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Aula Síndromes Gástricas

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Síndromes Gástricas:
Estomago é dividido em três ou quatro partes. Alguns autores consideram a cárdia como uma região. Cada região tem sua importância: fundo, corpo e antro. Lembrar que na região de fundo e corpo gástrico tem presença de células parietais e células mucosas (caliciformes). As células parietais secretam HCL e pepsinas sob estímulo das células G que produzem gastrina e das células D que produzem somatostatina. A principal função do estômago é digerir proteínas. O epitélio é simples, secretor. As células caliciformes produzem muco e prostaglandinas que protege o epitélio gástrico. Além do HCL secretado pelas células parietais por meio de suas bombas de H+K+ATPase, secretam FI (fator intrínseco) que é necessário à absorção da vitamina B12 no íleo distal. O estímulo das células parietais é feito pela gastrina que recebe acetilcolina por estímulo vagal e a histamina indiretamente estimulada pela somatostatina secretada pela célula D. Fatores de proteção gástrica são a secreção de muco, de bicarbonato, barreita do próprio epitélio, fluxo sanguíneo mucoso e síntese de prostaglandinas. AINES inibem através da via da COX1 transformação em prostaglandina, ou seja, diminui esse fator de proteção do estômago. Uso prolongado deve ser feito em associação com protetor gástrico (omeprazol).
Dispepsia: é uma dor ou desconforto no andar superior do abdome associada à má digestão. O paciente dispéptico está constantemente nauseado, sensação de má digestão, vomito, pirose, peso no estomago, irritação. Pode estar ou não associada a alterações orgânicas (funcional, não funcional). Dispepsia não tem substrato anatômico identificável. Sinais de alarme são: emagrecimento, anemia, disfagia, icterícia, vômitos, cirurgias prévias, sintomas sistêmicos, visceromegalias.
H. pylori: bactéria gram negativa que habita e coloniza a parede do estômago mas sem causar doença em todos os hospedeiros. Está associada à má higiene, transmissão oro-fecal, oro-oral, gastro-oral. Gastrite, úlceras, adenocarcinoma ou linfoma MALT são atribuíveis à susceptibilidade do indivíduo, virulência da cepa, idade de aquisição, fatores genéticos, ambientais, e possivelmente outros ainda não conhecidos. Pode pesquisar H. pylori por endoscopia, biópsia, sorologia. Tem de excluir que o paciente não tem H. pylori associado a gastrite, ulcera, é obrigado descartar pq é fator de risco para linfoma.
Gastrite: queimação por inflamação crônica da parede estomacal, cujo fator mais importante é o H. pylori. Café e tabagismo também são importantes. A gastrite atrófica é responsável por metaplasia por alteração no epitélio gástrico. A pangastrite pode levar a atrofia do epitélio gástrico e predispõe a adenocarcinoma gástrico. Paciente queixa desde sintomas leves como náusea, queimação e dor, até sintomas mais graves como deixar de comer por conta da dor.
Úlcera: forte associação com H. pylori, principalmente no duodeno (90-95%) pq o m.o. interrompe a via da prostaglandina, tira o fator protetor do estômago, eleva a acidez estomacal, levando à doença ulcerosa péptica. Queixa de fome intensa, vazio, dor localizada que melhora após se alimentar, dor que acorda paciente pela noite. Ùlcera gástrica tem associação em 60% dos casos com H. pylori. A úlcera gástrica leva a mais sintomas de perda ponderal e anorexia pois os pacientes costumam deixar de comer nesses casos. Outras causas não infecciosas são uso de AINES, síndrome de Zollinger-Ellison (tumor que estimula células G do antro, estimulando secreção exagerada de HCL pelas céls parietais), doença de Crohn (dça inflamatória intestinal), adenocarcinoma gástrico. Fatores de risco são uso de corticoides, AINES, anticoagulantes. Úlcera é a principal causa de hemorragia digestiva alta. A úlcera que mais perfura é do duodeno. Essas perfurações podem levar a uma peritonite [raio x: ar na região hepática = sinal de Jobert (que apresenta hipertimpanismo na região hepática)]

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