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DCDiurno PenalEspecial MArgachoff Aula13e14 041215 RKardous

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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Penal Especial 
 Professor: Mauro Argachoff 
Aulas: 13 e 14 | Data: 04/12/2015 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
FURTO 
1) FURTO NOTURNO 
2) FURTO PRIVILEGIADO 
3) ART. 155, § 3º, CP (continuação) 
4) FURTO QUALIFICADO 
5) FURTO QUALIFICADO PRIVILEGIADO 
6) CONCURSO DE PESSOAS NO FURTO E ROUBO 
7) ART. 155, § 5º: QUALIFICADORA 
 
ROUBO 
1) ROUBO IMPRÓPRIO 
2) ART. 157, §2ª 
3) ART. 157, §3º 
 
EXTORSÃO 
 
3) ART. 155, § 3º, CP 
Art. 155, §3º: Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou 
qualquer outra que tenha valor econômico 
 - TV a cabo: Julgado STF considerando não ser energia. 
- Sinal telefônico: aplica-se. 
- Sêmen (energia genética). 
- Seres Humanos: não são coisas. 
- Órgãos para transplante: aqui aplica a Lei 9.434/97. 
- Cadáver ou parte: pode ser o art. 211 do CP. 
Art. 211 - Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
- Se pertencer a museu ou faculdade: art. 155 do CP. 
 
 
 
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- Se for de partes do cadáver para fins de transplante sem autorização: aplica-se a Lei 9.434/97. 
- Violar sepultura para subtrair ouro de arcada dentária ou próteses: 1ª Corrente: furto qualificado; 2ª Corrente: 
Violação de sepultura (corrente majoritária). 
- Furto de uso: não está previsto no CP. O agente não tem a intenção de manter a coisa em seu poder ou passá-la 
adiante. Deve ser demonstrado, desde o momento do apossamento, o uso momentâneo da coisa. Será considera 
atípico. 
- Furto famélico: cometido para saciar a fome ou satisfazer necessidade vital (tem que ser o único recurso que 
resta) – haverá estado de necessidade. 
4) FURTO QUALIFICADO 
- Art. 155, § 4º: A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: 
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; 
- Destruição (danificação completa); Rompimento (danificação parcial). 
 - Arrombamento; explosão de caixa eletrônico. 
- Dano: fica absorvido, mas precisa ser um dano proporcional, se for um dano muito grande, não fica afastado. 
- Obstáculo como parte integrante da coisa: não qualifica. Existência de posicionamento em contrário do STJ. Ex: 
quebrar o vidro do carro para levar o carro, neste caso, não qualifica. O que qualificaria, seria se o sujeito quebra 
o vidro para levar a bolsa que esta dentro. Mas o STJ entende que sim, será qualificadora. 
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
- Grande confiança. Caso contrário, agravante genérica do art. 61, II, f do CP “prevalecendo-se das relações 
domésticas”. 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não 
constituem ou qualificam o crime. 
(...) 
II - ter o agente cometido o crime 
(...) 
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência 
contra a mulher na forma da lei específica; 
- Fraude: artifício, engodo. (Lembrar que no estelionato o agente entrega, e no furto o sujeito pega a coisa) 
 
 
 
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- Escalada: via anormal utilizada para a pratica da infração. Esforço incomum. Há quem defenda que a escalada 
pode ser tanto a subida, entrar em um túnel, etc., mas há quem entenda que a escalada é sempre para cima. 
 - Destreza: habilidade. Mas tem que ser da coisa que a vítima traz consigo 
III - com emprego de chave falsa; 
- Imitação da verdadeira feita clandestinamente 
- Qualquer instrumento capaz de abrir fechadura, sem arrombar. 
- Ligação direta de veículo não é chave falsa 
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
- Maior facilidade na prática delituosa. Pode haver menor. 
- Necessidade ou não da presença dos agentes no local para configurar concurso de agente: Há divergência, 
prevalecendo mais que não precisa estar todos no local. 
- Associação criminosa: Tendência em admissão. Pois os bens jurídicos de cada crime (furto e associação) são 
diferentes 
5) FURTO QUALIFICADO PRIVILEGIADO: 
- Doutrina tende a ser contra. STF já entendeu possível. 
- "Súmula 511 do STJ: É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de 
crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a 
qualificadora for de ordem objetiva." 
6) CONCURSO DE PESSOAS NO FURTO E ROUBO: 
 - Alegação de ofensa ao princípio da proporcionalidade, pois no furto a pena dobra e roubo aumenta-se de um 
terço até metade. 
- Entendimento por não ofensa: Súmula 442 do STJ. “É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de 
agentes, a majorante do roubo”. 
7) ART. 155, § 5º: QUALIFICADORA 
Art. 155, § 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a 
subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado 
para outro Estado ou para o exterior 
 - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado 
para outro Estado ou para o exterior. 
- Não se refere ao meio de execução do crime, mas sim ao resultado posterior. 
 
 
 
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- Intenção de transportar: deve existir no momento da subtração. 
- Consumação: com a entrada do veículo em outro Estado ou País. 
- Tentativa: somente se transpor a fronteira, em perseguição, sendo preso imediatamente depois. 
- Ex. sujeito subtrai uma moto. É parado em blitz na estrada. Não há tentativa de furto qualificado porque o furto 
já se consumou e a qualificadora pressupõe que a divisa seja transposta. Haverá furto consumado, simples ou 
qualificado pelo parágrafo 4º. 
- Haveria a tentativa se o indivíduo estivesse sendo perseguido após subtração, vindo a cruzar a divisa e sendo 
preso imediatamente após. 
ROUBO 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, 
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, 
por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa 
- Violência (vis absoluta): força física ou ato agressivo empregado contra a pessoa. 
- Grave ameaça (vis relativa): promessa de mal injusto e grave, contra a vítima ou terceiros. 
- Qualquer outro meio (violência imprópria): sonífero, hipnose, etc. É considerado roubo. 
- Crime complexo: dupla objetividade jurídica (patrimônio e integridade corporal ou psíquica). 
- Sujeito ativo: crime comum, qualquer pessoa. 
- Sujeito passivo: o proprietário ou possuidor, bem como todos que sofram a violência, ainda que não sofram 
dano patrimonial. 
- Pessoa Jurídica: pode ser vítima pelo valor subtraído. 
- Consumação: Momento em que o agente se apossa do bem, ainda que preso no local. Entendimento dos 
tribunais superiores. STF/STJ. 
- Tentativa: quando não consegue se apoderar do bem, após a violência ou grave ameaça. 
- Concurso de crimes: 
a) Duas ou mais vitimas (violência ou grave ameaça) e lesão a apenas um patrimônio: crime único; 
b) Duas ou mais vítimas (violência ou grave ameaça) e mais de um patrimônio lesado: concurso formal, 
cometendo tantos crimes quantos forem os patrimônios lesados; 
 
 
 
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c) Única vítima (violência ou grave ameaça) e mais de um patrimônio lesado: responde por vários roubos se tinha 
conhecimento da diversidade de proprietários. Há posicionamento do STJ de crime único. 
1) ROUBO IMPRÓPRIO: 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a 
coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de 
assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou 
para terceiro. 
- Roubo comum:violência/grave ameaça como meio de subtração. 
- Roubo impróprio: conduta inicial de furto. Violência/grave ameaça para garantir impunidade ou detenção da 
coisa. 
 - O roubo impróprio não admite a chamada violência imprópria (“qualquer outro modo que reduza a capacidade 
de resistência da vítima”). 
- Consumação Roubo Impróprio: momento da violência ou grave ameaça. 
- Requisitos do roubo impróprio: 
a) Que o agente já tenha se apoderado do bem; 
b) Que a violência ou grave ameaça ocorram logo após a subtração; 
c) Que a finalidade do agente, com a violência ou grave ameaça seja a de garantir sua impunidade ou detenção da 
coisa para si ou para outrem. 
- Tentativa Roubo Impróprio: Duas correntes: 
a) não é possível (tribunais superiores); 
b) possível: quando o agente é preso ao tentar empregar a violência ou grave ameaça. 
- Se o agente não se apoderou ainda do bem e emprega violência para fugir: tentativa de furto em concurso 
material com lesão corporal. 
2) ART. 157, §2ª: 
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
- aplicam-se tanto ao roubo próprio como ao impróprio. 
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
- Arma própria ou imprópria 
- Arma de brinquedo não aumenta a pena (súmula 174 STJ foi revogada) 
 
 
 
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- Armas desmuniciadas e quebradas não aumenta a pena 
- Vitima afirma que agente estava armado (arma não encontrada). STF reconheceu qualificadora. 
- Roubo com arma e associação criminosa armada: concurso material de crimes (STF). 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
- Podendo haver menor de idade para compor. 
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. 
- Transportando os valores a trabalho. 
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade 
 - Não se trata de privação da liberdade: sequestro 
- Restrição: vítima mantida em poder do agente por breve espaço de tempo 
- Manter a vítima por tempo considerável para depois libertar: roubo em concurso material com sequestro. Ex. 
motorista de caminhão. 
- Manter em seu poder: trancar no banheiro e ir embora após o roubo não caracteriza. 
3) ART. 157, §3º: 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de 
reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a 
reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. 
- Lesão leve: absorvida pelo roubo. 
- Impede a aplicação das causas de aumento do §2º. 
- Resultado morte: Latrocínio. 
- Latrocínio tentado ou consumado é crime hediondo. 
- O resultado morte pode decorrer de dolo ou culpa. Admite a forma preterdolosa, mas não é exclusivamente 
preterdoloso. 
- Latrocínio Situações: 
a) Subtração e morte consumados 
b) Subtração tentada e morte consumada (súmula 610 do STF) 
 
 
 
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SÚMULA 610 - "Há crime de latrocínio, quando o homicídio se 
consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da 
vítima." 
c) Subtração e morte tentadas 
d) Subtração consumada e morte tentada. 
- Requisitos: 
a) Morte decorrente da violência e não da grave ameaça (ex: aponta a arma e a vitima tem um infarto, não será 
latrocínio) 
b) Violência empregada no contexto do roubo. 
c) Nexo causal entre a violência e roubo em andamento (Ex. reconhece desafeto entre as vitimas, isso não tem 
haver com contexto do roubo, não sendo latrocínio. Responderia pelo roubo mais concurso material com o 
homicídio) 
- Latrocínio Várias vítimas mortas e uma única subtração: crime único (doutrina e jurisprudência dominantes). 
- Matar pessoa intencionalmente em razão de briga e depois subtrair algum pertence: homicídio em concurso 
material com furto. 
- Incentivar a cometer suicídio para subtrair pertences: art. 122 em concurso material com furto. 
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe 
auxílio para que o faça: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou 
reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão 
corporal de natureza grave. 
- Sujeito passivo: qualquer pessoa presente na cena do crime. Se for um dos roubadores, por desavença, 
homicídio em concurso com roubo. Se por erro de pontaria haverá latrocínio em aberratio ictus. 
EXTORSÃO: 
- Art. 158: Constranger alguém 
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, 
e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem 
econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma 
coisa: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com 
emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. 
 
 
 
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§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no 
§ 3º do artigo anterior. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da 
vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem 
econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além 
da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as 
penas previstas no art. 159, §§ 2º e 3º, respectivamente. (Incluído 
pela Lei nº 11.923, de 2009) 
- Fazer algo 
- Tolerar que se faça algo 
- Deixar de fazer algo 
- Mesma pena do roubo 
- Consumação: quando a vítima constrangida faz ou deixa de fazer algo. Independe do agente auferir a vantagem 
(Súmula 96, STJ). Crime formal. 
Súmula 96: O crime de extorsão consuma-se independentemente da 
obtenção da vantagem indevida. 
- Tentativa: é possível

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