitoral, Penal, Tributário, Ambiental e Processual. Classificam-se como ramos do Direito Privado: O Direito Civil, o Comercial e do Trabalho.
Como já se observou, toda regrade Direito enquadra-se forçosamente em um de seus ramos, que são divididos em ramos de Direito Público e de Direito Privado, conforme o esquema demonstrativo abaixo:
 PÚBLICO
 INTERNACIONAL 
 PRIVADO
 CONSTITUCIONAL
 POSITIVO ADMINISTRATIVO 
 ELEITORAL
 PÚBLICO PENAL 
 DIREITO TRIBUTÁRIO
 AMBIENTAL 
 NACIONAL PROCESSUAL 
 
 CIVIL
 PRIVADO COMERCIAL
 TRABALHISTA
 
 NATURAL
	DIREITO 
	DIREITO PÚBLICO 
	DIREITO PRIVADO 
	Regula os interesses do Estado e da coletividade. 
Desigualdade jurídica entre os pólos da relação (prevalecem os direitos do Estado e os interesses da sociedade). 
Predominância de normas imperativas. 
	Regula os interesses dos particulares. 
Igualdade jurídica entre os pólos da relação (as partes se encontram em pé de igualdade). 
Predominância de normas mais flexíveis, que podem ser modificadas por acordo entre as partes. 
	Constitucional, Administrativo, Tributário, Penal, Processual, Ambiental etc. 
	Civil, Empresarial, Trabalhista e 
Direito do Consumidor 
Direito Constitucional: é o complexo das normas que estruturam a organização do Estado e regulam a divisão de poderes, sua atuação, funções de seus órgãos e respectivos limites, além das relações entre a soberania política e os governados. Visa regulamentar a formação básica do Estado, disciplinando a sua organização ao tratar da divisão dos poderes, das funções e limites de seus órgãos e das relações entre governantes e governados. Sua lei básica é a Constituição.
Direito Administrativo: é o conjunto de normas que regem a atividade estatal, exceto no que se refere aos atos jurisdicionais e legislativos, visando à consecução das finalidades estatais ao regulamentar a atuação governamental, a administração dos bens públicos etc. Seu campo é a atuação governamental, a administração em geral da coisa pública, a gestão da fazenda e a execução das leis, excetuadas aquelas cuja aplicação específica pertence ao Poder Judiciário.
Direito Penal: é o complexo de normas que definem crimes e estabelecem penas, com as quais o Estado mantém a integridade da ordem jurídica, mediante sua função preventiva e repressiva. Baseia-se principalmente no Código Penal e na legislação extravagante.
Direito Tributário: tem por objetivo regular a despesa e a receita do Estado. O Direito Tributário é a disciplina jurídica da relação entre fisco e contribuinte, resultante da imposição, arrecadação e fiscalização dos impostos, taxas e contribuição de melhoria.
Direito Processual: disciplina a atividade do Poder Judiciário e dos que a ele requerem ou perante ele litigam, correspondendo, portanto, à função estatal de distribuir a justiça. Subdivide-se em civil e penal. O Direito Processual civil encontra no Código de Processo Civil seu texto principal. O Direito Processual Penal, por sua vez, tem sua linha mestra no Código de Processo Penal.
Direito Civil: tem no Novo Código Civil, Lei nº 10.406/2002, sua lei fundamental e regula os Direitos e obrigações de ordem privada concernentes às pessoas, aos bens e às suas relações.
Direito Comercial: tem no Novo Código Civil e no Código Comercial de 1850 sua Lei básica. Pode ser entendido como a parte do Direito Privado que regula as operações jurídicas feitas pelos empresários, seja entre si, seja entre seus clientes.
Direito do Trabalho: compreende as normas que disciplinam a organização do trabalho e da produção. Tem na Consolidação das Leis do Trabalho sua maior forma de expressão.
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FONTES DO DIREITO    
Conceito. Fonte vem do latim fons, com o significado de nascente, manancial. A palavra fonte em sentido comum significa o lugar de onde a água surge, nasce ou jorra. Fonte é, assim, o lugar de onde provém alguma coisa. Claude du Pasquier afirma que fonte de regra jurídica "é o ponto pelo qual ela se sai das profundezas da vida social para aparecer à superfície do Direito". 
Fontes do Direito, portanto, são os meios pelos quais se formam ou pelos quais se estabelecem as normas jurídicas. Alguns autores preferem designar de formas de expressão do Direito e as definem como os modos pelos quais o Direito latente na natureza das coisas, em face das necessidades sociais, vem à tona da vida para compor o que se denomina o sistema jurídico.
Sistema jurídico, por sua vez, é o conjunto das regras positivas que regem, dentro da sociedade organizada, as relações humanas. 
Classificam-se as fontes do Direito em duas classes:
as de produção, materiais ou substanciais; e
as de conhecimento, cognição ou formais.
Fonte material é o complexo de fatores que ocasionam o surgimento de normas, envolvendo fatos e valores sociais, psicológicos, econômicos, históricos etc. São fatores reais que influenciam na criação da norma jurídica. 
As fontes formais ou de conhecimento que revelam o Direito, são as maneiras pelas quais ele se exterioriza e se objetiva. Podem ser diretas: a lei e o costume; e indiretas: a doutrina e a jurisprudência.
Alguns autores afirmam que o Estado é a única fonte do Direito por meio de sua atividade legislativa. Mas as leis não nascem arbitrária ou aleatoriamente. Em regra é a vida social, em seus imperativos e reclamos, é a civilização, é o progresso, são diversos outros fatores que solicitam do Estado a elaboração do Direito.
Lei: podemos conceituar a lei como sendo um preceito comum e obrigatório, emanado do poder competente e provido de sanção ou não. A lei é norma, é regra de proceder que se dirige, indistintamente, a todos os membros da coletividade, sem exclusão de ninguém, devendo ser ditada pelo órgão com poderes para tal, possuindo o caráter primordial de obrigar o seu cumprimento.
Em Direito, a palavra lei pode ser tomada em dois valores distintos: em sentido formal e em sentido material. Em sentido formal, a lei é toda disposição de caráter imperativo, emanada da autoridade a que, no Estado, se reconhece a função legislativa; e em sentido material, lei é toda disposição imperativa, de caráter geral, que contiver uma regra de Direito objetivo.
Costume: como vimos, a principal das formas assumidas pela norma jurídica é a lei. O costume, também, fonte formal direta do Direito é também designado pelas expressões: usos e costumes, Direito costumeiro e Direito consuetudinário.
Assim, costume é a regra aceita como obrigatória pela consciência do povo, sem que o poder público a tenha estabelecido. É a reiteração constante de uma conduta, na convicção de ser ela obrigatória, em outras palavras, uma prática geral aceita como sendo o Direito.
Portanto, é necessário que o costume esteja arraigado na consciência popular após sua prática durante um tempo considerável, e, além disso, goze da reputação de imprescindível como norma costumeira. 
No entanto, os costumes são admitidosexcepcionalmente para suprir lacunas ou deficiências da lei; e por motivos óbvios, jamais os tribunais podem acolhê-los contra preceito legal expresso. Se há lei em vigor que prescreva em sentido contrário, não é possível a formação da regra costumeira.
Doutrina: fonte indireta, a doutrina é o resultado das indagações e pesquisas dos cientistas do Direito. No Direito romano, a doutrina consistia na communis opinio doctorum e conserva nos dias atuais apreciável valor. Forma-se a Doutrina por meio dos pareceres dos juristas, dos ensinamentos dos professores, das opiniões dos tratadistas, monografias e dos trabalhos forenses.
Jurisprudência: a jurisprudência, outra fonte indireta do Direito, consiste no modo pelo qual os tribunais se orientam na solução das diferentes questões. É o conjunto de pronunciamentos do Poder Judiciário, num determinado sentido, a respeito de certo objeto, de modo constante, reiterado e pacífico. Assim, a jurisprudência é obrigatória na medida em que se reveste das características do costume judiciário. E isto se dá com a aceitação comum, reiterada e pacífica, por parte dos tribunais. Não se admite, no entanto, a Jurisprudência contra a lei, o que importaria em atribuir função legiferante a um órgão jurisdicional. A Súmula: é o verbete que registra a interpretação pacífica ou majoritária adotada por um Tribunal a respeito de um tema específico, com a dupla finalidade de tornar pública a jurisprudência para a sociedade bem como de promover a uniformidade entre as decisões. 
Súmula Vinculante: é a jurisprudência que, quando votada e aprovada pelo Supremo Tribunal Federal, por pelo menos 2/3 do plenário, se torna um entendimento obrigatório ao qual todos os outros tribunais e juízes, bem como a Administração Pública, Direta e Indireta, terão que seguir. Na prática, adquire força de lei, criando um vínculo jurídico. Observe-se que a referida espécie de súmula não vincula o Poder Legislativo, sob pena de criar uma indesejável petrificação legislativa, nem o próprio STF, que pode alterar o seu entendimento esposado em súmula vinculante, através de votação que obedeça o mesmo quórum necessário à sua aprovação inicial (2/3 dos seus membros). A súmula vinculante foi criada em 30 de dezembro de 2004, com a Emenda Constitucional n° 45, que adicionou o artigo 103-A à Constituição Brasileira, artigo composto pelo seguinte texto: O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei”.Algumas súmulas vinculantes do STF:
Súmula Vinculante 2 - É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias. 
Súmula Vinculante 4 - Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
Súmula Vinculante 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
MEIOS DE INTEGRAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
Por certo, o legislador não consegue prever todas as hipóteses que ocorrem na vida real, já que esta nas suas infinitas manifestações cria, a todo o instante, situações que o legislador não consegue acompanhar e transformar em leis. Por outro lado, o legislador deve-se expressar por meio de textos genéricos e abstratos e devido a essa concisão proposital, inerente ao estilo legislativo, inúmeras situações fatalmente deverão surgir, não previstas de modo específico pela lei e que, por isso, reclamam sua adequação à vida por parte do juiz ou do jurista.
Logo, esgotados, sem resultados satisfatórios, os critérios interpretativos, anteriormente estudados, ou seja, a lei, os costumes, a doutrina e a jurisprudência, cumpre ao aplicador da lei suprir a lacuna encontrada, já que o juiz não pode se escusar de sentenciar ou despachar sob a alegação de obscuridade ou lacuna da norma.
Assim, surge a necessidade da integração da norma jurídica, que é o processo com o qual o julgador recorre a critério de típica criação do Direito para o caso concreto, à falta de norma jurídica prévia regulando a espécie. É o recurso a certos critérios suplementares, para a solução de eventuais dúvidas ou omissões da lei. São meios de integração da norma jurídica previstos na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que são aplicáveis a todos os ramos jurídicos: a analogia, a eqüidade e os princípios gerais do Direito.
Analogia: analogia é a aplicação de um princípio jurídico regulador de certo fato a outro fato não regulado, mas semelhante ao primeiro. Consiste em aplicar a hipótese, não prevista especificamente em lei, disposição relativa a caso semelhante.
A analogia tem seu fundamento na idéia de que os fatos de igual natureza devem possuir igual regulamento. São requisitos da analogia legal:
o caso deve ser absolutamente não previsto em lei;
deve existir ao menos um elemento de identidade entre o caso previsto e aquele não previsto;
essa identidade deve atender ao elemento em vista do qual o legislador formulou a regra que disciplina o caso previsto, constituindo-lhe a razão da lei; e 
deve existir, no Direito Consuetudinário, na jurisprudência, na doutrina, ou em outra forma de expressão do Direito, a formulação de preceito jurídico sobre o caso análogo;
O recurso à analogia, bom que se diga, não é ilimitado, pois não é admitido:
nas leis penais, porque restringem a liberdade do indivíduo; - nas leis especiais, porque os casos nela não previstos são disciplinados pelas de caráter geral; 
nas leis fiscais.
Equidade: a eqüidade é a adaptação razoável da lei ao caso concreto (bom senso), ou a criação de uma solução própria para uma hipótese em que a lei é omissa, com base no senso de justiça de uma determinada comunidade. Quando autorizado a decidir por eqüidade, o juiz aplicará a norma que estabeleceria caso fosse ele próprio legislador. Certos Direitos da concubina, por exemplo, ainda na ausência de texto legal, foram sendo paulatinamente reconhecidos.
É um poder de que dispõe o juiz para decidir o caso concreto dentro dos mais elevados princípios jurídicos e morais, ditando às vezes decisões que sejam contrárias a todo o Direito formalmente constituído, mas intrinsecamente justas e recomendadas pelo senso comum. 
Contudo, não é sempre que o juiz pode se socorrer da eqüidade. Ele só pode fazê-lo quando expressamente autorizado pelo legislador (art. 127 do CPC). 
Princípios gerais do Direito: são critérios maiores, às vezes até não escritos, existentes em cada ramo do Direito e percebidos por indução. São regras que mesmo não escritas orientam a conduta dos juízes para o julgamento de um processo. Assim, no Direito do Trabalho, um princípio geral é a proteção do trabalhador. Na dúvida, portanto, deve o juiz trabalhista decidir a favor do trabalhador. No Direito penal, um exemplo é a regra de que não há crime nem pena sem lei anterior que o defina e a estabeleça a pena. No Direito Processual, temos os princípios do contraditório, do duplo grau de jurisdição. no Direito Civil e no Comercial há o princípio do pacta sunt servanda (os contratos devem ser cumpridos), da proibição do enriquecimento sem causa, de quem exercita o próprio Direito não prejudica outrem, da boa-féetc.
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EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DAS FONTES DO DIREITO E DOS MEIOS DE INTEGRAÇÃO DA NORMA JURÍDICA PELOS TRIBUNAIS 
LEI
RE-ED 371308 / SC - SANTA CATARINA
EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a):  Min. CEZAR PELUSO
Julgamento:  12/06/2007. Órgão Julgador: Segunda Turma
EMENTAS: 1. TRIBUTO. Contribuição Social. Cofins. Compensação de valores recolhidos a maior. Art. 8º, § 1º, da LEI Nº 9.718/98. Constitucionalidade reconhecida. Precedentes. Embargos declaratórios acolhidos em parte. É constitucional a compensação facultada pelo art. 8º, § 1º, da Lei federal nº 9.718/98. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Tributo. Contribuição social. Cofins. Compensação de valores recolhidos a maior. Lei nº 9.718/98. Juros, correção monetária e prazo prescricional para aproveitamento do crédito. Matérias infraconstitucionais. Recurso não conhecido quanto a tais questões. Não se conhece de recurso extraordinário que verse questões infraconstitucionais sobre compensação de tributo recolhido a maior, incidência de juros e de correção monetária do respectivo crédito, bem como sobre prazo prescricional para seu aproveitamento.
COSTUMES
SEC 7420 / RFA - REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA
SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA
Relator(a):  Min. NELSON JOBIM
Julgamento:  19/08/2004. Órgão Julgador: Tribunal Pleno  
EMENTA: Sentença estrangeira alemã. Ordem provisória de entrega de menor. Natureza cautelar. Não atendimento dos requisitos dos incisos I e II do art. 217 do RISTF. Ofensa à soberania nacional e aos BONS COSTUMES. É inegável a competência exclusiva do juiz brasileiro para decidir sobre a guarda da menor, que se encontra em companhia de sua mãe, residindo no Brasil.
DOUTRINA
AI-AgR 620714 / SP - SÃO PAULO
AG. REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Relator(a):  Min. CELSO DE MELLO
Julgamento:  13/03/2007. Órgão Julgador: Segunda Turma
E M E N T A: RECURSO DE AGRAVO - CUMULATIVA INTERPOSIÇÃO DE DOIS (2) RECURSOS CONTRA A MESMA DECISÃO, FORA DAS HIPÓTESES LEGAIS - INADMISSIBILIDADE - OFENSA AO POSTULADO DA SINGULARIDADE DOS RECURSOS - NÃO-CONHECIMENTO DO SEGUNDO RECURSO - EXAME DO PRIMEIRO RECURSO - AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL - SÚMULA 454/STF - RECURSO IMPROVIDO. - O princípio da unirrecorribilidade, ressalvadas as hipóteses legais, impede a cumulativa interposição, contra o mesmo ato decisório, de mais de um recurso. O desrespeito ao postulado da singularidade dos recursos torna insuscetível de conhecimento o segundo recurso, quando interposto contra a mesma decisão. DOUTRINA. - Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato, ou de examinar matéria de caráter probatório, ou, ainda, de interpretar cláusula contratual.
JURISPRUDÊNCIA
AI-AgR 640461 / PA – PARÁ
AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Relator(a):  Min. CÁRMEN LÚCIA
Julgamento:  31/05/2007. Órgão Julgador: Primeira Turma
EMENTA: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é de cinco dias o prazo para a interposição do agravo de instrumento em recurso extraordinário criminal, conforme o art. 28 da Lei n. 8.038/90, não revogado, em matéria penal, pela Lei n. 8.950/94, de âmbito normativo restrito ao Código de Processo Civil. Incide, no caso, a Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal. 2. Agravo Regimental desprovido. 
EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DOS MEIOS DE INTEGRAÇÃO DO DIREITO EM JULGAMENTOS DE TRIBUNAIS
ANALOGIA
HC 89951 / RS - RIO GRANDE DO SUL
Relator(a):  Min. SEPÚLVEDA PERTENCE
Julgamento:  05/12/2006. Órgão Julgador:  Primeira Turma EMENTA: Julgamento nos Tribunais: competência do relator para decidir conflito de competência, quando há jurisprudência dominante do Tribunal sobre a questão suscitada: C.Pr.Civil, art. 120, parágrafo único (redação da L. 9.756/98): aplicação, por ANALOGIA, ao processo penal, nos termos do art. 3º, do C.Pr.Penal. Precedente (Pet. 3596, desp., 21.08.06, Britto, DJ 28.08.06). No caso a impetração sequer ousa desafiar a existência óbvia de entendimento sedimentado na jurisprudência no sentido da competência da Justiça Federal para a ação penal movida contra servidor público da União, no caso de solicitação ou exigência de vantagem indevida para a prática de ato de ofício, qual o caso concreto. Habeas Corpus indeferido.
EQÜIDADE
RE-embargos 24815 / 
EMBARGOS NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a):  Min. VICTOR NUNES
Julgamento:  27/08/1964. Órgão Julgador: TRIBUNAL PLENO      
EMENTA: Valorização do remanescente, na desapropriação. Utilização desse critério legal com espírito de EQÜIDADE, para não onerar um proprietário em beneficio de outro.
  
PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO  
RE 78770 / ES - ESPÍRITO SANTO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a):  Min. ALIOMAR BALEEIRO
Julgamento:  23/08/1974. Órgão Julgador:  PRIMEIRA TURMA
HONORARIOS - QUEIXA CRIME IMPROCEDENTE. I. O artigo 3, do código de processo penal, admite expressamente a aplicação analógica e o suplemento dos PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO. II. Não viola a Constituição Federal, nem discrepa de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o acórdão que condena o querelante vencido a indenizar os honorários do advogado que defendeu vitoriosamente o querelado. Essa decisão longe de ofender o artigo 114 do Código de Processo Civil – 1939. Interpretou-o bem razoavelmente em harmonia com os artigos 4 e 5 da lei de Introdução ao Código Civil e com o artigo 3, do Código de Processo Penal.  
  
3. CONCLUSÃO
Exercícios.
Responda as questões que seguem.
1. O que é Direito Positivo?
2. Qual é o critério para a classificação do Direito em Público ou Privado? 
3. Quais são as fontes do Direito? Explique-as.
4. Quais são os meios de integração do Direito? Explique-os
5. Quais são os ramos componentes do Direito Público e do Privado?
Bibliografia.
MARTINS, Sérgio P. Instituições de Direito público e privado. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
PINHO, Ruy Rebello. Instituições de Direito público e privado. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
	
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