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OSTEOLOGIA, ARTROLOGIA E MIOLOGIA DA CABEÇA e DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO

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Aula 3-4 - OSTEOLOGIA, ARTROLOGIA E MIOLOGIA DA CABEÇA 
Tipos de Crânios 
Braquicéfalos Dolicocéfalos Mesocéfalos 
Crânio mais achatado Crânio mais alongado Normal 
Bulldog Cóli Labrador 
 
Ossos da Cabeça 
Abóboda do Crânio Base do Crânio 
Parietal (P. Escamosa) Etmóide 
Interparietal Esfenóide (Base e Pré-Esfenóide) 
Occipital (P. Escamosa) Occipital (P. Basilar) 
Temporal (P. Escamosa) Temporal (P. Petrosa e Timpânica) 
 
Ossos da Face 
1. Nasal 4. Maxilar 7. Pterigóides 10. Mandíbula 
2. Lacrimal 5. Incisivo 8. Vómen 11. Hioides 
3. Zigomático 6. Palatino 9. Cornetos Nasais 
 
Desenvolvimento do Crânio e Face 
 
O mesenquima da cabeça tem dupla origem: 
 Parte ventral e rostral: derivam das cristas neurais (Ectomesenquima) 
 Parte dorsal: da mesoderme paraxial 
Parte deste mesenquima vai converter-se em cartilagem que mais tarde ossifica (ossificação indirecta, endocondral) 
Outra parte vai ossificar-se por ossificação intramembranosa, dando lugar sobre tudo aos ossos da abóboda do Crânio (Parte 
do Occipital, parietais, frontais, porção escamosa do temporal. 
 
Desenvolvimento da Base do crânio 
 Inicia-se com a formação da lâmina paracordal que é uma placa cartilagínea que envolve a porção anterior da 
notocorda. 
 A lâmina paracordal vai fundir-se com 3-4 esclerótomos occipitais (pouco segmentados) e vão dar origem ao 
basioccipital (P. basilar do occipital) 
 Mais tarde a porção caudal da lâmina paracordal vai estender-se dorsalmente em volta do tubo neural, formando 
assim as porções laterais e deixando um orifício – occipital magno – por onde passa a espinal medula 
 Aos lados da lâmina paracordal, dá-se a condrificação do mesenquima que rodeia a vesicula auditiva, formando a 
cápsula periotica da qual derivará a porção petrosa e mastoideia do temporal. No Cão : a capsula periotica funde-se 
com a lâmina paracordal, isto será responsável pelas diferenças no crânio das espécies. 
 A condrificação do mesênquima e a lâmina pré-cordal dão lugar às cartilagens hipofisárias e às trabéculas do crânio 
que se vão fundir para formar o esfenóide e o etmóide. 
 Aos lados destas cartilagens formam-se as asas orbitárias e temporal do esfenóide que se vão fundir entre si e com 
as estruturas vizinhas, deixando caminho para as formações vasculares e nervosas que entram ou saiem da cavidade 
craniana. 
 
 
Desenvolvimento da Abóboda do Crânio: 
 Inicia-se com a ossificação directa (intramembranosa) do mesenquima que rodeia as vesiculas encefálicas. 
 Os ossos da abóboda do crânio unem-se por suturas e formam fontanelas 
 Em Car e Bov as fontanelas estão abertas (podemos aceder directamente ao SNC) 
 Em Eq eSui nascem fechadas 
 
 
 
 
 
 
Neurocrânio: 
 Base do Crânio/Condrocrânio 
 Abóboda do crânio 
Desenvolvimento da Face 
 As células da crista neural vão dar origem aos arcos viscerais. As barras cartilagíneas dos arcos viscerais serão os 
primeiros componentes da face. 
 O primeiro arco visceral está dividido em 2 porções: uma dorsal (Processo Maxilar) e uma ventral (Processo 
Mandibular). 
 Estes processos encerram formando uma depressão ectoblástica, o estomodeu, que é o esboço da cavidade bucal 
em que o fundo se encontra fechado pela membrana bucofaríngea que mais tarde desaparece. 
 Os processos maxilares de ambos os lados encontram-se separados pela proeminência frontal que impede que estes 
se unam, aos lados da qual aparecem engrossamentos do tecido epitelial superficial, os Placódios Olfactivos. 
 A volta de cada placódio olfactivo aparecem uma eminencia lateral e uma medial que formam uma depressão no 
fundo dos placódios olfactivos – Fossa Olfactiva. 
 Da eminencia nasal lateral derivam as porções laterais das fossas nasais. 
 A porção medial vai formar a porção medial do nariz, lábio superior,osso pré-maxilar e o palato primário. 
 Um sulco separa o processo maxilar e a eminencia nasal lateral entendendo-se desde o ângulo medial do olho em 
sentido rostral – Canal Nasolacrimal. 
 O crescimento do processo maxilar aproxima entre si as eminências nasais que por fim fundem-se por completo em 
algumas espécies; noutras permanece um espaço a nível do lábio superior – o filtrum. 
 Neste momento o desenvolvimento da cavidade bucal é muito pequeno e está separado das fossas nasais pela 
membrana buconasal, que desaparece e forma-se o coanas primitivo. 
 O processo mandibular alarga e a língua desce; desta forma o coanas primitivo também aumenta, cujo retrocesso – 
indispensável nos mamíferos – produz-se com o desenvolvimento do palato, que o levará a nível da região 
nasofaríngea, denominando-se coanas definitivo. 
 Os seios paranasais penetram no frontal, maxilar, esfenóides e etmóides, “aligeirando” o peso da cabeça (com 
grande importância no Equinos e Bovinos. 
 
Desenvolvimento do Palato 
 Inicia-se com a fusão das eminências nasais mediais, de cuja face profunda parte em sentido caudal uma pequena 
lamina, o palato primário (Palato Priu) – limite cranial das coanas primitivas. 
 Da face profunda dos processos maxilares partem também laminas – os processos palatinos – responsáveis pela 
formação da maior parte do palato; dirigem-se obliquamente em sentido ventral de ambos os lados da língua. 
 Como consequência do alargamento da cartilagem de Meckel esta desce e os processos palatinos ficam livres em 
posição horizontal; mais tarde soldam-se ao palato primário e entre si a longo da linha média, formando o palato 
definitivo que separa as cavidades nasal e oral e faz retroceder o coanas primitivo ate a zona de união das fossas 
nasais e da faringe. 
 Quase simultaneamente o septo nasal, originado a partir da proeminência frontal, alcança a face nasal do palato 
definitivo e funde-se com ele. 
 O palato pode ser 
o Palato Duro: Ósseo 
o Palato Mole: tecido conjuntivo 
 
 
Malformações congénitas 
 Anencefalia 
Se falha o fechamento do tubo neural o proencéfalo não se forma devidamente e o tecido nervoso fica exposto ao 
líquido amniótico e degenera. 
A base do crânio forma-se normalmente e sobre esta encontram-se formações vasculares e meníngeas de aspecto 
esponjoso. 
As estruturas faciais formam-se normalmente, à excepção de uma falta de profundidade das órbitas 
É uma patologia incompatível com a vida. 
 
 Encefalocélio 
Defeito na formação dos ossos da abóboda do crânio. Pele -> músculo -> meninge e encéfalo. 
Costuma aparecer quando é administrado grisioflavina (antifúngico) em fêmeas gestantes. 
 
 
 
 Holoprocenfalia 
 Defeito no desenvolvimento do proencéfalo, não se independizam os hemisférios cerebrais, bulbos olfactórios nem 
as vesículas ópticas. Para que se separem é preciso que a mesoderme precordal interactue com a parte anterior da 
placa neural, estimulando a divisão de uns esboços em dois componentes laterais. 
A mandibula é um osso de ossificação directa, 
desenvolvido em volta da cartilagem do processo 
mandibular do 1º arco visceral, (cartilagem de 
Meckel). 
TEMPORAL: Tubérculo articular 
 Fossa mandibular 
 Apófises retroarticular 
 
MANDÍBULA: Cabeça da Mandibula 
 
 
 Se tal não ocorrer pode causar ciclopia (um único olho e não se forma o nariz, tendo no seu lugar uma 
proeminência tubular), em casos menos graves cebocefalia (olhos muito próximos) ou em casos mais graves 
otocefalia (ausência completa de formações proencefalicas) 
 
 Atresia/Estenose Coanal 
 Ocorre quando não se abre o suficiente as membranas buconasais para a formação das coanas. É frequente em 
potros que ao não poderem respirar pela boca podem morrer asfixiados (bilateral). 
 A unilateral é menos grave e a membranapode ser removida a laser. 
 
 Fendas Labiais ou Faciais/Queilosquise 
 A facial deve-se a um defeito na fusão da eminencia maxilar e o processo nasal lateral ficando uma fenda desde o 
olho até à boca. 
 A labial deve-se à falta da união da eminencia maxilar e o processo nasal medial, ficando uma fenda que une os 
olhais com a abertura da boca 
 
 Fenda Palatina 
Não há uma formação correcta do palato, permanece uma comunicação entre a cavidade nasal e a cavidade oral. É 
um defeito nas duas lâminas que dão origem ao maxilar. 
Fissura do véu palatino – palato mole; Palatosquise 
Pode ocorrer porque os processos palatinos são muito curtos e não se fecham (Raças Braquicéfalas); o processo 
mandibular não se alarga e os processos palatinos não se fundem e a língua abaixa tardiamente e embora juntem já 
passou o período embrionário de fusão. 
É um grave problema em mamíferos pois precisam de mamar e entra leite para os pulmões. 
É normal nas aves. 
 
 Agnatia 
Não se forma a mandibula 
 
 Braquignatia 
A mandibula ou maxilar não se desenvolvem suficientemente. 
 
Articulações da Cabeça 
 
 Articulações fibrosas 
 Suturas dos ossos da face e da abobada do crânio 
 Gonfoses 
 
Articulações cartilaginosas 
 Sincondroses da base do crânio 
 Articulação intermandibular-Sincondrose 
 Articulação temporohiodeia-Sincondrose ou Sindesmose 
 
Articulações sinoviais 
 Articulação temporomandibular 
 
Articulação Temporomandibular 
 
 
 Superficies articulares 
 
 
 Disco articular 
 Cápsula articular 
 Ligamentos: Lateral e caudal 
 Sinoviais: Supradiscal e infradiscal 
 
 
 
 
 
1- Apófise retroarticular 2- Cabeça da mandíbula 
3- Disco articular 4- Cavidade Supradiscal 
5- Cavidade infradiscal 6- Ligamento Lateral 
 
Músculos Mastigadores 
 
-Derivam do processo mandibular do I arco visceral 
-Enervados pela raiz motora do N. MANDIBULAR 
 
 
Músculos Mastigadores 
Ms Elevadores Ms 
Propulsores/Laterizadores 
Ms Depressores Ms do Espaço 
intermandibular 
Masséter Pterigoideu lateral Milohioideu Milohioideu 
Temporal Ventre rostral do digástrico Digástrico 
Pterigoideu Medial Pterigoideu Medial 
 Occipitomandibular 
 Masséter 
 Depressor do lábio inferior 
 
 
Movimentos da Mandibula 
 
Elevação: 
-Masséter 
-Pterigoideu medial 
-Fibras craniais do temporal 
 
Propulsão/Retropropulsão: 
-Propulsão: 
 Pterigoideu lateral 
-Retropropulsão: 
 Fibras caudais do temporal 
 
 
Musculos do Pavilhão Auricular 
 Ms. Auriculares rostrais 
 Ms. Escuteloauriculares 
superficiais 
 M. Frontoescutelar 
 M. Zigomáticoescutelar 
 M. Zigomáticoauricular 
 Ms. Escuteloauriculares 
profundos 
 Ms. Auriculares dorsais 
 M. interescutelares 
 M. Parietoescutelares 
 M. Parietoauricular 
 
Ms. Auriculares caudais 
 M. cervicoescutelares 
 M. cervicoauricular 
superficial 
 M. cervicoauricular 
médio 
 M. cervicoauricular 
profundo 
 
 
 
 
 
Ms. Auriculares ventrais 
 M. estiloauricular 
 M. parotideoauricular 
Descida: 
-Milohioideu 
-Ventre rostral do digástrico 
-Ventre caudal do digástrico, occipitomandibular e geniohioideu 
 
Os músculos do pavilhão auricular são enervados 
pelos Nervo Auriculopalpebral e Nervo auricular 
caudal 
 
Aula 7 - DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO 
 
Desenvolvimento do sistema nervoso central 
 Indução Neural 
 Neurulação (e formação do tubo neural) 
 Formação das vesículas encefálicas 
Indução Neural 
 É o processo pela qual se forma o tecido neural a partir da ectoderme. 
 Durante a indução neural as células da ectoderme são estimuladas a transformar-se em células neurais, passando 
pelas seguintes etapas: 
o Aquisição de competência 
o Especificação de características 
o Diferenciação e formação do neurónio 
 A estrutura responsável por esta indução é o nodulo primitivo/de Hensen. 
 A manifestação de propriedades indutoras ocorre nos tecidos que dão origem ao nodulo primitivo, particularmente 
a linha primitiva, e nos tecidos onde este se diferencia (mesoendoderme e mesoderme axial): a endoderme 
intestinal e precordal e na notocórda. Estas substâncias indutoras vão ligar-se nos seus receptores específicos, 
activando a transcrição dos genes intervenientes na formação do tecido nervoso. 
 
Formação do tubo neural 
 A placa neural (um engrossamento da ectoderme dorsal induzido pela notocórda) dobra-se para formar o tudo 
neural 
 No ponto de fusão, algumas células da placa neural libertam-se para o espaço entre o tudo neural e a ectoderme 
superficial, para formar 2 cristas paralelas na metade dorsal do tubo neural – cristas neurais 
 O tubo neural formará o SNC, enquanto as cristas neurais formaram os gânglios e outros componentes do SNP 
 A formação do tubo neural não ocorre em simultâneo com o de toda a ectoderme. Na região cefálica está mais 
avançada, enquanto a região caudal está ainda em estado de gastrulação. 
 No extremo cefálico, é mais larga e alem disso aparecerá uma serie de constrições e engrossamentos que definirão 
os distintos compartimentos cerebrais 
 O encerramento do tubo neural inicia-se pela união das pregas neurais, e progride nos 2 sentidos opostos rostral e 
caudal até, posteriormente alcançar os extremos. Esta união não ocorre de forma contínua em toda a sua extensão 
mas através de múltiplos pontos de contacto. 
 A extremidade rostral e caudal são as últimas a se encerrar, formando respectivamente o neuroporo rostral e 
caudal. 
 Alterações: as alterações no encerramento normal destes neuroporos causam os defeitos mais frequentes do tubo 
neural. A deficiência no fechamento do neuroporo rostral causa uma anomalia mortal denominada anencefalia, 
enquanto a ausência parcial de encerramento do neuroporo caudal traduz-se pelo aparecimento da espinha bífida, 
frequentemente associado a uma hérnia das meninges e tecido neural na superfície corporal. 
 Depois de formado o tudo neural pela elevação e fusão das pregas neurais, está terminada a neurulação primária. 
 A neurulação secundária ocorre na região lombosacra da medula espinal em aves e mamíferos, envolvendo a 
cavitação de uma massa compacta de células. Ao fechar-se, a extremidade caudal do tubo neural fica confinada por 
uma membrana limitante interna e outra externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Niveis de estudo do SN 
 Macroscópio: o tubo neural e a sua luz formarão as cavidades do cérebro e medula espinhal 
 Tecidular: as populações celulares dentro da parede do tubo neural reorganizam.se de maneira que formam as 
capas nervosas das regiões do cérebro e medula espinhal 
 Celular: as próprias células neuroepiteliais diferenciam-se em numerosos tipos de neurónios e células da glia 
 
 
Diferenciação Celular 
 As células do neuroepitélio em contacto com o lúmen diferenciam-se em tecido nervoso perdendo o prolongamento 
em contacto com o lúmen. 
 Inicialmente o neuro-epitélio está formado por uma única camada de células, os neuroglioblastos que se poderam 
diferenciar em neuroblastos e em células precursoras da neuróglia - glioblastos. 
 Ao longo do ciclo o núcleo varia de posição (Fase S – Externa; Mitose – Lúmen). À medida que se afastam do lúmen 
perdem a capacidade proliferativa. Esta característica designa-se por emigração nuclear intercinética. 
 Inicialmente, as células multipotentes por divisões assimétricas formam neuroblastos e depois originam glioblastos. 
 Depois de terminada esta diferenciação, existem células do neuroepitelio que permanecem junto ao canal central 
como células ependimárias. 
 Os neuroblastos, vão diferenciar-se nos diferentes tipos de neurónios 
 Os glioblastos originam osoligodendrócitos e os astrócitos. As primeiras células da glia que se formam são as da glia 
radial, que se transformam, posteriormente, em astrócitos. 
 
 
 
 
 Após alguma proliferação celular, o tubo neural apresenta três camadas: 
o A camada ependimária (ou germinal ventricular): delimita o canal central e é a zona de células em 
proliferação 
o A camada do manto: zona intermédia constituída por células neuroepiteliais em interfase, neuroblastos e 
espongioblastos, é chamada de SUBSTÂNCIA CINZENTA. Tem menor capacidade de divisão relativamente às 
células do lúmen (camada ependimária) 
o A camada marginal: está em contacto com a superfície externa e contém os prolongamentos dos 
neurónios em desenvolvimento, que posteriormente sofrem um processo de mielinização, é denominada 
SUBSTÂNCIA BRANCA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A camada do manto cresce adquire a forma de H. o lumen do tubo neural fica então reduzido a um pequeno canal 
 O espessamento das paredes laterais da medula produz duas partes, uma ventral, a lâmina basal, e outra dorsal, a 
lâmina alar, separadas pelo sulco limitante. A fissura média separa a direita da esquerda. 
 A lâmina alar dá origem aos núcleos dos neurónios aferentes, que constituirão as colunas cinzentas dorsais da 
medula,a lâmina basal aos núcleos dos neurónios eferentes, que constituirão as colunas cinzentas laterais e ventrais 
da medula. 
 A porção dorsal recebe aferências dos neurónios sensitivos 
 A porção ventral tem funções motoras. 
 
 
A partir do tubo neural originam-se quase todas as células 
do sistema nervoso excepto a MICROGLIA, que é de origem 
mesodérmica e atinge o SN junto com os vasos sanguíneos! 
 
 
 
Diferenciação das camadas do Cerebelo (centro motor – locomoção e rotação) 
 
 Divisões das células do neuroepitélio formam a superfície externa 
 Morte celular selectiva 
 Substancia branca alternada com substancia cinzenta 
 Zona marginal: substancia branca, camada granular, camada de células de Purkinje, camada molecular 
 Animas que nascem com as camadas do cerebelo diferenciadas são capazes de andar à nascença 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diferenciação das camadas do Cerebro 
 
 O córtex cerebral diferencia-se em 6 camadas no adulto 
 Alguns neuroblastos migram através da substancia branca para formar uma segunda zona de neurónios – substancia 
cinzenta – na face externa – Neopalio – que se estratificará em 6 camadas de corpos celulares 
 Zona marginal: substancia branca, córtex cerebral, camada molecular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formação das vesículas encefálicas 
 A porção rostral do tubo neural, o encéfalo primordial, está formada por 3 vesículas, que correspondem, em sentido 
rostrocaudal, ao prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo que por movimentos dos líquidos e inflexões dão 
origem a 5 vesiculas. 
 O proencéfalo desenvolve vesiculas dorsolaterais, do lado esquerdo e direito, formando o telencéfalo. Entre estas 
duas vesiculas permanece o diencéfalo. 
 O rombencéfalo divide-se num componente rostral e noutro caudal: do primeiro forma-se o metencéfalo e, do 
segundo, o mielencéfalo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DERIVADOS DAS VESÍCULAS ENCEFÁLICASE CAVIDADES VENTRICULARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evolução do Mielencéfalo 
 Torna-se a medula oblonga do adulto 
 Na zona do manto agrupam-se os núcleos de onde emergem as fibras correspondentes aos pares cranianos VI 
ao XII 
 Na face ventral existe um par de fascículos: as pirâmides, integradas por fascículos cortico espinhais que 
derivam do córtex cerebral. 
 No tecto do IV ventrículo formam-se vasos do plexo coroideo que produz o líquido encéfalo-raquidiano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evolução do Metencéfalo 
 Origina o cerebelo e a ponte 
 Ventralmente os núcleos da placa basal dão origem. 
 
 Na placa basal: 
o Alguns neuroblastos emigram ventralmente para formar os núcleos da ponte, que recebem conexões 
do córtex cerebral e cerebeloso 
o Núcleo da placa basal origina o núcleo do V par craniano. 
 
 Na placa alar: 
o Diferencia-se o núcleo motor do IV craniano. 
o Sofre um engrossamento a partir do qual se forma o cerebelo 
o De ambos os lados do engrossamento crescem os lábios rômbicos 
o A fusão dos lábios rômbicos forma a Vermis e os hemisférios que originam o cerebelo 
 
 
 
 
 
 
O rombencéfalo compreende a medula oblonga, a ponte 
e o cerebelo 
 
 
Evolução do Mesencéfalo 
 As primeiras modificações consistem na formação de 4 coliculos (2 rostrais e 2 caudais) a partir da placa 
dorsolateral 
 Há uma proliferação da placa ventrolateral que encerra a luz do tubo neural que passa a chamar-se Aqueduto 
Cerebral 
 Ventralmente aparecem os pedúnculos cerebrais nos quais aparecem alguns núcleos de neurónios que migram 
da placa dorsolateramente a substancia negra e o núcleo rubro 
 Do manto originam-se os núcleos dos pares III e IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evolução do Diencéfalo 
 A capa do manto forma os numerosos núcleos do talamos e hipotálamo 
 A porção central está ocupada pela adesão intertalamica (fusão local de ambos os talamos) 
 As áreas do talamos sofrem uma rápida proliferação e fundem-se na linha media fechando parcialmente o 3 
ventriculo 
 Na superfície aparece o plexo coróide do III ventrículo onde se forma o líquido encéfalo-raquidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evolução do Telencéfalo 
 Os hemisférios cerebrais são formados por 2 envaginações laterais no telencéfalo 
 Nas paredes dos hemisférios forma-se o núcleo caudado por proliferação da capa do mando ta zona 
ventrolateral do tubo neural 
 Uma outra sua proliferação forma o núcleo lentricular, que está separado do núcleo caudado pelas fibras da 
cápsula interna (fibras de comunicação) 
 
 Nos carnívoros: as principais conexões dos hemisférios complata-se na 3ª semana pós-natal, apesar do 
amadurecimento completo acontecer por volta das 6 semanas 
 Nos ungulados: o córtex cerebral é funcional ao nascimento 
 
 Uma das principais conexões do cérebro é o corpo caloso (grupo de fibras que coordena as actividades dos dois 
hemisférios) 
Desenvolvimento do SNP 
 Sistema nervoso localizado exteriormente ao SNC. 
Os bovinos nascem com as fibras totalmente mielinizadas 
 Consta de nervos e células da glia derivadas do SNC, células da crista neural e placas epidérmicas. 
 
 
Sistema nervoso Somático 
 Inclui os neurónios motores que enervam e controlam os músculos esqueléticos e é voluntário 
 As fibras somáticas eferentes e as fibras pré-ganglionares têm origem no tubo neural 
 
 
Sistema nervoso Autónomo 
 
 Há fibras viscerais aferentes e a resposta ocorre de forma diferente do SNS. (Há fibras pré-ganglionares e pós-
ganglionares) 
 Compreende as fibras motoras que enervam os ms lisos e os órgãos viscerais. 
 Controla as funções do coração, órgãos abdominais, glândulas, as quais são involuntárias. 
 
Vias de emigração das células da Crista Neural 
 Do epiblasto: originam-se células pigmentárias 
 Do dermomiotomo: gânglios sensitivos e gânglios simpáticos 
 Do tubo neural: fibras postganglionares, gânglios entéricos, células de Schwann 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localização e derivados dos placódios ectodérmicos 
 Placodas: 
o Engrossamentos da ectoderme 
o Outra fonte de neurónios 
 
 
Origem dos componentes do SNP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parassimpático: as fibras estão incorporadas nos veros cranianos e os gânglios junto ao órgão efector 
Simpático 
O SNS e o SNA contêm 2 tipos de fibras nervosas: 
 Sensitivas/aferentes 
 Motoras/eferentesMalformações Medulares 
 
MEDULARES 
 
 Hipoplasia Medular: desenvolvimento insuficiente de alguns dos segmentos medulares (BOVINOS) 
 Hidromelia: dilatação do canal central devido a uma acumulação excessiva de líquido encéfalo-raquidiano 
(BOVINOS) 
 Diplomelia: duplicação da medula espinhal com envolturas meningicas comuns (2 medulas, 1 meninge) 
(BOVINOS) 
 Diastematomelia: duplicação da medula e das meninges (BOVINOS) 
 Siringomelia: dilatação da cavidade central da medula; doença hereditária (BOVINOS) 
 
Disrafismo Medular: defeitos no fecho do canal medular (no cão) 
 Espinha bífida medular: Tem vários graus; não formação dos arcos vertebrais podendo herniar as meninges; 
pode relacionar-se com o não encerramento do tubo neural 
o Meningocele: Hérnias nas meninges mas o tubo neural continua no sitio (RUM, CARN, EQUI) 
o Meningomiocele: As meninges e o tubo neural são herniadas, a medula espinhal está mesmo debaixo 
da pele, é um caso mais grave que meningocele 
 Mielosquisis: fenda permanente na face dorsal do tubo neural, que impede o fecho dos arcos vertebrais 
 
ENCEFÁLICAS 
 
 Anencefalia: não há formação do encéfalo (ausência total de telencéfalo e grande parte do diencéfalo) (RUM) 
 Hidrocefalia: acumulação de liquido encefaloraquidiano na cavidade cranial 
 Hidroanencefalia: deve-se a um processo destrutivo que afecta as células neuroepiteliais que dao origem ao 
telencéfalo, de maneira que só se forma gliais e tecido conjuntivo meníngeo. 
 
SN PERIFÉRICO 
 Intestino grosso agangliónico: não há migração da células da crista neural para o intestino grosso sendo que 
este não é enervado e por isso este não é funcional (CAVALO) 
 Neuropatia Hipertrófica: produção anormal ou perda de mielinização das fibras periféricas, caracterizada por 
uma deficiência motora. (CAÕ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia da Medula Espinhal 
 
 Forma cilíndrica e achatada dorsoventralmente 
 Alojada no canal vertebral 
 Com engrossamentos nos extremos cranial e caudal (intumescência cranial e intumescência caudal) 
 A formação da coluna vertebral e dos segmentos medulares não ocorre da mesma forma (os segmentos estão 
relativamente adiantados) 
 No cone medular, o canal central dilata-se formando o ventrículo terminal 
 Sulco médio: divide o lado esquerdo do direito da substancia branca 
Cervical: contínua com a medula oblonga 
Torácica 
Lombar 
Sacra 
Caudal: fica mais delgada formando o Cone Medular 
 
 Cordão ventral: entre o sulco lateral dorsal e a fissura média 
 Cordão dorsal: entre o sulco médio e o sulco lateral dorsal 
 Cordal lateral: entre os sulcos lateral dorsal e ventral 
 
 
 Divide-se em 5 porções 
 
 Os nervos sacrais e caudais saem a um novel mais cranial que os orifícios intervertebrais correspondentes, pelo 
que se dirigem caudalmente e forma a Cauda equina na porção terminal da medula espinhal 
 Dorsalmente observa-se o sulco médio, o sulco lateral dorsal e o sulco intermédio 
 
 
Secção transversa da Medula Espinhal 
 Substancia branca e Substancia cinzenta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Substância Branca: Periférica, constituída por fascículos nervosos ascendentes e descendentes. 
o A quantidade aumenta progressivamente em direcção crânio-caudal 
o O sulco médio prolonga-se internamente mediante o septo médio dorsal, que chega até à substancia 
cinzenta 
o Os três cordões medulares são colunas de substancia branca, separados pelo sulco 
 
 Entre a fissura média e a substancia cinzenta existe uma comissura branca 
 No centro aparece um orifício – canal central – o qual ao nível do cone medular forma uma dilatação fusiforme 
– ventrículo terminal 
 
 Substância Cinzenta: adopta uma forma de H 
o Cornos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os cornos dorsais e ventrais contactam-se por fibras que podem passar de um lado para o outro através de 
comissura cinzenta que rodeia o canal central 
 A formação reticular é uma mistura de substancia branca e cinzenta entre o corno dorsal e lateral 
 
Correlação Vertebro-Medular 
 
 CAVALO: desde a primeira vertebra cervical à 4ª lombar os segmentos medulares e vertebrais coincidem os dois 
últimos segmentos lombares e as partes sacra e caudal da medula situam-se cranialmente em relação à ráquis. 
As raízes dos nervos sacros e caudais dirigem-se caudalmente no canal vertebral (Cauda Equina) 
 VACA: as porções cervicais e torácicas da medula coincidem aproximadamente com as vertebras 
correspondentes. Os segmentos medulares lombares e sacros projectam-se cranialmente 
 CÃO: existe uma correspondência aproximadamente entre os segmentos medulares e vertebrais a nível 
cervical, torácico e as 3 primeiras vertebras lombares. A 4ª vertebra lombar abarca os 3 últimos segmentos 
lombares da medula enquanto os 3 segmentos sacros e o 1º caudal correspondem à 5ª vertebra. 
 
Dorsal – É a origem da raiz dorsal do nervo espinhal e tem raiz sensitiva 
 – Apresenta um vértice debaixo do qual encontramos a substancia gelatinosa (neuróglia) 
 – + Comprido que ventral 
Lateral – Relaciona-se com o SNA simpático preferencialmente 
 – Encontram-se os núcleos peripendimários vegetativos 
 – + largo que o dorsal 
Ventral – De natureza motora 
 – Dá origem às raízes ventrais dos nervos espinhais 
 – Mais grossa que a dorsal 
 
Meninges Espinhais 
 
 Membranas de tecido conjuntivo que têm função de protecção 
 
 DURA-MÁTER => PAQUIMENINGE (grossa) 
o Capa grossa formada por tecido fibroso, que se dispõe como um tudo que fecha a medula espinhal, da qual 
partem umas expansões laterais que envolvem as raízes dos nervos espinhais chegando até ao orifício 
intervertebral. 
o Entre a dura-máter e as paredes do conduto raquídeo fica uma grande cavidade epidural repleta de uma 
gordura semifluida. 
o Entre a dura-máter e a aracnóide fica um espaço virtual que é a cavidade subdural 
o Caudalmente, a dura-máter vai ficando mais delgada e chega a formar parte do hilo terminal da medula, 
para seguirem juntos e terminar interceptando-se nas vertebras caudais. 
 ARACNÓIDE + PIA MÁTER=> LEPTOMENINGE (delgada) 
ARACNOIDE: 
o Capa delgada, quase transparente, situada em redor da medula espinhal e coberta pela dura-máter 
o Caudalmente, termina em fundo de saco cónico que se une também ao hilo da dura-máter espinhal. 
o Da face profunda partem umas finas trabéculas conjuntivas que chegam à pia-máter, e cujo aspecto lembra 
uma teia de aranha 
o Estas trabéculas ocupam a cavidade subaracnoídea, repleta de líquido encéfalo-raquidiano 
o O líquido é um importante amortecedor e protector da medula e também serve de diagnóstico de 
patologia do SNC. Para obtenção de líquido é necessário uma punção ao nível da cisterna cerebelo-
medular, entre o áxis e o atlas, ou da cisterna lombosacra, entre a última vertebra lombar e o sacro. 
PIA-MÁTER: 
o Membrana conjuntiva vascular intimamente aderida à medula espinhal e às raízes dos nervos espinhais 
o Segue todas as fissuras e sulcos de medula espinhal 
o Ao longo dos seus bordos laterais, condensa-se para formar o ligamento dentado que se estende como 
uma lâmina contínua até à dura-máter, mas só se fixa em determinados pontos, para deixar passagem aos 
nervos espinhais. 
ARTÉRIAS da Medula Espinhal 
 A principal artéria é a Espinhal Ventral, que decorre longitudinalmente pela fissura mediana ventral e vai 
emitindo ramos (artérias centrais) que irrigam a porção ventral da medula espinhal 
 As artérias Espinhais Dorsais, de menor calibre, situam-se ao longo da superfície dorsal da medula e 
distribuem.se fundamentalmente pela coluna dorsal da substancia branca. 
 As artérias Espinhais Dorsais e a artéria Espinhal Ventral anastomosam-se, paraformar um plexo da Rede 
Arterial Perimedular, que irriga as porções laterais da medula 
 As artérias espinhais, uma vez que atravessam a dura-máter emitem as artérias Radiculares Dorsal e Ventral 
que confluem e continuam acompanhando o nervo espinhal como ramos espinhais 
 A origem concreta das artérias espinhais em cada uma das regiões é diferente. No pescoço procedem das 
artérias vertebrais, no tórax, das artérias intercostais e na região lombar das artérias lombares 
 As regiões medulares melhor vascularizadas são as regiões cervical e lombar, enquanto a torácica recebe um 
menor aporte sanguíneo. 
 
 
VEIAS da Medula Espinhal 
 As veias da medula são geralmente satélites das artérias e recebem os mesmos nomes. 
 As veias que têm maior volume são os plexos Vertebrais Internos Ventrais, localizadas na cavidade epidural 
ventral 
 Os plexos comunicam entre si dorsalmente mediante ramos interarcuais e recebe desembocadura das veias 
Basivertebrais procedentes da cavidade medular do corpo vertebral. 
 Os plexos também comunicam com os plexos Vertebrais Externos Dorsal e Ventral e finalmente confluem 
mediante as veias intervertebrais que drenam para diferentes vasos segundo a região correspondente 
 Veia intervertebral drena para: 
o V. Vertebral (na região cervical) 
o V. Costocervical (na região torácica) 
o V. Ázigos (ao nível da T4 à L3) 
o Veia cava caudal (ao nível da L3 até à ultima caudal) 
 
 
 
 
 
 
AULA 8 - ELEMENTOS INTRINSECOS DA MEDULA ESPINHAL 
 Responsáveis pela actividade reflexa da medula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Reflexo Elementar: num segmento medular pode-se levar a cabo reflexos elementares graças à sua 
substancia cinzenta. Os estímulos chegam através dos neurónios aferentes, que passam a informação ao 
gânglio raquídeo no corno dorsal da medula. Aqui ocorrem sinapses com um neurónio intercalar que 
passará a informação ao neurónio eferente originando no corno ventral (motora). As raízes dorsais e 
ventrais da medula unem-se para formar o nervo raquídeo. 
 
Neurónio Aferente (tipos de estímulos - chegada) 
 Exteroceptivos – procedem da pele – chegam ao vértice, substancia gelatinosa ou formação dorsal 
 Proprioceptivos – elementos do aparelho locomotor – alcançam a zona média 
 Intraceptivos – elementos viscerais – terminam na substancia intermédia central ou lateral 
 
Neurónio Eferente (impulsos motores – chegada) 
 Somatomotor – chega aos músculos estriados (a zona somatomotora ocupa a maior parte dos cornos 
ventrais) 
 Visceromotor – chega às vísceras (os neurónios visceromotores não se encontram na medula, mas 
originam-se num gânglio simpático ou em gânglios de plexos autónomos) 
 
Fascículos e vias de conexão medulares 
 
Interligam 4-5 segmentos medulares vizinhos 
 
 
 Vias de associação intersegmentarias: 
o Alcançam entre os distintos segmentos medulares e podem ser ascendentes ou descendentes, 
ficando integrados nos fascículos próprios dos cordoes dorsal, lateral e ventral, localizados à 
periferia da substancia cinzenta 
 Vias de associação suprasegmentarias: 
o Então integradas numa serie de fascículos que constituem a maior parte da substancia branca 
conectando com distintos centros do SNC. Classificam-se em vias ascendentes (se vão ate ao 
encéfalo) e descendentes (se vão ate do encéfalo para os neurónios motores) 
 
 
 
 
Vias ASCENDENTES 
 Vias de sensibilidade exteroceptiva: 
o Nociceptiva: calor e temperatura 
o Protopática: tacto grosseiro e pressão 
o Epicrítica: tacto e pressão apurada 
 
Nociceptiva e Protopática 
 O 1º neurónio (protoneurónio) desta via encontra-se no gânglio raquídeo, chegando à medula, onde faz 
sinapse com o segundo neurónio. Este entra pela comissura cinzenta ventral e ascende mediante o 
fasciculo espinotalamico, chegando ao tálamo. Aí, um 3º neurónio alcança o córtex cerebral 
 Epicrítica 
 O protoneurónio está no gânglio raquídeo mas o seu axónio não faz sinapses nos cornos dorsais, mas 
incorpora-se nos cordões dorsais, ascendendo pelo fasciculo grácil e cuneiforme. Alcança a medula oblonga 
onde faz sinapse com o dentoaxónio situado nos núcleos grácil e cuneiforme medial e lateral. Os axónios 
dos dentoneurónios constituem o Lemnisco Medial, que vai para o lado oposto pela decussação que cai ate 
ao tálamo. Aí, um 3º neurónio alcança o tálamo. 
 
 
 Vias de sensibilidade propiocéptiva: 
o Consciente: alcança o córtex cerebral que transmite informação do aparelho locomotor. 
o Inconsciente: termina no córtex do cerebelo, onde verifica uma coordenação automática da 
estática e do movimento 
 
Consciente: 
 Tem um trajecto similar à de sensibilidade táctil e epicrítica. 
Inconsciente: 
 Origina-se no córtex cerebral. O protoneurónio situa-se no gânglio raquídeo e o seu axónio penetra na 
medula pelas raízes dorsais ate à zona média do corno dorsal. Aqui o dentoneurónio pode seguir 2 vias. 
A primeira implica um cruzamento para o lado oposto do cordão lateral para formar o fasciculo 
espinocerebeloso ventral, que ascende ate ao cerebelo através do pedúnculo cerebeloso rostral. A 
segunda, passa na porção dorsal do cordão lateral, formando o fasciculo espinocerebeloso dorsal. Que 
ascende ate ao cerebelo através do pedúnculo cerebeloso caudal (corpo rastiforme). 
 O animal tem tendência a cair. Obriga-lo a andar num piso escorregadio pois ele tem tendência a 
ajustar o andar. 
 
 Vias de sensibilidade intraceptiva (informação + lenta; SNA) 
o Não constituem fascículos individualizados já que o protoneurónio alcança a substancia intermédia 
e mediante fibras de conexão multissinapticas podem alcançar o tálamo e alguns ate podem 
chegar ao córtex cerebral para provocar impulsos conscientes. 
 
Vias DESCENDENTES 
 Vias motoras 
 Conduzem os impulsos eferentes. As vias descendentes vegetativas são constituídas por um sistema 
multissinaptico plurisegmentário que alcança órgãos e procede fundamentalmente da substancia cinzenta 
do hipotálamo, que regula todas as funções vegetativas do organismo. 
 As vias descendentes somatomotoras compreendem 2 grandes grupos: 
o Sistema piramidal => destinado à mobilidade voluntária (consciente) 
o Sistema extrapiramidal => destinado à sensibilidade involuntária (inconsciente) 
 
 
 
 
Vias piramidais 
 Fibras corticoreticulares: provêem do córtex e alcançam distintos níveis do tronco do encéfalo (formação 
reticular, núcleo subtalàmico, núcleo rubro, corno geniculado lateral e culiculo rostral 
 Fibras corticonucleares: (do córtex para alguns núcleos); terminam a nível dos núcleos de origem dos 
nervos craniais. 
 Fibras corticoespinhais: (do córtex para a medula espinhal); quando chega à medula oblonga, o fasciculo 
corticoespinhal divide-se em 2 partes. Uma delas cruza-se para o lado oposto e determina na face ventral 
dois relevos notáveis – as pirâmides. Este fasciculo configura o tracto corticoespinhal lateral situado no 
cordão lateral. A outra parte forma o tracto corticoespinhal ventral, que desce pelo cordão ventral. Por fim, 
os 2 tractos incorporam-se no corno ventral da medula, onde emerdem os neurónios motores que vao para 
a musculatura estriada 
 
Vias extrapiramidais 
 São fascículos motores que nascem em distintos níveis do encéfalo e terminam nos cornos ventrais. 
Garantem assim os movimentos automáticos e semi-vomuntários. 
 Estão constituídos por: 
1. Fasciculo reticulo-espinhal lateral 
2. Porção reticulo-espinhal do fasciculo longitudinal medial 
3. Fasciculo rubro-espinhal 
4. Fasciculo tecto-espinhal lateral 
5. Porção tecto-espinhal do fasciculo longitudinal medial 
6. Fasciculo vestíbulo-espinhal 
7. Porção vestíbulo-espinhal do fasciculo longitudinal medial 
 
 
1. Fasciculo reticulo-espinhal lateral: fibras que procedemda substancia reticular, localizada no tronco do 
encéfalo, que exercem uma função facilitadora ou inibidora sobre os neurónios motores do corno ventral. 
O tracto reticulo-espinhal -> efeito facilitador, enquanto a porção reticulo-espinhal ou fasciculo 
longitudinal medial -> acção inibidora 
 
2. Fasciculo rubro espinhal: origina-se no núcleo vermelho e as suas fibras cruzam-se ao nível da decussação 
ventral para constituir o fasciculo e o cordão lateral medular. Esta via assegura nos animais a coordenação 
motora a transmitir à medula impulsos elaborados no cerebelo, córtex cerebral e núcleos cinzentos da base 
do encéfalo. 
 
3. Fasciculo tecto-espinhal: procedem do tecto do mesencéfalo e levam impulsos relacionados com reflexos 
motores visuais e auditivos até ao corno ventral medular. Estão integrados nas fibras tecto-espinhais 
laterais e porção tecto-espinhal do fasciculo longitudinal medial. 
 
4. Fascículos vestíbulo-espinhais: originam-se nos núcleos vestibulares da ponte e integram-se no cordão 
medular ventral. A porção vestíbulo-espinhal do fasciculo longitudinal medial origina-se nos núcleos 
vestibulares medial e caudal e as suas fibras são cruzadas. Este fasciculo relaciona-se com funções de 
manutenção de equilíbrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 9 – TRONCO DO ENCEFALO 
 
Encéfalo 
 Porção do SNC alojado na cavidade cranial 
 Continua-se caudalmente através do orifício magno com a medula espinhal 
 Está rodeado pelas meninges encefálicas 
 Subdivisão anatómica: 
o Mielencéfalo: continuação directa da medula espinhal, é sinonimo de medula oblonga 
o Metencéfalo: constituído pela ponte ventralmente e pelo cerebelo dorsalmente 
o Mesencéfalo: porção media, constituído pelos pedúnculos cerebrais e tecto do mesencéfalo 
o Diencéfalo: tálamo, hipotálamo, subtálamo, metatálamo e epitálamo. 
o Telencéfalo: é a parte mais desenvolvida, constituindo os hemisférios cerebrais, inclui o neopálio, 
rinencéfalo e o corpo estriado. 
 De um ponto de vista mais descritivo, pode subdividir-se em: 
o Tronco do encéfalo: Medula Oblonga, ponte, tecto, pedúnculos cerebrais 
o Cerebelo: porção dorsal do metencéfalo 
o Cérebro: diencéfalo e telencéfalo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 10 - TRONCO DO ENCÉFALO 
 
Organização morfofuncional 
 
A. Aparelho intrinseco do tronco do encefalo (substância cinzenta) 
1. Nucleos de origem dos nervos cranianos 
2. Nucleos proprios do tronco do encefalo 
3. Estruturas intersegmetárias e plurisegmentarias 
4. Colunas de associação 
 
B. Aparelho de conduçao do tronco do encefalo (substância branca) 
1. Vias ascendentes (lemniscos) 
2. Vias descendentes 
 
 
A. Aparelho intrinseco do tronco do encefalo (substância cinzenta) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem dos pares cranianos: 
 Os pares cranianos têm as partes dos 5 sentidos; 
 Temos colunas com diferentes tipos de fibras 
 
Pares cranianos: 
 O primeiro par craniano pode ser originado por vários núcleos (pode ter uma raiz motora (mais medial) e uma raiz 
sensitiva (mais lateral) 
 Nervos mistos: as fibras podem ser somáticas, viscerais,..) 
 
 
O tronco do encéfalo: 
 Controla o tónus vascular e consequentemente a pressão arterial 
 Regulação do sono e da vigília 
 Controlo da respiração (não em todos os animais) 
 
Estruturas intersegmentarias e plurisegmentarias 
1. Formaçao reticular 
a) Nucleos reticulares 
b) Nucleo rubro 
c) Substancia negra 
2. Nucleos tectais e centros reflexos do tecto do mesencéfalo 
Animais e humanos: a respiração é consciente; nos 
golfinhos é preciso eles estarem conscientes e por 
isso eles alteram o funcionamento do encéfalo. 
 
3. Fasciculos de associaçao intersegmentarios 
a) Fasciculo longitudinal medial 
b) Fasciculo longitudinal dorsal 
c) Tracto central do tegmento 
 
Encarregam-se de assegurar a actividade de fundo da totalidade do SNC. Entre as funçoes motoras da formaçao reticular 
cabe contar o controlo indirecto que exerce sobre a musculatura axial e proximal pelas fibras reticulo-espinhais. 
Da mesma natureza é a funçao do nucleo rubro, encarregado de estabelecer uma relaçao directa entre o cerebelo e a 
medula espinhal. A substancia negra, capaz de exercer um certo controlo sobre o sistema motor pelas suas projecçoes até ao 
nucleo estriado e tálamo. 
Ao lado da formaçao reticular existem outros centros de actividade suprasegmentária, verdadeiros cerebros elementares e 
como tal muito desenvolvidos nos vertebrados inferiores. Trata-se dos coliculos do mesencéfalo, que nos mamiferos se 
encarregam da realizaçao de reflexos superioes (visuais e auditivos) 
Igual à medula, existem tambem fasciculos de associação intersegmentários que comunicam com os nucleos. 
 
 
1. Formação Reticular: 
 Sistema continuo de neuronios que representa a expansão rostral da rede de interneurónios. 
 Extende-se desde o diencéfalo até à medula Espinhal. Encontra-se ocupando a maior parte do espaço que fica entre 
os nucleos dos nervos craniais e as vias ascendentes e descendentes que passam pelo tonco do encéfalo 
 
a) Nucleos reticulares: 
 Nucleos Medianos: situam-se na linha média ao longo do tronco do encéfalo e recebem aferencias através do 
fascículo espinotalamico, das vias de sensibilidade consciente (exteroceptiva, proprioceptiva e intraceptiva), 
projectando-se até ao talamo e hipotálamo. O tálamo é o responsavel da activaçao do cortex cerebral, pelo que 
este sistema reticular axctivador tem a capacidade de orientar os estimulos, deixando passar ate ao tálamo 
aqueles estimulos conscientes e repelindo outros que não o sejam. (distingues os que passam dos que não 
passam) -> importância na escolha dos farmacos que devem actuar sobre os nucleos medianos para os animais 
não sentirem dor. 
 
 Nucleos Centrais: encontram-se laterlamente aos anteriores, tambem ao largo de todo o tronco do encefalo. 
Regulam os centros motores subjacentes mediante impulsos que chegam aos cornos motores da medula 
espinhal através do fasciculo reticulo-espinhal lateral (efeito facilitador) e à porçao reticulo-espinhal do 
fasciculo longitudinal medial (efeito inibidor) 
 
 b) Nucleo Rubro: 
 Tanto o nucleo rubro como a substancia negra são formaçoes incluidas dentro da formaçao reticular que se 
localizam no mesencefalo. O nucleo rubro tem uma secçao circular que se extende ao longo do mesencéfalo. 
 A sua rica vascularização confere-lhe uma cor rosada. 
 Relaciona-se com o nucleo central e as fibras do nervo oculomotor, que atravessa, o seu caminho até ao sulco 
mdial dos pedúnculos cerebrais. Este nucleo participa na mobilidade corporal, reflexos vestibulares e reaçoes 
corporais. 
 
 c) Substancia Negra 
 Junto com o corpo estriado e o nucleo subtalamico constituem um conjunto funcional que participa no controlo 
de movimentos, mas a diferença do que ocorre com outros sistemas motores não se relaciona directamente 
com a medula espinhal, mas sim que exercem as suas funçoes mediante conexoes com o cortex cerebral. 
 Situa-se na porçao mais ventral do tegmento mesencefálico, relacionando-se directamente a face dorsal dos 
pedúnculos cerebrais. 
 E designada negra pois em primatas existe acumulação de melanina 
 
 
2. Nucleos tectais e centros reflexos do tecto do mesencéfalo 
 Numa secçao atraves do mesencefalo encontramos o aqueduto do mesencefalo rodeado por uma substancia 
cinzenta central e as duas porçoes do mesencefalo: o pedunculo cerebral (ventralmente) e o tecto do 
mesencefalo (dorsalmente). O pedunculo encontra-se subdividido no tegmento do mesencefalo e no pilar 
cerebral. 
 O tecto do mesencefalo apresenta uma lâmina do Tecto (ventralmente)e os coliculos rostrais e caudais. 
 Coliculos rostrais: recebem impulsos relacionados com as vias visuais 
 Coliculos caudais: recebem impulsos relacionados com as vias auditivas 
 As fibras nervosas eferentes formam o tracto tecto-espinhal e a porçao tecto espinhal do fasciculo longitudinal 
medial. 
 Portanto estes culiculos actuam como centros reflexos subcorticais para os reflexos visuais e acústicos 
 
 
3. Fasciculos de associaçao intersegmentarios 
Trata-se de cias longitudinais próprias que apenas rebaixam os limites do tronco do encéfalo, conectando entre si núcleos 
distintos. 
 a) Fasciculo longitudinal medial: fibras ascendentes e descendentes do que transmitem impulsos de distinta 
natureza aos núcleos dos nervos craniais oculomotores e à medula espinhal, onde se continua com o fasciculo longitudinal 
medial da medula. 
 b) Fasciculo longitudinal dorsal: nasce ao níveo do hipotálamo e desce até aos núcleos viscerais dos nervos e vago, 
intervindo no controlo vegetativo dos troncos do encéfalo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B. Aparelho de conduçao do tronco do encefalo (substância branca) 
 
 Atraves do tronco do encefalo passam todas as vias encefalo espinhais e espinhoencefalicas, para alem daquelas 
que têm a sua origem ou terminação nos nucleos dos nervos craniais. 
 
1. Vias ascendentes (LEMNISCOS) 
 Lemnisco medial: constituidos por grandes grupos de fibras que se originam nos nucleos delgado e cuneiforme 
(conduz a sensibilidade táctil epicritica e proprioceptiva consciente, posteriormente decussam-se (decussação dos 
lemniscos) e ascendem pela ponte ate alcançarem o talamo. Quando passam pelo tronco do encefalo e incorporam 
neuronio dos nucleos sensitivos e dos nervos craniais VII, IX e X (sensibilidade gustativa e do V par cranial 
 Lemnisco lateral: conduz sensibilidade auditiva e é acompanhado por fibras do tracto espinotalâmico 
 
2. Vias Descendentes 
 Trata-se do fasciculo corticoespinhal. As fibras corticonucleares (para os nucleos dos nervos craniais), fibras 
corticorrecitulares e fibras corticoespinhais, e o fasciculo corticopontino situado mais lateralmente ao 
corticoespinhal que termina na ponte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SN PERIFÉRICO 
 
 Nervos dos pares cranianos: 
 
 Espinhais: saida na ME 
 Cranianos: saida no Encéfalo 
(a diferença é o local de saida) 
 
 Motores -> fibras eferentes – relacionam-se com os musculos de origem somática (III, IV, VI, XI, XII) 
 
 Sensitivos -> fibras aferentes - relacionam-se com os órgãos dos sentidos, pelo que são sensitivos/aferentes (I, II, 
VIII) 
 
 Vegetativos (SNAutónomo) – as fibras nervosas autonomas tambem se incorporam nos nervos craniais para 
alcançar os seus destinos, fundamentalmentes as de componente parassimpática dos nervos III, VII, IX, X e tambem 
algumas de componente simpática, o V 
 
 Mistos -> combinaçao de fibras motoras, sensitivas e vegetativas – relacionam-se com estruturas derivadas dos 
arcos viscerais. Conservão elementos motores e conexoes com derivados dos arcos viscerais (V, VII, IX, X) 
 
Ganglio: 
 Acumulos de corpos neuronais, no SNP, envoltos por tecido conjuntivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVOS CRANIANOS 
 
 Os nervos craniais originam-se e finalizam-se no encéfalo. 
 Inervam estruturas da cabeça, pescoço e órgão da cavidade torácica e abdominal 
 Num exame neurológico é muito importante avaliar o estado dos nervos craniais uma vez que não encontre 
nenhum défice é possível descartar uma lesão a nível do encéfalo 
 
I – NERVOS OLFACTÓRIOS 
 As fibras originam-se na cavidade nasal e são fibras amielínicas que entram na cavidade cranial através da 
lâmina crivosa do osso etmóide para se unir à face ventral do bulbo olfactório (que é a sua origem 
aparente) e vai conectar com as vias olfactórias. 
 No órgão vomeronasal encontramos o nervo vomeronasal que termina no bulbo olfactório; o nervo 
terminal e o gânglio terminal (só em Carnívoros), que terminam no pedúnculo olfactório. 
 Lesão a nível encefálico: a maneira de detectar é procurar os pares cranianos afectados e prever o tipo de 
lesão 
 Tronco do encéfalo: o animal fica em coma; pode ser mais cranial ou mais cauda dependendo dos pares 
cranianos afectados 
 Teste: aproximar um frasco com um cheiro que provoque o animal afastar-se (álcool) ou que estimule a sua 
atenção (carne). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II – NERVO ÓPTICO 
 SEA: somático especial aferente 
 Transporte de fibras ópticas desde a retina até ao quiasma óptico (origem aparente) atravessando o canal 
óptico do pré-esfenoide. 
 No seu trajecto descreve uma dupla inflexão que lhe permite adaptar-se aos movimentos do globo ocular. 
 Continua-se com as vias ópticas 
 Testamos o par craniano aferente e eferente 
 Exame neurológico Resposta à Ameaça: deve realizar-se aproximando a mão pelo campo visual lateral para 
estimular a retina nasal ou medial. Deve ter-se especial cuidado para não criar uma corrente de ar que 
estimule as terminações livres do nervo oftálmico a nível da córnea, nem tocar nas pestanas, pois assim 
estaríamos a testar o reflexo corneal e palpebral (nervo facial que faz fechar a pálpebra) 
 Exame neurológico Reacção Posição Visual: aguentamos o animal de maneira que fique com as patas 
pendentes e aproximamos lentamente de uma mesa em que ele tenderá a posar os membros. Avaliamos a 
sua coordenação visual e proprioceptiva. Pode ser feito também levantando a cabeça do animal para que 
não veja a mesa. 
 Resposta de Fixação Ocular: tem como objectivo o animal seguir um objecto em movimento e sem que 
este se dê conta deixar cair à frente e ao lado da cabeça. Terá que seguir a sua trajectória com os olhos e 
com a cabeça. Esta resposta envolve os vernos II, III, IV, VI, XI. 
 Reflexo Pupilar: ainda que este reflexo avalie também outros componentes e o III nervo cranial, é 
imprescindível que o olho e as fibras que formam o nervo óptico se encontrem intactas para que se possa 
desencadear. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III – NERVO OCULOMOTOR 
 Tem dois componentes: um somático geral eferente e um visceral geral eferente 
 As fibras do componente geral eferente inervam os músculos do globo ocular recto dorsal, recto ventral, 
recto medial, oblíquo ventral e o músculo elevador da pálpebra superior. 
 As fibras do componente visceral geral eferente enervam o músculo ciliar e o constritor da pupila 
 O músculo constritor da pupila depende dos sistemas, simpático (dilatação – midríase) e parassimpático 
(contracção – miose) 
 Lesões do componente somático dão lugar a estrabismo ventrolateral (ms rectos) e queda da pálpebra. 
 Teste da lanterna: reflexo pupilar directo e concensual. Iluminamos directamente o olho, o nervo óptico 
recolhe a luz e provoca a contracção da pupila através da raiz oculomotora. Se estiver dilatado, as duas 
raízes oculomotoras estão afectadas (pode ser uni/bi lateral) 
 Se virmos um animal com diferentes tamanhos na pupila -> lesão na componente parassimpática e 
simpática -> anisocoria. 
 
IV – NERVO TROCLEAR 
 Inerva o musculo obliquo dorsal do globo ocular 
 Responsável pela rotação do olho 
 Lesões a nível deste nervo dão lugar a uma rotação externa 
do olho (difícil de avaliar no cão pois tem a pupila redonda). 
 Como as suas fibras se decussam (cruzam) as manifestações clinicas de 
paralisia do nervo num olho indicam uma lesão a nível do nervo periférico ou a nível 
 do tronco do encéfalo do lado oposto do desvio ocular. 
 Quando é só de um lado -> epsilateral. 
 
 
 
V – NERVO TRIGÉMIO 
 Tem 3 troncos: Oftálmico, Maxilar, Mandibular 
 Tem 2 raízes: uma motora (menor) – visceralespecial eferente - e uma sensitiva (maior) – componente 
visceral especial aferente 
 Oftálmico: atravessa a incisura orbitária, recolhe sensibilidade da pálpebra, globo ocular, conjuntiva, 
mucosa nasal e pele do nariz. Emite um ramo meníngeo recorrente e divide-se em: 
o N. Frontal: dirige-se rostralmente e divide-se em nervo do seio frontal, supra-orbitário e 
supratroclear 
o N. Lacrimal: glândula lacrimal 
o N. Nasociliar: zona caudal do globo ocular, cavidade nasal. N. intratroclear percorre a face medial 
da orbita e emite ramos palpebrais. 
o Lesão: reflexo corneal e nictitante 
 Maxilar: atravessa o orifício redondo (orbito-redondo) e é sensitivo da pálpebra inferior, mucosa nasal, 
dentes e lábios superiores. Dirige-se cranialmente até à fossa pterigopalatina e aí dá lugar aos seguintes 
nervos: 
o N. zigomático: surge antes de atravessar o orifício redondo e emerge quase sempre pelo canal alar 
dirigindo-se até à periórbita. Emite um ramo zigomático-temporal, que emite um ramo 
comunicante com nervo lacrimal, dirigindo-se até à pele da região temporal, e um ramo 
zigomático-facial que se distribui na pele da região zigomática e pálpebra inferior. 
o N. pterigopalatino: surge do maxilar na fossa pterigopalatina e conforma o gânglio 
pterigopalatino (parassimpático) que emite ramos orbitários que chegam à glândula lacrimal para 
inerva-la. Em nervo do canal pterigóideo que recebe fibras do nervo facial através do nervo 
petroso. Os 3 ramos do nervo pterigopalatino mais importantes são: nervo palatino menor que 
alcança o palato mole, o palatino maior que atravessa o canal palatino e inerva o palato duro, 
emitindo uns ramos nasais e o nervo nasal caudal que entra na cavidade nasal pelo orifício 
esfenopalatino 
o N. infraorbitário: é a continuação do nervo maxilar que atravessa o canal infraorbitário e emite 
ramos alveolares médios e rostrais que formam um plexo dental para invervar os dentes 
superiores. Uma vez que emerge pelo canal infraorbitário, divide-se em ramos nasais externos 
 Mastigador: emite o ramo Massetérico e os nervos temporais profundos 
 Pterigóideo lateral e medial: inervam o pterigóideo lateral e medial 
 Tensos do tímpano: atravessa o canal musculotubárico e alcança o ouvido médio. 
 Tensor do véu do palato: motor do véu do palato 
 Bucal: chegam às glândulas bucais e zigomáticas 
 Auricolotemporal: rodeia o colo da mandibula e emite o nervo do meato acústico externo , o ramo da 
membrana timpânica, ramos parotídeo que inervam a parótida. Emite os nervos auriculares rostrais 
(pele da orelha),o ramo transverso da face (pele do arco zigomático) e estabelece ramos comunicantes 
com o nervo facial 
 
para a região nasal e internos para o vestíbulo-nasal e uns ramos labiais superiores para o lábio 
superior 
o Teste: Reflexo Palpebral toca-se no angulo medial do olho para ver se este fecha a pálpebra 
(reflexo sensitivo); Sensibilidade das fossas nasais: pomos uma pinça nas fossas nasais e se o 
animal puxar a cabeça para trás já são nervos espinhais 
 Mandibular: é o mais grosso e tem uma componente motora e uma sensitiva. É o motor dos músculos 
mastigadores e sensitivo das regiões bucal, língua, lábios inferiores, pele da cabeça e parte da mucosa do 
meato acústico externo. Atravessa o orifício oval e emite os seguintes ramos motores e sensitivos: 
o Motores: 
 
 
 
 
 
o Sensitivos: 
 
 
 
 
 
o Lesão: diminuição do tónus muscular, atrofia do massater, temporal, digástrico, pterigóideo medial e lateral e do 
milohioideo. Se a lesão é bilateral o animal possui a mandibula caída ficando com a boca aberta. Não se deve 
confundir com uma lesão do masséter (miosite). 
o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VI – NERVO ABDUCENTE 
 Inerva os músculos retractor do globo ocular e o recto lateral. 
 Lesões a nível deste nevo causam um estrabismo medial (ms recto lateral) 
e ausência de reflexo nictitante; não ocorre decussação 
 Teste: tocar na córnea para ver se esta retrai. 
 
VII – NERVO FACIAL 
 Tem uma componente visceral eferente e uma aferente 
 O componente especial eferente enerva os músculos faciais, digástrico, occipitohioideo e estilohioideo 
 O componente geral eferente enerva as glândulas nasais, lacrimais, palatinas, sublingual e mandibulares. 
 O componente aferente recolhe sensibilidade geral e especial (gosto) da mucosa nasal, palatina e da língua 
 Lesão: deixa de produzir lágrima e menos saliva; paralisia de um dos lados/do lado afectado – orelha e 
pálpebra caída (Petose) 
 Teste: resposta à ameaça; reflexo palpebral; reflexo corneal; 
 
 O nervo facial tem 2 componentes: uma facial e uma intermédia que forma o gânglio geniculado e emite o 
nervo petroso maior. 
 Da componente facial são emitidos os: nervo estapédio (ms estribo), nervo da corda do tímpano: une-se 
ao nervo lingual (ramo do trigémio) e depois de atravessar o estilomastoideo emite o ramo digástrico (para 
a porção caudal do ms) e o auriculopalpebral que emite os auriculares rostrais e zigomático para a 
pálpebra e emite um plexo parotídeo 
 Cão: o auriculopalpebral emite também ramos bucais e o ramo marginal da mandíbula (origina-se nos 
ramos bucolabiais) 
 Equino: emite bucal ventral e dorsal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIII – NERVO VESTÍBULO-COCLEAR 
 Composto por fibras aferentes, transmite sensações de equilíbrio pela sua raiz 
vestibular e audição peça raiz coclear 
 Vestibular: nervo vestibular, gânglio vestibular, nervo sacular, nervo utricular, 
nervos ampulares 
 Coclear: nervo coclear, gânglio espiral 
 Síndrome vestibular: cabeça inclinada pode indicar a lesão de um nervo 
 
 
 
 
IX – NERVO GLOSSOFARÍNGEO 
 O nervo timpânico entra na cavidade timpânica e juntamente com ramos carótidos formam o plexo timpânico do 
qual um nervo se dirige para o gânglio óptico. 
 O tronco principal adere-se aos nervos, vago e acessório emitindo o seio carotídeo com importância na regulação da 
pressão arterial 
 Os ramos faríngeos recolhem sensibilidade da porção caudal da faringe 
 Os ramos linguais recolhem da língua 
 Testes: reflexo faríngeo: pomos o dedo na boca do animal e forçamos a deglutição, observamos a parede da faringe 
para saber se é uni ou bilateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
X – NERVO VAGO 
 Nervo mais comprido de todos, transporta fibras parassimpáticas que inervam as vísceras cervicais, torácicas, 
abdominais e pélvica. 
 É acompanhado pelo tronco simpático ao longo do pescoço 
 O tronco vagossimpático tem contacto com o esófago 
 O nervo laríngeo-recorrente é ramo do vago e acompanha a migração do coração 
 O vago na entrada do tórax continua-se como troncos vagais dorsal e ventral que entram no abdómen onde estes 2 
se ramificam formando um plexo. 
 O ramo auricular é acompanhado pelos ramos faríngeos que se unem aos do glossofaríngeo 
 O nervo laríngeo cranial dirige-se para a laringe dividindo-se em externo (ms cricotiróideo), interno (mucosa 
laríngea). Este ramo faz conexão com o laríngeo recorrente. 
 Ramos cardíacos 
 Nervo laríngeo caudal é emitido no tórax 
 Lesões: Aniplagia laríngea – uma das cavidades laríngeas não está enervada, pode ser uni ou bilateral 
 Teste: reflexo faríngeo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XI – NERVO ACESSÓRIO 
 Raiz espinhal e uma craniana que se unem num tronco que entra no orifício magno 
 Ramo dorsal e ventral 
 Ramo externo: dorsal: trapézio, esplénio, serrado ventral, … ; ventral: esternocefálico, 
 Lesão: músculos reduzem de tamanho, ficam atrofiadosXII – NERVO HIPOGLOSSO 
 Ramos linguais fortes enervam os músculos motores da língua 
 Passa pelo canal do nervo hipoglosso 
 Ramifica-se em parênquima lingual 
 Lesão: paralisia dos músculos ipsolaterais conferindo um desvio da língua 
em relação ao lado normal. O animal está incapaz de fechar a boca.

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