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PATOLOGIAS DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES NARIZ E NASOFARINGE PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS MUCORMICOSE Ocasionada por inalação de esporos assexuados ou contato oftálmico, consumo ou ferimentos com esporos de fungos mucorales ou entomoftorales. Mucorales atinge mais indivíduos imunocomprometidos. Entomoftorales atinge mais indivíduos sadios e cursa geralmente com infecção crônica. Afeta principalmente pacientes neutropênicos, grandes queimados, usuários de corticóides, diabéticos e outros imunocomprometidos. As forma mais comum é a rinocerebral (75% dos casos descritos), seguida da pulmonar, gastrointestinal, pele e outros órgãos. Acometimento sistêmico pode ocorrer. A mortalidade da forma rinocerebral chega a 50%. As hifas invadem o seio paranasal e palato, estendendo-se para seio etmoidal, região retroorbitária ou SNC. Cursa com cefaléia, epistaxe, pansinusite, secreção purulenta e rigidez nucal. Achados mostram necrose das conchas nasais e tecidos afetados, proptose, edema periorbital e perda da acuidade visual que evolui para exoftalmia, oftalmoplegia completa, cegueira e pupilas fixas e em midríase. A forma pulmonar apresenta-se com tosse, expectoração e falta de ar. Achados mostram lesões pulmonares com pneumonia hemorrágica e presença de trombos sépticos. Diagnóstico em exame direto (achados de hifas não-septadas e em ângulo reto) de raspados e biópsia do material necrótico. Tratamento baseia-se no diagnóstico precoce com debridamento cirúrgico agressivo (deve iniciar antes mesmo do diagnóstico) e terapia com anfotericina B lipossomal EV (1mg/kg/dia) por 4 a 6 semanas. Outra opção se faz com Posaconazol 400mg 2x/dia nas refeições. Fluconazol e voriconazol provaram-se ineficientes. OBS: sinusite fúngica deve ser considerada em todo indivíduo que apresenta sinusite crônica. SÍNDROME DE KARTAGENER Ou Discinesia Ciliar Primária (defeito na organização estrutural dos cílios do epitélio respiratório da árvore brônquica) = rinite, otite, sinusite crônica, bronquite, tosse crônica, bronquiectasia (complicação predominante) e pneumonias. Infecções recorrentes. Também apresenta situs inversus. Diagnóstico tardio em progressão avançada da patologia pulmonar (baqueteamento digital). PATOLOGIAS NEOPLÁSICAS PAPILOMA NASOSINUSAL OU SINONASAL Doença papilomatosa benigna que se apresenta por três tipos (exofítico/invertido/cilíndrico). A forma exofítica é a mais comum e a forma invertida (ou schneideriana) é a mais importante biologicamente, pois apresenta grande agressividade local, taxas elevadas de recorrência local e um potencial para malignidade síncrona e metácrona. Sua Fisiopatologia se dá pela proliferação papilomatosa de epitélio escamoso que, ao invés de possuir um crescimento exofítico, produz um crescimento invertido que pode invadir a órbita, SPN ou caixa craniana. Acomete principalmente homens entre 50 e 60 anos. A etiologia não é definida, mas se acredita que o HPV (tipos 6 e 11) tenha um papel na proliferacao desse tumor. Diagnóstico essencial por TC pois permite avaliar com precisão os contornos e destruição ósseas provocadas. A RM permite melhor avaliação da extensão sinusal das neoplasias e eventuais invasões para alem dos SPN. A cirurgia é o tratamento definitivo e a endoscopia o padrão-ouro para tratamento cirúrgico (permite menos recorrências). PATOLOGIAS DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES terça-feira, 8 de março de 2016 10:47 Página 1 de Fisiopatologia Especial (permite menos recorrências). NEUROBLASTOMA OLFATÓRIO (ESTESIONEUROBLASTOMA) Trara-se de uma neoplasia maligna incomum de celulas neuroendócrinas presentes na mucosa olfatória, mais comum na região lateral e superior do nariz. Essas células são pequenas, redondas e azuis, de crescimento em forma lobular e envoltas por tecido conjuntivo vascularizado. O diagnóstico diferencial deve ser feito com Linfoma, sarcoma de Ewing e rabdomiossarcoma embrionário. Observa-se por métodos imunohistoquímicos que essas células, cheias de grânulos secretórios, produzem enolases específicas de neurônio, sinaptofisina, a proteína de membrana CD56 e cromogranina. Dependendo do grau do neoplasma, a combinação cirurgia-radioterapia-quimioterapia proporciona 40% a 90% de sobrevida em 5 anos. ANGIOFIBROMA NASOFARÍNGEO JUVENIL Neoplasia que acomete quase exclusivamente jovens do sexo masculino. Acomete o forame esfenopalatino e seus sintomas são epistaxe, obstrução nasal e sintomas compressivos (pressão nasal). Sua Fisiopatologia advém de uma remanescência do plexo vascular do anel brônquico, sensível a testosterona e que, na adolescência, sofre proliferação devido às mudanças hormonais. O diagnóstico é essencialmente imaginológico. Nunca deve ser feita biópsia devido ao grande risco de sangramentos. Deve-se embolizar e ressecar a malformação antes de procedimento cirúrgico. O maior risco clínico é o alto risco de sangramento no ato cirúrgico. CÂNCER DE NASOFARINGE (CÂNCER NASOFAÍNGEO) É uma neoplasia incomum intimamente relacionada ao tecido linfóide e ao EBV, afetando 70% de homens dentre o total de casos e possui um aumento de 30 vezes mais ocorrência em regiões endêmicas do que em áreas não-endêmicas. Na província de Guangdong, por exemplo, é a neoplasia mais comum em adultos porque corresponde a 18% dos casos de câncer. Três fatores são importantes para sua ocorrência: hereditariedade, idade e infecção pelo EBV. Além disso, dietas ricas em ingestão de nitrosaminas, como peixes salgados e alimentos fermentados, bem como tabagismo e fumaça química, têm sido considerados fatores de risco. O EBV está relacionado com a doença, pois o DNA viral (EBNA-1) tem sido detectado em células epiteliais tumorais e em lesões pré-malignas. Os tipos 2 e 3 são os que apresentam maiores achados relacionados ao vírus. Os sintomas da lesão primária são dor, epistaxe, secreção nasal e sintomas compressivos (sensação de obstrução nasal). Em estágios invasivos, pode invadir a base do crânio e causar diplopia por invasão do VI par, cefaléia e vertigens. Em 80% dos casos apresenta linfonodomegalia Evolui silenciosamente para metástase supraclavicular em 70% dos pacientes. O local mais comum de ocorrência da neoplasia nasofaríngea é na Fosseta do Rosenmuller, uma região localizada em torno da tuba auditiva, mais precisamente conhecido como recesso faríngeo. Também pode ocorrer na região em torno da coana. Clinicamente é caracterizado em 3 tipos: diferenciado queratinizante (tipo 1), diferenciado não- queratinizante (tipo 2) e indiferenciado (tipo 3). O diagnóstico Gold standard é através de exame histopatológico (neurofibroscopia com biópsia de lesão), onde se vê um carcinoma de células escamosas comum nos tipos 1 e 2, com células bem diferenciadas ou pouco diferenciadas originado em outros locais. O tipo 3 é composto de células grandes com nucléolos vesiculares ovalados ou arredondados, proeminentes e as margens celulares são indistintas. As indistinções são dispostas em arranjo semelhante a um sincício. Juntamente às células epiteliais tumorais estão abundantes concentrações de linfócitos T normais. Outros exames incluem pesquisa de IgA para antígeno de capsídeo viral (VCA-IgA). Quando suspeita- se de metástase, o PAAF de linfonodo metastático está indicado juntamente com pesquisa de EBV+ na imunocitoquímica. Se o tumor primário é desconhecido, indica-se PET-CT para investigação. A radioterapia é o tratamento de escolha, sendo mais sensível no tipo 3 e menos no tipo 1. LARINGE PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS Página 2 de Fisiopatologia Especial PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS LARINGITE É mais comumente ocasionada por uma infecção generalizada do trato respiratório superior ou exposição a toxinas ambientais, como a fumaça do cigarro. Porém, pode ocorrer devido a uma manifestação alérgica, infecções virais ou bacterianas, infecções de caráter sistêmico (tuberculose e difteria) e refluxogastroesofágico, pois o caráter ácido do suco gástrico irrita a mucosa, provocando laringite, aftas, tosse reflexa etc. O quadro clínico é caracterizado por congestão e edema, podendo haver exsudato. Os sintomas congestivos e o edema podem ser importantes a ponto de causar dificuldades na respiração e edema de glote, principalmente em situações alérgicas. Em crianças, a extensão do processo pode ocasionar laringotraqueobronquites, principalmente por infecções virais. A inflamação da laringe e das cordas vocais é importante em paciente pediátrico devido à fraqueza dos músculos acessórios da respiração e da consistência da larigne. Devido a isso, o edema e a congestão dificultam a respiração na criança e causam a "tosse de cachorro" ou "tosse ladrante" (estridor) que assusta os pais. Em alguns casos, o edema torna-se importante a ponto de obstruir as grandes vias aéreas, o que se configura como uma emergência médica. Quando a laringotraqueobronquite é ocasionada por infeccção pelo corynebacterium diphteriae, a produção da toxina diftérica causa esfoliação do epitélio (ocasionando as clássicas placas acinzentadas pseudomembranosas de necrose tecidual) da orofaringe. Isso provoca inflamação localizada que atinge a laringe e causa edema importante de mucosa que leva à obstrução respiratória. Em adultos, a laringite e laringotraqueobronquite são autolimitadas e com menor risco de complicações devido à laringe mais larga e os músculos respiratórios mais fortes, diminuindo riscos de obstrução da glote por infecções do trato respiratório. Porém, grandes reações alérgicas localizadas ou exposição a fumaças extremamente irritantes, como a fumaça quente e rica em CO2 e outros elementos químicos de incêndios, podem provocas inflamação e edema grave de glote, causando obstrução. EPIGLOTITE É uma inflamação súbita de mucosa da epiglote importante principalmente em crianças de 2-6 anos de idade (predominante em sexo masculino) e idosos, causada por infecção bacteriana por haemophilus influenzae (ou bacilo de Pfeiffer), principalmente pelo tipo HiB, o mais virulento e mais comumente causador dessa patologia. Sua progressão se dá em horas e seus sintomas iniciais são dores de garganta e febre alta. Horas depois o paciente apresenta dificuldades respiratórias espontâneas e estridor respiratório principalmente inspiratório (tosse ladrante) associado a disfagia, febre e estado toxemiante (calafrios, sialorreia e palidez). O paciente adquire uma posição sentada com hiperextensão cervical e protusão do mento, afim de manter as vias aéreas pérvias. Evolui para obstrução das vias aéreas com cianose, prostação, alteração do nível de consciência e choque tóxico. As chances de óbito crescem a medida que as horas passam. Deve ser diagnosticado rapidamente devido ao quadro de pior evolução. Porém é dífcil um diagnóstico preciso mesmo por clínicos experientes. Enquanto se confirma o diagnóstico, a manutenção da via aérea segura é crucial para a sobrevida do paciente. Todo paciente suspeito de epiglotite deve ser transferido para UTI. A história clínica aliada ao exame físico são fundamentais para formulação dessa hipótese diagnóstica e certas vezes suficientes. O padrão ouro laboratorial é a cultura de secreção da epiglote ou das vias aéreas. Ao exame laringoscópico, pode ocorrer obstrução súbita da glote, salvo casos especiais. Por isso, a inspeção da cavidade oral por laringoscopia é formalmente contraindicada em pacientes com obstrução de VA. Diante das limitações diagnósticas, o diagnóstico radiológico se faz importante. O estudo de RX da laringe em posição frontal mostra afilamento abaixo das cordas vocais provocado pelo edema de mucosa e conhecido como "sinal da ponta de lápis". Na projeção lateral, ocorre aumento da epiglote conhecido como "sinal do polegar", característico da epiglotite. Porém, o diagnóstico diferencial entre epiglotite e crupe não é um consenso. O "sinal da ponta de lápis" pode estar ausente em paciente sem crupe ou com epiglotite. Pacientes suspeitos de epiglotite bacteriana devem ter a investigação radiológica complementada com estudo de tórax, pois a exacerbada pressão negativa intratorácica causada pode levar a edema pulmonar. Focos de consolidação broncopneumônicos também devem ser investigados, pois interferem no manejo terapêutico dos pacientes. O tratamento é caracterizado primeiramente pela manutenção da permeabilidade das vias aéreas Página 3 de Fisiopatologia Especial O tratamento é caracterizado primeiramente pela manutenção da permeabilidade das vias aéreas com entubação endotraqueal sendo o padrão de escolha. Se não for possível entubar, deve-se realizar uma traqueostomia. Concomitantemente, antibioticoterapia imediata após a suspeita diagnóstica e até mesmo antes do resultado da cultura deve ser iniciada. Ampicilina/sulbactam associada a clorafenicol - antibiótico alternativo para alérgicos - já não é mais a primeira escolha terapêutica devido a 10-20% dos Hib serem produtores de beta-lactamase. Devido a isso, o uso de cefalosporinas de 2ª/3ª geração, como cefuroxima EV (150mg/kg/dia) ou ceftriaxona EV (100mg/kg/dia), durante 10 dias está indicado. AINEs para combater a febre e inflamação devem ser utilizados como terapia acessória após as intervenções acima. PATOLOGIAS NEOPLÁSICAS NÓDULOS REATIVOS (PÓLIPOS) São nódulos bilaterais que surgem nas cordas vocais causados por extenso uso da voz (nódulos do cantor) ou unilaterais causados por tabagismo intenso. Predominam em adultos do sexo masculino. São caracterizados por nodulações bilaterais, arredondadas, lisas, geralmente de poucos milímetros e localizadas nas cordas vocais verdadeiras. São cobertos por epitélio escamoso que pode tornar-se queratótico, hiperplásico ou levemente displásico. O centro do nódulo é de tecido conjuntivo mixoide frouxo, podendo variavelmente ser fibrótico ou salpicado por numerosos canais vasculares. Uma observação importante é acerca da posição dos nódulos do cantor. Quando estão posicionados contralateral às cordas vocais, podem sofrer atritos entre eles e provocar ulceração. Pela localização e pela inflamação ocasionada, ocorre alteração característica da voz e rouquidão. Muito provável que não dão origem a cânceres. PAPILOMA ESCAMOSO São neoplasias benignas caracterizadas por excrescências frouxas semelhantes à framboesa localizadas nas cordas vocais verdadeiras. Seu aspecto histopatológico é dado por projeções digitiformes sustentadas por um núcleo fibromuscular central e cobertos por epitélio escamoso estratificado ordenado. Quando estão nas extremidades livres das cordas vocais, o trauma ocasioando por atrito gera ulcerações acompanhadas de rouquidão e hemoptise. PAPILOMATOSE LARÍNGEA JUVENIL São vários papilomas escamosos, comuns em crianças e causados por infecção pelo HPV tipos 6 e 11. Papilomas múltiplos recorrentes também podem ocorrer em adultos. Não são malignos, mas são recidivantes. Em muitos casos, sofrem regressão espontânea na puberdade, porém após vários procedimentos cirúrgicos. CARCINOMA DE LARINGE Definições anatômicas: Supraglote ou Epiglote – acima da prega vocal verdadeira. Glote - até 8mm abaixo da prega vocal verdadeira. Infraglote – abaixo do limite de 8mm. Trata-se de uma neoplasia maligna que apresenta um amplo espectro de alterações epiteliais da laringe. Representa 25% dos tumores de cabeça e pescoço, com 2% de todas as neoplasias malignas. Acomete mais sexo feminino e na faixa etária acima dos 40 anos. Desse tipo de tumor maligno, 60% são de glote, 25% supraglótico, 5% transglóticos e 5% infraglótico. O risco de malignidade por alteração progressiva do epitélio laríngeo aumenta conforme aumenta a exposição aos diversos agentes agressores. O tabagismo associado ao álcool aumenta as chances de carcinoma laríngeo supraglótico e da cavidade oral, pois a solubilização das toxinasdo cigarro com o etanol piora a agressão à mucosa. Já o consumo somente de álcool não oferece grandes riscos ao desenvolvimento do carcinoma, embora níveis abusivos provoquem alterações epiteliais. A fumaça do cigarro também possui essa relação, sendo as chances de desenvolvimento de malignidade proporcional à exposição. Muitas vezes, alterações epiteliais ocorrem, porém a descontinuidade ao tabagismo é responsável pela regressão das transformações. A exposição química prolongada ao asbesto, níquel ou madeira pode provocar transformações malignas ao epitélio laríngeo. A infecção pelo HPV também é um fator de risco, e de especial importância, para o desenvolvimento do carcinoma. O número de casos de infecção da cavidade oral, nasofaringe e laringe pelo HPV aumentou substancialmente nas últimas décadas devido ao aumento das práticas sexuais orais. O sintoma inicial mais comum é disfonia que varia dependendo do local de desenvolvimento do câncer. A rouquidão é indicativa de tumor de glote. A voz metálica ou robótica é característica de Página 4 de Fisiopatologia Especial câncer. A rouquidão é indicativa de tumor de glote. A voz metálica ou robótica é característica de tumor de supraglote. Já a "voz de batata quente" ou hot potato voice é característico de tumor de orofaringe. Com a progressão dos sintomas, tem-se rouquidão, disfagia, dispneia e hemoptise. Linfonodomegalia apresenta-se nos níveis II, III e IV. Em tumores de orofaringe, pode-se ter otalgia reflexa por sensibilização do IX par (inervação sensitiva do terço posterior da língua e orofaringe) que, por sua vez, faz conexão com o nervo timpânico de Jacobsen. Já nos tumores de supraglote, o ramo interno do nervo laríngeo recorrente pode ser sensibilizado, ocasionando otalgia reflexa por sensibilização concomitante do nervo auricular de Arnold com o qual faz conexão (ambos são ramos do X par). A sequência da ampla gama de alterações do epitélio laríngeo segue a sequência hiperplasia- hiperplasia atípica-displasia (de leve a grave)-carcinoma in situ-câncer invasivo. Ao exame anatomopatológico, seu grau de anaplasia e diferenciação é muito variável assim como as populações celulares encontradas, que podem ser células gigantes em grande quantidade e múltiplas figuras de mitose estranhas. Também se observam pérolas córneas (decorrente de queratinização) e pontes intercelulares. Cerca de 95% dos carcinomas de laringe são de células escamosas típicas. Outros tipos incluem carcinoma verrucoso, adenocarcinoma, sarcoma e carcinoma adenoide cístico. O tumor desenvolve- se diretamente nas cordas vocais, mas também pode surgir acima ou abaixo das cordas, nas pregas ariepiglóticas ou no seio piriforme. Os tumores confinados à laringe (60% dos casos) recebem o nome de carcinomas intrínsecos. Os que surgem na laringe, porém se estendem para o exterior são chamados de extrínsecos. Iniciam-se com lesões in situ, que evoluem para placas enrugadas cinza- peroladas na superfície que, por fim, evoluem para lesões vegetativas, ulceradas e exuberantes. Os pacientes que apresentam ulcerações possuem chances muito altas de infecção secundária. O tratamento é dado por cirurgia, irradiação ou terapia combinada, com chances de cura em 2/3 dos pacientes. Infelizmente, 1/3 morre em decorrência da doença. Nesse último grupo, as causas mais comuns de morte se dá pelas infecções das passagens respiratórias distais, metástases disseminadas ou caquexia. Página 5 de Fisiopatologia Especial
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