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FISIOPATOLOGIA – SISTEMA HEMATOPOIÉTICO SCHEILA MARIA Hematopoese: formação das células sanguíneas Função: manter os níveis fisiológicos das células maduras circulantes. Tecidos: Mielóides: medula óssea + células derivadas Linfóides: timo, linfonodos e baço. Estágios da hematopoese Embrionário 7ªs – 4ºmês Saco vitelino Hepatoesplênico 4º - 6º mês Baço e fígado Medular 6º mês Porção esponjosa dos ossos. Elementos do sangue: se originam de células tronco hematopoiéticas Pluripotentes – topo da hierarquia da MO Capacidade de renovação Fatores de crescimento: Há mecanismos de retroalimentação para manter os níveis normais Estimuladores: eritropoetina, GM-FS, fator estimulador de colônia de granulócitos e trombopoetina Fatores inibidores: fator de crescimento tranformador (TGF-) e Interferon- (IFN-) Do 3º para o 4º estágio há redução da taxa de divisão (que antes vinha aumentando) e aumento dos marcadores específicos. Muitas doenças alteram a produção das células sanguíneas: quantidade e morfologia celular. infecções e processos inflamatórios Deficiências nutricionais Tumores de origem hematopoiética (capacidade anormal de autorenovação). # Hemácias ou eritrócitos # células tronco progenitores multipotentes precursores comprometidos precursores tardios e formas maduras Estágios de diferenciação: proeritroblasto eritroblasto basófilo eritroblasto policromatófilo eritroblasto ortocromático reticulócito eritrócito. As células mais imaturas apresentam síntese proteica (formação da Hb), as mais maduras adquirem ferro, perdem núcleo hemácia. Se originam na MO e morrem no fígado e baço Em condições normais há apenas eritrócitos e reticulócitos no sangue periférico. ( reticulócitos, atividade medular) Condições que causam reticulocitose na decorrência de anemia: a. Sangramentos b. Hemólise c. Medicamentos para melhorar função sanguínea Eritropoetina: produzida nos rins e responsável pela regulação da produção das células da linhagem vermelha. Ácido fólico e Vit B12: Essenciais a síntese de DNA e portanto a maturação nuclear e divisão celular. A sua ausência causa déficit na proliferação das hemácias, liberação de hemácias maiores que as normais (macrócitos) com membrana frágil, ovalada e irregular. Transportam O² porém tem vida curta. # Granulócitos # Estágios de diferenciação: célula indiferenciada mielóide mieloblasto pró-mielócito mielócitos (com inicio da diferenciação dos núcleos) metamielócito bastonete célula com núcleo segmentado (sangue periférico) o Obs: os metamielócitos e bastonetes fazem parte da reserva medular. Como os granulócitos vivem apenas por horas essa reserva se faz importante na vigência de uma infecção, na qual não seria possível a MO fabricar uma grande demanda pra combater a infecção rapidamente. Constituem os basófilos, eosinófilos e neutrófilos São formados apenas na MO # monócitos e plaquetas # Os monócitos se originam de monócitos-granulócitos e quando entram em contato com o tecido se transformam em macrófagos. Suas funções são fagocitose, apresentação de antígeno e liberação de substâncias. As plaquetas se originam de megacariócitos provenientes da linhagem mielóide também. A produção de megacariócitos é estimulada pela trombopoetina produzida no fígado. As plaquetas são fragmentos de sua membrana e citosol. São eliminadas do corpo pelos pulmões e baço. # linfócitos # Produzidos nos linfonodos, baço, timo, tonsilas além da MO. Apresentam maior tempo de vida. As células B maturam na própria MO, já as T maturam no timo DISTÚRBIOS LEUCOCITÁRIOS 1. Leucopenia Consiste na diminuição do número de leucócitos circulantes, que normalmente é consequência de Neutropenia/Agranulocitose ou Linfopenia. A neutropenia e agranulocitose podem ser causadas por: a. Granulopoiese inadequada ou ineficaz: supressão de CTHs, supressão de precursores comprometidos com a linhagem granulocítica, condições congênitas ou doenças associadas (anemias megaloblásticas e síndromes megaloblásticas). b. Remoção acelerada ou destruição de neutrófilos: esplenomegalia e utilização periférica aumentada. c. Uso de medicamentos: toxicidade direta aos neutrófilos agranulocitose. Os sinais e sintomas estão associados a infecção, como náuseas, febre e fraqueza. 2. Proliferações reativas inflamatórias Leucocitose: aumento do número de leucócitos no sangue. Neutrofílica: ocorrem na presença de infecção bacteriana aguda ou inflamação por necrose tecidual Eosinofílica: ocorrem quando em desordens alérgicas, infestações parasitárias, reações a drogas e algumas doenças malignas (ex. linfoma de Hodking). Basofílica: rara, indica doença mieloproliferativa Monocitose: infecções crônicas como tuberculose, endocardite bacteriana, malária, doenças vasculares do colágeno e doenças intestinais inflamatórias Linfocitose: acompanha a monocitose em muitos distúrbios, aparece também em infecções virais como hepatite A e citomegalovírus. VER O QUE SÃO CORPOS DE DOHLE 3. Proliferações neoplásicas a. Leucemia aguda: caracterizada pelo crescimento rápido de células imaturas do sangue. b. Leucemia crônica: caracterizada pelo crescimento rápido de células maduras, mas anormais. Formas de diagnóstico: hemograma, mielograma e imunofenotipagem. distúrbios leucocitários proliferativos reativos neoplásicos leucopenias Fatores etiológicos e patogenéticos: mutações adquiridas (oncogenes, supressores de tumor), fatores genéticos hereditários (leucemia infantil), Vírus (EBV, HTLV-1, HHV-8), estimulação imune crônica (HIV, H. pylori), fatores inerentes ao ttt (LMA, quimio, radio). Neoplasias linfoides: Linfocítica: amplo acometimento da medula óssea, geralmente de sangue periférico. Linfoma: proliferações que surgem como massas teciduais distintas. Outra definição: Os linfomas malignos são um grupo diverso de cânceres derivados do sistema imunológico, que resultam da proliferação neoplásica dos linfócitos B e T. Esses tumores podem surgir em qualquer lugar no corpo, mais comumente nos linfonodos, porém ocasionalmente em outros órgãos nos quais residem elementos linfoides. Uma taxa de proliferação nitidamente aumentada e a interrupção da diferenciação são os sinais distintivos desses neoplasmas I. Leucemia linfocítica aguda (LLA) A leucemia linfocítica/linfoma linfoblástico agudo (LLA) são neoplasias compostas de células B (pré-B) ou T (pré-T) imaturas, as quais são chamadas de linfoblastos. Resulta da proliferação clonal maligna de precursores linfoides anormais que se acumulam na MO, sangue periférico, órgãos e tecidos. Essa proliferação clonal assim como na LMA é decorrente de alterações genéticas. - LLA-B é o subtipo mais comum. Mais comum no sexo masculino, raça branca - LLA é o câncer mais comum em crianças. A incidência volta a crescer após 65 anos. - 90% têm alterações cromossômicas estruturais ou numéricas. - Desregulação da expressão e da função dos fatores de transcrição que são necessários para o desenvolvimento normal das células B e T. - ETIOLOGIA: está relacionada a síndromes genéticas (ex. Down), exposição a radiação ionizante, vírus EBV. - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: sinais e sintomas de anemia, fenômenos hemorrágicos, febre, hepatoesplenomegalia, dores ósseas e atralgias, febre, entre outros. - AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: hemograma, teste de função renal e hepática,Rx, citoquímica, LLA-B (CD-10, CD-19, CD-20 e CD-22); LLA-T (CD-5, CD-7 e CD-2) - TTT: poliquimioterapia e radioterapia II. Leucemia linfocítica crônica (LLC) É uma doença clonal que envolve linfócitos B e se caracteriza pelo acúmulo destes linfócitos maduros no sangue periférico, medula e tecidos linfoides. - É uma doença típica do adulto, > 50 anos, sexo masculino - ETIOLOGIA: principal fator é o genético (anormalidades cromossômicas associadas). Não está relacionada a exposição a radiação ou subs. citotóxicas. - QUADRO CLÍNICO: maioria assintomático. Hepatoesplenomegalia, infecções, emagrecimento. - DADOS LABORATORIAIS: hemograma com leucocitose com aumento dos linfócitos maduros, mielograma com MO infiltrada por linfócitos pequenos e diferenciados. Imunofenotipagem e biópsia. - Linfocitose > 5.000 u/L em sangue periférico e mielograma > 30% maduros. III. Linfoma de Hodgkin (LH) Linfomas são tumores do sistema linfático. Pode acometer pode acometer gânglio, baço ou outro órgão com função linfática. LH se origina a partir de um linfonodo único ou de cadeias de linfonodos e se dissemina primeiramente para os tecidos linfóides anatomicamente contíguos (linfonodos mais próximos) Caracterizado pela presença de células neoplásicas B mono (de Hodgkin) ou multinucleadas (Reed- Sterneberg – se origina de uma célula B com expressão diminuída ou inexistente de imunoglobulina na superfície) com infiltrado inflamatório não neoplásico ao redor. As células REED-STERNEBERG são células grandes, multinucleadas, com proeminente nucléolo eosinofílico e aspecto em olho de coruja com infiltrado histocitário ao seu redor. - Homens mais acometidos que as mulheres - Fatores de risco: indivíduos imunocomprometidos (HIV, uso de drogas imunossupressoras e doenças genéticas hereditárias). - SINTOMAS: variam em função da localização anatômica do tumor: Em geral há aumento ganglionar assimétrico, linfonodos acometidos com consistência endurecida, prurido, esplenomegalia, infecções por deficiência na imunidade celular. Ex: tórax = tosse, falta de ar (dispneia) e dor torácica. Outros sintomas: febre, fadiga, sudorese, perda de peso e prurido. - DIAGNÓSTICO: Observar linfonodos aumentados por longo período sem presença de infecção aparente, determinar se a adenopatia é localizada ou generalizada bem como conhecer o processo cronológico de seu desenvolvimento. Biópsia excisional ou incisional, Biópsia de medula óssea (para determinar extensão da disseminação), estudos de citogenética. Verificar a presença das células RS. Imuno-histoquímica. Hodgkin •Início em linfonodos cervicais progredindo por contiguidade •Cpelulas Reed- Sternberg presentes •melhor prgnóstico •Aparece mais em crianças e jovens •Linfoadenopatia assimética Não Hodgkin •Progressão sistêmica, envolve via hematogênica também •Está em todas as faixas estárias •Prognóstico ruim •Linfoadenopatia simética De acordo com a imuno-histoquímica os LH podem ser classificados em dois tipos a depender da presença ou não dos dois principais anticorpos que caracterizam o LH, que são os marcadores CD-15 e CD-30. (ver tabela abaixo). Neoplasias mieloides Essas doenças envolvem primariamente a medula e, em menor grau, os órgãos hematopoiéticos secundários (baço, fígado e linfonodos). Leucemias mieloides: um acúmulo de formas mieloides imaturas (blastos) na medula óssea suprime a hematopoiese normal. Síndromes mielodisplásicas: hematopoiese ineficaz conduz às citopenias. Desordens mieloproliferativas: em que há geralmente produção aumentada de um ou mais tipos de células sanguíneas. IV. Leucemia mielóide aguda (LMA) Trata-se de um tumor de progenitores hematopoiéticos causado por mutações oncogênicas adquiridas que impedem a diferenciação, resultando na proliferação e acumulação clonal de blastos mieloides imaturos na medula. A proliferação exacerbada reduz a capacidade de amadurecimento e diferenciação. - SINTOMAS são devido a: eritropenia ou anemia (fadiga, fraqueza, sensação de frio, tontura, dor de cabeça, falta de ar); linfopenia e neutropenia (infecções e febre); trombocitopenia (hemorragia nasal frequente, hemorragia gengival, hematomas); LEUCOSTASE/HIPERLEUCOCITOSE (dor de cabeça, confusão mental, sonolência e fala ininteligível). Pode aparecer ainda hepatoesplenomegalia e cloroma (pela infiltração de blastos em fígado, baço ou pele. A infiltração no SNC é rara LLA OBS: Essa Hiperleucocitose pode ocorrer pois a quantidade de células imaturas é tão grande que os blastos chegam a transbordar da estrutura medular e alcançam o sangue cursando com leucocitose as custas de células blásticas. - corresponde a mais de 80% das leucemias. - tem como FATORES DE RISCO: radiação ionizante, substâncias químicas, agentes quimioterápicos, doenças genéticas. - DIAGNÒSTICO: Hemograma apresentando anemia normocítica e normocrômica, associado a leucocitose/leucopenia com ou sem blastos no sangue periférico. DHL e ac. úrico (demonstrando renovação celular). Confirmação feita pelo mielograma com > 20% de blastos no sangue periférico. Na imuno-histoquímica os marcadores são CD-13 e CD-33. V. Leucemia mielóide aguda (LMA) Translocação recíproca entre os braços longos dos cromossomos 9 e 22 das células tronco hematopoiéticas, provocando um aumento na produção de células maduras, porém anormais. - Maior frequência em adultos, 14% de todas as leucemias - Inicia-se na medula e depois invade o sangue periférico. - Se divide em três fases: a. FASE CRÔNICA: pctes geralmente assintomáticos, dura em média 1 a 5 anos, ocorre proliferação da linhagem mieloide com hiperplasia medular, capacidade de maturação das céls mieloides e manifestações periféricas podem ser controladas com quimio. b. FASE ACELERADA: perda progressiva da diferenciação celular, resistência à terapia medicamentosa e hemograma: ≥15% blastos c. FASE BLÀSTICA: semelhante à LMA, resistente à terapia medicamentosa, agressiva e sobrevida curta com hemograma: ≥30% blastos. VI. Distúrbios mieloproliferativos. O aspecto patogênico mais comum dos distúrbios mieloproliferativos é a presença de tirosina- cinases que sofreram mutação, constitutivamente ativadas: proliferação de células progenitoras independente de fatores do crescimento. Ou seja: uma alteração cromossômica por uma anormalidade adquirida envolvendo a célula-tronco hematopoiética promove a proliferação desordenada de unidades precursoras de grupos celulares da linhagem mielóide. Alterações no precursor granulocítico promove LMC Alterações no precursor de céls vermelhas promovem policitemia vera Alterações no precursor dos megacariócitos promovem a trombocitose essencial Alterações que promovem fibrose reativa medular levam a mielofibrose DISTÚRBIOS ERITROCITÁRIOS E HEMORRÁGICOS Anemias Anemia é definida como uma redução da massa eritrocitária circulante total abaixo dos limites normais. Pode ocorrer por: Destruição de eritrócitos: anemias hemolíticas, talassemias Perda de sangue: trauma, lesões do TGI Menor produção de eritrócitos: anemia ferropriva, deficiência de B¹² e folato. OBS: a destruição de hemácias causa reticulócitos, bilirrubina indireta e DHL. Os valores mínimos normais da concentração de Hb sanguínea é de: 13 g/dL para homens 12 g/dL para mulheres 11 g/dL para gestantes e crianças entre 6 meses – 6 anos Na anemia aguda perdas de volume sanguíneo > 20% causa taquicardia, palidez, hipotensão e choque. Quando >30% o choque é rapidamente irreversível e letal. Na anemiacrônica não há diminuição do volume sanguíneo devido á adaptação. As anemias podem ser classificadas de acordo com as características das hemácias. Microcítica (VCM <80), normocítica (VCM 80-100), macrocítica (VCM >100) e ainda em hipocrômica (HCM < 26), normocrômica (HCM 26 – 34) A classificação das anemias quanto aos índices hematimétricos é: a. ANEMIAS MICROCÌTICAS HIPOCRÔMICAS: VCM < 80, HCM < 28 (anemia ferropriva e talassemia) b. ANEMIAS MACROCÍTICAS: VCM > 100 (anemia megaloblástica e aplásica) c. ANEMIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS: anemia ferropriva no começo, aplásica, por sangramento, por mielofibrose, leucemia. As anemias hemolíticas e por hemorragia aguda apresentam ainda reticulocitose pois se originam por perda periférica de hemácias, sem comprometimento medular. A intensa proliferação é a tentativa de corrigir a anemia. I. Anemia hemolítica Destruição prematura de eritrócitos e encurtamento do ciclo de vida dos eritrócitos abaixo dos 120 dias normais. Normalmente são auto-anticorpos (IgG ou IgM que se ligam na membrana eritrocitária) Elevação dos níveis de eritropoietina e aumento compensatório da eritropoiese, causa reticulócitos Acúmulo de produtos de degradação da hemoglobina liberados pela degradação de eritrócitos e derivados da hemoglobina bilirrubina Anemia normocítica/macrocítica com reticulócitos, Bb. Dianósticom com testes de aglutinação e TTT com terapia imunossupressora II. Esferocitose hereditária Defeitos intrínsecos do esqueleto da membrana eritrocitária que tornam os eritrócitos esferoides menos deformáveis e vulneráveis ao sequestro esplênico e à destruição. Anemia microcítica, hipercrômica, hemácias esféricas e sem palidez central, reticulócitos Pcte apresente icterícia, esplenomegalia e o TTT inclui esplenectomia e vacinas. III. Deficiência de G6PD Os eritrócitos são vulneráveis à lesão por oxidantes exógenos e endógenos. A deficiência da G6PD aumente o estresse oxidativo causando destruição eritrocitária. Ocorrem reações cruzadas de grupos sulfidril nas cadeias da globina levando a desnaturação formam os corpos de Heinz IV. Doença falciforme Causada por uma mutação pontual no sexto códon da βglobina que provoca a substituição de um resíduo de glutamato por um resíduo de valina. A célula falciforme apresenta menor capacidade de segurar o oxigênio e membrana mais frágil. São naturalmente destruídas causando anemia. Não circulam de forma eficaz bloqueando vasos de menor calibre Anemia normocrômica e normocítica, reticulócitos, hemácias em foice (drepanócitos), Bb indireta Algumas formas de TTT são hemotransfusões, transplante, uso de ac fólico. V. Talassemias Constituem um grupo heterogêneo de distúrbios causados por mutações herdadas que diminuem a síntese de hemoglobina adulta, HbA (α2β2). Podem se manifestar nas cadeias (-talassemias) ou nas cadeias (-talassemias) Anemia microcítica e hipocrômica -talassemias - causadas por deleções herdadas e resultam em síntese reduzida ou ausente das cadeias de α- globina. - Deleção de dois genes de α-globina de um único cromossomo (α/α -/-) ou deleção de um gene α-globina de cada um dos dois cromossomos (α/-α/-) - A depender da condição genética encontrada pode variar de assintomática a grave e letal. -talassemias - As β-talassemias são causadas por mutações que diminuem a síntese das cadeias de β-globina - Podem aparecer nas formas 0 ou + - A maioria dos eritroblastos morre na MO (e eritropoiese é então ineficaz), porém os que são liberados sofrem hemólise extra-celular: ocorre destruição de agregados de eritrócitos no baço. - Ocorre expansão da MO, sobrecarga sistêmica de ferro (hemocromatose secundária). VI. Anemia por deficiência de vit B¹² e folato (perniciosa/megaloblástica) Vitamina B12 (Anemia Perniciosa/Megaloblástica) e ácido fólico são coenzimas necessárias para a síntese de timidina, uma das quatro bases encontradas no DNA. Uma deficiência dessas vitaminas ou um prejuízo em seu metabolismo resulta em maturação nuclear defeituosa. As hemácias produzidas são grandes e imaturas Eritropoiese ineficaz: os próprios macrófagos da MO destroem essas hemácias A deficiência pode se dar por diversos fatores como ingesta inadequada, absorção prejudicada (doenças que afetam o i. delgado) e demanda excessiva (ex gravidez e lactação). VII. Anemia por deficiência de ferro (Ferropriva) É uma anemia microcítica e hipocrômica O ferro é absorvido no intestino na forma Heme ou Não-heme, parte é perdido por descamação epitelial e parte cai na corrente sanguínea onde se liga a transferrina. Esse ferro é então levado a MO eritróide onde será adicionado aos grupos HEME das Hb. A anemia se instala da seguinte forma: depleção gradativa de ferro eritropoese deficiente instalação da anemia propriamente dita O hemograma apresenta anemia microcítica e hipocrômica, anisocitose, reticulócitos e plaquetose. O perfil do ferro é outro teste que pode ser realizado. OBS: ingestão de ferro na gravidez = 30-60mg de ferro elementar + 0,4 mg de ácido fólico, 1x/dia durante toda a gestação. Sintomatologia geral das anemias inclui: • Fadiga generalizada/indisposição para o trabalho • Falta de apetite • Palidez de pele e mucosas • Dor nos ossos, articulações e músculos • Maior suscetibilidade a infecções • Falta de ar • Dificuldade de aprendizagem em crianças (deficiência de ferro) • Apatia (crianças muito ‘’paradas’’) Achados laboratoriais principais: • Número total de eritócitos, Hemoglobina e Ht (diminuído) • VCM (variável) • Ferro sérico (variável) • Ferro medular (variável) • Ferritina (variável) • Transferrina (variável) • B12 (variável) • Homocisteína (variável) • Reticulócitos(normal ou aumentado) • Alterações eritrocitárias morfológicas (esferócitos, drepanócitos, corpos de Heinz, células mordidas, hipocromia)
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