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resumo Micologia

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I) Introdução ao estudo dos fungos
Introdução: 
a) Reino Fungi: heterotróficos, não fotossintetizantes, célula eucariótica com parede celular 
b) Importância dos fungos:
Benefícios:
Decompõem matéria orgânica
Produção de antibióticos, ácidos orgânicos, aldeído, acetona, etc
Produção de alimentos e bebidas fermentadas
Malefícios:
Deterioram alimentos
Algumas espécies são fitopatogênicas
Decompõem materiais sintéticos e fibras têxteis
Responsáveis por vários tipos de doenças no homem: micoses, alergias e micotoxicoses
c) Distribuição: 
Amplamente distribuídos na natureza (água, solo, vegetais, materiais em decomposição)
A ocorrência de algumas micoses pode ser restrita a certas regiões geográficas. Ex. Paracoccidiodes brasiliensis (Américas do Sul e Central) e Blastomyces dermatitidis (América do Norte).
Alguns fungos têm predileção para certos habitats. Ex. Dermatófitos antropofílicos, zoofílicos e geofílicos. Cryptococcus neoformans está relacionada a fezes de pombos e Histoplasma capsulatum, a fezes de morcegos.
d) Modo de transmissão: 
São considerados sapróbios na natureza. Os fungos patogênicos, em geral, penetram no organismo por via inalatória ou por traumatismo cutâneo. 
O grupo dos dermatófitos podem ser transmitidos através do contacto com homem ou animais infectados
Os gêneros Candida e Malassezia podem ser comensais do homem
2) Estrutura celular
Célula eucariótica:
Citosol complexo
Membrana celular com esteróis (no fungo é ergosterol e nos mamíferos é colesterol)
Parede celular constiuída de quitina (polímero de N-acetil glicosamina), glucanas, mananas e protreinas
Principais polissacarides da parede:
POLÍMERO			MONÔMERO
Quitina			N-acetil glucossamina
(-Glucana		 D-Glicosse
(-Glucana		 D-Glicosse
Manana			D-Manosse
Cápsula, quando presente, é de natureza polissacarídica. Ex Cryptococcus neoformans
3) Morfologia
Duas formas básicas: bolor ou levedura
Bolores: pluricelular. Forma filamentosa, estrutura básica é a hifa.
Conjunto de hifas é o micélio
Hifa pode ser septada ou não septada (cenocítica)
Hifa septada pode ser hialina ou pigmentada de marrom (demácea)
Leveduras: unicelular. Célula fúngica que se reproduz por brotamento. 
Broto é denominado blastoconídio
Algumas espécies podem formar pseudohifas ou hifas
Dimorfismo: Capacidade de crescer tanto na forma de levedura quanto na forma de hifa. 
 Dimorfismo térmico: Paracoccidiodes brasiliensis, Histoplasma capsulatum , Sporotrix schenkii
Fase de LEVEDURA: a 37ºC ( considerada fase patogênica ou parasitária pois é observada quando fungo está crescendo nos tecidos do hospedeiro ou quando o fungo é cultivado nesta temperatura. 
Fase FILAMENTOSA a 25ºC ( considerada fase saprofítica pois é observada no fungo crescendo na natureza ou no laboratório, em temperatura ambiente.
4) Reprodução
Sexuada ou assexuada
Esporos da reprodução assexuada:
 CONÍDIOS OU ESPORANGIÓSPOROS 
Esporangiósporos: esporos internos observados apenas em fungos de hifas cenocíticas
BlastoCONIDEOS (brotamento de leveduras)
ArtroCONIDEOS (esporos articulados. Observados em leveduras do gênero Trichosporon e Geotrichum e em fungos dermatófitos quando em parasitismo)
Macro e MicroCONIDEOS: observados em Microsporum, Epidermophyton , Histoplasma capsulatum
Epidemiologia das micoses:
Fungo: mais de 250.000 espécies: cerca de 300 causam doenças no ser humano
A maioria dos fungos é sapróbio do solo
A maioria das micoses não é transmissível
Portas de entrada:
Pele: (MUITO IMPORTANTE)
Íntegra: dermatófitos 
Traumatismo: Agentes sub-cutâneas 
Esporotricose
Cromoblastomicose
Eumicetomas
Mucosa: Candida spp
Conjuntiva (ceratites fúngicas): Fusarium spp. E Aspergillus spp. 
Trato respiratório: (MUITO IMPORTANTE)
Micoses pulmonares endêmicas:
Paracoccidioidomicose
Histoplasmose
Micoses pulmonares não endêmicas:
Aspergilose 
(forma infectante: conídios da fase filamentosa)
Animais transmitem micose:
Cão, gato, gado bovino, etc: dermatofitose por fungos zoofílicos
Gato: esporotricose
Alguns animais facilitam a manutenção de fungos no ambiente
Criptococose: 
Habitat: locais habitado por pombos
Histoplasmose: 
Habitat: locais habitado por morcegos
Paracoccidioidomicose: 
Habitat: presença de tatus??
Micoses de localização geográfica restrita
(endêmicas)
Fungos dimórficos térmicos são encontrados apenas em algumas regiões com condições climáticas muito específicas (áreas endêmicas). 
Usam ambientes extremos como refúgios (deserto, solo enriquecido com fezes de pássaros, morcegos) 
Que tipos de doenças os fungos podem causar no ser humano ??
Hipersensibilidade: alergia a esporos fúngicos
b) Micotoxicose: intoxicação no homem e animais através da ingestão de alimentos (grãos) contaminados com toxinas (AFLOTOXINAS) 
c) Micetismo: ingestão de toxina pré-formada
d) Micose: Infecção. Crescimento do fungo em tecidos hospedeiros e induzindo manifestação clínica. 
Patogenicidade dos fungos
Hospedeiro normal
Quadros clínicos bem definidos, poucas espécies
Patógeno primário: capazes de causar doença em indivíduos saudáveis e normais
Micoses superficiais
Micoses subcutâneas
Micoses sistêmicas 
Hospedeiro imunocomprometidos
Quadros clínicos atípicos 
Patógeno oportunistas: 300 espécies
CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES QUANTO À LOCALIZAÇÃO NOS TECIDOS DO HOSPEDEIRO:
SUPERFICIAIS:
- Adquiridas por contato direto c/ solo (exceto : pitiríase versicolor)
-Localiza -se na camada mais superficial da pele e porção supra-folicular do pelo 
-Lesão : mácula (pele) ou nódulo (pelo)
-Exemplo: Pitiríase versicolor, Tinea nigra, Piedra branca e Piedra nigra
O gênero Malassezia (pitiríase versicolor) pode ser comensal do homem
CUTÂNEAS:
- adquirida por contato direto c/ solo, homem ou animal infectado (exceto: candidíases)
- localização: tecidos queratinizados: extrato córneo, pelo e unha
-Exemplo: Dermatofitoses
O gênero Candida (candidíase) pode ser comensal do homem
SUBCUTÂNEAS:
-adquirida do solo, plantas , madeira através de traumatismos
-Localização: tec. cutâneo, subcutâneo (linfatico)
-Exemplos: Micetoma, Cromoblastomicose e Esporotricose 
SISTÊMICAS:
-adquiridas por inalação de esporos (solo, dejetos de animais). (exceto ambiente hospitalar)
-Localização: primariamente pulmonar
-Exemplos: Paracoccidioidomicose e Histoplasmose 
Ambiente hospitalar: procedimentos invasivos (cateter), mucosa intestinal -Exemplos: candidíase sistêmica, etc
Candida spp
 Ecologia e transmissão:
2.1) transmissão endógena
Presentes na pele (região úmida) e mucosas (oral, vaginal e intestinal)
2.2) transmissão exógena: mais observada em hospitais: setor de queimados, UTI, UTIN, geriatria e unidade hematológica e de transplante. Isoladas também de roupas de cama, escova de dente, soluções de irrigação, solução de nutrição parenteral. Podem ser temporariamente isoladas de mãos. 
	Superficial: pele e mucosas
( >>> comunidade )
	Profunda: órgão internos
( >>> nosocomiais )
	Transmissão: >>> endógena
	Transmissão: >> endógena < exógena
	Tipo de candidíase
	Principais fatores de risco
	Tipo de candidíase
	Principais fatores de risco
	Orofaríngea
	HIV+,AIDS, diabetes, uso de dentaduras, antibióticos, idades extremas
	Inf. trato urinário
	Catéter urinário, diabetes, manipulação ou obstrução do trato urinário
	Esofágica
	AIDS, corticóides sistêmicos, câncer
	Inf. abdominal
	Perfuração, cirurgia, câncer, diálise peritonal
	Vulvaginal
	Contraceptivos orais, gravidez, diabetes, antibióticos, corticóide sistêmico
	Ocular
	Ceratite: trauma local ou cirurgia
Endoftalmite:disseminação hematogênica
	Candidáse cutânea: Intertrigo (pele) 
Candidíase ungueal:
Oníquia:unha paroníquia: cutícula
	Umidade local, imersão em água, doença vascular periférica
	Hematogênica (candidemia)
Disseminada aguda: semelhante sepsis bacteriana
Disseminada crônica:
Hepato e esplenomegalia
	Neutropenia, quimioterapia, antibioticoterapia, 
Catéter, cirurgia,
Candidíase orofaríngea:
A forma clínica mais comum em HIV-pos é a candidíase pseudomembranosa aguda
Tipicamente ocorre quando contagem de LT CD4 = 500 a 200 cel/ mm3
Caracterizada por placas esbranquiçadas na superfície da mucosa oral, garganta, língua e gengivas, sobre base eritematosa
Placas constituídas de material necrótico e células epiteliais penetradas por hifas fúngicas
Sintomas variáveis: assintomáticas ou com dor, queimação e disfagia
Dificulta ingestão de líquidos e alimentos
Candidíase esofágica
 Tipicamente ocorre quando contagem de LT CD4 < 200 cel/ mm3
Sintomas: assintomática ou com dor e disfagia
Pode surgir como extensão da candidíase orofaríngea
O esôfago pode ser o único local acometido: mais frequentemente na parte distal (2/3) que na proximal (1/3)
Diagnóstico confiável é estabelecido somente pela comprovação de invasão tecidual em material de biópsia (endoscopia)
Aspectos clínicos da candidemia:
 Variável:
 Somente febre com ou sem conjunto de sintomas de sepse (taquicardia, insuficiência respiratória, etc )
 Sinais de sepse são os mesmos das infecções bacterianas
 Muitas vezes pode ter sepse bacteriana associada
 Pacientes neutropênicos têm maior risco para disseminação para órgãos: tecido cutâneo, rins, olho (retina), cérebro, etc
Principais fatores de risco da candidemia:
 Previa colonização por Candida spp.
 Antibióticos
 Cateter
 Nutrição parenteral
 Cirurgia abdominal
 Neutropenia (< 500 neutrófilos/mm3)
 Tempo de internação
 Internação em UTI
3) Diagnóstico laboratorial:
Exame direto: importante para candidíase de pele e mucosas: 
	Superficial: pele e mucosas
	Profunda: órgão internos
	Exame direto: KOH 10% ou Coloração pelo método de Gram
	>>>Importante: permite observação da forma invasiva: pseudohifas/ hifas (também em biópsias)
	 < importante: levedura dificilmente observada em sangue, urina, etc
	Isolamento
	
Ágar Sabouraud com antibióticos,
Sem cicloheximida
Chromagar Candida
2 a 3 dias 35oC
	Sangue (líq. ascítico, sinovial): baixo número de células: prévio enriqueciemnto em caldo:
Sistema automatizado: BACTAlert ou
Sistema lise-centrifugação;
Sistema manual bifásico
3 a 4 dias 35oC (ou até 2 semanas)
Repique para:
Urina: convencional para bactérias
Catéter: Técnica de Maki*
	Identificação
	Candida albicans: 
Chromagar Candida (Pasteur, França): Colônia verde 
Albicans ID (Bio Merieux): Colônia azul
Murex Candida (Murex Diagnostic): detecta NGL e PRO** em 30 min
Tubo germinativo
Produção de clamidoconídio
 **NGL: p-nitrofenil-N-acetil-D-galactosaminide PRO: L-prolina-naphthylamide 
	Candida não-albicans
Tradicional:
Fermentação de açucares Kits: API 20C ou ID 32C
Assimilação de fontes de carbono
Assimilação de fontes de nitrogênio
Tratamento candidíases superficiais:
Mucosa:
Oral: tópico, suspensão oral: nistatina
 ou azólicos orais: itraconazol, fluconazol
Esofagica: fluconazol oral
Vulvovaginal: Clotrimazol, miconazol, terconazol, nistatina: creme ou supositórios. Tempo: 3 a 14 dias e/ ou:
Fluconazol: oral. Tempo: variável
b) Cutânea: 
Agentes tópicos: clotrimazol, miconazol, cetoconazol, etc
Ungueal: terapia oral: fluconazol ou itraconazol
Lesões extensas: injetáveis: fluconazol ou itraconazol
c) Sistêmicas: Fluco, itra ou Anfo B
(dentificação em nível de espécie é importante
Cryptococcus spp.
Principais espécies: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii
1. Morfologia: Leveduras capsuladas
Virulência: cápsula e enzima fenoloxiase
Quatro sorotipos:
Sorotipos A: C neoformans var. grubii
Sorotipos D: C neoformans var. neoformans
Sorotipos B e C: C. gattii
	C neoformans var. grubii
	C neoformans var. neoformans
	C. gattii
	Distribuição mundial
	Mais restrito à Europa
	Em regiões tropicais (Brasil, Austrália, Califórnia, etc)
	Associado com fezes de aves (pombos)
	Associado com fezes de aves (pombos)??
	Isolado de árvores (eucalipto)
	Predomínio em indivíduos imunossuprimidos (AIDS)
	Mais relacionado com lesões cutâneas
	Predomínio em indivíduos imunocompetentes
�
Maior fator de risco: resposta imune
Cryptococose: infecção rara até final do século 20
Dramático aumento com epidemiologia da aids
Maior risco: CD4 <100/mm3
Última década começou a declinar (?)
1990: uso de fluconazol injetável
1998: HAART
Ainda hoje: aids corresponde a 80% dos fatores de risco
2. Aspectos epidemiológicos:
A micose é adquirida por inalação de amostras ambientais do fungo: árvores (eucaliptos ) ou locais habitados por aves, principalmente pombos 
Inalação de leveduras com cápsula desidratada ou basidiósporos ?? 
3. Manifestações clínicas:
A infecção primária é no pulmão (após inalação do fungo). 
a) No pulmão:
Imunocompetentes: assintomática ou levemente assintomática
Nódulo não calcificado (RX)
Eventualmente progressiva: tosse crônica, febre baixa, dor torácica
Imunossuprimidos: pulmonar + disseminada ( meningite mais diagnosticada
Nódulo é incomum
RX inespecífico
Pode ocorrer FRA (semelhante a Pneumocystis)
b) Disseminada (SNC)
A inf. pode permanecer localizada, assintomática ou não, podendo ainda disseminar-se à partir do pulmão. Na disseminação, o fungo usualmente tem predileção pelo SNC (neurotropismo)
A inf. pulmonar primária não tem sintoma característico e normalmente é assintomática. No SNC é que a doença é + frequentemente diagnosticada.
Meningoencefalite por Cryptococcus:
É a mais comum entre as meningites micóticas
Se não tratada é fatal 
Manifestações clínicas mais comuns: febre, dor de cabeça, meningismo, distúrbio visual, confusão mental, tontura. Sintomas: semelhantes entre ptes aids e não AIDS
Predomina em aidéticos
Curso clínico e evolução: diferenças entre ptes aids e não aids
Manifestação clínica da meningoencefalite em aids:
Sintomas aparecem mais tardiamente quando carga de fungo já é alta
Além do SNC, infecção dissemina para outros órgãos
Manifestação clínica da meningoencefalite em não-aids:
Sintomas aparecem mais precocemente 
Nauseas, falta de memória, irritabilidade podem ocorrer bem antes do diagnóstico ser estabelecido
Sintomas podem ter curso crônico
Febre baixa ou ausente
Dor de cabeça intermitente
Além do SNC, infecção dissemina para outros órgãos
Além do SNC outros locais podem ser atingidos: Tecido cutâneo, próstrata, articulações, ossos, etc
Principal fator predisponente para a meningite meningocócica: AIDS. Além de AIDS, outros fatores são associados: linfoma de Hodgkin, sarcoidose, transplantados renais, etc
b) Criptococose cutânea 
Ocorre em 5 a 20 % dos casos da forma disseminada
 Importante porque pode ocorrer antes (ou sem a meningite) e é uma fonte de material clínico para diagnóstico
Pode ocorrer também por inoculação direta do fungo no tecido cutâneo
 
4. Diagnóstico laboratorial
a) Material clínico: escarro, líquor ou raspado das lesões cutâneas 
b) Exame microscópico direto: KOH 10% + tinta da China: o fungo apresenta-se com cápsula e tem valor diagnóstico
c) Cultivo: Agar sabouraud sem cicloheximida
Diferenciação entre espécies é por sorotipagem ou características bioquímicas: assimilação de fontes de carbono e nitrogênio
Agar Niger: difere C. neoformanse e C gattii de outras espéciesMeio CGB (Canavanine-glycine-bromthymol blue) distingue C. neoformans de C. gatti. 
5. Tratamento: 
Anfo B e/ou 
triazólicos fluconazol ou itraconazol (3 a 6 meses)
Malassezia spp.
2. Comensalismo 
Levedura lipofílica ou lipodependente
Encontrada como membro da microbiota normal do
homem e de alguns animais.
Normalmente isolada de regiões ricas em secreções 
sebáceas (couro cabeludo, dorso das costas e pescoço)
Adultos: presente em 90% dos indivíduos
3. Manifestações clínicas
3.1 Infec. superficiais: Pitiríase versicolor (tinea versicolor); foliculite; dermatite seborréica.
3.2 Infec. Sistêmics: Fungemias (principalmente me pacientes em nutrição parenteral rica em lipídeos) 
Malassezia globosa e Malassezia sympodialis são as espécies mais comuns de pitiríase em humanos 
Malassezia pachydermatis é uma espécie de natureza zoofílica. 
3.1.1. Foliculite: 
Pequenas pápulas ou pústulas, presentes principalmente no dorso do tronco, ombros e, mais raramente face. Fatores: hiperhidrose, obstrução local, imunossupressão
3.1. 2. Pitiriasis versicolor:
 Infecção crônica da epiderme, caracterizada por manchas de coloração variada, que tendem a ser pruriginosas e descamativas Fatores: alta umidade e temperatura, oleosidade da pele, fatores genéticos, imunossupressão.
Falsamente conhecida como “micose de praia”
3.1. 3. Dermatite seborréica (e caspa ??): 
Caracteriza-se por eritema e descamação de áreas com grande presença de glândulas sebáceas: couro cabeludo, face, sobrancelha, ouvido externo e ombros. Fatores do hospedeiro: predisposição genética, componente emocional, alteração na quantidade e composição de secreção sebácea, obstrução de folículo piloso. AIDS 
3.2. Fungemia: ocorre principalmente em neonatos recebendo alimentação parenteral rica em lipídeos. Mas pode ocorrer também em crianças e adultos. Envolvimento de outros órgãos é raro
Sintomas inespecíficos: febre, leucocitose
Fator: imunossupressão
4. Diagnóstico laboratorial
1. Material clínico: raspado de pele ou sangue e ponta de catéter em casos suspeitos de fungemia 
 2. Exame microscópico direto: de escamas de pele com KOH a 10% + tinta Parker revelam leveduras e hifas curtas com forma angular. 
3. Cultivo: Necessário em casos de fungemia. Feito em meios especiais (adição de lipídeos). Mais comum: agar Sabouraud dextrose + cilcoheximida e cloranfenicol + óleo de oliva. Colônias surgem em 5 dias a 30-37°C
5. Tratamento:
5.1. Infecções superficiais: 
Pitiríase, Foliculite e dermatite: tratamento tópico com imidazólicos principalmente cetoconazol, ou oral com cetoconazol ou itraconazol
Associar shampoo à base de cetoconazol ou sulfeto de selênio
5.2. Fungemias: 
Anfotericina B, remoção de cateter
Trichosporon spp.
1.Morfologia:
Leveduras apresentando blastoconídeos e artroconídeos (retangulares com extremidades arredondadas)
(Trichosporon difere de Candida por produzir artroconidia e de Geotrichum por ter blastoconídeos) 
2. Comensalismo
Coloniza pele, mucosas e trato intestinal do homem. Encontrada também em vários ambientes, como solo e vegetais
Embora amplamente distribuído na natureza, infecções no homem não são muito comuns. Fatores do hospedeiro são mais importantes no surgimento da micose
4. Manifestações clínicas
	ESPÉCIES
	INFECÇÃO ASSOCIADA
	Trichosporon cutaneum 
Trichosporon asteroides
	Infecções cutâneas (onicomicose)
	Trichosporon ovoides
Trichosporon inkin
	Piedra branca (cabelo)
piedra branca (pêlo pubiano)
	Trichosporon asahii (principal) Trichosporon mucoides
	Trichosporonosis sistêmica
4.1 Inf. superficiais:
Piedra branca: presença de nódulo claro, pouco aderente ao pêlo (>> pubiano). Nódulo é constituído por hifas e artroconídeos. Mais comum em países de clima tropical
4.2. Infc. Sistêmicas:
Fungemia (tricosporonose): associada principalmente com pacientes imunodeprimidos (neutropênicos). Também Corticóides e catéteres. A fonte de infecção mais comum é a própria microbiota do hospedeiro. Piedra branca não é um fator de risco
Lesão cutânea: observada em um terço dos pacientes com inf. sistêmica (clinicamente semelhante à observada na candidíase disseminada)
Inf. localizada tem sido observada em determinados órgãos como pulmões, peritônio, etc, sem a presença de fungemia.
5. Diagnóstico laboratorial
1. material clínico: fragmento de pêlo, raspado de unha; ou sangue, ponta de catéter em casos suspeitos de fungemia; ou biópsia, etc 
2. Exame microscópico direto: fragmento de pêlo, raspado de unha com KOH a 10% + tinta Parker 
Inf. superficiais: piedra branca e onicomicose: + comum visualização de atroconídeos
Inf. sistêmicas: Nem sempre artroconídeos são observados. 
3. Cultivo: Necessário em casos de fungemia. Mais comum é agar Sabouraud dextrose sem cicloheximida. Colônias surgem em 5 dias a 30-37°C
4. Identificação: Provas bioquímicas e protocolos moleculares
6. Tratamento
Fungemia:
Altas doses de Anfotericina B em monoterapia ou associada com fluconazol ou itraconazol
Drogas podem ser ineficazes. Alta taxa de mortalidade
FUNGOS FILAMENTOSOS:
hifas septadas hialinas:
 HIALOHIFOMICOSE
hifas septadas pigmentadas (Demáceas): 
 FEOHIFOMICOSE
HIALOHIFOMICOSES:
Características das hialohifomicoses em geral
Fungos são sapróbios de plantas e solo
Portas de entrada: pulmão (inalação) e tecido cutâneo (traumatismos)
Adquiridas com mais frequência fora do ambiente hospitalar
Infecções geralmente são localizadas, raramente o fungo invade corrente sanguínea, mesmo em pacientes imunossuprimidos 
 (Exceto fusariose)
Infecções emergentes 
Podem ser fatais
Maioria dos agentes apresenta baixa suscetibilidade a drogas antifúngicas
Aspergillus spp.
Fungo filamentoso hialino. Causa Aspergilose: amplo espectro de doenças
a) Principais espécies envolvidas em micoses no homem:
A fumigatus, A flavus , A niger, etc
b) Fonte de infecção: 
Esporos (conídios) do ar (inalação >>> contacto direto)
Fungo amplamente disseminado em vários ambientes, poeira doméstica, plantas ornamentais, alimentos,etc
c) Espectro de doenças:
I) Inf. em pacientes normais
Manifestação alérgica: Aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA)
Infecção superficial: Otomicose, Sinusite, onicomicose
II) Inf. associada a prévio dano tecidual:
Inf. ocular: ceratite 
Inf. de queimaduras
Aspergiloma (“bola fúngica”)
III) Inf. em pacientes imunossuprimidos
Aspergilose cutânea primária
Aspergilose pulmonar invasiva
etc
Manifestações clínicas:
ABPA:. Sintomas: tosse, expectoração Associação de asma e Aspergillus
ABPA é reportada em 40% dos pacientes com asma crônica e em 2-10% dos pacientes com fibrose cística
Características: tosse, expectoração, eosinofilia, elevado nível de IgE e IgG contra Aspergillus
Mecanismo ABPA: 
Fatores do fungo: 
Proteases do fungo: dano no epitélio do trato respiratório: aumentam exposição e hipersensibilidade aos seus antígenos
Produção de citocinas IL-6 e IL-8: INFLAMAÇÃO
Antígenos podem ativar células B e T: padrão de resposta Th2 antígeno-específica
Fatores do hospedeiro:
Tipo de HLA
Fibrose cística
Sinusite: + comum em locais de clima quente e seco: produzem inflamação nasal, permitindo crescimento e reação alérgica do hospedeiro ao fungo: dano tecidual. Sintomas: febre, secreção nasal, dor na face
Pacientes não apresentam doença de base, mas a sinusite pode ser invasiva e aguda em pacientes imunossuprimidos (semelhante a zigomicose rinocerebral)
Aspergiloma (“Bola fúngica”): ocorre em pacientes com dano estrutural no tecido pulmonar com cavidade residual Ex. tuberculose. Sintomas: assintomáticos ou com febre, tosse, hemoptise.Principais origens de cavidades colonizadas: Tuberculose, micoses sistêmicas, sarcoidose, abscesso pulmonar, infarto pulmonar, neoplasia, enfisema, fibrose cística, etc.
Aspergilose invasiva: fatores relacionados: severa neutropenia (drogas imunossupressoras, quimioterapia), corticóides sistêmicos
Sintomas: febre de 38º, tosse pode estar presente. Pulmão é o órgão mais invadido. Escarro e hemoptise são raros. Pode disseminar-se para tecidos adjacentes: pericárdio, esôfago. Em AIDS observa-se mais invasão de seios paranasais. 
Hospedeiro imunodeprimido ( pneumonia necrosante. Geralmente nosocomial (fonte de infecção no hospital). Casos isolados ou surtos. Grupos de risco mais importantes: neoplasias hematológicas e transplantados. Neutropenia é o fator de risco mais importante
Principal fonte de infecção para:
1) Casos isolados: banheiros contaminados e uso de chuveiros ( água dispersa conídios;
2) Surtos: demolição de prédios para reforma, ampliação ou reconstrução do próprio hospital ou edifícios vizinhos.
Inf. oculares: implantação traumática ou durante cirurgia ocular: úlcera córnea com progressão para perfuração; endoftalmite: em usuários de drogas injetáveis ou por disseminação hematogênica do fungo em pacientes imunossuprimidos; Inf. da órbita ocular: geralmente complicação de sinusite aguda, invasiva. 
Sintomas: dor ocular e dificuldades visuais
Otomicose: crescimento de A. niger ou fumigatus no canal auditivo externo. Sintomas: dificuldade auditiva, dor, edema, secreção. Em imunossuprimidos pode haver invasão de tecidos adjacentes e cérebro.
Inf. cutâneas: primária: sítio de inserção de cateter ou secundária: após disseminação hematogênica do fungo.
e) Diagnóstico laboratorial:
Exame direto, cultura e imunodifusão
ABPA: Elevados índices de IgE e IgG (imunodifusão positiva); eosinofilia; reação positiva (hipersensibilidade imediata) em testes cutâneos com ag de Aspergillus; exame direto e cultura de escarro frequentemente positivos
Aspergiloma: precipitinas IgG contra Aspergillus presentes no soro (imunodifusão positiva). Exame direto e cultura de escarro ou lavado são frequentemente positivos.
Amostras de lavado brônquico são melhores para excluir contaminação de escarro
Aspergilose invasiva: imunodifusão geralmente negativa. Exame direto e cultura de escarro e lavados geralmente negativos.
> Positividade em biópsia de pulmão. Culturas de sangue negativas.
Teste de Galactomanana:
Polissacarídeo liberado da parede celular durante o crescimento de hifas nos tecidos
Reconhece 1-5-ß-D-galactoruranose da molécula de galactomanana 
A quantidade liberada varia de acordo com a espécie de Aspergillus envolvida – A.fumigatus níveis baixos
Outros fungos também liberam – Fusarium, Rhodotorula, Trichosporum etc. 
Detecção: sangue, BAL, LCR ? 
Uso: diagnóstico de aspergilose invasiva e monitoramento tratamento (exceto caspofungina)
Usado há 10 anos na Europa e aprovado recentemente nos Estados Unidos
Galactomanana (ELISA) em aspergiloseinvasiva
Sensibilidade – 50 a 90%
Especificidade – 81 a 93%
Validade frente à neutropenia 
Interpretaçãoconformea populaçãoestudada 
Resultadosfalsopositivo
Em crianças
Em pacientes em uso de piperacilina-tazobactam 
Positividadeprecoce: 
5-8 dias antes dos sintomas 
7,2 dias antes de alterações TC tórax
Problemas: requerváriasdeterminações 
custo (R$2.800/kit de 90 testes) 
Resultado falso positivo:
Reação cruzada com outros fungos invasivos
Exposição prévia a antifúngicos (equinocandinas)
Valores de corte
Recomendado pelo teste: 1,5
Quanto ↓ valor de corte ↑ S e ↓ E
Utilizado na Europa e EUA: 0,5
Menor gravidade da doença 
Pequeno volume da amostra
 Demora no processamento
Falso-positivo – 2%
Uso de antibióticos 
ampicilina-sulbactam, piperaciclina-sulbactam, amoxi-clavulanato – até 10 dias
Neonatos e crianças 
reatividade com Bifidobacteriumbifidum – leite, alimentos
Bacteremia 
Diálise – aumento dos níveis
 Colonização das vias aéreas por Aspergillus
f) Tratamento:
ABPA: com corticóides
Aspergiloma: tratamento + eficaz: remoção cirúrgica
Formas invasivas, incluindo sinusite aguda: remoção cirúrgica e/ou drogas.
Antifúngicos indicados:
Voriconazol ( azólico de segunda geração, primeira escolha
Anfotericina B ( Deoxicolato ou preparações lipídicas em altas doses 
Itraconazol ( 400 mg/dia ou mais. 
Caspofungin ( novo antifúngico, atua em parede celular, muito promissor para Aspergillus e Candida
Tipo de doença de base e tempo de neutropenia influenciam o curso da micose e duração do tratamento
Fusarium spp.
Podem causar infecções localizadas ou sistêmicas, dependendo do grau de imunossupressão do hospedeiro
Características clínicas inespecíficas (febre persistente em imunossuprimido)
Primeiro caso de fusariose disseminada em 1973: atualmente aumento considerável de casos 
Maioria dos casos: pacientes com câncer tipo linfoma ou leucemia
Maioria dos pacientes (60 a 90%) apresenta lesões cutâneas à partir de disseminação sanguínea (apergilose somente10%)
Diagnóstico laboratorial: fungo é facilmente isolado de lesões cutâneas e sangue. Oposto de Aspergilose invasiva, onde o fungo é raramente isolado do sangue e apresenta baixa porcentagem de lesões cutâneas
Apresenta alto grau de resistência a drogas antifúngicas
Gênero Scedosporium
S. apiospermum ou Pseudallescheria boydii (teleomórfico)
S. prolificans. 
S. apiospermum 
Fungo de ambiente: solo, esgoto, água poluída (sobrevivem bem onde há alta pressão osmótica e pouco oxigênio disponível)
Diretamente relacionado a poluição orgânica
É raro em ambientes não poluídos
S. prolificans 
Isolado de plantas e animais
Quadros clínicos
Patógeno emergente
Aumento drástico número de casos
No pulmão: varios sintomas
Ind. imunoccomprometidos
Inf. após afogamento e água poluída
No pé: MICETOMA
Penetração traumática
Ind. imunocompetente
Micoses por fungos hialinos
MICOSES CUTÂNEAS (Dermatomicoses)
2.1) Dermatofitoses: causadas por grupo de fungos denominados dermatófitos, que têm a habilidade de parasitar tecidos queratinizados: pele e seus anexos: pêlo e unhas
a) Etiologia: Estado anamórfico Estado teleomórfico
 		 Epidermophyton spp 0s 3 gêneros são:
 Microsporum spp Arthroderma spp
 Trichophyton spp (Ascomycotina)
b) Habitat: antropofílicos, zoofilícos e geofílicos
	
Classificação das espécies de dermatófitos mais frequentemnete isoladas, segundo o habitat
	Antropofílicos
	Zoofílicos
	Geofílicos
	T. rubrum
T. mentagrophytes vr. interdigitalis
T. tonsurans
T. violaceum
E. floccosum
	M. canis
T. mentagrophytes vr. mentagrophytes
T. verrucosum
	M. gypseum
Espécies antropofílicas infectam quase que exclusivamente o homem. Espécies geofílicas podem infectar tanto o homem como animais. Espécies zoofílicas são comuns em animais, embora transmissão do animal para o homem é também observada.
c) Lesões: Dermatofitoses são genéricamente chamadas de “tinhas” ( latim: tinea)
 (inglês: ringworm)
tinea corporis: dermatofitos ou tinha da pele glaba
tinea capitis: “ do couro cabeludo
tinea cruris: “ da virilha
tinea pedis: “ de espaços interdigitais e pés
tinea unguium: “ da unha
Diferentes espécies podem produzir lesõesclinicamente idênticas. Uma única espécie pode infectar diferentes sítios anatômicos. 
De modo geral:
Epidermophyton spp acomete pele
Microsporum spp acomete pelo e pele
Trichophyton spp acomete pele pelo e unhas
d) Diagnóstico laboratorial:
Exame direto do material clínico tratado com KOH 10 % : quando em parasitismo observa-se: 
Pele e unha: hifas septadas e artroconídias
Pêlo: parasitismo do tipo fávico, ectothrix e/ou endothrix.
Isolamento: em meio seletivo: ágar Sabouraud Dextrose adicionado de cicloheximida e cloranfenicol.
Identificação: características macroscópicas, microscópicas e testes fisiológicos: perfuração do pêlo in vitro, hidrólise da uréia, crescimento em grão de arroz e requerimento nutricional
e) Epidemiologia:
-espécies antropofílicas são transmitida por pêlo, ou escamas de unha ou pele contaminadas através de contacto direto com indivíduo contaminado ou por contacto indireto através de piso de banheiro, saunas, piscinas, objetos de uso pessoal: pente, roupas, toalha, lençol, alicate de manicure, etc
-espécies zoofílicas: através do contacto com cães, gatos, gado bovino, equino, animais de laboratório, etc
- espécies geofílicas: através de contacto com solo ou indiretamente através de animais contaminados
-a distribuição e frequência das dermatofitoses pode ser influenciada por fatores climáticos, hábitos de higiene, migrações, grupo etnico, condições econômicas
f) Tratamento:
Terapia oral é recomendada para infecções que envolvem unha, pêlo ou áreas extensas da pele. Drogas: griseofulvina, terbinafina, itraconazol, fluconazol, por períodos de 6 a 12 semanas.
Tineas corporis, pedis e cruris podem ser tratadas com drogas de uso tópico: cetoconazol, miconazol, clotrimazole e terbinafina.
ZYGOMICOSE (Mucormicose)
Reino: Fungi
Classe: Zygomycetes: 
Caracterizam-se por fungos que apresentam hifa cenocítica, reprodução assexuada por esporangiósporos
Ordens: Mucoralles e Entomophthorales
	Mucoralles
	pacientes imunossuprimidos, como infecção oportunística
	Ocorrência mundial
	Principais espécies:
Mucor spp, Rhizopus spp, Absidia spp
	Transmissão:
inalação:Zygomicose rinocerebral
Menos frequenete: implantação: zygomicose cutânea
 (
Zygomicose rinocerebral
Fatores de risco associados:
diabetes mellitus, neutropenia, terapia imunossupressiva, 
70% dos casos relacionados a cetoacidose diabética
Inicia-se com sintomas de sinusite
Torna-se rapidamente progressiva, extendendo-se para tecidos adjacentes
Pode atingir região orbital
Tecido cerebral: alta taxa de mortalidade
Tecidos adquirem aspecto necrótico (coloração escura)
Característica marcante: invasão de vasos sanguíneos ( trombose ( destruição tecidual ( necrose
Tendência para disseminação para tecidos adjacentes, mas não para disseminação sistêmica
Tratamento: 
Controle dos fatores de risco (correção da cetoacidose)
Combinação de drogas: Anfotericina B + solução de Iodeto de potássio (oral e local)
Todos os agentes são resistentes a azólicos
Cirurgia
Câmeras hiperbáricas (?) (aumenta a atividade de neutrófilos, melhor oxigenação de tecidos e inibe o crescimento fúngico)
Micoses causadas por fungos demáceos
Relatos de casos têm aumentado consideravelmente
Pacientes com ou sem imunodeficiência
Espectro variando de superficiais a invasivas (cerebral)
Maioria das espécies é sapróbia (solo, vegetais)
Fator favorece patogenicidade: melanina na parede celular (ação antifagocitária)
Leveduras pretas clinicamente relevantes são Ascomicetos da ordem Chaetothyriales. 
Presença de melanina é considerado importante fator de virulência (FV):( confere maior capacidade de neutralizar oxidantes no fagolisossoma de neutrófilos (sobrevivência do fungo
Neurotropismo ( Exophiala dermatitidis: patogeno emergente. Potencial para infecções cerebrais. Característica também de outras espécies relacionadas: Cladophialophora bantiana e Ramichloridium mackenziei
Espectro de infecções
Superficiais: manchas (epiderme) ou nódulos (pelo)
Cutâneas: (onicomicoses)
Ceratites
Subcutâneas
Sistêmicas 
Piedra negra
Agente etiológico: Piedraia hortae
Lesão: nódulos únicos ou múltiplos no fio de cabelo. Apresentam cor escura, são muito duros e aderentes
Origem: Contacto com o solo
Tratamento: Corte do cabelo
 Tinha negra
Agente etiológico: Hortae (Phaeoannalomyces) werneekii. e Stenella araguata (isolada na Venezuela)
Lesão: mancha não descamativa de cor marrom ou negra, geralmente única e localizada principalmente na palma das mãos, raramente na planta dos pés.
Aspecto parasitário do fungo: hifas acastanhadas de paredes e septos irregulares
Origem: fungo sapróbio do solo e vegetais. A micose parece ser mais frequente em região de praias tropicais
Tratamento: agentes queratinolíticos ou uso tópico de miconazol, clotrimazol
Feohifomicose subcutânea:
Cromomicose (Cromoblastomicose)
Micose subcutânea, cosmopolita
Adquirida por inoculação traumática do fungo
Caracterizada por lesões verrucosas e nodulares
Principal agente: Fonsecae pedrosoi
a) Etiologia Fansecae pedrosoi (( comum no Brasil)
		 Fonsecae compacta
 Cladosporium carrionii
		 Phialophora verrucosa
			etc
b) Lesão:
 ( frequente nos membros inferiores (Unilateral)
 nódulos cutâneos verrucóides (1 a 2 cm de altura) que se ulceram : Conglomerado de nódulos duros e secos podem drenar pus ou secreção: crostas espessas, com aspecto de couver-flor
c) Aspecto parasitário dos fungos 
 corpos escleróticos: estruturas globosas com paredes espessas (4 -12 (m ( )
 
 ( comum em homens estre 30 - 50 anos, trabalhador rural. 
 (micose de região tropical e sub-tropical)
d) Tratamento: remoção cirúrgica da lesão, anfotericina B, itraconazol
 Micetomas
Adquirido por inoculação traumática do fungo
Habitat do fungo: solo e plantas
Infecção dissemina-se lentamente e envolve ossos e tecidos profundos
Causa deformidades 
Caracterizado por tumefação, fístulas e drenagem de secreção com grãos
a) Etiologia 
 micetoma actinomicótico:
 Nocardia brasilienses (+ comum no Brasil)
 Actinomadura madurae
		etc
 
 micetoma eumicótico 
 Madurella grisea (( comum no Brasil)
 Pseudollescheria boydii
 Acremonium falciforme
	 etc
b) Lesão:
 Síndrome clínica: tumefacão, fístula, presença de grãos nos pus
 Raramente há disseminação. Pode evoluir em enorme tumoração deformando o membro
 Pode atingir músculos, tendões e ossos
 Ocorre principalmente no dorso dos pés
c) Aspecto parasitário dos fungos
 Observe-se no material clinico (pus, material de biopsia ,etc) grãos de tamanhos e cores 
 variados (300(m a 5mm)
 actinomicótico : microscópicamente observa-se elementos cocóides, bacilares e 			 filamentosos (0,5 a 1(m ()
 eumicótico : emaranhado de hifas (2 a 5(m ()
 
 Acomente principalmente homens entre 30 e 50 anos, trabalhadores rurais 
 Endêmico na India e oeste da África. Ocorre também na América do Sul
d) Tratamento: cirurgia e drogas: cetoconazol, itraconazol, sulfametoxazol-trimetroim (Nacardia), estreptomocina (Outros actinomicetos)
Esporotricose 
(não é feohifomicose)
Micose subcutânea causada pelo fungo dimórfico Sporotrix schenkii
Adquirida através da implantação traumática do fungo
Fungo é encontrado principalmente em plantas
Formas clínicas:
Cutânea fixa
Cutânea linfangítica
Cutânea multifocal
Não cutânea : pulmonar (inalação)
Clinical Infectious Diseases   2004; 38:206-216
Primary Central Nervous System Phaeohyphomycosis: A Review of 101 Cases 
Sanjay G. Revankar,1Deanna A. Sutton,2 and Michael G. Rinaldi2,3 
a) Critérios para inclusão dos casos:
Lesão ou clínica compatível com infecção do SNC
Isolamento do fungo do tecido cerebral ou líquor
Identificação do fungo
b) Etiologia:
Cladophialophora bantiana 
(maioria dos casos)
c) Distribuição geográfica:
Encontrados em todo o mundo, são preferencialmente do solo 
Estados unidos: Maioria dos relatos, seguidos por Ásia e Oriente médio 
d) Fatores de risco:
52% sem nenhum fator associados
48% restantes: câncer (com neutropenia), transplnate, Inf. por HIV, usuário de droga, etc
e) Achados clínicos:
87% abscesso cerebral (destes, 86% com presença de hifas); meningite, encefalite, etc
f) Terapia
Maioria combinação terapia antifúngica e cirurgia
Droga mais usada: Anfotericina B (88%), segunda: anfoB em formulação lipídica
Outras: 5-flucitocina, itraconazol. Ambas freqüentemente em combinação com anfo B.
Novos azólicos (voriconazol, posaconazol) não foram usados
g) Evolução dos casos
Mortalidade em geral: 73%. Entre pacientes imunodeficientes foi de 71% (equivalente aos imunocompetentes).
Todos os pacientes não tratados morreram.
Tratamento: anfoB + 5-FC ou itraconazol foi associado a maior sobrevivência Mortalidade de 17% comparada com outros esquemas terapêuticos (74%).
Apenas cirurgia: 77% de mortalidade
Feohifomicoses:
Grande espectro de infecções:
Superficiais 
Cutâneas
Subcutâneas Fohifomicoses sub-cutâneas
 Micetomas
 Cromoblastomicose
Invasivas: (cerebral)
Sistêmicas (disseminadas)
Agentes:
Hortae werneekii (Tinea nigra)
Piedraia hortae (Pedra negra)
Alternaria spp.
Curvularia spp.
Scytalidium spp. (onicomicose)
Fonsecae pedrosoi (cromoblastomicose)
Madurela grisea (Micetoma)
Exophila jeanselmei (feo subcutanea)
Cladophialophora bantiana (Feo cerebral)
drogas antifúngicas
A maioria das drogas antifúngicas em uso corrente são dirigidas contra o ergosterol, esterol exclusivo da membrana plasmática dos fungos, análogo ao colesterol de células humanas. O ergosterol está envolvido em várias funções celulares como na fluidez e no funcionamento de enzimas importantes para o crescimento fúngico,. Alterações estruturais ou eliminação do ergosterol pode resultar na inibição do crescimento ou na morte da célula fúngica.
Allilaminas (terbinafina) agem sobre a enzima esqualeno epoxidase, produto do gene ERG1, e impede a conversão do esqualeno para 2,3 epoxidoesqualeno, interrompendo uma das primeiras etapas da síntese do ergosterol. A morte da célula é atribuída mais ao acúmulo do esqualeno do que à ausência do ergosterol. Altos níveis de esqualeno podem aumentar a permeabilidade da membrana com consequente ruptura da organização celular 
Azóis, incluíndo imidazóis e triazóis, inibem a enzima lanosterol 14( dismetilase, envolvida na biossíntese do ergosterol à partir do esqualeno, evitando a remoção de grupos metil na posição C-14 do lanosterol. A inativação da enzima leva a acumulação de esteróis metilados, precursores do ergosterol, resultando na formação de uma membrana fúngica com estrutura e funções alteradas, causando significativa inibição do crescimento do fungo 
Poliênicos anfotericina B e nistatina atuam diretamente no ergosterol. Estas drogas apresentam porções hidrofílicas e hidrofóbicas na molécula, simultâneamente. Elas se inserem no interior da membrana formando um canal através do qual componentes celulares, principalmente íons potássio são perdidos, destruindo o gradiente de prótons da membrana fúngica. 
A 5-fluorocitosina (5-FC) é uma pirimidina que entra na célula fúngica por ação da enzima citosina permease e é convertida para 5-fluorouracil (5-FU) pela enzima citosina desaminase, que, subsequentemente, pode ser convertida para desoxinucleosídeo (5-FdUMP), um inibidor específo da síntese de DNA, ou pode ainda ser convertido para nucleosídeo trifosfato (5-FUTP), que ao ser incorporado ao RNA interrompe a síntese protéica
Griseofulvina: droga fungistática. Liga-se à proteínas microtubulares, impedindo a mitose na cel fúngica
Lipopeptídeos (pneumocandinas, papulocandinas e equinocandinas) têm a propriedade de afetar a composição química da parede celular fúngica. As equinocandinas têm apresentado os melhores resultados terapêuticos. Estas drogas atuam como inibidores da (1,3 D-glucana sintase, inibindo a síntese de (-glucanas, resultando em alterações importantes na ultraestrutura da célula fúngica, que torna-se osmoticamente sensível, vulnerável à lise celular.
Via de biossíntese do ergosterol mostrando os passos que são alvos de drogas antifúngicas 
Acetil-CoA
Histórico
Década de 70: candidíases mucocutâneas
Imidazólicos 
Cetoconazol: > espectro: ação sobre micoses endêmicas, fungos demaceáceos, dermatófitos
Década de 80: AIDS (90% dos pacientes tinham candidíase oral e;ou esofágica, 8% criptococose e 30% histoplasmose)
Drogas sistêmicas: triazólicos: fluconazol e itraconazol
Década de 90: micoses invasivas (pacientes neutropênicos)
Novos triazólicos: voriconazol
Formulações lipídicas de anfotericina B
Nova classe de antiúngicos: equinocandinas
Novas formulações, novas drogas para infecções sistêmicas
a- Anfotericina B em formulações lipídicas: 
Anfotericina B–desoxicolato (Fungizon) é o mais potente antifúngico disponível. Porém, apresenta nefrotoxicidade dependente da dose e infusão. Vantagem: novas formulações: Anfo. B é incorporada em veículos lipidicos : distribuem-se diferentemente nos tecidos, concentrando-se no fígado e baço, sendo menos excretado pelos rins.
Tipos: Abelcet, AmBisome
Diferença na cinética das drogas: AmBisome atinge maiores níveis sanguíneos mais rapidamente.
b- Novos triazólicos: Voriconazol (Pfizer), Posaconazol e Ravuconazol
Apresenta maior espectro de ação. Abrange a maioria das inf. sistêmicas. Tem boa ação sobre C krusei e C glabrata, Aspergillus. Agentes de mucormicose não são sensíveis.
c- Novo grupo de drogas: Equinocandinas (caspofungina, micafungina e anidulafungina) ): Peptídeos modificados sinteticamente. Agem inibindo a síntese de (-D-glucanas na parede fúngica. Caspofungina (Cancidas, Merck) Seu espectro inclui Candida, Aspergillus. Não atua sobre Cryptococcus, Fusarium, Mucorales e Trichophyton spp.
equinocandinas
Caspofungina
 (Cancidas®, Merck) 
Espectro de ação:
Ótima ação sobre espécies de Candida 
Não atua sobre Cryptococcus.
Pouca ação sobre Fusarium e Zigomicetos
Anidulafungina
Eraxis (Pfizer)
Micafungina
MYCAMINE (ASTELLAS
Principais drogas anitfúngicas em uso no Brasil:
	Grupo
	Principais drogas
	Principais vias de administração
	Principal indicação terapêutica
	Poliênicos
	Nistatina
	Tópica
	Candidíase mucocutânea
	
	Anfotericina B
	Injetável
	Micoses sistêmicas
	Azóis
	Imidazólicos: clotrimazol, miconazol, cetoconazol, etc
	Tópica, oral
	Micoses superficiais e cutâneas.
 Subcutâneas?
	
	Triazólicos:
 fluconazol, itraconazol, etc
	Oral, injetável
	Micoses superficiais, cutâneas, sistêmicas
Subcutâneas?
	Allilamina
	Terbinafina
	Tópica, oral
	Dermatofitoses
	Griseofulvina
	Griseofulvina
	Tópica, oral
	Dermatofitoses
	Equinocandinas
	Micafungina 
Anidulafungica
caspofungina
	injetável
	Principalmente candidemia
Resistência a drogas antifúngicas:
Conceito de resistência, resistência primária, intrínseca e secundária.
Azólicos 
Eficazes nas infecções causadas por leveduras. Resistências intríseca e primária têm sido observadas em alguma espécies de Candida não-albicans, como C. krusei, C. norvegensis e C. inconspicua, enquanto a resistência secundária é facilmente adquirida por C. glabrata.A resistência secundária é encontrada com maior freqüência em cepas de C.albicans isoladas de pacientes HIV-positivos, após o tratamento de candidíase oral com fluconazol
Anfotericina B
Embora em uso clínico há quase 50 anos, a resistência de fungos a esta classe de drogas foi pouco relatada. No entanto, já foi observada resistências intrínseca e primária à anfotericina B, em espécies isoladas com menor freqüência, como Candida lusitaniae Candida guilliermondii, Candida lipolytica, Trichosporon spp., Fusarium spp. Aspergillus terreus, Pseudallescheria boydii e Scopulariopsis spp. Resistência secundária tem sido ocasionalmente descrita para Candida spp. e Cryptococcus neoforman
Mecanismos moleculares implicados na resistência aos azóis
	
Mecanismos de resistência
	
Efeito
	
Consequência
	
Expressão aumentada do gene ERG11
	
Aumento do número de moléculas da enzima lanosterol 14(-desmetilase
	
Aumento da síntese de ergosterol
	
Mutação por ponto no gene ERG11
	
Menor afinidade da 14(-dimetilase pelos azóis
	
Conteudo normal de ergosterol na membrana
	
Expressão aumentada do gene CDR
	
Aumento do número de proteínas Cdr que bombeiam a droga para fora da célula
	
Reduzida concentração intracelular da droga
	
Expressão aumentada do gene MDR1
	
Aumento do número de proteínas Mdr que bombeiam a droga para fora da célula
	
Reduzida concentração intracelular da droga
microconídio
macroconídio
�
1. Morfologia
Saprofitismo: Leveduras esféricas, ovais ou cilíndricas.
 Brotamento polar.
Parasitismo: leveduras e hifas curtas
Patogênese: No pulmão do hospedeiro:
Fungo interage com macrófagos alveolares (fagocitam mas não eliminam o fungo
Macrófagos produzem interleucinas proinflamatórias: IFN, IL1 e IL6
Recrutamento de neutrófilo, monócitos, células T e células NK da circulação sanguínea para o pulmão
Macrófagos com fungo fagocitado = célula apresentadora de antígeno (induz proliferação de linfócitos T e B específicos contra Crypto
Poliênicos:
alteram funções da mem. citoplasmática
Azóis e allilaminas:
inibem a síntese do ergosterol
5-Fluorocitosina flucitosina:
Inibe síntese de ac. nucléicos
Equinocandinas:
Inibem síntese da parede celular
Griseofulvina:
Interfere na mitose
Esqualeno
ERG1
Allilaminas
Esqualeno epoxidase
 Esqualeno epoxido
 Lanosterol
ERG11
Lanosterol 14(-dismetilase
Azóis
4,4 dimetilcolestatrienol
Poliênicos
 Esgosterol

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