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Aula 2 - Leso¦âes medulares aulas (15 e 22-04-2013)

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LESÃO DA MEDULA ESPINHAL
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ROTEIRO
Conceito de LME
Dados Epidemiológicos
Quadro Clínico
Avaliação Terapêutico Ocupacional
Estudo de casos
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CONCEITO
LME consiste em uma lesão traumática irreversível que acomete as estruturas da medula espinhal (óssea, ligamentar medular-discal, vascular ou radicular) interrompendo a passagem de estímulos nevosos através da medula.
Pode variar desde discreta concussão medular, com dormência transitória, até a tetraplegia imediata completa.
Tal quadro altera drasticamente a vida do indivíduo acometido, gerando desastrosas consequências ao lesado, à família e à sociedade.
BLANES et al., 2009
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CONCEITO
As principais causas são: os acidentes automobilísticos, queda de altura, mergulho em água rasa, acidente causados por armas de fogo ou outros acometimentos direto à cabeça e pescoço.
Vale ressaltar que a medula pode também ser lesada por doenças (causas não traumáticas), como por exemplo, hemorragias, tumores e infecções por virus.
BLANES et al., 2009
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EPIDEMIOLOGIA
No Brasil a incidência de TRM é de 40 casos novos/ano/milhão de habitantes, ou seja, cerca de 6 a 8 mil casos novos por ano, sendo que destes 60% se encontram entre os 10 e 30 anos de idade
De acordo com estudo realizado por Campos et al. (2008), em São Paulo, a principal causa de LME foi a queda geral com 40%, seguida por acidentes automobilísticos (25%), quedas de laje (23%), ferimentos por arma de fogo (7%), mergulhos em águas rasas (3%) e agressões (2%).
CAMPOS et al., 2008
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EPIDEMIOLOGIA
Ao cruzar sexo com idade, observou-se que a maioria dos acidentes ocorreu em indivíduos do sexo masculino (86%), com predomínio em jovens.
Ao se estudar as causas, o sexo masculino contou com 43,0% das quedas gerais, enquanto que o sexo feminino representou 21,4%. 
CAMPOS et al., 2008
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QUADRO CLÍNICO
 O SNC é formado pela medula espinhal e encéfalo. 
 A medula é constituída por células nervosas (neurônios) e por longas fibras nervosas chamadas axônios, que são prolongamentos dos neurônios e formam as vias espinhais. 
NITRINI et al., 2010
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QUADRO CLÍNICO
As vias descendentes conduzem sinais gerados no cérebro relacionados com o movimento e o controle visceral (sistema nervoso autônomo). 
As vias ascendentes conduzem sinais relacionados com a sensibilidade que são gerados na periferia e são levados para o cérebro.
A medula espinhal é organizada em segmentos ao longo de sua extensão. Raízes nervosas de cada segmento inervam regiões específicas do corpo.
NITRINI et al., 2010
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 Os segmentos da medula cervical são oito (C1 a C8) e controlam a sensibilidade e o movimento da região cervical e dos membros superiores. 
 Os segmentos torácicos (T1 a T12) controlam o tórax, abdome e parte dos membros superiores. 
 Os segmentos lombares (L1 a L5) estão relacionados com movimentos e sensibilidade dos membros inferiores. 
 Os sacrais (S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores, sensibilidade da região genital e funcionamento da bexiga e intestino. 
NITRINI et al., 2010
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As Lesões Medulares podem ser do tipo completa ou incompleta.
Nas lesões medulares completas, há paralisia, perda de todas as modalidades sensitivas (tátil, dolorosa, para temperatura, pressão e localização de partes do corpo no espaço) abaixo da lesão e alteração do controle esfincteriano (urinário e fecal). 
As lesões cervicais altas determinam tetraplegia (paralisia dos quatro membros). 
Na tetraplegia, a insuficiência respiratória é frequente, devido ao comprometimento do nervo que comanda a contração do diafragma (nervo frênico). Nas lesões cervicais baixas, observa-se paralisia dos membros inferiores e das mãos. Nas torácicas, a paralisia é de membros inferiores.
NITRINI et al., 2010
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SINTOMAS
Paralisia: nenhuma função motora abaixo do nível da LME completa. 
Paresia: Fraqueza e ADM diminuída abaixo da LME incompleta.
Déficits Sensoriais: nenhuma função sensorial abaixo da LME completa e função parcialmente preservada na LME incompleta
Espasticidade: Resistência aumantada à movimentação passiva. Há fortes espasmos musculares nos membros afetados.
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SINTOMAS
Disfunção respiratória: Perda da função ou fraqueza da musculatura respiratória em lesões altas (C1-C3).
Disfunção Urinária e Vesical
Hipotensão Ortostática: Quedas bruscas da pressão arterial na fase aguda.
Dor
Disfunção Reprodutiva e Sexual
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 COMPLICAÇÕES
Disreflexia Autonômica: pressão arterial devido à um estímulo nocivo abaixo do nível da lesão
Úlceras de Decúbito:
Dor
Infecções do Trato Urinário
Pneumonia
Ossificação Heterotrópica: Crescimento ósseo 
Anormal em grandes articulações.
Trombose Venosa Profunda
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AVALIAÇÃO TERAPÊUTICO OCUPACIONAL
ATIVIDADES E PARTICIPAÇÃO
Fase Aguda: internação hospitalar (CTI).
Fase de Reabilitação: hospital de reabilitação, ambulatório ou atendimento domiciliar.
Instrumentos: Entrevista, observação, Escala de Barthel, MIF, COPM.
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Funções e Estruturas do Corpo
Físico
Cognitivo
Psicossocial
Amplitude de movimento (ADM)
 Força muscular manual
Coordenação motora fina ( se acometimento de lesão C7-C8) 
Tônus muscular
Sensibilidade
Preservado
Depressão 
Sobrecarga de cuidadores
WILLARD, H., SPACKMAN, 2011
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Grau 0 - Paralisia total
Grau 1 - Contração visível ou palpável
Grau 2 - Movimentação ativa sem vencer a força da gravidade
Grau 3 - Vence a gravidade, mas não vence qualquer resistência
Grau 4 - Não vence a resistência do examinador
Grau 5 - Normal
Prova de Função Muscular
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AULA 22/04/2013
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PROGNÓSTICO
Sobreviventes com LME continuarão a viver com limitações funcionais de acordo com seu nível de lesão.
As pessoas com paraplegia e/ou lesões incompletas tendem a evoluir melhor do que aquelas com tetraplegia e/ou lesões completas.
O avanço no tratamento, na reabilitação e nos dispositivos de assistência possibilitou melhorar a qualidade de vida dos acometidos. 
SPACKMAN, 2011; TROMBLY, 2005
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Imediatamente após a lesão, todos os reflexos param de funcionar. Quando o choque medular cede, os pacientes têm uma excelente chance de recuperar as funções motoras e sensoriais.
As funções motoras e sensoriais costumam retornar nos 6 primeiros meses e o ritmo de recuperação tende a diminuir após 1 ano.
Índices de mortalidade são maiores no primeiro ano devido às complicações.
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 O nível de lesão dita o grau de limitações motora e sensorial. Consequentemente as considerações de tratamento e resultados irão variar.
 As consequências de uma lesão incompleta não podem ser tão facilmente preditas.
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INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL
	TO utilizam para reabilitar indivíduos acometidos os modelos biomecânico e de reabilitação.
 Modelo Biomecânico: tem como objetivo ajudar o paciente a melhorar/restaurar a força, a ADM, a sensibilidade e a mobilidade.
Modelo de Reabilitação: tem como objetivo manter o paciente o mais independente possível – estratégias de compensação e dispositivos de auxílio.
 
SPACKMAN, 2011
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Fase aguda: Deve ser centrada no apoio e prevenção.
 Na unidade de cuidados intensivos os atendimentos devem ser breves e voltados para orientação do paciente e familiares, posicionamento adequado do paciente no leito e prevenção de deformidades – mobilização articular passiva e uso de órteses* para posicionamento.
TROMBLY, 2005
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Fase de Reabilitação Aguda: além do apoio e educação deve ser centrada em atividades significativas.
 Na década de 70 a permanência média do paciente no hospital era de 144,8 dias. Na década de 90 diminuiu para 44 dias.
Durante essa fase a TO auxilia pacientes a iniciar ou manter participação ativa em ABVD.
Importantetrabalhar transição para o domicílio – trabalhar resolução de problemas e, se possível, realizar visita domiciliar.
TROMBLY, 2005
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 Importante reforçar orientações que devem ser concomitantes ao aprendizado e resolução de problemas diários.
Importante o encaminhamento para grupos ou associações para apoio comunitário.
Preparar a alta - educar e capacitar pacientes e cuidadores para o retorno ao domicílio.
TROMBLY, 2005
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Retomar, encorajar e treinar atividades significativas desde o início
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O atendimento em grupo ajuda a compartilhar as dificuldades e na sua superação 
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Contexto da alta hospitalar: 
Importante avaliar o ambiente físico onde o paciente frequenta – casa, dispositivos na comunidade.
Auxiliar na transferência de aprendizado, se possível fazer novo treinamento. Ex.: banho realizado no hospital é diferente daquele realizado no domicílio.
 verificar necessidades de adaptações – barras de apoio, assento elevado, altura da cama, etc. (verificar NBR + singularidades do cliente)
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Selecionar tipo adequado de cadeira de rodas e treinar seu uso
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EVIDÊNCIAS...
Conclui-se que o apoio da família e, em especial, a presença dos pais, são fundamentais para enfrentar as limitações e reagir na busca de equilíbrio na deficiência, incapacidade, desvantagem e saúde dessa clientela.
Os cuidadores precisam e podem se beneficiar de intervenções que ajudem a gerir as limitações médicas e funcionais do paciente. Estratégias de intervenção que visam tanto o cuidador e o paciente são particularmente promissoras para melhorar a qualidade de vida dos cuidadores.
Improving the quality of life of caregivers of persons with spinal cord injury: A randomized controlled trial. R. Schulz, S. J. Czaja, A. Lustig, B. Zdaniuk, L. M. Martire and D. Perdomo (2009). Rehabilitation Psychology. Volume 54; Issue 1; Pages 1-15
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de Atenção à Pessoa com Lesão Medular / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações. Programáticas Estratégicas e Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012.
Protocolo de Traumatismo Raquimedular – (tratamento agudo). Dr. Newton Godoy – HJXXIII e Dra. Maria Amélia Ferreira Rocha – HJXXIII. 2012.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, M.F. et al. Epidemiologia do traumatismo da coluna vertebral. Rev. Col. Bras. Cir. [online]. 2008, vol.35, n.2, pp. 88-93. 
Blanes, L. et al. Clinical and socio-demographic characteristics of persons with traumatic paraplegia living in São Paulo, Brazil. Arq. Neuro-Psiquiatr., June 2009, vol.67, no.2b, p.388-390.
NITRINI, R. et al. A neurologia que todo médico deve saber. 2ª Edição. São Paulo: Atheneu, 2010.
Willard, H. Terapia Ocupacional – Willard & Spackman. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
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GRUPO DE DISCUSSÃO
O que é preensão por tenodese? Porque é importante para o TO e como ele pode facilitá-la?
Quais são os sintomas da Esclerose Múltipla que podem requerer a intervenção da TO? Justifique.
Quais fatores e sintomas o TO deve considerar ao indicar o uso da cadeira de rodas para um paciente com doença neurodegenerativa?
Planeje uma sessão de TO para o tratamento de um indivíduo com Doença de Parkinson que apresenta acinesia, bradicinesia e rigidez e está caindo repetidas vezes.
Liste os itens que você examinaria e as modificações primárias que poderia recomendar durante uma visita domiciliar a um paciente com Esclerose Lateral Amiotrófica.

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