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Aula 3 IDPP Estado

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INSTITUIÇÕES DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ASSUNTO – TEORIA GERAL DO DIREITO
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Origem do Estado
Conceito 
Elementos 
Fundamentos 
Finalidades
Personalidade
Forma
CONCLUSÃO
_______________________________________________________________________________
1. INTRODUÇÃO
Continuando o estudo da Teoria Geral do Direito, estudaremos na presente aula algumas características a respeito do Estado, diante de sua importância para entender como ocorreu seu surgimento e desenvolvimento para permitir a sobrevivência do homem em sociedade. 
2. DESENVOLVIMENTO
ORIGEM DO ESTADO
Como a ciência não dispõe de elementos seguros para reconstruir a história e os meios de vida das primeiras associações humanas, são diversas as teorias que tentam explicar a origem do Estado. Sem solução científica, as teorias que explicam o surgimento do Estado são baseadas em hipóteses que se contradizem nas suas premissas e nas suas conclusões, mas fornecem conhecimentos para entender o surgimento do Estado.
Teoria Patriarcal: sustenta o principio de que o Estado derivaria de um núcleo familiar onde a autoridade suprema pertenceria ao ascendente masculino mais velho. Seria o resultado da lenta unificação das famílias. Ex: Israel.
Teoria Patrimonial ou Econômica: entende que a posse da terra teria gerado o poder público e dado origem à organização estatal. Para Platão o Estado teria nascido das necessidades dos homens. Ex: Estado feudal.
Teoria da Força: leciona que a superioridade de força de um grupo social teria permitido submeter um grupo mais fraco, nascendo o Estado da conjunção entre dominantes e dominados, vencidos e derrotados.
Teoria Teológica ou Religiosa: sustenta que o Estado teria sido formado por Deus, de quem o governante receberia diretamente todo o poder para organizar o grupo e dirigir seu destino de acordo com os mandamentos religiosos. Ex: Países islâmicos.
Teoria Racionalista ou do Contrato Social: defendida pelos adeptos da Escola de Direito Natural, tem o princípio básico ligado ao estado de natureza. Entre a transição do homem que passa de um convívio natural para a vida em sociedade, pois teria existido um pacto de harmonia; logo depois, haveria sido firmado outro contrato em que os homens em sociedade se submeteriam a um governo por eles escolhido. Assim, a vontade dos homens teria levado a criação do Estado.
Existem muitas outras teorias, como Sociológica, segundo o qual o Estado teria surgido como decorrência da evolução da organização tribal para o territorial, em que os laços espirituais decorriam do fato de ocuparem uma mesma área geográfica, e, ainda, as que afirmam a formação natural ou espontânea do Estado; ou que o Estado teria se originado da formação derivada de Estados preexistentes e outras. 
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CONCEITO DE ESTADO
Alguns conceitos doutrinários de Estado:
político: “É a uma comunidade de homens, fixada sobre um território, com potestade superior de ação, de mando e de coerção”. Malberg
sociológico: “É corporação territorial dotada de um poder de mando originário” Jellinek;
constitucional: “Pessoa jurídica territorial soberana” Biscaretti di Rufia.
conceito geral: “Sociedade juridicamente organizada e dotada de governo soberano, que possui como objetivo a consecução de interesses comuns”.
Observação
Não confundir Estado com Nação, pois esta é o conjunto de pessoas ligadas entre si por laços permanentes de sangue, idioma, religião ou ideais. A nação pressupõe a identidade étnica.
Concluí-se que o conceito de Nação jamais possuiu significação jurídica, não indicando vínculo jurídico entre seus componentes, mas somente emocionais. Trata-se de conceito puramente sociológico.
ELEMENTOS DO ESTADO 
povo: é o conjunto de indivíduos que se unem para constituir o Estado, estabelecendo com este um vínculo jurídico de caráter permanente, participando da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano;
território: base física na qual o Estado exerce, com exclusividade, seu poder de império sobre pessoas e coisas. Composto pelo solo, o subsolo, espaço aéreo e o marítimo, rios, lagos, ilhas etc. Há as extensões do território nacional como as embarcações e aeronaves militares ou do governo em qualquer lugar do planeta.
governo soberano: poder soberano de auto-determinação; a sua existência é realizar o interesse público. Soberania: conceito: segundo Miguel Reale: “E o poder que tem o Estado de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência”. Apresetna os aspectos interno e externo. Internamente: representa a faculdade de utilizar a coação para impor suas decisões; em âmbito externo: fazer valer a independência do Estado; todo Estado soberano aspira existir infinitamente e só desaparece quando forçado por uma vontade superior. Características: una, não pode existir mais de um poder soberano em um mesmo Estado; indivisível, impõe sua unidade, aplica-se à universalidade dos fatos ocorridos no Estado; inalienável, ou seja, intransferível; imprescritível, não possui prazo de duração; originária: surge com o nascimento do Estado; incondicionada: só encontra limites no desejo do próprio Estado.
- Obs: modernamente há o reconhecimento de que ao Estado cabe uma finalidade definida que justifica a sua existência, qual seja realizar o bem comum. 
FUNDAMENTOS DO ESTADO
religioso: necessidade que tem o homem de acreditar no sobrenatural;
físico-material: necessidade de uma base territorial;
jurídico: necessidade de regular e limitar a vida em sociedade;
ético: necessidade de se determinar um padrão moral de procedimento; e
psicológico: necessidade que tem o homem de viver em sociedade.
Fundamentos do Estado brasileiro: segundo a CF, art. 1º, o Estado brasileiro tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.
FINALIDADES DO ESTADO
O Estado possui uma infinidade de finalidades entre as quais podemos destacar:
manter a ordem: para possibilitar a vida comunitária;
promover o bem estar social: para atender as necessidades de sua população;
buscar o progresso e o bem estar social: busca de conquistas em todos os campos da atividade; 
nacional, como saúde, trabalho, desenvolvimento científico etc;
integração nacional: fazer com que todos os rincões estejam integrados, suprimindo os desníveis existentes;
manter a integridade territorial:- preservar o território mantendo suas atuais fronteiras. (é vedada guerra de conquista, pela constituição );
garantir a soberania: pois sem ela deixa de se auto governar;
manter a democracia: nosso regime político é o democrático nas suas mais diferentes formas (social-democrata, liberal-democrata, democrata-cristão );
manter a paz social: eliminar as diferenças e desníveis, favorecendo a harmonia e o equilíbrio social.
Objetivos fundamentais do Estado brasileiro: a Constituição consigna como objetivos fundamentais (art. 3º): 
construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização;
reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e de outras formas de discriminação.
PERSONALIDADE DO ESTADO
O Estado é uma instituição jurídica de Direito Público.
Por ter personalidade jurídica própria o estado é um centro de interesses e obrigações e constitui um aparelho de organização social, que busca um ambiente de equilíbrio para manter em harmonia a sociedade. 
FORMA DE ESTADO
Refere-se à a possibilidade de no Estado haver ou não a divisão em unidades administrativas autônomas, ou seja, com governo local próprio, produtor de suas próprias leis de organização. 
unitários: não são divididos em unidades autônomas, pois há somente ogoverno central que indica seus representantes para as divisões territoriais, nele também somente há uma única fonte de direito para todo o território, mesmo quando dividido em municípios, províncias, distritos etc. Ex: França, Bélgica, Itália, Portugal.
federados (federação): em todo o território há duas esferas de elaboração do direito: a nacional e a provincial. Há uma constituição nacional e várias outras para cada província ou unidade federativa, sem macular a nacional. ex: Brasil, EUA etc;
confederado (confederação): são dois ou mais Estados que se unem temporariamente para um determinado fim. Ex: ex-URSS;
Quanto à estrutura:
simples: são os unitários;
compostos: são as federações, as confederações;
Quanto à autonomia política (soberania/independência):
soberanos: plena autonomia política, jurídica, econômica e administrativa, tanto internamente como externamente;
semi-soberanos:- um dos elementos: político, jurídico, econômico ou administrativo, não está sob controle do Estado.
FORMA DE GOVERNO
Este conceito que se refere à maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. As formas de governo são a monarquia e a república.
Monarquia: é o governo do soberano, rei ou imperador, sendo este o supremo legislador. O monarca exerce o poder vitaliciamente e o transmite por sucessão hereditária. Na monarquia absoluta o poder cabe a um único indivíduo, que possui poderes ilimitados, fazendo e aplicando as leis. Na monarquia limitada o exercício do poder ocorre por elementos aristocráticos e democráticos. Pode também haver a monarquia parlamentarista.
República: a forma de governo que designa uma coletividade política com características da coisa pública (res pública), ou seja, coisa do povo e para o povo, que se opõe a toda forma de tirania. No Brasil pelo artigo 1º da Constituição foi adotada a República como forma de governo.
SISTEMA DE GOVERNO
Refere-se ao modo como se relacionam os poderes, especialmente o Legislativo e o Executivo, o que dá origem aos sistemas parlamentarista e presidencialista. 
Parlamentarismo: o Parlamento representa o Estado, no qual o Primeiro Ministro exerce uma função de confiança, podendo ser destituído do cargo, portanto, o governo é efetivamente um colegiado com a direção do Primeiro Ministro. O Chefe do Estado, que pode ser o Monarca ou o Presidente, não possui responsabilidade política pelas decisões governamentais. Ex: Inglaterra, Espanha, França etc;
Presidencialismo: o presidente governa durante o seu mandato, ou seja, é o chefe de Estado e de Governo, não pode dissolver o Congresso e somente pode ser destituído se cometer atos irregulares, conforme previsto na constituição, e somente após ser submetido ao processo de impedimento. Ex: Brasil, EUA, Argentina etc.
REGIME POLÍTICO
Regime político é um complexo estrutural de princípios e forças políticas que configuram determinada concepção do Estado e da sociedade, e que inspiram seu ordenamento jurídico; antes de tudo, pressupõe a existência de um conjunto de instituições e princípios fundamentais que informam determinada concepção política do Estado e da sociedade, sendo também um conceito ativo, pois, ao fato estrutural há que superpor o elemento funcional, que implica uma atividade e um fim, supondo dinamismo, sem redução a uma simples atividade de governo. O regime político pode ser a democrático, autocrático, ditatorial, etc. 
Regime político brasileiro: segundo a CF/88, funda-se no princípio democrático; o preâmbulo e o art. 1º o enunciam de maneira insofismável: Estado Democrático de Direito.
3. Conclusão
Exercícios
Responda as questões que se seguem:
1. O que é Estado?
2. Quais os elementos do Estado e suas definições?
3. Quais são formas de Estado e de Governo?
4. O Brasil é um Estado? Justifique.
5. O Brasil é soberano? Justifique.
6. O Brasil é um Estado unitário? Justifique.
7. O Brasil é uma teocracia? Justifique.
8. Qual o nosso sistema de governo? Justifique.
9. Qual a forma de governo do Brasil? Justifique.
10. Qual o nosso regime político? Justifique.
Bibliografia
MARTINS, Sérgio P. Instituições de Direito público e privado. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
PINHO, Ruy Rebello. Instituições de Direito público e privado. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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