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Medidas de Segurança

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As medidas de segurança são providências de natureza penal, decorrentes da prática de uma conduta típica e ilícita 
por parte do agente inimputável ou semi-imputável perigoso. Tais medidas são aplicáveis por sentença, em 
decorrência de um injusto penal, fazendo com que ela apena caiba onde pudesse caber, caso o agente fosse 
imputável. 
A medida de segurança constitui uma providência do poder político que impede que determinada pessoa, ao 
cometer um ilícito-típico e se revelar perigosa, venha a reiterar na infração, necessitando de tratamento adequado 
para a sua reintegração social. A expressão medida de segurança, etimologicamente, revela uma providência, ou 
cautela que dispensa cuidados. Com sua imposição, o Estado pretende atuar no controle social afastando o risco 
inerente ao deliquente-inimputável ou sei-imputável que praticou ato ilícito penal. (FERRARI, 2001, P. 15)
Ou, ainda:
Medida de segurança é a modalidade de sanção penal com finalidade exclusivamente preventiva, e de caráter 
terapêutico, destina a tratar inimputáveis e semi-imputáveis portadores de periculosidade, com escopo de evitar a 
prática de futuras infrações penais. (MASSON, 2013, p. 843).
A medida de segurança é o tratamento aplicado àqueles indivíduos inimputáveis que cometem um delito penal. A 
questão, no entanto, é envolta pelo problema da definição do tempo de duração desta medida. A lei diz que será 
por prazo indeterminado, até que perdure a periculosidade. Pelo sistema dualista, pode-se afirmar que coexistem 
duas modalidades de sanção penal: pena e a medida de segurança. A pena pressupõe culpabilidade; a medida de 
segurança, periculosidade. A pena tem seus limites mínimo e máximo predeterminados (Código Penal, artigos 53, 
54, 55, 58 e 75); a medida de segurança tem um prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, porém o máximo da 
duração é indeterminado, perdurando a sua aplicação enquanto não for averiguada a cessação da periculosidade 
(Código Penal, artigo 97, parágrafo 1º).
Inimputáveis:
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, 
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento. 
Art. 97. Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação. Se , todavia, o fato previsto como crime for 
punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial.
Parágrafo 1°. A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não 
for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de um a três 
anos. 
Parágrafo 3°. A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação 
anterior se o agente, antes do decurso de um ano, prática fato indicativo de persistência de sua periculosidade. 
São fatores consideráveis como antecedentes necessários incursão de medida de segurança a prática de fato típico 
ilícito e a periculosidade. Extinta a punibilidade, não se aplica a medida de segurança, sequer subsiste a imposta. O 
prazo mínimo da prescrição da medida de segurança é de três anos, o prazo máximo é indeterminado, perdurando 
a medida enquanto persistir a periculosidade. A prescrição é calculada de acordo com a pena mínima cominada ao 
crime.
Salienta-se que não é inconstitucional o prazo indeterminado das medidas de segurança, pelo fato que está não é 
caracterizada como pena.
Existe ainda, exame de verificação de periculosidade, este, realizado ao fim do prazo mínimo fixado, repetindo-se 
de ano em ano, ou a qualquer tempo por determinação do juiz da execução. 
Anteriormente, de findo o prazo mínimo da medida, poderá ser requerida perícia médica pelo MP ou por 
Medidas de Segurança
sábado, 28 de maio de 2016 17:36
 Página 1 de faculdade 
Anteriormente, de findo o prazo mínimo da medida, poderá ser requerida perícia médica pelo MP ou por 
interessado. 
A periculosidade é presumida para os inimputáveis e necessita ser reconhecida pelo juiz na hipótese de semi-
imputabilidade. 
Caso esteja cessada a periculosidade, o sujeito será desinternado, ou liberado, caso de um tratamento, porém, 
condicionalmente.
As medidas de segurança são providências de natureza penal, decorrentes da prática de uma conduta típica e ilícita 
por parte do agente inimputável ou semi imputável perigoso, em favor de cuja ação não milita causa de exclusão 
do injusto penal ou da culpabilidade.
As espécies de medidas de segurança serão: internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à 
falta, em outro estabelecimento adequado, ou ainda a sua sujeição a tratamento ambulatorial. (art. 96, CP)
 Página 2 de faculdade

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