material de apoio Prof. Mauro 08.12

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Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou 
grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para 
outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar 
que se faça ou deixar fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
- Fazer algo
- Tolerar que se faça algo
- Deixar de fazer algo
- Mesma pena do roubo
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Extorsão
- Consumação: quando a vitima constrangida 
faz ou deixa de fazer algo. Independe do 
agente auferir a vantagem (Súmula 96 do STJ). 
Crime Formal.
- Tentativa: é possível.
- ...
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Extorsão
• Extorsão x Roubo
- Na extorsão: colaboração da vítima é imprescindível.
- Extorsão x Constrangimento Ilegal
- Na Extorsão: a intensão é a vantagem econômica
- Extorsão x Estelionato
- Extorsão: entrega mediante violência ou grave ameaça.
- Estelionato: entrega mediante fraude.
- Se houver fraude e grave ameaça em conjunto, ocorrerá 
extorsão. Ex. falso policial exigindo vantagem; falso 
sequestro.
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Extorsão
Causas de aumento de pena:
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou 
com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço 
até metade.
- Cometido: presença exigida ao menos no local.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o 
disposto no § 3º do artigo anterior.
- Lesão grave ou morte tem que decorrer da violência.
- É crime hediondo.
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Extorsão
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da 
liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a 
obtenção da vantagem econômica, a pena é de 
reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se 
resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as 
penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.
...
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Extorsão
Trata do sequestro relâmpago (Parágrafo introduzido pela 
Lei 11.923/09).
- Difere da extorsão mediante sequestro onde o resgate é 
exigido de outras pessoas.
- Não aplica-se as causas de aumento do § 1º (arma e 
concurso): posição geográfica do parágrafo.
- Se após sacar dinheiro com a senha da vítima, agente se 
apodera de seus pertences: Extorsão em concurso com 
roubo.
- Quando ocorre evento morte entende-se ser hediondo, 
embora divergência em tal sentido: a lei 8072/90, não 
menciona o parágrafo 3º.
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Extorsão Mediante Sequestro
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou 
para outrem, qualquer vantagem, como condição ou 
preço do resgate: 
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
- Bem Jurídico tutelado: patrimônio e liberdade pessoal.
- É crime Hediondo.
- Violência e grave ameaça (implícitos).
- Dolo de vantagem econômica (crimes contra o 
patrimônio). Posicionamentos em contrário.
- Sujeitos ativo e passivo: crime comum.
- Consumação: no instante do sequestro, independe da 
vantagem.
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Extorsão Mediante Sequestro
§ 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro)
horas, se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou
maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é
cometido por bando ou quadrilha
Pena - reclusão, de doze a vinte anos
- Basta uma das hipóteses
- Menor de 18 anos, qualquer que seja a idade.
- Se fizer 60 anos no cativeiro aplica-se e se durar mais
de 24 horas tb. Leva-se em consideração na
aplicação da pena as duas qualificadoras.
- Bando ou quadrilha: agora associação criminosa.
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Extorsão Mediante Sequestro
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. 
§ 3º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
- Resultado pode ser proveniente de dolo, culpa ou 
preterdolo.
- “Se do fato”: não fala “se da violência”. Portanto pode ser 
tanto na violência como na grave ameaça. 
- É na pessoa sequestrada. Não se aplica se a morte for de 
familiar (Extorsão mediante sequestro em concurso com 
homicídio doloso ou culposo).
- Ocorrência de qualificadoras dos §§ 1º, 2º e 3º: aplica-se a 
mais grave.
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Extorsão Mediante Sequestro
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o
concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando
a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida
de um a dois terços.
- É a delação eficaz.
- Causa de diminuição de pena.
- Informações prestadas devem efetivamente facilitar
a localização e libertação da vítima.
- Julgador levará em conta o grau de auxílio do delator
para calcular a redução.
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Dano
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
- Destruir: extinguir, eliminar. Ex. queimar objeto
- Inutilizar: fazer com que o bem perca a finalidade.
Ex. quebrar motor de carro, os ponteiros do relógio.
- Deteriorar: estragar parcialmente, mas o bem
continua funcionando. Ex. riscar pintura de carro.
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Dano
- Pichação:
Em edificação ou monumento urbano: Crime contra o
meio ambiente. Lei 9.605/98.
Em Imóvel Rural: crime do 163 do CP.
Em coisa tombada: Crime contra o meio ambiente.
- Sumir com coisa: ilícito civil.
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Dano
- Elemento Subjetivo: Dolo, não existe a modalidade
culposa.
- Especial fim de agir na intensão específica de causar
prejuízo: divergência:
a)necessidade de animus nocendi;
b) desnecessidade pq o tipo não o menciona, bastando
a ciência de que a conduta causará prejuízo.
- Não se exige a intenção de locupletamento ilícito por
parte do agente.
- Consumação: no momento em que o bem é
danificado.
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DANO
- Sujeito ativo: qualquer pessoa exceto o dono da
coisa.
- Se for condômino: bem infungível constitui o crime.
Bem fungível, somente se ultrapassar a quota-parte.
- Danificar coisa própria em poder de terceiro em
razão de contrato (ex. aluguel): art. 346 do C.P.
(exercício arbitrário das próprias razões).
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Dano
Dano qualificado
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
- Quando forem meio para a pratica do dano. Se
a lesão for em seguida será dano simples em
concurso com lesão.
II - com emprego de substância inflamável ou
explosiva, se o fato não constitui crime mais
grave
Explodir em descampado é dano. Explodir em
zona urbana art. 251 do CP
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Dano
III - contra o patrimônio da União, Estado,
Município, empresa concessionária de serviços
públicos ou sociedade de economia mista;
Abrange DF pq a CF estabelece tratamento
isonômico com os estados
Preso que danifica cela para fugir:
a)Posição do STF (dano não exige fim específico
de causar prejuízo, respondendo por dano
qualificado);
b) exige fim específico de causar prejuízo, não
respondendo o preso por dano qualificado;
c) STJ (fato atípico).
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Dano
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo
considerável para a vítima:
-Egoístico: sentimento pessoal (ex. vingança).
Não se comunica ao coautor, por força do artigo
30 do C.P (“Não se comunicam as circunstâncias
de caráter pessoal...”)
-Prejuízo considerável: deve ser verificado o
patrimônio da vítima.
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e
multa, além da pena correspondente à
violência.
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Dano
Ação Penal
Dano simples e inciso IV(motivo egoístico ou prejuízo
considerável): ação penal privada.
Dano qualificado pelo resultado, incisos I, II, III: ação
penal pública incondicionada.
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Apropriação indébita
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel,
de que tem a posse ou a detenção:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
- Posse ou detenção desvigiadas: bem é
entregue ao sujeito ativo com autorização para
sair do local com o mesmo.
- Inversão da posse transitória, não restituindo o
bem.
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Apropriação indébita
- Requisitos:a) Entrega do bem pela vítima (de forma livre,
espontânea e consciente);
b) posse e detenção desvigiadas (se vigiadas haverá
furto);
c) boa fé do agente ao receber o bem (má fé haverá
estelionato);
d) inversão do ânimo (sai a boa-fé e entra a má-fé).
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Apropriação indébita
- Sujeito ativo: qualquer pessoa.
- Sujeito passivo: quem sofre o prejuízo.
- Consumação: quando o agente exterioriza que
passou a se comportar como dono, quer dispondo da
coisa, quer negando-se a restituí-la.
- Tentativa: na disposição da coisa, quando o agente
tenta fazê-lo e não consegue; na negativa de
restituição não se admite tentativa por ser
modalidade omissiva.
- Dolo
- Objeto material: coisas móveis
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Apropriação indébita
• Aumento de pena
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o
agente recebeu a coisa:
I - em depósito necessário;
- art. 647 do C.C. “ É depósito necessário: I – o que
se faz em desempenho de obrigação legal; II – o
que se efetuar por ocasião de alguma calamidade,
como incêndio, inundação, naufrágio ou saque”.
- O primeiro é depósito necessário legal (peculato).
- O segundo é depósito necessário miserável
(aplica-se o parágrafo).
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Apropriação indébita
II - na qualidade de tutor, curador, síndico,
liquidatário, inventariante, testamenteiro ou
depositário judicial;
III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
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Apropriação de coisa achada
Art. 169, II - quem acha coisa alheia perdida e dela se
apropria, total ou parcialmente, deixando de
restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de
entregá-la à autoridade competente, dentro no
prazo de quinze dias.
- Objeto material: coisa perdida em local público.
- Objeto esquecido em local público (configura o tipo);
se em local privado (configura furto).
- Apoderamento de coisa abandonada: não constitui
ilícito.
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Apropriação de coisa achada
Prazo
15 dias para devolução ou entrega à autoridade.
Agente encontrado na posse do bem durante o prazo:
não comete crime.
Elemento subjetivo: dolo.
Lei fala em autoridades : mas pode ser no setor de
achados e perdidos.
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