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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	RESPOSTAS	�
93	CONCLUSÃO	�
10REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
O trabalho a seguir trata sobre os conceitos de Língua Portuguesa, entre a falada no Brasil em comparação aos demais países falantes da mesma, relacionando-os ao Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, com o intuito de unificá-la, e a sua implicância no meio social. 
Para iniciar este trabalho, diversas questões serão abordadas [de forma indireta] e contribuirão o desenvolvimento de uma visão crítica sobre o tema norteador, através de reflexões como:
O que essas mudanças provocaram e ainda provocam entre os países signatários do acordo?
O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa reflete a realidade social, histórica e cultural da população desses países?
É possível definir a herança cultural de um povo através de um acordo que representa uma minoria social?
Por meio das questões levantadas para a realização do trabalho, será possível observar que a língua antes de ter caráter escrito, está presente na oralidade do povo que a utiliza; e mesmo no uso da sua forma escrita, esta para ser interpretada depende do que se deseja comunicar, com quem, para que, onde se comunica, qual o meio utilizado para tal – onde a mensagem transmitida é uma ponte, que tem o papel de ligar o emissor ao receptor. 
RESPOSTAS
1) No Brasil somos falantes da Língua Portuguesa, assim como em outros países que foram colonizados por Portugal: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe. Contudo a Língua é o reflexo do seu povo, no Brasil, podemos observar que a Língua Portuguesa sofreu influências de diversas culturas: indígena, africana, europeia [francesa, espanhola, holandesa, alemã, portuguesa], que fizeram parte da colonização do país e contribuíram para a formação da Língua Portuguesa no Brasil, como o próprio tupi-guarani, língua falada por grande parte dos nossos indígenas, através dela foi incorporada diversas palavras no nosso vocabulário: Ipanema, Copacabana, Tijuca, carioca, jabuticaba, abacaxi, mandioca, são exemplos comuns que encontramos no nosso dia-a-dia, o quê ocasionou as diferenças nos campos fonético, semântico entre o Português falado no Brasil e o falado em Portugal e nos demais países, já citados, como por exemplo: no Brasil dizemos fila, mamadeira, secretária eletrônica, celular, calcinha, arquivo (computador); em Portugal, respectivamente, dizem: bicha, biberão, atendedor de chamadas, telemóvel, cueca feminina, ficheiro. 
Portanto, é preciso ratificar que as diferenças encontradas entre o Português falado no Brasil, e o Português Europeu não caracteriza a formação de uma nova língua, pois estas influências foram incorporadas pela influência de diversas culturas em nosso país, além das variações na língua, que existem entre as classes sociais, entre as diversas regiões, devido ao grau de instrução, e também ao contexto em que se encontram tanto no Brasil quanto em Portugal, visto que se desta forma fosse teríamos não somente a criação da “língua brasileira”, mas sim de diversas línguas em nosso país, pois como ressalta Boléo: “O que caracteriza e individualiza uma língua não é propriamente o seu léxico, nem a sintaxe, nem mesmo a fonética: é essencialmente o seu sistema morfológico” (BOLÉO, 1943, p.43). 
2) O Brasil, mesmo sendo um país que foi colonizado por Portugal, sofreu influência de diversas culturas para formar o seu povo, e nesse caso a sua Língua, por isso existem grandes diferenças entre o nosso Português em relação ao Português dos nossos colonizadores.
Através do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, procurou se unificar com normas estabelecidas entre todos os países falantes da Língua Portuguesa que assinaram o acordo (República Popular de Angola, República Federativa do Brasil, República de Cabo Verde, República da Guiné-Bissau, República de Moçambique, República Portuguesa e República Democrática de São Tomé e Príncipe), os usos e desusos da Língua [A questão é: Como ocorrerá a unificação entre países que possuem sua cultura própria, formada e elaborada durantes centenas de anos, através do seu povo, que continua em transformações?]. A língua é a identidade daqueles que fazem uso dela, ou seja, para que essa exista, é necessário que existam falantes dela- os maiores responsáveis pelas variações linguísticas em seus diversos campos: sociocultural, regional, contextual. Enquanto àqueles existirem, a língua também existirá e não pode ser simplesmente apagada por um decreto, conforme discorre João Pereira Coutinho no texto: “Acontece que a língua não se muda por decreto; ela é a decorrência de uma evolução que confere aos seus falantes uma identidade própria [...]” (Parágrafo 9º).
	
3) O autor nos leva a refletir sobre quantas vezes será necessário atravessar um oceano para descobrir que grande parte da população falante da Língua Portuguesa não faz uso do Novo Acordo Ortográfico, cada qual a utilizando da maneira como melhor o convém, pois para o autor é um decreto que tenta apagar a identidade de um povo, por meio de imposições, onde precisamente, será o “naufrágio” da língua?
Para ele, a ortografia não é apenas uma “transcrição fonética” (Parágrafo 11º) é uma “pegada etimológica importante” (Parágrafo 12º), ou seja, mais do que saber escrever ou ler corretamente, seguindo normas estabelecidas para a língua, como uma forma padrão. Ler e escrever são a maneira como o povo interpreta o mundo, como consegue através dessas práticas sociais, comunicar-se, expressar seus sentimentos, transmitir conhecimentos, vivenciar o seu dia-a-dia da melhor forma possível, contribuindo tanto para o crescimento e desenvolvimento do seu país, seja na área social, econômica, política, quanto para o seu próprio desenvolvimento e crescimento individual, seja na área profissional, familiar, sentimental, religiosa. Isso tudo se faz presente através do uso da língua... Da língua desse determinado povo, nesse caso dos povos dos países falantes da Língua Portuguesa, que a cada dia mais são os grandes responsáveis por essas mudanças, citadas anteriormente, em seus países.
4) Mário de Andrade foi considerado um grande nacionalista da sua época, com uma voz ativa na sociedade, percorreu diversos lugares do Brasil, foi um explorador, que quis descobrir e conhecer nossa riqueza cultural, nossa gente: indígenas, caipiras, enfim toda a base da sociedade brasileira.
A partir da semana de arte moderna, em 1922, no seu denominado “Prefácio Interessantíssimo”, para lançamento da sua obra: “Paulicéia Desvairada”, ele descreve: “Pronomes? Escrevo brasileiro. Si uso ortografia portuguesa é porque, não alterando o resultado, dá-me uma ortografia”, demonstra assim, não uma apatia em relação à ortografia da língua, mas sim que o ato de escrever tem as raízes fincadas no seu povo, como pode ser facilmente percebido em seu poema “Lundo do escritor difícil”:
Lundo do escritor difícil
Eu sou um escritor difícil
Que a muita gente enquizila,
Porém essa culpa é fácil
De se acabar duma vez:
É só tirar a cortina
Que entra luz na escurez.
	
Cortina de brim caipora,
Com teia caranguejeira
E enfeite ruim de caipira,
Fale fala brasileira
Que você enxerga bonito
Tanta luz nesta capoeira
Tal e qual numa gupiara.
Misturo tudo num saco,
Mas gaúcho maranhense
Que para no Mato Grosso,
Bate este angu de caroço
Ver sopa de caruru;
A vida é mesmo um buraco,
Bobo é quem não é tatu!
Eu sou um escritor difícil,
Porém culpa de quem é!...
Todo difícil é fácil,
Abasta a gente szaber.
Bajé, pixé, cué, ôh “xavié”
De tão fácil virou fóssil,
O difícil é aprender!
Virtude de urubutinga
De enxergar tudo de longe!
Não carece vestir tanga
Pra penetrar meu caçanje!
Você sabe o francês “singe”
Mas não sabe o que é guariba?
_ Pois é macaco, seumano,
Que só sabe o que é da estranja. 
Mário de Andrade
O escritor Mário de Andrade aponta através deste poema, a grande diversidade da língua falada e escrita no Brasil, o quão rica é, quantos costumes e crenças carrega consigo. Mesmo não se considerando um futurista, ele o foi, pois como pode ser observado nesse poema escrito há tantos anos, o quão atual ele é: a crítica à submissão dos menos favorecidos à classe dominante – os quais devem seguir padrões estabelecidos por uma minoria e que não fazem parte da sua realidade; a “ignorância” por parte da população em não valorizar sua diversidade linguística e cultural. São traços presentes no poema, que o autor levanta questões que até os dias atuais não foram solucionadas e/ou repensadas.
Já Oswald de Andrade, amigo de muitos anos de Mario de Andrade, com quem anos mais tarde rompeu os laços de amizade, por razões desconhecidas; retrata em seu poema “Vicio na fala”, onde podemos observar certo preconceito lingüístico, visto que segundo o dicionário, vício é um “2. Costume condenável.”, ou seja, algo que precisa ser corrigido e/ou receber tratamento para que não ocorra novamente, no caso do poema observamos esse preconceito quanto à fala, no que parece de uma pessoa não escolarizada, e que mora na zona rural, utilizando uma “fala caipira”, se pode assim ser denominada:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mio
Para pior pio
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados. 
Oswald de Andrade
Este poema também demonstra que na época em que foi escrito já existiam as variações linguísticas, que não impediam o fato de se estabelecer comunicação entre o emissor e receptor, a mensagem era transmitida e interpretada, mesmo havendo diferenças entre as classes sociais e também regionais.
5) É através da arte de escrever que um povo consegue manter viva a sua história, pois a escrita permanece viva, mesmo quando quem a produziu não existe mais. Através deste jogo de palavras que está presente na Literatura, podemos observar o retrato de um povo, pois o autor é capaz de transmitir em seus textos as mudanças que vem ocorrendo em sua época e repassá-las para as gerações futuras, assim a diversidade cultural é disseminada, o quê nos ajuda compreender como foi o passado para não cometer os mesmos erros ou mesmo saber aproveitar o que melhor possuí determinada cultura no presente e futuro. E é através destes escritos que colocamos em prática tudo isso, pois a escrita é a concretização do que se é falado e/ou ouvido, já que, muitas vezes as palavras ditas se perdem no tempo e no espaço.
Logo, é possível concluir em relação ao Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que cada povo tem a sua cultura e passa por transformações sociais diferentes por isso é importante frisar que mesmo com a existência de decretos, todas as coisas tem o seu tempo certo para acontecer, já cantava Cazuza: “O tempo não para...”. É preciso sim, saber respeitar as características de cada povo, já que “Tudo flui (panta rei) nada persiste, nem permanece o mesmo.” (Heráclito 540-407 a.C.) com uma nação não será diferente, sofrerá suas mudanças de forma gradativa e assim, enquanto houver falantes de uma determinada língua, no caso a Língua Portuguesa, ela existirá e mesmo depois de “morta”, os seus registros ficarão.
CONCLUSÃO
Ao finalizar este trabalho pude refletir sobre as diferenças entre a Língua Portuguesa falada no Brasil e a falada em Portugal, as quais não constituem a criação da “Língua Brasileira”, pois essas diferenças se encontram em aspectos fonológicos, de vocabulário, além das próprias variações regionais, contextuais, sociais e culturais que contribuíram para que cada país desenvolvesse o seu modo de falar e escrever, apesar de serem signatários do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o que permanece é o seu povo, fazendo o uso da língua em sua maneira, seguindo os seus costumes e tradições. Tendo em mente, o quão a língua falada e a língua escrita se complementam e são a identidade do seu povo, onde ambos são influenciados entre si; seja no campo social, cultural, individual, profissional. Apesar de existirem normas e decretos estabelecidos para definir um uso padrão da língua, a diversidade existente propiciará para que haja variações linguísticas que contribuirão para o enriquecimento desta mesma língua e também provocarão transformações ao longo do tempo. Por isso, é preciso valorizar essa identidade, para que a língua permaneça viva nas práticas sociais e sobretudo seja capaz de repassar conhecimentos, valores, histórias de vida, por muitas gerações.
REFERÊNCIAS
BAGNO, Marcos. Português ou brasileiro? Um convite a pesquisa. Disponível em: http://brasiliano.wordpress.com/2008/09/01ensinar-portugues-ou-estudar-o-brasileiro. Acesso em: 11/03/2012.
MATTOS e SILVA, Rosa Virginia. O português são dois- novas fronteiras, velhos problemas . São Paulo: Parábola Editorial, 2005. 
NANTES, Eliza. Lunardelli, Mariângela. Leitura e produção de texto em língua portuguesa I. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. 
SILVEIRA, Ana Paula Pinheiro. LIMA, Lilian Salete Alonso Moreira. ALTINO, Fabiane Cristina. Língua portuguesa: conceitos gerais. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa. São Paulo: Ediouro, 2000.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA E SUAS RESPECTIVAS LITERATURAS
JÉSSICA PITTZER DA SILVA
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO INDIVIDUAL:
Pasta 838183
Teresópolis RJ
2012
JÉSSICA PITTZER DA SILVA
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO INDIVIDUAL:
Pasta 838183
Trabalho apresentado as disciplinas Métodos e técnicas de Pesquisa; Leitura e Produção de Texto em Língua Portuguesa I; Língua Portuguesa I: Conceitos Gerais; Língua Latina; Educação a Distância; Teoria da Literatura da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
Profs. Eliza Nantes; Ana Paula da Silveira; Juliana Fogaça Simm; Celso Leopoldo Pagnan; Ana Maria Valle; Rosemari Bendlin Calzavara.
Teresópolis RJ
2012

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