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DCDiurno PenalEspecial DPigozzi Aula09e10 170915 MGomes

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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Penal - Parte Especial 
 Professor: Denis Pigozzi 
Aulas: 09 e 10| Data: 17|09|15 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1.FALSIDADE DE ATESTADO MÉDICO 
2.DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA 
3.CONSTITUIÇÃO DE MILÍCIA 
4. DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
5.FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
6.FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS POR EQUIPARAÇÃO 
 
1.FALSIDADE DE ATESTADO MÉDICO 
 
(Continuação) 
Artigo 302 do Código Penal. 
Trata-se de um crime próprio, pois a lei exige requisito especial para sua prática. No caso, ser médico. 
Por sua vez, admite-se a participação de terceiros. 
Quem não é médico e falsifica atestado médico, comete o crime do artigo 301, parágrafo 1º, do Código Penal. 
Quando o médico fornece o atestado no desempenho de função pública (e no hospital público), pratica o delito 
do artigo 301, “caput” do Código Penal. 
Se o particular, autor do atestado próprio falso, é dentista, veterinário, comete falsidade ideológica do artigo 299 
do Código Penal. 
Tipo objetivo: tal crime pressupõe que um profissional da medicina forneça um atestado médico falso. 
Alem disso, o crime só se caracteriza quando o conteúdo do atestado referir típicas dos médicos, como é o caso 
das ocorrências de doenças. 
O atestado dever ser dado por escrito. 
Quem usa o atestado falso, pratica o crime de uso de documento falso. 
Consumação: ocorre no instante em que o médico fornece o atestado a alguém. 
A tentativa é possível. 
Acréscimo de pena – artigo 302, parágrafo único do Código Penal. 
Se o crime é cometido com fim de lucro, aplica-se também a multa. 
 
 
2.DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA 
 
Artigo 288 do Código Penal. 
Associação Criminosa 
Trata-se de um crime de concurso necessário de condutas paralelas, porque os envolvidos auxiliam-se 
mutuamente, visando um resultado comum. 
A título de curiosidade, a rixa é um crime de concurso necessário de condutas contrapostas, no qual as condutas 
partem de pontos opostos e desenvolvem-se umas contra as outras. 
 
 
 
 Página 2 de 4 
Por fim, temos o crime de concurso necessário de condutas convergentes, no qual as condutas partem de pontos 
opostos vindo a se encontrarem posteriormente. Como, por exemplo, a bigamia. 
 
Objetividade jurídica: protege a paz pública. Associação criminosa é um crime de perigo e um delito autônomo 
em relação aos demais praticados pelos seus integrantes. 
Ato infrancional: 
Sujeito passivo: é a coletividade, sendo classificado como crime vago (é aquele que tem como sujeito passivo um 
ente que carece de personalidade jurídica, como é o caso da coletividade. Não confundir crime vago com crime 
falho, porque este é sinônimo da tentativa perfeita. 
Não confundir crime vago com quase crime, tendo em vista que, este é sinônimo de crime impossível. 
Já o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, desde que tenha no mínimo três delas. 
Nesse número mínimo podem-se contar menores e até inimputáveis. Porém, os menores respondem por ato 
infracional de associação criminosa perante o Estatuto da Criança e o Adolescente – ECA. 
Posso ter uma associação criminosa somente de menores – ato infracional. Estas três pessoas não precisam estar 
identificadas. 
Exemplos: três fogem e prendem duas pessoas da associação. 
 
Tipo objetivo: associarem-se (reunião, união, aliança de no mínimo três pessoas). O vinculo desse crime é estável 
e permanente, pois, se o vinculo for eventual ou ocasional, temos o concurso eventual de pessoas. 
Tipo subjetivo: a finalidade da associação criminosa é cometer crimes (dolosos); não pode contravenção penal; 
não pode ser crime único. 
Consumação e tentativa: consuma-se da associação para a prática de crimes (crime formal). Caso os outros 
delitos sejam praticados, haverá concurso material de crimes. 
 
 A tentativa é possível? 
R- N Ã O, porque a associação criminosa já é um ato preparatório para outros crimes, porém o Legislador a 
considerou um crime autônomo, já tipificou um ato preparatório. 
 Trata-se de crime permanente, sendo possível a prisão em flagrante a qualquer momento enquanto não 
cessada a permanência. 
 
Causas de aumento de pena: a pena desse crime aumenta-se até a metade nas seguintes hipóteses. 
1 – se associação é armada conter arma própria ou imprópria; nem todos os integrantes precisam estar armados, 
bastando que tal instrumento esteja a disposição dos mesmos. 
2 – se houver participação de criança ou adolescente, a pena pode ser aplicada até a metade. 
 
 
3.CONSTITUIÇÃO DE MILÍCIA – artigo 288-A do Código Penal. 
 
Objetividade jurídica: preservar a paz pública. 
Sujeito ativo: crime comum. 
Sujeito passivo: a coletividade e, notadamente, os moradores da região dominada. 
 
 
 
 Página 3 de 4 
Tipo objetivo: pressupõe que a associação de agentes tenha a finalidade especifica de praticar crimes do Código 
Penal. A ação refere-se a as milícias privadas que se unem sob o pretexto de prestar serviços de segurança em 
certa localidade e que, nesta condição, praticam os crimes como: homicídio, extorsão, tortura... 
Nessas milícias, um grupo de agentes previamente organizados, toma, mediante violência e ameaça, determinado 
território e passa a agir de forma ostensiva (armados), fazendo as vezes da policia preventiva (tem que ser no 
numero mínimo de três pessoas). 
 
Por sua vez, as condutas típicas são as seguintes: 
1 – constituir: criar, fundar; 
2 – organizar – estruturar; 
3 – integrar – fazer parte da milícia; 
4 – manter – após a constituição da milícia, colaboram para que prossiga em suas atividade; 
5 – custear – colaborar financeiramente para a existência da organização; 
 
Consumação: ocorre com a constituição da milícia (crime formal e de perigo). Caso cometam crimes, os milicianos 
respondem em concurso material. Pressupõe estabilidade e cuida-se de crime permanente. A tentativa não é 
admitida. 
 
 
 
4.DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
Dos crimes praticados por funcionário publico contra a administração pública em geral. 
Artigo 312 a 327 do Código Penal. 
O funcionário público que comete este crime é chamado de “intraneus”. Tais crimes são classificados como 
próprios, porque a lei exige requisito especial para a sua prática, no caso ser funcionário público. 
 
Tais crimes são classificados pela doutrina como crimes funcionais, aliás, que se dividem assim: 
1 – crimes funcionais próprios: são aqueles em que retirada à qualidade de funcionário público, o fato torna-se 
atípico. 
 Exemplo: prevaricação. 
2 – crimes funcionais impróprios: são aqueles em que retirada à qualidade de funcionário público, opera-se a 
desclassificação para crime de outra natureza. 
 Exemplo: de peculato transformou-se em furto e ou apropriação indébita, dependendo do caso concreto. 
 
 
5.FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
 
 
 Artigo 327 do Código Penal. 
 
 
 
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De acordo com o artigo 327 do CP – norma penal explicativa, funcionário público é quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função publica. 
Cargo público: é aquele criado por lei, com numero certo, denominação própria e pago pelos cofres públicos: 
delegado, juiz, promotor. 
Emprego público: é aquele contratado pelo Estado para serviços temporários e sob o regime da CLT. 
Função pública: abrange qualquer conjunto de atribuições públicas que não correspondam a cargo ou emprego 
público. 
 Exemplo: jurados do júri, mesário. 
 
Atenção! 
O advogado dativo não é funcionário público, pois exerce função privada, fazendo assistência judiciária não torna 
em função pública. 
Oscuradores e tutores nomeados pelo Juiz, não são funcionários públicos, pois, não exercem função pública. O 
fato de serem nomeados pelo Juiz, não os tornam funcionários públicos, pois o critério é a função exercida. 
Inventariante, depositário, administrador judicial nomeados pelo Juiz também não são funcionários públicos, pois 
não exercem funções públicas. 
 
Cuidado! 
Já o tradutor judicial é funcionário publico, pois, é um perito. Aliás, os peritos querem sejam judiciais, indicados 
pelas partes são funcionários públicos. 
 
 
 
6.FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS POR EQUIPARAÇÃO 
 
 
Artigo 327, parágrafo 1º do Código Penal. 
É aquele que exerce cargo, emprego ou função em entidade para estatal (autarquias, empresas públicas, 
sociedades de economia mista e fundações públicas), e quem trabalha para empresa prestadora de serviço 
contratada ou conveniada para execução de atividade típica da administração pública, é a terceirização da 
atividade do Estado, como a permissão, concessão, autorização e convênio, (transporte, saúde, educação, 
limpeza, empresas que administram as estradas). 
 
 Qual é o alcance desta equiparação? 
Para concurso estadual, seguindo entendimento majoritário, os equiparados podem praticar crimes funcionais, 
mas não podem ser vitimas dos crimes contra a administração pública. 
 Exemplo: funcionário do Banco do Brasil, ele pode praticar peculato, mas não pode ser vítima de desacato.

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