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�PAGE � �PAGE �1� Bactérias anaeróbias estritas: Toxicidade do oxigênio: Durante reações envolvendo oxigênio são produzidos íon superóxido (causa danos à célula) O2e- → O2– Microrganismos facultativos ou aeróbios são capazes de destruir radicais tóxicos: 2O2– + 2H+ Superoxide Dismutase = O2 + H2O2 H2O2 + H2O2 + Catalase = 2H2O + O2 H2O2 + H2R + Peroxidase = 2H2O + R Bactérias anaeróbias estritas não possuem enzimas assinaladas acima a)Esporuladas: muito resistente a condições adversas Infecções exógenas e endógenas b) Não-esporuladas: pouco resistente a condições adversas Infecções geralmente endógenas Doenças causadas por anaeróbios Infecções de tecidos moles, mionecrose (gangrena gasosa), infecções abdominais, peirtonites, etc: Clostridium perfringens e anaeróbios não esporulados (Vários) Doenças entéricas: Intoxicação alimentar: C. perfringens tipo A Colite associada a antibiótico: C. difficile Síndromes neurológicas: Botulismo: C. botulinum Tétano: C. tetani Clostridium spp Bacilos gram-positivos, móveis ou imóveis, esporulados, anaeróbios (alguns são aerotolerantes) São amplamente distribuídos na natureza: solo, sedimento de lagos, rios, mares, intestino do homem e animais. Esporos são altamente resistentes a agentes químicos e ao calor, necessitando de autoclavação ou horas de fervura para sua destruição. Formas vegetativas são susceptíveis a antibiótico, desinfetantes e calor. Membros produzem vários tipos de toxinas sendo a tetânica e a botulínica as mais potentes toxinas conhecidas. Botulínica é a mais perigosa: 1mg é capaz de matar 60 milhões de ratos. Toxinas são termolábeis: botulínica: destruída a 100ºC /5 min 2) Principais espécie Doença Clostridium botulinum Botulismo C. tetani Tétano C. difficile Diarréia associada a antibiótico, colite pseudomembranosa C. perfringens Gangrena gasosa, infecção dos tecidos moles (celulite, fasciite), intoxicação alimentar C. hystolyticum, C. novyi, Gangrena gasosa 3) Patogênese C. botulinum: Botulismo alimentar: 4) Patogênese C. tetani: Tétano generalizado: 5) Patogênese C. perfringens: Gangrena gasosa OBS: também causam: celulite, fasciíte e endometrite 6) Patogênese C. difficile Diarréia associada a antibioticoterapia, colite pseudomembranosa Tratmento Vanco IV não atinge concentração fecal e precisa de alta concentração. Esta, via oral é totalmente absorvida no intestino. Metronidazol é inferior a vanco. Pouca conc no intestino, mesmo via oral. IV concentração fecal é melhor. 1ª opção pte grave seria vanco. Não grave; metronidazol para evitar resistência de enterococos Associação vanco e metro?? Sem resposta. Falhas são devidas a baixa concentração fecal e não sensibilidade do mo. Aceita-se uma ou outra droga 7) Mecanismo de ação das toxinas tatanica e botulínica: 7.1) Toxina tetânica Liga-se aos gangliosídeos e impede impulsos inibitórios nas junções neuromotoras através da inibição de neurotransmissores como a glicina e GABA. Paciente tem prolongados espasmos de músculos flexores e extensores. A ligação da toxina é irreversível. Início: dificuldade de abrir a boca: trismo e um sorriso característico chamado riso sardônico. Paciente apresenta intensa irritabilidade. Ocorre intensa contração muscular ao menor estímulo visual ou auditivo. Espasmos dos músculos intercostais levam ao opistótono. Sistema nervoso autômato também é atingido ( arritmias, oscilação de pressão sanguínea, retenção urinária, etc. Paciente permanece lúcido e tem intensa dor devido aos espasmos 7.2) Toxina botulínica: A toxina impede a liberação de acetilcolina nas extremidades de nervos periféricos (sinápse neuromuscular). Paciente desenvolve uma progressiva, descendente e bilateral paralisia flácida, começando pelos nervos cranianos, resultando em diplopia, fotofobia, dificuldade de movimentação da língua, afonia, paralisia dos músculos da face, e simétricamente atingindo os músculos intercostais, diafragma e extremidades. Morte geralmente causada pela parada respiratória se o paciente não for submetido a respiração mecânica. � 8) Informações adicionais: Nos EUA acontecem cerca de 100 casos/ano de botulismo, sendo 72% destes de botulismo infantil Alimentos mais implicados: depende dos hábitos alimentares. Em geral: conservas de vegetais (palmito) > embutidos de carne ou patês > pescados e frutos do mar > leite e derivados C. dificile está diretamente relacionado a infecção nosocomial. Ocorre em cerca de 3% dos pacientes internados, a maioria idosos. Pacientes hospitalizados se colonizam com esporos de C dificile do meio ambiente, que passam a se multiplicarem e a produzir toxinas. Vias de contaminação: mãos, telefone, roupa de cama, estetoscópio, endoscópio, etc Fatores de risco para gangrena: tecido desvitalizado, com corpo estranho, contaminado com terra. 9) Diagnóstico: Botulismo: Alimentar: Investigação da toxina: no alimento, soro, fezes e conteúdo estomacal através de hemaglutinação ou ELISA ou teste em camundongo. De ferida: detecção do mo através de swab de feridas e cultivo em anaerobiose Infanil: detecção do mo nas fezes ou toxina no soro e fezes Diagnóstico diferencial: envenenamentos com arsênico, chumbo, pesticidas organoclorados, inseticidas, etc Tétano: basicamente clínico: raramente o mo é visto no exame direto ou recuperado em cultura. Lesão pode ser inaparente. Diagnóstico diferencial: infecção dentária com trismo, envenamento por estricnina, meningite, raiva, etc. Gangrena: Exame direto: presença de bacilos Gram-positivos e ausência de leucócitos Cultura em anaerobiose Colite: Colonoscopia e biópsia Isolamento e identificação do mo. nas fezes com demonstração in vitro da citotoxina em cultura de células ou por reações imunológicas. Ou detecção das toxinas direto nas fezes 10) Profilaxia Botulismo:Lavagem e higienização adequadas no preparo de alimentos. Esterilização pelo calor, com tempo e temperatura adequados. A multiplicação do mo no alimento é dificultada em pH abaixo de 4,5, em NaCl 8% e açúcar 50%. Tétano: Imunização ativa: vacinação tríplice na infância (difteria, tétano e coqueluche). Toxóide tetânico é um excelente antígeno: imunização persiste por 10 anos. (Recomenda-se revacinação anti-tétano a cada 10 anos. Preveção do tétano neonatal: vacinação da gestante com pelo menos 2 doses. Imunização passiva é considerada para pessoas não imunizada ativamente e com feridas “sujas” Profilaxia ou tratamento c/ antibióticos é considerado menos importante que cuidados com ferimento ou imunoprofilaxia. Para tétano e gangrena: Cuidados especiais com ferimentos: remoção de materiais estranhos, que promovam condições ideais para germinação de esporos. Limpeza e uso de anti-sépticos oxidantes 11) Tratamento Tétano: Específico: Requer internação em UTI, onde medidas são tomadas para evitar estímulos sensoriais Imunização passiva imediata com Imunoglobulinas humanas anti-toxina tetânica. Tétano de ferida e gangrena: Debridamento do ferimento (c/ infiltração do soro antitetânico perifocalmente antes do procedimento). Retirada de material estranho e uso de anti-sépticos oxidantes: Permanganato de potássio. Uso de Penicilina G ou metronidazol Inespecíficos: Controlole dos espasmos musculares: Drogas como Gardenal e Diazepan são indicadas para a diminuição da ansiedade e relaxamento muscular Controle da respiração: Ventilação mecânica. Espasmos dificultam a ventilação mecânica ( recomendada traqueotomia Botulismo: Específico: Imunização passiva imediata comImunoglobulina anti-toxina botulínica. Geral: eliminação da toxina do trato digestivo: lavagem estomacal, purgativos drásticos, clisteres Administração de indutores de serotonina (possui efeito antitoxina): reserpina e clorpromazina, Assistência respiratória Botulismo infantil: Não é recomendado soro pois a quantidade de toxina no sangue é muito pequena. Não é recomendado uso de antibióticos: a lise da célula bacteriana poderia liberar ainda mais toxina. Botulismo infantil: Crianças de 6 a 12 meses Ingestão de toxina pré-formada no alimento 1 � EMBED MSPhotoEd.3 ��� � EMBED MSPhotoEd.3 ��� Ingestão de esporos (alimentos: mel) 1 Ação no SNC: paralisia flácida 2 Ação no SNC: paralisia flácida 2 Ação no SNC: paralisia flácida 2 2 Esporos em célula vegetativa: multiplicação no intestino e produção da toxina in vivo Botulismo de ferida � EMBED MSPhotoEd.3 ��� Contaminação de feridas: Esporos em células vegetativas e produção da toxina in vivo Tétano neonatal Contaminação de feridas: esporos em células vegetativas e produção de toxina in vivo 1 � EMBED MSPhotoEd.3 ��� Ação no SNC: intensa contraão muscular: trimo, riso sardônico, opistótomo 2 Ação no SNC: intensa contraão muscular: trimo, riso sardônico, opistótomo 2 1 Contaminação do coto umbilical de neonatos: “mal do sétimo dia” OBS: tétano localizado, encefálico Intoxicação alimentar 1 Ingestão de células vegetativas no alimento 2 1 Necrose anaeróbica tecidual: odor fétido, Coloração escura e produção de gás: gangrena gasosa � EMBED MSPhotoEd.3 ��� Contaminação de feridas: esporos em células vegetativas e produção de toxina in vivo: Alfa-toxina, lecitinase, etc � EMBED MSPhotoEd.3 ��� 2 Durante esporulação no intestino, a toxina (enterotoxina) é liberada: diarréia aquosa, pouco ou nenhum vômito, sem febre � EMBED MSPhotoEd.3 ��� 2 1 Multiplicação do mo. E produção de toxina A (enterotoxina), diarréia e toxina B (citotoxina) dano à mucosa intestinal Eliminação da microbiota intestinal: (cefalosporina, clindamicina e ampicilina) toxina tetânica toxina botulínica _1190986336.bin
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