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Escalas: Cálculo e Utilização A Escalas: Cálculo e Utilização A A A Utilização B Utilização B B A B EscalasEscalasEscalasEscalasEscalasEscalasEscalasEscalas: : : : : : : : CálculoCálculoCálculoCálculoCálculoCálculoCálculoCálculo e e e e e e e e UtilizaçãoUtilizaçãoUtilizaçãoUtilizaçãoUtilizaçãoUtilizaçãoUtilizaçãoUtilização © Ederson Nascimento – Agosto/2011 Escala Cartográfica: Conceituação • Toda representação cartográfica mantém uma certa relação de proporção (tamanho) com o objeto representado. • A representação da superfície terrestre ou de fenômenos que ocorrem sobre ela, no todo ou em parte, sob a forma de um mapa é realizada, necessariamente, de forma reduzida, obedecendo uma determinada proporção escalar.obedecendo uma determinada proporção escalar. • Assim: “Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real.” (IBGE, 1999) © Ederson Nascimento – Agosto/2011 • Uma vez que as linhas da figura do objeto no terreno e as do desenho dessa figura no mapa são semelhantes (homólogas), a razão ou relação de proporção entre elas pode ser definida pela equação: d onde: d = distância medida no mapa D D = distância real (no terreno) Calculando a Escala D D = distância real (no terreno) d D © Ederson Nascimento – Agosto/2011 Escala Numérica • Uma escala 1/10.000 (ou 1:10.000), por exemplo, significa que uma unidade no mapa corresponde a dez mil dessa mesma unidade no terreno (real). • Escala é, portanto, uma medida de proporção entre duas distâncias: uma real, verificada na superficie terrestre, e outra gráfica, registrada no documento cartográfico.outra gráfica, registrada no documento cartográfico. • Sendo uma proporção, a escala não possui unidade de medida: 1:10.000 (um para dez mil) – Correto! 1:10.000 cm, por exemplo – Nunca!!! © Ederson Nascimento – Agosto/2011 Escala Gráfica • Indica na forma de um segmento de reta (barra) graduado as medidas reais (terreno) correspondentes àquelas realizadas sobre o mapa. • A graduação da barra de escala, geralmente, é subdividida em intervalos iguais, sendo comum subdividir em valores menores um primeiro intervalo localizado à esquerda do zeromenores um primeiro intervalo localizado à esquerda do zero (0). 100 0 100 200 metros Escala de fracionamento Ou Talão Escala primária © Ederson Nascimento – Agosto/2011 Determinação da Escala • A escala de um mapa pode ser determinada quando se conhece a medida da distância no terreno entre dois pontos conhecidos. Para isso deve-se proceder da seguinte forma: – Estabelecer de forma clara os dois pontos de referência no mapa; – Medir a distância gráfica que separa os dois pontos escolhidos; – Conhecida a distância entre os pontos no terreno, aplicar a equação de cálculo da escala, deve-se ter o cuidado de utilizar a mesma unidade de medida. © Ederson Nascimento – Agosto/2011 Exemplo 1: numa carta-imagem, a distância gráfica (d) medida entre as cidades de Chapecó e Concórdia é de 20 cm. Sabendo-se que a escala do mapa é de 1:3.000.000, qual é a distância real (D) entre as cidades? © Ederson Nascimento – Agosto/2011 Resolução: Escala (E) = 1:300.000 Distância gráfica (d) = 20 cm Distância real (D) = ??? Aplicando a fórmula E = Determinação da Escala d sAplicando a fórmula E = da escala: A 1 a = 20 cm D = 300.000 x 20 cm a 300.000 D D = 6.000.000 cm = 60 km d s .D © Ederson Nascimento – Agosto/2011 Exemplo 2: • Uma estrada ligando o ponto A ao B mede 50 km de distância no terreno; • Com uma régua faz-se a medida da distância gráfica correspondente sobre o mapa, encontra-se, por exemplo, 5 cm; 50 km Determinação da Escala • Aplicando a equação da escala temos: A B 5 cm 50 km E = d : 5 cm : 5 cm : 1 D 50 km 5.000.000 cm 1.000.000 © Ederson Nascimento – Agosto/2011 Escala de Área • Tanto a escala numérica como a escala gráfica são empregadas para as medidas lineares (unidimensionais) sobre o mapa, indicando quantas vezes uma determinada distância linear foi ampliada ou reduzida. • No caso das superfícies representadas no mapa, deve-se empregar a escala de área (bidimensional) para indicarempregar a escala de área (bidimensional) para indicar quantas vezes uma determinada área foi ampliada ou reduzida. • Na prática, o quadrado do denominador da fração indicativa da escala (m2) informa o número de vezes que a área será reduzida ou ampliada. © Ederson Nascimento – Agosto/2011 6 cm 1:100.000 1:200.000 Vejamos: 1:100.000 : 6 cm : 6.000 m : 6 km 1:200.000 : 3 cm : 6.000 m : 6 km Escala linear > 6 cm/3 cm > Redução de 2 vezes Escala de Área 6 cm 3 cm 1,5 cm 0,75 cm 1:200.000 1:400.000 1:800.000 1:100.000 : 6 cm x 6 cm : 36 cm2 1:200.000 : 3 cm x 3 cm : 9 cm2 Escala área > 36 cm2/9 cm2 > Redução de 4 vezes © Ederson Nascimento – Agosto/2011 Escalas x Detalhamento • Uma mesma área geográfica pode ser representada em diferentes escalas dependendo do objetivo do mapeamento. • Sendo assim, a escala escolhida retratará diferentemente os objetos presentes no território. Quanto menor a escala Maior a extensão da área mapeada Menor o detalhamento dos objetos mapeados Quanto maior a escala Menor a extensão da área mapeada Maior o detalhamento dos objetos mapeados © Ederson Nascimento – Agosto/2011 • As escalas são definidas e classificadas conforme o nível de detalhamento espacial que possibilitam. Assim, as escalas podem ser classificadas em duas grandes categorias: – Escalas grandes: grandes distâncias no terreno correspondem a grandes distâncias no mapa. São mapas que apresentam informações detalhadas dos objetos espaciais. Ex.: Cartas Topográficas de 1:50.000 a Escala Grande x Escala Pequena espaciais. Ex.: Cartas Topográficas de 1:50.000 a 1:100.000; Levantamentos de Detalhe – 1:25.000; Plantas Cadastrais – 1:5.000 e maiores. – Escalas pequenas: grandes distâncias na superfície equivalem a pequenas distâncias nos mapas. Nestas escalas a superfície é representada apenas genericamente, de modo que os detalhes da configuração espacial são perdidos. Ex.: cartas Corográficas – 1:250.000 a 1:500.000; Cartas Gerais – inferiores a 1:1.000.000 (SILVA, 2003). © Ederson Nascimento – Agosto/2011 Estado de Santa Catarina Município de Escala pequena: (aprox. 1:4.000.000) Porção do Centro Urbano de Chapecó Município de Chapecó Escala grande: (aprox. 1:1.700) © Ederson Nascimento – Agosto/2011 • A escala é um recurso matemático de suma importância para que a Cartografia possa representar graficamente objetos ou interpretações do mundo real em sua dimensão espacial. • Por outro lado, o espaço geográfico é complexo, sendo simplista analisá-lo a partir de apenas uma escala. As características, agentes e processos espaciais, que fazem Escalas e Fenômenos Geográficos características, agentes e processos espaciais, que fazem parte de um todo em movimento, são deixadas de lado quando desta tomada de decisão. • A escolha da escala não deve se pautar puramente numa razão matemática. Mais do que isso, a escala é uma estratégia de aproximação da realidade, abarcando a inseparabilidade entre tamanho e fenômeno, “o artifício analítico que dá visibilidade ao real” (CASTRO, 2000: 133). © Ederson Nascimento – Agosto/2011 “(...) quando o tamanho muda, as coisas mudam, o que não é pouco, pois tão importante quanto saber que as coisas mudam com o tamanho, é saber como elas mudam, qual o novo conteúdo das novas dimensões” (CASTRO, 2000: 137). Escalase Fenômenos Geográficos • Deve-se atentar para a diferenciação entre o que é visto em uma escala e outra, devendo haver um jogo dialético de escalas entre a(s) parte(s) e o todo. © Ederson Nascimento – Agosto/2011 • Portanto... Uma análise geográfica requer uma abordagem multiescalar dos fenômenos, pois: – Há diferentes possibilidades de observação de um mesmo fenômeno real a partir de diferentes escalas; Escalas e Fenômenos Geográficos mesmo fenômeno real a partir de diferentes escalas; – Os fenômenos vistos em uma escala mantém relações constantes com os de outras escalas; – Os agentes e processos que produzem a organização espacial observada numa escala, podem atuar em outras escalas, sendo necessárias abordá-las para uma melhor compreensão do fenômeno pesquisado. © Ederson Nascimento – Agosto/2011
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