Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O ambiente da Revolução Industrial Após a metade do século XVIII, a revolução industrial muda o curso dos acontecimentos na Inglaterra e mais tarde em todo o resto do mundo. Ela foi enquadrada entre as passagens da revolução agrícola neolítica e a revolução urbana da Idade do Bronze. Suas consequências foram: Aumento populacional – diminuição da taxa de mortalidade Aumento de bens e de serviços produzidos pela indústria, pela agricultura e pelas atividades terciarias que gerou o desenvolvimento econômico. Melhor qualidade de vida das classes sociais Aumento do número de jovens na cidade Aumento de bens e serviços em quantidade e qualidade Redistribuição dos habitantes no território Camponeses viram assalariados ou operários da indústria e se transferem para a força motriz dos estabelecimentos industriais próximos aos cursos d’água, e mais tarde, próximos as jazidas de carvão com a introdução da máquina a vapor Crescimento das cidades – a cidade acolhe o fluxo migratório e o crescimento natural da mesma. Por exemplo, em Manchester, que em 1760 tem 12 mil habitantes passa a ter 400 mil na metade do século XIX. Londres no final do século XVIII tem 1 milhão de habitantes e passa a ter 2 milhões em 1851, superando qualquer outra cidade do mundo moderno. Meios de comunicação: Estradas de pedágio construídas com métodos desenvolvidos por Telford e Macadam Canais de navegação – proporcionavam o deslocamento dos navios a vapor com carregamento de pessoas e de produtos Estradas de ferro A rapidez e o caráter aberto dessas transformações não levaram a um novo equilíbrio estável, mas causaram transformações cada vez mais profundas e mais rápidas O edifício não é mais considerado uma modificação estável, mas um manufaturado provisório que mais tarde pode ser substituído por outro, tornando possível considerar um terreno edificável um bem independente, com seus requisitos econômicos devido a sua posição, a sua procura etc. Tendências de Pensamento Político Planos urbanísticos e regulamentos do antigo regime passam a ser desvalorizados Crença em corrigir os defeitos com ações calculadas Economistas limitam a intervenção publica Adam Smith aconselha o governo a vender terrenos públicos para quitar dividas No campo imobiliário a liberdade da iniciativa privada aproveita a desordem urbana, geram congestionamento do tráfego, insalubridade, feiura intolerável a classe subalterna Representantes das classes dominantes – radicais e socialistas – propõem formas de intervenção pública para corrigir inconvenientes – mas por pura teoria. Na primeira metade do século XIX, os defeitos da cidade industrial são muitos e incomuns, e a diferença entre o real e o ideal parecem impossíveis de serem preenchidas. I) A realidade O crescimento da cidade transforma o núcleo anterior em um novo organismo, formando uma faixa construída – a periferia. O núcleo contém os principais monumentos – igrejas, palácios, etc – que muitas vezes dominam o panorama da cidade As ruas estreitas não contêm o transito em aumento, as casas são diminutas para hospedar inconvenientes uma população mais densa. Assim, as classes mais abastadas abandonam o centro e concentram-se na periferia As velhas casas se tornam casebres divididas em pequenas moradias Zonas verdes são ocupadas por novas construções, casas e até barracões industriais Segundo Engels, em meados do século XIX, a velha cidade de Manchester está insalubre. O bairro operário tem casas sujas, velhas com vielas e pátios imundos, casas amontoadas de pessoas. Na periferia se instalaram bairros de luxo e bairros pobres, industrias e depósitos, instituições técnicas, onde os ricos e os burgueses têm suas casas isoladas e cercadas por jardim, ou em pequenas vilas. Já os pobres vivem em bairros sem áreas verdes e com casas menos isoladas, que são próximas ao curso d’água ou industrias, amontoadas, com um ambiente desordenado e inabitável – muitos construtores faziam casas aos montantes visando o aluguel, com pouca ou nenhuma qualidade de habitação. Por volta de 1830, a cólera atinge a Europa, vindo da Ásia, desenvolvendo epidemias que obrigaram os governantes a dirigir os defeitos higiênicos. II) Alternativas para esta realidade Algumas propostas nascem no pós-guerra, políticas, revolucionárias e urbanísticas visando mudar a organização social e a organização dos conjuntos habitacionais. Modelos que são o contrário teórico da cidade liberal, deslocando a liberdade individual para a organização coletiva.
Compartilhar