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Unidade 5 Tronco encefálico

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Unidade 5 - Tronco encefálico 
Prof. Leonardo Francisco 
• O tronco encefálico está localizado entre a 
medula espinal e o diencéfalo, situando-se 
anteriormente ao cerebelo. 
• É constituído por corpos de neurônios que se 
agrupam em núcleos e fibras nervosas que, por 
sua vez, se agrupam em feixes denominados 
tratos, fascículos ou lemniscos. 
• Os relevos e depressões da superfície do tronco 
encefálico devem ser identificados nas peças 
anatômicas, pois representam elementos de sua 
composição interna, sendo particularmente 
importantes para o estudo da estrutura e 
função. 
 
• Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 
estabelecem conexão no tronco encefálico. 
 
• O tronco encefálico se divide em bulbo, 
inferiormente; mesencéfalo, superiormente; e 
ponte, situada entre ambos. 
 
Bulbo 
• Situado entre a decussação das pirâmides e a 
margem inferior da ponte (sulco bulbo-pontino), 
forma a transição entre a medula espinal e o 
cérebro. É importante observar seus limites 
(superior e inferior), os sulcos e principais 
acidentes anatômicos. 
• Funções: o bulbo com seus núcleos e feixes 
nervosos possui áreas relacionadas com o 
controle cardiovascular, com a função 
respiratória, com o espirro, com a deglutição, 
com o vômito e com o bocejo. 
 
 
Estruturas Anatômicas 
• Superiormente sua sua face posterior forma a 
base do IV ventrículo, e externamente tem 
sua limitação com a ponte demarcada pelo 
sulco bulbo-pontino. 
• Pirâmide: Em sua face ventral encontramos 
um feixe de fibras que forma o trato piramidal, 
que constitui a via para iniciar os movimentos 
coordenados dos músculos esqueléticos. 
 
• Decussação das pirâmides: Localizada na parte 
inferior do bulbo, constitui a principal estrutura 
anatômica no controle voluntário de metade do 
corpo pelo hemisfério cerebral oposto. Neste 
ponto, cerca de 75 a 90% das fibras corticospinais 
na pirâmide decussam para o lado oposto e 
formam o trato corticospinal lateral. O restante 
das fibras corticospinais descem ipsilateralmente 
para formar o trato corticospinal anterior. 
 
 
• Oliva: localiza-se na face lateral, é uma eminência 
de substância cinzenta. 
• Tubérculos Grácil e Cuneiforme: Os núcleos grácil 
e cuneiforme , posteriores, estabelecem 
comunicação entre a medula e o tálamo e 
cerebelo. Estes núcleos apresentam tubérculos, 
que constituem sua parte visível. 
• Pedúnculo cerebelar inferior: estrutura que 
conecta o bulbo ao cerebelo permitindo a 
passagem de fibras que formam tratos aferentes e 
eferentes. Também conecta a medula espinal ao 
cerebelo. É formado pela união dos Tubérculos 
acima. 
 
• Do Bulbo, emergem 4 nervos craniais: 
Glossofaríngeo (IX par, misto): Sensitivo: gustação no 1/3 posterior da 
língua; inervação do 1/3 posterior da língua, faringe, úvula, tonsilas, 
tuba auditiva, seio e corpo carotídeos; inerva parte do pavilhão 
auditivo e do meato acústico externo; fibras parassimpáticas terminam 
no gânglio ótico e dele saem fibras do nervo aurículo-temporal que 
inerva a glândula parótida; Motor: inerva o músculo constrictor da 
faringe e o músculo estilofaríngeo. 
Vago (X par, misto):Sensitivo: gustação na epiglote; inervação de parte 
da faringe, laringe, traquéia, esôfago e vísceras torácicas e abdominais; 
inervação de parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo; 
inervação parassimpática das vísceras e abdominais; Motor: inervação 
de músculos da faringe e da laringe. 
Acessório (XI par, motor): Motor: une-se ao vago; inerva os músculos 
da laringe através do nervo laríngeo recorrente e as vísceras torácicas 
juntamente com fibras vagais; inerva os músculos 
esternocleidomastóideo e trapézio. 
Hipoglosso (XII par, motor): Motor: inerva a musculatura extrínseca e 
intrínseca da língua 
 
 
 
1 – Quiasma óptico 
2 – Nervo óptico 
3 – Nervo óculo-motor 
4 – Trato óptico 
5 – Pedúnculo cerebral 
6 – Corpo geniculado lateral 
7 – Emergência do nervo 
trigêmeo 
8 – Forâme cego 
9 - Pirâmide 
10 – Túber cinéreo 
11 - Infundíbulo 
12 – Corpo mamilar 
13 – Sulco basilar 
14 – Sulco bulbo-pontino 
15 – Ângulo ponto-cerebelar 
16 - Oliva 
17 – Decussassão das pirâmides 
18 – Fissura mediana anterior 
 
Vista Anterior 
Vista Posterior 
1 – Glândula pineal 
2 – Colículo superior 
3 – Corpo geniculado medial 
4 – Corpo geniculado lateral 
5 – Pedúnculo cerebelar superior 
6 – Colículo facial 
7 – Sulco limitante 
8 – Sulco mediano 
9 – Tubéculo Cuneiforme 
10 – Sulco intermédio 
11 – Pulvinar do tálamo 
12 – Colículo inferior 
13 – Frênulo do véu medular superior 
14 – Véu medular superior 
15 – Fóvea superior 
16 – Pedúnculo cerebelar médio 
17 – Fóvea inferior 
18 – Área vestibular 
19 – Tubérculo grácil 
20 – Sulco mediano posterior 
 
 
Ponte 
• É a parte do tronco encefálico interposta entre 
o bulbo e o mesencéfalo. É importante 
observar seus limites (superior e inferior), o 
sulco basilar (e sua relação com a artéria 
basilar) e o pedúnculo cerebelar médio 
(estrutura que conecta a ponte ao cerebelo). 
• Núcleos de nervos cranianos na ponte: 
trigêmeo [NC V], abducente [NC VI], facial [NC 
VII] e vestibulococlear [NC VIII]. 
Estruturas Anatômicas 
• É quase que totalmente composto de 
substância branca, servindo como ponto de 
ligação entre o bulbo com os centros corticais 
superiores. 
• Situa-se ventralmente ao cerebelo, e repousa 
sobre o dorso da sela túrcica (fossa hipofisal). 
 
• Em sua face ventral, encontramos um feixe de 
fibras que forma o pedúnculo cerebelar 
médio, que se dirige a cada hemisfério 
cerebelar. Encontramos também um sulco, o 
sulco basilar, que geralmente aloja a artéria 
basilar. A ponte é separada do bulbo pelo 
sulco bulbo-pontino. 
• Sua face dorsal constitui o assoalho do 4o 
ventrículo. 
• Da Ponte, emergem 4 nervos cranianos: 
Trigêmeo (V par, misto) - Sensitivo: responsável pela 
sensibilidade somática de grande parte da cabeça; conduz 
impulsos exteroceptivos (temperatura, dor, pressão e tato) 
e propriceptivos. Motor: inerva os músculos da 
mastigação, milo-hióide e o digástrico. 
Abducente (VI par, motor): inerva o músculo reto lateral. 
Movimento dos olhos. 
Facial (VII par, misto)- Sensitivo: gustação nos 2/3 
anteriores da língua; inerva a parte posterior das fossas 
nasais e face superior do palato mole; inerva parte do 
pavilhão auditivo e do meato acústico externo; inervação 
pré-ganglionar das glândulas submandibular, sublingual e 
lacrimal; Motor: inervação dos músculos da mímica, estilo-
hióideo e ventre posterior do digástrico. 
Vestibulococlear (VIII par, sensitivo): parte vestibular; 
conduz impulsos relacionados com o equilíbrio; parte 
coclear; conduz impulsos relacionados com a audição. 
 
1 – Quiasma óptico 
2 – Nervo óptico 
3 – Nervo óculo-motor 
4 – Trato óptico 
5 – Pedúnculo cerebral 
6 – Corpo geniculado lateral 
7 – Emergência do nervo 
trigêmeo 
8 – Forâme cego 
9 - Pirâmide 
10 – Túber cinéreo 
11 - Infundíbulo 
12 – Corpo mamilar 
13 – Sulco basilar 
14 – Sulco bulbo-pontino 
15 – Ângulo ponto-cerebelar 
16 - Oliva 
17 – Decussassão das pirâmides 
18 – Fissura mediana anterior 
 
Vista Anterior 
Vista Posterior 
1 – Glândula pineal 
2 – Colículo superior 
3 – Corpo geniculado medial 
4 – Corpo geniculado lateral 
5 – Pedúnculo cerebelar superior 
6 – Colículo facial 
7 – Sulco limitante 
8 – Sulco mediano 
9 – Tubéculo Cuneiforme 
10 – Sulco intermédio 
11 – Pulvinar do tálamo 
12 – Colículo inferior 
13 – Frênulo do véu medular superior 
14 – Véu medular superior 
15 – Fóvea superior 
16 – Pedúnculo cerebelar médio 
17 – Fóvea inferior 
18 – Área vestibular 
19 – Tubérculo grácil 
20 – Sulco medianoposterior 
 
 
Mesencéfalo 
• É a porção mais superior do tronco encefálico 
e está situado entre a ponte, inferiormente, e 
o diencéfalo, superiormente. 
• É atravessado pelo aqueduto do mesencéfalo 
que liga o terceiro ventrículo ao quarto 
ventrículo. 
• De sua região emergem 2 pares de nervos 
cranianos: Oculomotor [NC III] e Troclear [NC 
IV]. 
 
 
 
A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto é o tecto do 
mesencéfalo. 
Ventralmente, temos os dois pedúnculos cerebrais, que por sua vez, se dividem 
em uma parte dorsal, o tegmento e outra ventral, a base do pedúnculo. 
Estruturas Anatômicas 
• Na base do mesencéfalo, existe uma área 
pigmentada por melanina chamada de substância 
negra. 
• A população neuronal da substância negra 
consiste em neurônios pigmentados (duas vezes 
mais) e não pigmentados. 
• O neurotransmissor dos neurônios pigmentados 
é a dopamina, muito importante para a 
normalidade das funções motoras. 
• Os neurônios não pigmentados são colinérgicos. 
 
 
O tratamento psicoterápico ocorre em função da depressão, perda de memória e do aparecimento de 
demências e pode incluir a prescrição de medicamentos antidepressivos e de outros psicotrópicos. 
Núcleo Rubro: 
• O núcleo rubro, ou núcleo vermelho, é assim 
denominado em virtude da tonalidade 
ligeiramente rosea que apresenta nas 
preparações a fresco. 
• Aparece nos cortes transversais com uma seção 
circular, mas na realidade sua forma é oblonga. 
• Cada núcleo rubro é abordado na sua 
extremidade caudal pelas fibras do pedúnculo 
cerebelar superior que o envolve. Essas fibras vão 
penetrando no núcleo à medida que sobem, mas 
grande parte delas termina no tálamo. 
 
• Participa do controle da motritricidade somática. 
Recebe fibras do cerebelo e das áreas motoras do 
córtex cerebral e dá origem da tracto rubro-
espinhal, através do qual influencia os neurônios 
motores da medula, responsáveis pela inervação 
da musculatura distal dos membros. 
• O núcleo rubro se liga também ao complexo 
olivar inferior através das fibras rubro-olivares, 
que integram o circuito rubroolivo-cerebelar. 
 
• No teto do mesencéfalo encontram-se os 
colículos superiores, relacionados com a visão 
e os colículos inferiores, relacionados com a 
audição. 
• O pedúnculo cerebelar superior é a estrutura 
através da qual, o mesencéfalo mantém 
conexão com o cerebelo. 
 
2 Colículos Superiores 
3 Colículos inferiores 
4 Braço do colículo inferior 
• No mesencéfalo encontram se os Núcleos dos 
nervos cranianos: 
• Oculomotor [NC III]: motor; inerva os 
músculos levantador da pálpebra, reto 
superior, reto inferior, reto medial, oblíquo 
inferior (somíticos), ciliar e esfíncter da pupila 
(lisos). 
• Troclear [NC IV]: motor; inerva o músculo 
oblíquo superior do olho. 
 
1 – Quiasma óptico 
2 – Nervo óptico 
3 – Nervo óculo-motor 
4 – Trato óptico 
5 – Pedúnculo cerebral 
6 – Corpo geniculado lateral 
7 – Emergência do nervo 
trigêmeo 
8 – Forâme cego 
9 - Pirâmide 
10 – Túber cinéreo 
11 - Infundíbulo 
12 – Corpo mamilar 
13 – Sulco basilar 
14 – Sulco bulbo-pontino 
15 – Ângulo ponto-cerebelar 
16 - Oliva 
17 – Decussassão das pirâmides 
18 – Fissura mediana anterior 
 
Vista Anterior 
Vista Posterior 
1 – Glândula pineal 
2 – Colículo superior 
3 – Corpo geniculado medial 
4 – Corpo geniculado lateral 
5 – Pedúnculo cerebelar superior 
6 – Colículo facial 
7 – Sulco limitante 
8 – Sulco mediano 
9 – Tubéculo Cuneiforme 
10 – Sulco intermédio 
11 – Pulvinar do tálamo 
12 – Colículo inferior 
13 – Frênulo do véu medular superior 
14 – Véu medular superior 
15 – Fóvea superior 
16 – Pedúnculo cerebelar médio 
17 – Fóvea inferior 
18 – Área vestibular 
19 – Tubérculo grácil 
20 – Sulco mediano posterior 
 
 
Quarto ventrículo 
• É a cavidade do rombencéfalo, que possui uma 
forma losânica e está situada posteriormente ao 
bulbo e a ponte e anteriormente ao cerebelo. 
• Comunica-se inferiormente com o canal central 
da medula e superiormente, comunica-se com o 
terceiro ventrículo através do aqueduto do 
mesencéfalo. O quarto ventrículo se comunica 
com o espaço subaracnoideo através das 
aberturas laterais e da abertura mediana. 
 
 
Formação reticular 
• É um emaranhado de núcleos e fibras nervosas 
que ocupa a parte central do tronco encefálico. 
Embora pertencendo basicamente ao tronco 
encefálico, estende-se um pouco ao diencéfalo, 
superiormente, e aos níveis mais altos da 
medula, ocupando uma pequena área do 
funículo lateral, inferiormente. 
• A formação reticular tem uma estrutura que não 
corresponde exatamente à substância branca ou 
cinzenta, sendo, de certo modo, intermediária 
entre elas. 
 
• A formação reticular estabelece conexões com o 
cérebro, o cerebelo, com a medula espinal e com 
núcleos de nervos cranianos. 
• Dentre as funções atribuídas à formação reticular, 
as principais são: 
• Controle da atividade elétrica cortical - Regulação 
do sono e vigília, 
• Controle eferente da sensibilidade somática, 
• Controle da motricidade somática, 
• Controle da parte autônoma do sistema nervoso, 
• Controle neuroendócrino 
• Integração de reflexos (controle da respiração e 
controle vasomotor). 
 
 
• Formação reticular. Seus principais centros de regulação no bulbo, na ponte e no mesencéfalo. 
Correlações anatomoclínicas 
• LESÕES DO BULBO: 
Lesões da base do bulbo (hemiplegia cruzada com lesão do 
hipoglosso): 
Estas lesões, em geral, comprometem a pirâmide e o nervo 
hipoglosso. A Lesão da pirâmide compromete o tracto córtico-
espinhal e como este se cruza abaixo do nível da lesão, causa 
hemiparesia do lado oposto ao lesado. Quando a lesão se estende 
dorsalmente, atingindo os demais tractos motores descendentes, o 
quadro é de hemiplegia. A lesão do hipoglosso causa paralisia dos 
músculos da metade da língua situada do lado lesado, com sinais de 
síndrome de neurônio motor interior, que no caso se manifesta 
principalmente por hipotrolia destes músculos. Como a musculatura 
de uma das metades da língua está paralisada, quando o doente faz 
a protrusão da língua, a musculatura do lado normal desvia a língua 
para o lado lesado. 
 
Síndrome da artéria cerebelar inferior posterior (síndrome de 
wallemberg): 
A artéria cerebelar inferior posterior, ramo da vertebral, irriga a parte 
dorsolateral do bulbo. Lesões desta região frequentemente decorrem 
de trombose da artéria, o que compromete várias estruturas, 
resultando sintomatologia complexa. A seguir são enumeradas as 
principais estruturas lesadas com os respectivos sintomas: 
a) lesão do pedúnculo cerebelar inferior - incoordenação de 
movimentos na metade do corpo situada do lado lesado; 
b) lesão do tracto espinhal do trigêmeo e seu núcleo - perda da 
sensibilidade térmicae dolorosa na metade da face situada do lado da 
lesão; 
c) lesão do tracto espino-talâmico lateral - perda da sensibilidade 
térmica e dolorosa na metade do corpo situada do lado oposto ao da 
lesão; 
d) lesão do núcleo ambíguo – perturbações da deglutição e da fonação 
por paralisia dos músculos da faringe e da laringe. 
• LESÕES DA PONTE: 
Lesões do nervo facial: 
O nervo facial origina-se no núcleo do facial situado na ponte, emerge da 
parte lateral do sulco bulbo-pontino, próximo do cerebelo (ângulo ponto-
cerebelar). A seguir, penetra no osso temporal pelo meato acústico interno e 
emerge do crânio pelo forame estilomastóideo, para se distribuir aos 
músculos mímicos após trajeto dentro da glândula parótida. Lesões do nervo, 
em qualquer parte deste trajeto, resultam em paralisia total dos músculos da 
expressão facial nametade lesada. Estes músculos perdem o tônus, 
tornando-se flácidos e como isto ocorre com o músculo bucinador há 
frequente mente, vazamento de saliva pelo ângulo da boca do lado lesado. 
Como a musculatura do lado oposto está normal, resulta desvio da comissura 
labial para o lado normal, particularmente evidente quando o indivíduo sorri. 
Há também paralisia do músculo orbicular do olho cuja porção palpebral 
permite o fechamento da pálpebra. Como o músculo elevador da pálpebra 
(inervado pelo oculomotor) está normal, a pálpebra permanece aberta, 
predispondo o olho a lesões com infecções, uma vez que o reflexo corneano 
está abolido. Entende-se também porque o doente não consegue soprar, 
assoviar, pestanejar nem enrugar o lado correspondente da testa. 
 
 
Lesão da base da ponte (síndrome de millard-gubler): 
Uma lesão situada na base da ponte, comprometendo o tracto 
córtico-espinhal com as fibras do nervo abducente, resulta no 
quadro denominado hemiplegia cruzada, com lesão do 
abducente. A lesão do tracto córtico-espinhal resulta em 
hemiparesia do lado oposto ao lesado. A lesão do nervo 
abducente causa paralisia do músculo reto lateral do mesmo 
lado da lesão, o que impede o movimento do olho em direção 
lateral (abdução do olho). Como o olho não afetado se move 
normalmente, os movimentos dos dois olhos deixam de ser 
conjugados. Por isto, os raios luminosos provenientes de um 
determinado objeto incidem em partes não simétricas da retina 
dos dois olhos, por exemplo, na mácula do olho normal e em um 
ponto situado ao lado da mácula, no olho afetado. É por isso que 
o indivíduo vê duas imagens no objeto, fenômeno denominado 
diplopia. 
 
Lesão da ponte ao nível da emergência do nervo trigêmeo 
Lesões da base da ponte podem comprometer o tracto 
córtico-espinhal e as fibras do nervo trigêmeo, determinando 
um quadro de hemiplegia cruzada com lesão do trigêmeo. A 
lesão do tracto córtico-espinhal causa hemiplegia do lado 
oposto com síndrome do neurônio motor superior. A lesão do 
trigêmeo causa as seguintes perturbações motoras e 
sensitivas do mesmo lado: 
a) perturbações motoras — lesão do componente motor do 
trigêmeo causa paralisia da musculatura mastigadora do lado 
da lesão. Por ação dos músculos pterigoideos do lado normal, 
há desvio da mandíbula para o lado paralisado; 
b) perturbações sensitivas — ocorre anestesia da face do 
mesmo lado da lesão, no território correspondente aos três 
ramos do trigêmeo. 
 
• LESÕES DO MESENCÉFALO 
Lesões da base do pedúnculo cerebral (síndrome de weber): 
Uma lesão da base do pedúnculo cerebral geralmente compromete o tracto 
córtico-espinhal e as fibras do nervo oculomotor. A lesão do tracto córtico-
espinhal, como já foi visto, determina hemiparesia do lado oposto. Da lesão 
do nervo oculomotor resultam os seguintes sintomas no lado da lesão: 
a) impossibilidade de mover o bulbo ocular para cima, para baixo ou em 
direção medial por paralisia dos músculos retos superior, inferior e medial; 
b) diplopia; 
c) desvio do bulbo ocular em direção lateral (estrabismo divergente), por ação 
do músculo reto lateral não contrabalançada pelo medial; 
d) ptose palpebral (queda da pálpebra), decorrente da paralisia do músculo 
levantador da pálpebra, o que impossibilita também a abertura voluntária da 
pálpebra; 
e) dilatação da pupila (midríase) por ação do músculo dilatador da pupila 
(inervado peIo sistema nervoso simpático), não antagonizada pelo constritor 
da pupila cuja inervação parassimpática foi lesada. 
 
 
• Lesão do tegmento do mesencéfalo (síndrome de 
benedikt) 
Uma lesão no tegmento do mesencéfalo compromete o 
nervo oculomotor, o núcleo rubro e os lemniscos 
mediai, espinhal e trigeminal, resultando os sintomas 
descritos a seguir: 
a) lesão do oculomotor — já estudada no item anterior; 
b) lesão dos lemniscos mediai, espinhal e trigeminal — 
anestesia da metade oposta do corpo, inclusive da 
cabeça, esta última causada por lesão do lemnisco 
trigeminal; 
c) lesão do núcleo rubro — tremores e movimentos 
anormais do lado oposto à lesão.

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