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Material para estudo de Eletrotermofototerapia

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Eletrotermofototerapia 
 
É uma designação genérica, mas que dá a visibilidade dos recursos utilizados de forma 
separada e específica de acordo com seus objetivos. 
 
1 - Eletroterapia: 
 
Toma por base a utilização da eletricidade, parte da física que estuda as manifestações 
elétricas. 
Tales de Mileto, século VII a.C. conhecia a propriedade apresentada pelo âmbar 
amarelo (resina fóssil de cor amarela empregada em joalheria e ornamentação) de atrair 
corpos leves quando atritado por um pano tipo lã. A palavra eletricidade origina-se daí, 
pois, em grego, elektron significa âmbar. 
 
A eletricidade divide-se em duas partes: eletrostática e eletrodinâmica; 
 
Eletrostática: estuda os corpos elétricos em repouso. 
Todos os corpos são formados por um grande número de átomos. No seu núcleo central, 
há prótons e nêutrons; em torno do núcleo circundam os elétrons. 
O próton tem carga positiva, o elétron carga negativa e o nêutron não possui carga 
elétrica. 
 
Íon: 
É o átomo que tenha adquirido carga elétrica pelo ganho ou perda de elétrons. 
Denominam-se cátions os positivos e ânions os negativos 
 
Eletrodinâmica: Estuda os corpos elétricos em movimento. 
Para que os elétrons possam se deslocar de um lado para outro, é necessária uma força 
que os impulsione – força eletromotriz, a qual ocorre quando, em determinado material 
há zonas com falta ou excesso de elétrons (diferença de potencial). 
 
Corrente elétrica: 
Fluxo ordenado de elétrons que se produz quando existe uma diferença de potencial 
entre os extremos de um condutor. 
 
A intensidade da corrente é proporcional à tensão aplicada, ou seja, quanto mais alto 
valor da tensão (diferença de potencial), maior a intensidade da corrente que circula no 
circuito (força eletromotriz). 
 
A intensidade de medida da corrente é o Ampére (A). Na prática fisioterápica utilizam-
se aparelhos com submúltiplos – miliAmpére (mA) e o microAmpére (µA). 
Os metais que permitem fácil movimentação das cargas elétricas através de sua 
estrutura são denominados condutores de eletricidade. 
Borracha e plástico não permitem uma boa movimentação, sendo denominados 
isolantes. 
 
Classificação das correntes elétricas: 
 
 Contínua: quando é unidirecional, ou seja, os elétrons se deslocam em uma única 
direção; 
 Alternada: quando é bidirecional, ou seja, seus elétrons ora se deslocam em uma 
direção, ora em outra. 
 
Resistência: 
Dificuldade oferecida pelo condutor à passagem da corrente elétrica. 
Quando elétrons fluem, através de um condutor, colidem com os átomos existentes no 
material do condutor, transferindo energia para esses átomos, gerando aquecimento do 
condutor. A unidade utilizada para a mensuração dessa energia é o joule (J). 
É uma característica dependente do tempo e é mensurada em Hertz (Hz). Refere-se à 
frequência com que os elétrons passam na corrente ou ao número de pulsos existentes 
durante um segundo. 
 
Divide-se em: 
 Baixa frequência - na faixa de 1Hz a 1000Hz; 
 Média fequência – na faixa de 1000Hz a 100000Hz; 
 Alta frequência – de 100.000Hz em diante. 
 
A frequência interfere no limiar sensitivo, isto é, frequências maiores provocam 
percepções menores, pois apresentam resistências menores da pele à passagem da 
corrente elétrica. 
 
1.1 - Corrente galvânica 
É a forma mais antiga de eletroterapia. 
Definição: corrente contínua de fluxo de elétrons com direção e intensidade constantes e 
com efeitos polares. Também conhecida como corrente contínua e unidirecional. O 
fluxo de corrente se dá do negativo para o positivo. 
 
Efeitos fisiológicos: 
 Produção de calor: efeito joule – o transporte da corrente elétrica através de 
íons produz calor e sua intensidade tem relação direta com a resistência específica do 
meio utilizado; 
 Fenômeno do eletrotônus: alteração da excitabilidade e condutibilidade do tecido 
tratado; 
 Vasodilatação: ação da corrente sobre os nervos vasomotores provoca 
hiperemia ativa. Essa hiperemia atinge estruturas mais profundas por ação reflexa. 
Aumenta a irrigação sanguínea, acarretando maior nutrição tecidual profunda; 
 Aumento do metabolismo: decorrente da vasodilatação e consequente aumento 
da oxigenação e substâncias nutritivas na região tratada; 
 Aumento da ação de defesa: com o aumento da irrigação sanguínea, haverá 
aumento de elementos fagocitários e anticorpos. 
 
Efeitos terapêuticos: Analgesia; Estimulação nervosa; Ação anti-inflamatória; Atuação 
nos transtornos circulatórios. 
Indicações: Processos inflamatórios; Processos álgicos; Lesões de nervos periféricos; 
Transtornos circulatórios; Estimulação da irrigação sanguínea; 
 
Contra indicações: Presença de “vertigens” durante o tratamento; Presença de 
irritabilidade cutânea; Utilização de marca-passo cardíaco; Implantações metálicas no 
campo de aplicação. 
 
Aplicações clínicas genéricas: 
 
Artrites; Artralgia; Mialgia; Neurite; Ciatalgia; Lombalgia; Distensão muscular; 
Contusão muscular; Fibroses musculares; Paralisia facial; Tendinite; Bursite; 
Escoliose. 
 
Iontoforese: penetração de substância terapêutica através de pele íntegra por intermédio 
da corrente galvânica. Além do efeito da corrente elétrica ocorre também o efeito da 
substância utilizada. Conhecida também como ionização. 
Indicações: Principalmente em afecções nas quais as atuações da eletricidade e do 
fármaco se fazem necessários em conjunto. 
 
Afecções cutâneas superficiais; Lesões de nervos periféricos; Fraturas e contraturas; 
Artropatias reumatológicas e traumatológicas; Cicatrizes com tendência à quelóide; 
Coadjuvante no tratamento da celulite e obesidade. 
 
Aplicabilidade em estética: Celulite; Gordura localizada; Rugas, acne; Limpeza 
profunda; Nutrição; Flacidez superficial. 
 
Contra-indicações: Ocorrência de cefaleia, Vertigens; Irritações de pele; Perda de 
sensibilidade. 
 
1.2 - Eletroestimulação funcional (functional eletrical stimulation –FES) 
 
Na prática clínica é denominada comumente FES. 
 
O objetivo da FES é promover contração em músculos privados de controle nervoso, 
resultando em movimento funcional. 
 As contrações evocadas são obtidas a partir de vários pulsos elétricos de pequena 
duração aplicados com frequência controlada. Esses trens de pulso obtêm contrações em 
condições mais fisiológicas sem riscos de queimaduras e o desconforto produzido pela 
exposição mais longa é eletricidade. 
 
Bases da excitabilidade: a técnica tem como base a produção de contração através de 
estimulação elétrica, a qual despolariza o nervo motor, gerando uma resposta sincrônica 
em todas as unidades motoras do músculo. Esse mecanismo promove uma contração 
eficiente, mas é necessário o treinamento específico a fim de ser evitada a fadiga 
precoce, a qual impediria a utilização funcional do método, ou seja, é necessária a 
participação efetiva da cinesioterapia. 
 
Bases funcionais: 
 
 Inibição funcional – os reflexos flexores e extensores não podem ser evocados 
simultaneamente; 
 Estimulação aferente – estimulação dos nervos sensitivos; 
 Estimulação eferente – estimulação dos nervos motores. 
 
Objetivos: Diminuição da espasticidade; Auxílio à reorganização da atividade motora; 
Aceleração da recuperação do controle voluntário; Fortalecimento muscular. 
 
Situações que dificultam a aplicabilidade da técnica: síndromes hipertônicas graves, 
irritabilidade da pele, obesidade, úlceras de decúbito. 
 
 
1.3 - Corrente Russa 
 
Pode ser definida como uma corrente alternada de média frequência, a qual pode ser 
modulada por “rajadas”e é utilizada com fins excitomotores. Permite aplicação de alta 
amperagem (100 mA). 
 
Indicações: 
 Estimulação e/ou fortalecimento em condições patológicas como: contração 
voluntária inibida por lesão; 
 Ação muscular não ocorre sob controle voluntário sem prática (assoalho pélvico na 
incontinência urinária, pé plano, etc.); 
 Aprendizado de nova função muscular (transposição de músculo ou nervo); 
 Estabilização de articulações; 
 Incontinência; 
 Pós-operatório (meniscectomia, fraturas, ruturas ligamentares); 
 Aumento e/ou manutenção da força muscular; 
 Fortalecimento no esporte de alto nível; 
 Estética – evitar flacidez em abdômen, glúteos e membros inferiores; 
 Tonificação e fortalecimento muscular no pós-parto, pós-emagrecimento. 
 
Contra-indicações: 
 Lesões musculares, tendinosas e ligamentares (absolutas); 
 Inflamações articulares em fase aguda; 
 Fraturas não consolidadas; Espasticidade; 
 Miopatias que impeçam a contração muscular fisiológica. 
 
 
1.4 - Neurostimulação sensorial transcutânea (TENS) 
 
É uma técnica de neuroestimulação sensorial superficial, não invasiva e não lesiva, 
utilizando eletrodos transcutâneos, visando ao tratamento da dor. 
Apesar de poder provocar contrações musculares, seu objetivo principal é o controle da 
dor. 
 
Mecanismos de ação do TENS: 
 
Teoria das comportas – a teoria da porta da dor preconiza que a entrada de impulsos 
dolorosos no sistema nervoso central (SNC) seria regulada por neurônios e circuitos 
nervosos existentes nas colunas posteriores da medula espinhal, funcionando como um 
portão, permitindo ou não a entrada desses impulsos. A teoria estabelece que, pela 
medula, entram informações pelas fibras de grosso calibre (tato e pressão) e pelas fibras 
de fino calibre (sensação de dor); 
 
Peptídeos opioides endógenos – diversas áreas cerebrais possuem receptores opiáceos, 
especialmente as do sistema de analgesia. Das substâncias opiáceas encontradas as mais 
importantes são: a beta-endorfina, a dinorfina, a metencefalina e a leucenfalina. Esse 
sistema é capaz de bloquear os sinais dolorosos em seus pontos de entrada na medula 
espinhal. 
 
Pesquisas mostram, ao longo dos últimos anos, um aumento dos peptídeos opioides 
(encefalina e endorfina) no líquor céfalo-raquidiano diante de uma estimulação nervosa 
transcutânea de baixa frequência. 
 
Indicações: Dor aguda; Dor crônica. 
 
Contra-indicações: Poucos problemas são relatados pela literatura. Os principais 
cuidados são em relação à área cardíaca e ao uso de marca-passo. Dores não 
diagnosticadas ou de origem desconhecida não indicam o TENS. 
 
Precauções: Gravidez; Aplicações sobre os olhos e boca. 
 
2 - Termoterapia 
Modalidade terapêutica na qual são utilizados agentes térmicos como princípio de 
tratamento. 
Calor: é a energia em trânsito, ou seja, é a energia que se transfere de um corpo para 
outro, quando entre eles existir diferença de temperatura. 
Temperatura: é o grau de agitação térmica de um corpo. Isso fornece o quanto de 
energia o corpo possui. 
Fisiologicamente, o fator essencial para a produção de calor é a presença de uma 
combustão metabólica através da oxigenação celular, estreitamente relacionada com a 
circulação sanguínea como portador do fator oxigênio e, consequentemente, com a 
atividade cardíaca como motor dessa circulação; assim como a atividade muscular, 
intensifica o processo de produção de calor. 
Para que o aquecimento terapêutico seja eficaz, o nível de temperatura deve ser de 40 a 
45ºC (o excesso pode causar lesões teciduais; temperaturas menores podem não atingir 
o efeito terapêutico desejado). 
 
Absorção da energia calórica: toda ação térmica depende da capacidade de absorção do 
material utilizado – organismo humano – o hipotálamo monitora a carga térmica 
ambiente ou a deficiência no equilíbrio térmico do corpo e inicia respostas fisiológicas 
apropriadas ao calor (vasodilatação, resfriamento, sudorese) e ao frio (vasoconstrição, 
evitando que a baixa temperatura seja conduzida até o interior do corpo, podendo 
resfriar o sistema visceral) que impedem qualquer desvio da temperatura central. 
A gordura age como isolante contra o calor, pois tem baixa condutibilidade térmica, ou 
seja, é provável que tecidos sob o gorduroso sejam pouco afetados por agentes de 
aquecimento superficial. 
 
Modalidades termoterápicas: 
 Condução: é um método de transferência de calor em que o movimento cinético 
de átomos e moléculas de um objeto é passado para outro. 
 Na prática terapêutica se dá pelo contato direto da pele com agentes termoterápicos de 
consistência física mais sólida ou pastosa. É uma aplicação superficial que se limita à 
região cutânea, alcançando uma profundidade de 1cm aproximadamente, não alterando 
os tecidos mais profundos, exceto por reações reflexas; 
 
 Convecção: é o movimento de moléculas móveis no meio de um fluido, ou seja, 
em líquido ou formação gasosa (turbilhão, forno de Bier, sauna); 
 
 Conversão: trata-se da conversão de fótons, energia elétrica ou sônica em calor. 
Tem por base o efeito Joule, o qual utiliza a resistência dos tecidos quando da passagem 
da corrente elétrica para a produção de calor (ondas curtas, micro-ondas, ultrassom). 
É uma terapêutica de calor profundo; 
 
 Seleção da modalidade terapêutica: deve se selecionar a modalidade que produzirá 
a maior temperatura no local da lesão, sem exceder os limites de tolerância dos tecidos 
superiores ou inferiores. 
Devem ser levados em conta os seguintes pontos: 
- Doença crônica ou aguda; Lesão superficial ou profunda; 
- Intensidade do agente. 
Efeitos fisiológicos genéricos da termoterapia: 
Produção de calor; vasodilatação; aumento do fluxo sanguíneo; aumento do 
metabolismo; aumento da viscoelasticidade dos tecidos; diminuição de atividade do 
fuso muscular; diminuição da excitabilidade dos nervos; facilitação da atividade 
muscular; aumento da temperatura corpórea; diminuição da pressão sanguínea; aumento 
de atividade das glândulas sudoríparas; aumento do consumo de oxigênio; aumento da 
atividade enzimática; diminuição da viscosidade intra-articular; aumento da 
permeabilidade celular; aumento da fagocitose; aumento da eliminação de metabólitos; 
aumento do débito cardíaco; 
 
Efeitos terapêuticos genéricos da termoterapia: 
Diminuição da rigidez articular; alívio da dor; diminuição do espasmo muscular; ação 
anti-inflamatória; relaxamento muscular; aumento da imunidade. 
 
Classificação: 
 Termoterapia superficial: ação do agente terapêutico de pouca profundidade; 
 Termoterapia profunda: ação do agente terapêutico de grande profundidade. 
 
2.1 - Compressas quentes, bolsa térmica: 
Antigos, simples, econômicos e eficazes. Transmissão do calor por condução direta 
(ação superficial). 
 Os principais efeitos terapêuticos são: sedação, relaxamento, ação anti-inflamatória. 
 
Indicações: Mialgias; Entorses; Torcicolos; Cãibras; Furunculoses; Traumatismos; 
Espondiloalgias; Artralgias. 
 
Contra-indicações: Edemas; Soluções de continuidade; Distúrbios de sensibilidade; 
Dermatites; Processos hemorrágicos. 
 
2.2 - Banho de parafina: 
É uma forma de calor em que se usa a parafina derretida misturada com óleo mineral a 
uma temperatura em torno de 52 a 54ºC com finalidade terapêutica (termoterapia por 
condução – superficial). 
 
Indicações: Artrites; Artralgia; Trauma; Tendinite; Cicatrizes queloides; Entorse; 
Fibrose pós-imobilização; Pré-cinesioterapia; Fraturas, etc. 
 
Contra-indicações: Área com alteração da sensibilidade; Afecçõesem fase aguda; 
Doenças dermatológicas; Lesões de pele; Edemas; Áreas isquêmicas, etc. 
 
2.3 - Forno de Bier 
Forma de calor por convecção, ou seja, de penetração superficial. Utilizado em dois 
tamanhos (MMII e MMSS). 
A maior parte da literatura preconiza que, para que as reações circulatórias e 
bioquímicas possam ocorrer em torno de 30 minutos, a temperatura deve ser de 50 a 
60ºC. 
 
Indicações: Contraturas musculares; Dorso-lombalgia; Distensões musculares; Entorse; 
Segmentos com implante metálico; Pré-cinesioterapia ou pré-massoterapia. 
 
Contra-indicações: Alteração de sensibilidade; Edemas; Processo infeccioso superficial; 
Estados febris; Pele desidratada; Traumatismo agudo. 
 
2.4 - Ultrassom: 
São ondas sonoras (vibrações mecânicas) não percebidas pelo ouvido humano, cujas 
faixas terapêuticas encontram-se na faixa de 1MHz e 3MHz. Essas ondas são 
produzidas a partir da transformação da corrente comercial em corrente de alta 
frequência que, ao incidir sobre um cristal (quartzo) faz com que o mesmo se comprima 
e se dilate alternadamente, emitindo ondas ultrassônicas na mesma frequência da 
corrente recebida (acima de 20.000Hz). 
Som: toda onda mecânica perceptível a ouvido humano. 
Onda: toda perturbação que se propaga no espaço, afastando-se do ponto de origem. 
Propaga energia e não matéria. 
A frequência utilizada com fins terapêuticos varia de 0,7 a 3Hz. 
 
Biofísica: 
Propagação: as ondas sonoras necessitam de um meio para se propagarem (líquido, 
gases e sólidos). Não se propagam no vácuo. A propagação da energia ultrassônica nos 
tecidos depende principalmente de dois fatores: características de absorção do meio 
biológico e reflexão da energia ultrassônica nas interfaces teciduais; 
 
Ondas de compressão/tração: é o modo como se propagam as ondas ultrassônicas; 
 
Impedância acústica: resistência oferecida pelos tecidos à passagem das ondas 
ultrassonoras. Cada tecido tem uma impedância acústica diferente; 
 
Reflexão: dá-se quando uma onda emitida volta ao meio de origem, conservando sua 
frequência e velocidade. A reflexão em uma superfície ocorre quando a impedância 
acústica dos meios for diferente. Se os dois meios possuírem a mesma impedância 
acústica, isso não ocorrerá; 
 
Refração: dá-se quando uma onda emitida passa para outro meio, sofrendo mudança na 
sua velocidade, mas conservando sua frequência. 
 
Absorção: é a capacidade de retenção da energia acústica do meio exposto às ondas 
ultrassônicas onde são absorvidas pelo tecido e transformadas em calor. As proteínas 
são as que mais absorvem a energia ultrassônica. Em função disso, tecidos ricos em 
colágeno absorvem grande parte da energia do feixe ultrassônico que os atravessa. 
 
Quanto maior a frequência do ultrassom, menor o comprimento de onda, maior será a 
absorção; 
Efeito piezoelétrico: o ultrassom é gerado por um transdutor. O transdutor é um 
dispositivo que transforma uma forma de energia em outra. O transdutor mais 
comumente utilizado no ultrassom transforma energia elétrica em energia mecânica. 
Isso é conhecido como efeito piezoelétrico; 
 
O ultrassom terapêutico normalmente é constituído com frequência de 1 e/ou 3MHz: 
 
 1Mhz – lesões profundas; 
 3Mhz – lesões superficiais. 
 
No tocante à profundidade: 
 
 1Mhz: penetração de 2,5cm a 5cm; 
 3Mhz: menos de 2,5cm. 
 
Efeitos fisiológicos: 
 Mecânico: micromassagem celular (modo contínuo e pulsado); 
 Aumento da permeabilidade da membrana: alteração do potencial da membrana e 
aceleração dos processos osmóticos com consequente aumento do metabolismo; 
 Efeito térmico: baseado no efeito Joule. É causado pela absorção das ondas 
ultrassonoras à medida que penetram nas estruturas tratadas. 
 
Vasodilatação: considerado como um fator protetor destinado a manter a temperatura 
corporal dentro dos limites fisiológicos; 
 
Aumento do fluxo sanguíneo: ocorre em virtude da vasodilatação, podendo acontecer 
também através da estimulação reflexa segmentar com ação na região paravertebral. Há 
autores que afirmam que o fluxo sanguíneo continua elevado por 45 a 60 min após a 
aplicação do US; 
 
Aumento do metabolismo: a lei de Van’t Hoff relaciona o aumento de temperatura com 
a taxa metabólica (aumento de 1ºC na temperatura corpórea provoca aumento de 10% 
da taxa metabólica); 
 
Ação tixotrópica: propriedade do ultrasssom de “amolecer” estruturas com maior 
consistência física; 
 
Ação reflexa: liberação de substâncias ativas farmacológicas, principalmente a 
histamina; 
Efeitos terapêuticos: antiinflamatório; analgésico; fibrinolítico; regeneração tissular; 
relaxamento muscular; regeneração óssea; 
 
Indicações: Fraturas; Lombalgias; Lombociatalgias; Cervicobraquialgias; Epicondilites; 
Tendinites; Bursites; Fascites; Artrites; Capsulites; Neuropatias; Dor fantasma (pós-
amputação); Processos fibróticos e calcificados; Distensão muscular; Entorse; Hérnia 
discal; Transtornos circulatórios; Tecidos em cicatrização; Celulite; Pré-cinesioterapia. 
 
Contra-indicações: 
 Áreas com insuficiência vascular; Aplicação nos olhos; Útero grávido; Sobre área 
cardíaca; Espondilartrose lombar; Tumores malignos; Testículos/gônadas; Sobre 
tromboflebites; Osteoporose; 
 Doenças reumatológicas com características degenerativas; 
 Diabetes mellitus; Perda de sensibilidade; Pontas ósseas; 
 Diretamente sobre marca-passo cardíaco. 
 
2.5 - Ondas curtas: 
 É uma corrente de alta frequência, cerca de 27,12MHz e produz ondas eletromagnéticas 
(campos elétricos e magnéticos que se deslocam pelo espaço sem a necessidade de um 
meio de sustentação) com um comprimento de 11metros. Seu funcionamento é o de um 
pêndulo, pois os elétrons ora se movem para um lado, ora para o outro. A polaridade 
muda de posição tão rapidamente que não chega a estimular os nervos motores. 
 
Efeitos fisiológicos: produção de calor; vasodilatação; hiperemia; aumento do fluxo 
sanguíneo; aumento de oxigênio na área tratada; aumento do metabolismo; diminuição 
da pressão sanguínea; aumento do débito cardíaco; aumento da atividade das glândulas 
sudoríparas; diminuição de viscosidade; aumento da leucocitose; aumento da 
fagocitose; 
 
Efeitos terapêuticos: ação antiinflamatória; regeneração; analgesia; 
espasmolítico/descontraturante; cicatrizante. 
 
Indicações: Afecções traumáticas; Musculares; reumatológicas; Otorrinolaringológicas; 
Ginecológicas. 
 
Contra-indicações: Inflamações agudas; Supurações agudas não drenadas; Doenças com 
tendências hemorrágicas; Gestantes; Tumores malignos; Marca-passo; Alterações de 
sensibilidade; Tromboses; Doenças infecciosas; Estado febril; Implante metálico na área 
de aplicação; Doenças com degeneração de cartilagem articular. 
 
2.6 - Micro-ondas: 
Vibrações eletromagnéticas cuja frequência encontra-se na faixa de 300MHz a 300GHz 
com comprimento de onda na faixa de 1mm a 1m. 
 
Efeitos fisiológicos: produção de calor; vasodilatação; hiperemia; aumento do 
metabolismo, da circulação sanguínea da condução nervosa, de oxigênio na área; 
diminuição da pressão arterial; 
 
Efeitos terapêuticos: regeneração tecidual; analgesia; ação anti-inflamatória; ação 
reflexa; espasmolítica/relaxante. 
 
Indicações: Processos inflamatórios mioarticulares; Neuropatia; Traumatismo; 
Contratura; Distensão muscular; Doenças reumatológicas. 
 
Contra-indicações: Aplicação sobre os olhos; Alteração de sensibilidade; gestação; 
Áreas com trombose; Tumores malignos; Testículos/gônadas; Áreas com implantes 
metálicos; Áreas com osteomielite; Áreas isquêmicas; Períodomenstrual; Marca-passo; 
Afecções com tendência hemorrágica; Feridas abertas entre outras. 
 
2.7 - Infravermelho: 
Vibrações eletromagnéticas emitidas a partir do aquecimento de um corpo, cujo 
comprimento de onda situa-se na faixa de 7.000A a 150.000A. É uma faixa ampla. 
 É um agente termoterápico de calor superficial e que tem penetração extremamente 
pequena. A radiação infravermelha, mais indicada para uso fisioterápico, está 
compreendida entre 8.000 e 15.000A de comprimento de onda. 
 Está comprovado que as radiações de comprimento de onda muito longa têm pouco 
poder de penetração e, além disso, provocam acentuada sensação de queimadura, 
tornando difícil sua tolerância pelo paciente. 
 
Efeitos fisiológicos: produção de calor nos tecidos; vasodilatação periférica; hiperemia; 
aumento da circulação sanguínea; diminuição da viscosidade sanguínea; sudorese; 
aumento do metabolismo; 
 
Efeitos terapêuticos: analgesia; relaxamento muscular; ação antiinflamatória; 
regeneração tecidual. 
 
Indicações: Furunculoses; Acne; Contraturas musculares; Dermatites; Espondilalgias; 
Sinusite/rinite; Sinovite de pequenas articulações. 
 
Contra-indicações: Áreas isquêmicas; Distúrbios de sensibilidade; Hemorragias 
superficiais; Edemas; Pele desidratada; Aplicação sobre os olhos; Entre outras. 
 
3 - Fototerapia: 
 
3.1 - Laser 
O termo LASER significa Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, o 
que mostra que a amplificação de luz aporta alta concentração de energia consequente 
do grande número de fótons dos quais é constituída, e o fenômeno da emissão 
estimulada constitui-se da emissão de luz a partir da estimulação da matéria, através do 
fornecimento de energia aos átomos. 
 
Efeitos terapêuticos: Ação anti-inflamatória; Analgesia; Antiedematoso; 
Cicatrizante. 
Tipos de laser utilizados em fisioterapia: aqueles sem potencial destrutivo, ou seja, 
radiações emitidas com potência inferior a 1W, considerado o limite de potência para a 
existência ou não de potencial destrutivo. Hélio-Neônio (He-Ne), Arsenieto de Gálio 
(As-Ga). 
 
Indicações: Afecções traumato-ortopédicas; Reumatológicas; Lupus eritematoso; 
Herpes zoster; Hemorroidas; Erosões benignas de colo de útero; Otites; afecções na 
próstata, Neuralgia do trigêmeo; Úlceras de decúbito; Estética (estrias, celulite, acne). 
 
Contra-indicações: Irradiação sobre massas neoplásicas; Irradiação direta sobre a retina; 
Irradiação sobre focos de infecção bacteriana; Áreas de hemorragia. 
 
3.2 - Ultravioleta: 
São vibrações eletromagnéticas, produzidas através do aquecimento de um corpo, cujo 
comprimento de onda se situa na faixa de 1440ª até 3900ª. 
 O fundamento da terapia UV está baseado em reações químicas, onde os fótons da 
radiação UV podem causar transições eletrônicas e produzir átomos excitados ou 
desassociados capazes de produzir essas reações químicas. A absorção do UV é muito 
pequena (não ultrapassa 1mm), não ultrapassando a epiderme. 
 
Efeitos fisiológicos: produção de eritema, pigmentação, estímulo à produção de 
vitamina D, potencialização do metabolismo de cálcio e fósforo, destruição celular, 
hiperplasia epidérmica, envelhecimento da pele. 
 
Efeitos terapêuticos: Bactericida. 
 
Crioterapia: 
É o resfriamento local dos tecidos ou regiões com finalidades terapêuticas. Abrange 
uma grande quantidade de técnicas específicas que utilizam o frio nas formas líquida, 
sólida e gasosa com o objetivo terapêutico de retirar calor do corpo. 
 
Objetivo terapêutico: 
O principal é retirar calor do corpo. Essa retirada induz os tecidos a um estado de 
hipotermia com redução da taxa metabólica local, promovendo, assim, redução da 
necessidade de oxigênio pela célula, presenvando-a e permitindo que possa ser 
recuperada sem lhe adicionar mais danos do que aqueles já instalados pela lesão 
primária. 
 A crioterapia apresenta efeitos sobre a temperatura corporal, circulação sanguínea, 
mecanismo neuromuscular, nervos, metabolismo celular, inflamação, sensação cutânea, 
tecido celular sub-cutâneo, glândulas sudoríparas, viscosidade, permeabilidade celular. 
 
Indicações: Edemas em geral; Síndromes dolorosas em geral; Trauma agudo; Síndrome 
ombro-mão; Coto de amputados traumáticos; Bursite/tendinite/capsulite; Herpes zoster; 
Artrose; Artrite reumatóide; Espasticidade. 
Contra-indicações: Hipersensibilidade ao frio; Urticária ao frio; Acrocianoses; 
Alterações cardiovasculares; Alterações circulatórias. 
 
Técnicas de aplicação: Bolsa de borracha; Panqueca fria; Banho de contraste; Banho de 
imersão; Turbilhão frio; Massagem com gelo diretamente sobre a pele. 
 
Lesões provocadas pelo frio: ulceração superficial e profunda, pé-de-imersão, 
hipersensibilidade ao frio, alterações vasoespásticas, acrocianose.

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