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Da gratuidade da Justiça

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A assistência Judiciária Gratuita é o direito da parte de ter um advogado do Estado gratuito, função exercida precipuamente pela Defensoria 
Pública, mas também encontrada em outros campos, como, por exemplo, nos Núcleos de Prática Jurídica das Faculdades de Direito.
Noutro giro, nos dizeres de Pontes de Miranda, o benefício da justiça gratuita “é direito à dispensa provisória de despesas, exercível em relação 
jurídica processual, perante o juiz que promete a prestação jurisdicional”.
Com o advento do Novo CPC, basta a afirmação da parte requerente de sua “insuficiência de recursos” para o deferimento do pleito, sendo de 
nenhuma importância falar-se em “prejuízo de sustento próprio ou da família”.
Ademais, é importante registrar que a afirmação de insuficiência de recursos da pessoa natural goza de presunção de veracidade, devendo o 
magistrado exigir comprovação da alegada “insuficiência de recursos” apenas quando localizar, dentro do próprio feito, indícios razoáveis de que 
o pleito é temerário. 
O Novo CPC consagra expressamente outro entendimento da jurisprudência majoritária, mas que ainda encontrava alguns defensores contrários, 
ou seja, de que o simples fato de a parte estar representada por advogado particular no feito não é causa bastante para o indeferimento do pleito 
de gratuidade de justiça. Cuida-se do § 4º do Artigo 99 do Novo CPC.
Logicamente que, caso haja recurso versando exclusivamente sobre questão atinente aos honorários advocatícios do representante da parte, o 
benefício da justiça gratuita eventualmente concedido a ela, não terá extensão ao procurador, salvo se ele também requerer e preencher os 
requisitos legais que o autorizam.
Verificamos, ademais, que a lei cuida expressamente desse caráter pessoal do benefício da justiça gratuita, em seu Artigo 99, § 6º, dizendo que 
não há extensão de seus efeitos aos litisconsortes e nem mesmo aos sucessores processuais do beneficiário. 
Por fim, disposição interessante albergada pelo Novo CPC, em seu Artigo 105, é a exigência expressa de poderes especiais na procuração, ao 
advogado da parte que pleiteia o benefício da justiça gratuita, para assinar declaração de hipossuficiência econômica.
Consoante dito acima, a pessoa natural, logicamente, é beneficiária da justiça gratuita, gozando sua afirmação, inclusive, por força do § 3º do 
Artigo 99 do Novo CPC, de presunção de veracidade.
Ocorre que o Novo CPC cuidou de trazer expressamente, no “caput” do Artigo 98, a previsão de que as Pessoas Jurídicas e o estrangeiro também 
poderão ser beneficiários da justiça gratuita.
Como parêntese, cumpre anotar que o estrangeiro, em sendo pessoa natural, goza das mesmas benesses do § 3º do Artigo 99 do Novo CPC, ou 
seja, da presunção de veracidade da afirmação.
Já as Pessoas Jurídicas apresentam regramento diverso.
Em verdade, o Novo CPC encampou, no que tange à gratuidade de justiça estendida às Pessoas Jurídicas, o entendimento já sedimentado pelo 
STJ, na Súmula de nº 481, que diz: “Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua 
impossibilidade de arcar com os encargos processuais.”
O que se nota de diferença em relação à concessão do benefício às Pessoas Naturais, é a inexistência de presunção legal de veracidade da 
afirmação de insuficiência de recursos pela Pessoa Jurídica. Ou seja, a Pessoa Jurídica deverá comprovar nos autos em que pleiteia o benefício da 
justiça gratuita, o pressuposto exigido no Artigo 98 do Novo CPC, que é “a insuficiência de recursos”, sob pena de ter seu pedido indeferido.
Nesse particular, o Novo CPC adota presunção de que a Pessoa Jurídica tem recursos suficientes para arcar com as despesas processuais, devendo 
ela desincumbir-se de seu ônus levando ao feito a comprovação contrária.
De fato, caminha bem o legislador processual civil, pois impedir a concessão do benefício às pessoas jurídicas afronta a norma constitucional 
insculpida no art. 5º, inciso LXXIV, a qual estabelece que “Estado prestará assistência jurídica e integral aos que comprovarem insuficiência de 
Recursos”. Entretanto, é certo que o tratamento jurídico das pessoas jurídicas não poderia ser idêntico àquele dispensado às pessoas naturais.
O § 1º do Artigo 98 do Novo CPC foi o responsável por arrolar o âmbito de abrangência da gratuidade de justiça, contando com nove incisos, ou 
seja, há um rol de quais atos processuais são abrangidos pela benesse da Justiça Gratuita, desobrigando o beneficiário de adiantar os custos.
Inicialmente, cumpre alertar que o §4º do Artigo 98 do Novo CPC vaticina expressamente que as multas processuais impostas à parte beneficiária 
da justiça gratuita não estão acobertadas pela benesse.
No que tange especificamente ao campo de abrangência da justiça gratuita, observamos de novidade a inserção do inciso VII no Artigo 98, §1º, 
pelo Novo CPC, que traz para o rol de atos processuais abarcados pela gratuidade de justiça a elaboração de memória de cálculo pelo contador do 
juízo ou por “expert” nomeado pelo magistrado, quando houver exigência deste pressuposto para instauração da execução.
Verifica-se uma preocupação do legislador com a promoção de uma prestação jurisdicional eficaz, pois não há dúvidas de que só se alcançará este 
objetivo com a entrega efetiva do bem da vida ao jurisdicionado, não sendo bastante que o Estado apenas reconheça seu direito, sendo medida 
que impera dar acuidade aos comandos executivos.
Destarte, em sendo a memória de cálculo requisito indispensável para início da execução em alguns casos, o legislador oferece efetividade prática 
ao sistema normativo inserindo o inciso VII no Artigo 98, §1º, no Novo CPC.
§ 1o A gratuidade da justiça compreende:
(...)
IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro 
ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido 
concedido.
Entretanto, não há nenhum exagero em afirmar que a hipótese mais polêmica e que mais chamou a atenção foi o inserido no inciso IX, do § 1º do 
Artigo 98 do Novo CPC, que diz o seguinte:
Mencionada disposição legal, evidentemente contrária aos interesses dos Cartórios, foi a grande inovação trazida no rol de abrangência da 
gratuidade de justiça.
A aplicação de mencionado inciso implica em dizer, por exemplo, que o vencedor de uma demanda judicial de usucapião, beneficiário da justiça 
gratuita, fará jus ao registro do imóvel com isenção de emolumentos cartorários, o que sem dúvidas, apresenta grande inovação ao sistema até 
Da gratuidade da Justiça
sábado, 28 de maio de 2016 18:42
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gratuita, fará jus ao registro do imóvel com isenção de emolumentos cartorários, o que sem dúvidas, apresenta grande inovação ao sistema até 
então em vigor e evidente mudança de paradigma.
Como forma de outorgar aos Cartórios uma contrapartida à novidade exposta acima, o § 8º do Artigo 98 trouxe para as Serventias Extrajudiciais 
um mecanismo de controle aos abusos que poderão surgir na prática por parte dos beneficiários da justiça gratuita.
De acordo com o mencionado § 8º do Artigo 98, verificando o notário ou registrador a existência de dúvidas quanto ao preenchimento atual dos 
pressupostos legais de autorização da benesse da gratuidade de justiça, após praticar o ato, poderá requerer ao juízo da causa a revogação, total 
ou parcial, do benefício, ou a sua substituição pelo instituto do parcelamento, que será visto em tópico abaixo.
Destaca-se que em caso de suscitação de dúvida pelo Cartório, o juízo da causa deverá obedecer ao contraditório e à ampla defesa, conferindo o 
prazo de 15(quinze) dias para o beneficiário da justiça gratuita se manifestar acerca das alegações formuladas pelo notário ou registrador.
O ponto que chama atenção é a exigência legal de que o notário ou registrador, mesmo nos casos em que suscitardúvida, pratique o ato antes de 
enviar o requerimento de revogação ou de parcelamento ao Juízo da causa.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
(...)
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas 
pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
Como forma de dar harmonia ao sistema, e conferir ao Cartório alguma espécie de garantia, em contraponto à exigência de prática do ato mesmo 
em caso de fundada dúvida, existe previsão que emerge do artigo 784, inciso XI, do Novo CPC, e que diz:
Portanto, entendendo o magistrado pela hipótese de revogação total ou parcial da gratuidade de justiça da parte, o notário, ato contínuo, 
expedirá certidão relativa a valores dos emolumentos e demais despesas devidas pelos atos praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei, 
que servirá como título executivo extrajudicial.
É de se anotar, por oportuno, que o Novo CPC, no que tange aos demais atos acobertados pela gratuidade de justiça, manteve as disposições da 
Lei 1.060/50, reproduzindo-as com alguns aprimoramentos de redação nos incisos do § 1º do Artigo 98, a saber: as taxas ou as custas judiciais; os 
selos postais; as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios; a indenização devida à testemunha 
que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse; as despesas com a realização de exame de 
código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do 
tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira; os depósitos previstos em lei para 
interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do 
contraditório.
Os §§ 2º e 3º do Artigo 98 do Novo CPC reafirmam regra antiga, que já encontrava assento na Lei 1.060/50, contudo, melhora sobremaneira a 
redação dos dispositivos, deixando o assunto imune a interpretações divergentes.
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas 
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
(...)
§ 2o A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários 
advocatícios decorrentes de sua sucumbência.
§ 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e 
somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o 
credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, 
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
Inicialmente, para melhor entendimento do tópico, pensamos ser importante a reprodução de mencionados dispositivos legais:
Resta claro, assim, de acordo com o §2º do Novo CPC, que a gratuidade de justiça não é capaz de afastar a responsabilidade do vencido em 
relação às verbas decorrente de sua sucumbência.
Desta forma, o magistrado deverá proferir sentença condenando o beneficiário da justiça gratuita às despesas processuais e aos honorários 
advocatícios, dentro das regras normativas concernentes ao assunto, sem nenhuma diferenciação.
O que ocorre, pelo deferimento da benesse da justiça gratuita, é que as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão acobertadas pelo o 
manto de uma condição suspensiva de exigibilidade pelo prazo de 05(cinco) anos, conforme o ensinamento do §3º do Artigo 98 do Novo CPC.
Isso quer dizer que a parte contrária, detentora dos créditos decorrentes da sucumbência, terá a possibilidade de, dentro de 05(cinco) anos, 
comprovar a mudança da situação financeira do beneficiário da justiça gratuita, e prosseguir com a execução das aludidas verbas.
Frise-se, por oportuno, que findo o prazo de 05(cinco) anos, contados do trânsito em julgado da sentença que condenou o beneficiário da justiça 
gratuita nas verbas de sucumbência, a obrigação é extinta, por força da parte final do mesmo §3º do Artigo 98 do Novo CPC.
Situação extremamente interessante e de evidente importância prática é a possibilidade expressa introduzida pelo Novo CPC do magistrado 
modular a concessão da gratuidade da justiça, ora a concedendo de forma parcial, ora a negando, mas conferindo à parte a possibilidade de 
pagar as despesas de forma parcelada.
Mencionadas inovações normativas estão insculpidas nos §§ 5º e 6º do Artigo 98 do Novo CPC, e conferem ao magistrado maior flexibilidade 
para, de acordo com o caso concreto, modular de forma mais eficaz a concessão do beneficio da justiça gratuita.
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas 
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
(...)
§ 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução 
percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
§ 6o Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de 
adiantar no curso do procedimento.
Para ilustrar e dar maior efetividade à compreensão do assunto desenvolvido neste momento, eis o que diz aludidos dispositivos legais:
Como exemplo, não é incomum que o magistrado verifique num determinado caso concreto que a parte tem condições financeiras para adiantar 
as custas judiciais, mas não as possui para efetuar o adiantamento dos honorários periciais. Com a inserção do § 5º do Artigo 98 no Novo CPC, 
passa-se a ser expressamente possível que o magistrado module os efeitos da concessão do benefício da justiça gratuita e o conceda apenas em 
relação ao adiantamento dos honorários periciais, com a manutenção da exigência de adiantamentos de outras despesas.
Ademais, pode ser verificado no caso concreto, ainda com maior frequência, que a parte efetivamente não possui condições de efetuar o 
adiantamento de determinada despesa processual de uma só vez, mas que o seu parcelamento torna o pagamento possível, incapaz de 
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adiantamento de determinada despesa processual de uma só vez, mas que o seu parcelamento torna o pagamento possível, incapaz de 
comprometer a situação financeira da parte requerente.
O instituto do parcelamento, agora previsto no Novo CPC, em última análise, prestigia o princípio da igualdade, o que era deixado de lado na Lei 
1.060/50, que não conferia ao magistrado um “meio termo”.
A forma de a parte pedir a justiça gratuita também foi modificada com o advento do Novo CPC, com a nítida finalidade de torná-la mais 
simplificada.
De acordo com o Artigo 99, “caput” do Novo CPC, o pedido de justiça gratuita deverá ser feito na primeira petição a ser interposta no feito, ou 
seja, na petição inicial, contestação e, em caso de terceiros, na petição de ingresso ou ainda em recurso.
Em caso de pedido superveniente deverá ser feito por mera petição a ser atravessada nos próprios autos do processo e não suspenderá o curso 
da demanda, conforme redação do §1º do Artigo 99 do Novo CPC.
Caso seja a hipótese do pedido de gratuidade de justiça ser formulado apenas em grau de recurso, consagrando entendimento majoritário da 
jurisprudência pátria, o §7º do Artigo 99 do Novo CPC, aduz que a parte estará dispensada de realizar o preparo, devendo o Relator apreciar o 
pleito e, caso entenda pelo indeferimento, conceder prazo à parte para recolhimento das verbas devidas. Tal situação, aliás, guarda nítida 
pertinência com o Artigo 10 do NovoCPC, que trata do chamado “dever de consulta”, corolário do dever de cooperação amplamente difundido 
na norma processual civil.
O Novo CPC, em total consonância com as lições da doutrina mais abalizada sobre o assunto, revogou expressamente o Artigo 17 da Lei 1.060/50, 
por intermédio do seu Artigo 1.072, e regulamentou o sistema de impugnação das decisões no seu Artigo 101.
Agora, contra as decisões que indeferir ou acolher o pedido de revogação da gratuidade de justiça, o recurso cabível é o agravo de instrumento, 
conforme inciso V do Artigo 1.015 do Novo CPC.
Quanto à decisão que deferir o pedido de gratuidade de justiça, cabe à parte contrária requerer a revogação da benesse na primeira 
oportunidade que manifestar no processo, não tendo sentido a existência de recurso nesta hipótese.
Por fim, no que tange à decisão que não revogar a concessão do pedido de gratuidade de justiça o meio de impugnação deverá ser eventual 
apelação, em tópico preliminar, uma vez que não é o caso da interposição de agravo de instrumento, que com o advento do Novo CPC só terá 
cabimento nos casos expressamente previsto em lei.
Por fim, verifica-se, ao se analisar o §1º do Artigo 101 do Novo CPC, que o agravo de instrumento interposto contra as decisões que revogam ou 
indeferem a justiça gratuita, tem efeito suspensivo automático, uma vez que a parte recorrente estará dispensada de recolher as custas até a 
decisão do relator.
De acordo com o Artigo 102 do Novo CPC, resta certo que a decisão que revoga a benesse da justiça gratuita possui natureza retroativa, devendo 
a parte efetuar o recolhimento de todas as despesas processuais de cujo adiantamento foi dispensado no prazo fixado pelo juiz.
Art. 102. Sobrevindo o trânsito em julgado de decisão que revoga a gratuidade, a parte deverá efetuar o recolhimento de 
todas as despesas de cujo adiantamento foi dispensada, inclusive as relativas ao recurso interposto, se houver, no prazo fixa do 
pelo juiz, sem prejuízo de aplicação das sanções previstas em lei.
Eis a redação do Artigo 102 do Novo CPC:
O não recolhimento das verbas implicará na extinção do processo sem resolução de mérito, caso seja obrigação do autor efetuar o recolhimento. 
Nas demais hipóteses, não será deferida a realização de nenhum ato ou diligência requerida pela parte enquanto não efetuado o recolhimento.
De <https://jus.com.br/artigos/46420/da-gratuidade-de-justica-no-novo-cpc> 
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