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Homicídio
Art. 121. Matar alguém
Pena – reclusão, de 6(seis) a 20 (vinte) anos.
-Denominação homicídio simples.
-Crime de ação livre.
-Sujeitos ativo e passivo
-Sujeito passivo especial: Presidente da Rep.; do Senado; da 
Câmara e do STF (Lei de Seg. Nacional , Lei 7.170/83)
-Consumação: Morte encefálica. Crime material.
-Demonstração da materialidade: exame necroscópico (prova 
testemunhal art. 167 CPP).
-Tentativa: possível. O dolo diferencia da lesão corporal. 
Tentativa e consumação contra a mesma vítima (contexto fático 
direrente)
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Homicídio
-Lei 8072/90 Crime Hediondo (sempre no qualificado –
circunstancialmente no simples).
Idade da vítima
-Se doloso a pena aumenta-se de 1/3 se a vítima é 
menor de 14 anos ou maior de 60 anos (§ 4º do art. 
121).
Data do fato e não do resultado.
Vitima ferida antes dos 14 ou 60 anos e morre depois –
aplica-se o aumento (art. 4º do CP)
- Se for no dia do 14º ano não qualifica.
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Homicídio
• Parágrafo 1º (diminuição de pena)
Se o agente comete o crime impelido por motivo de 
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de 
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da 
vítima, o juiz poderá reduzir a pena de um sexto a um 
terço.
- Valor Social (motivo nobre de interesse coletivo)
- Valor Moral 
- Logo em seguida: reação imediata. Momento que toma 
conhecimento.
- Sob domínio (sob influência – art. 65, “c”, III- atenuante)
- Juiz poderá (deverá – súmula 162 do STF, quesito de 
defesa) 5
Homicídio
• Paragráfo 2º. (qualificado)
Se o homicídio é cometido: 
Qualificadoras qto ao motivo:
I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro 
motivo torpe;
- Homicídio mercenário (crime de concurso necessário)
- Recompensa: prestação econômica/ qualquer outra forma
(divergência)
- Comunicabilidade ou não ao mandante??
- Crime sequer iniciado – art. 31 do CP (caso de 
impunibilidade)
- Motivo torpe (ex. morte de policiais por facção; morte de 
preso por facção diversa; matar por prazer, etc). 6
Homicídio
Parágrado 2º. (continuação)
II – Por motivo fútil (desproporção);
- Ausência de motivo (trata-se de torpe e não fútil)
- Ciúme (não é motivo pequeno)
- Motivos fútil e torpe concomitantes – não pode.
Qualificadoras qto ao meio de execução:
III – Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura 
ou outro meio insidioso (flaudulento) ou cruel, ou de que 
possa resultar perigo comum; (tortura, lei 9455/97-
preterdolo).
- Veneno (e substâncias que normalmente NÃO causam 
morte?)
- Reiteração de golpes: não é necessariamente meio cruel. 7
Homicídio
Qualificadoras qto ao modo de execução:
IV – a traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou 
outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do 
ofendido;
Traição: deve haver relação de confiança.
Dissimulação: ocultação da intenção homicida.
V – para assegurar a execução (conexão teleológica), a 
ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime 
(Primeiro é cometido outro crime - conexão consequencial).
(Todas as qualificadoras são compatíveis com a tentativa. 
Ocorrendo mais de uma qualificadora, o juiz reconhece uma, e 
as demais como agravantes genéricas do artigo 61 do CP).
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Homicídio
VI- Contra mulher por razões da condição de sexo 
feminino.
- Feminicídio.
§ 2º-A Considera-se que há razões da condição de sexo 
feminino quando o crime envolve:
I – Violência doméstica ou familiar;
II – Menosprezo ou discriminação à condição de 
mulher.
- Não se aplica ao simples fato da vítima ser mulher, 
tem que ser motivado por razão de gênero.
- Sujeito ativo: qualquer pessoa.
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Homicídio
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e
144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
terceiro grau, em razão dessa condição:
• Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
- CRIME FOR PRATICADO CONTRA TAIS PESSOAS NO 
EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES OU EM RAZÃO DELA.
• CONSANGUINEO ATÉ TERCEIRO GRAU EM LINHA 
RETA: PAI, AVÔ, BISAVÔ - FILHO, NETO BISNETO.
• CONSANGUINEO ATÉ TERCEIRO GRAU EM LINHA 
COLATERAL: IRMÃO, TIO E SOBRINHO.
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Homicídio Qualificado-Privilegiado
Hibrido
Privilégio: caráter subjetivo (motivação do agente).
Qualificadoras de natureza objetiva: incisos III e IV.
Juiz aplica a qualificadora e em seguida, reduz pelo 
privilégio.
- Tem caráter hediondo? Não!
Art. 67 do CP: “No concurso de agravantes e
atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite
indicado pelas circunstâncias preponderantes,
entendendo-se como tais as que resultam dos motivos
determinantes do crime, da personalidade do agente e
da reincidência”. 11
Homicídio Culposo
Parágrafo 3. – Homicídio Culposo
Se o homicídio é culposo:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
A pena aumenta-se de 1/3 se resulta de inobservância 
de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o 
agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não 
procura diminuir as consequencias do seu ato, ou foge 
para evitar a prisão em flagrante (§ 4 do art. 121 do 
CP).
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Homicídio Culposo
• Negligência; imprudência; imperícia. 
• Necessidade do resultado e do nexo causal.
Aumento de pena – parag. 4º.
- Inobservância de regra técnica de profissão... – agente 
tem conhecimento mas não aplica. 
- Deixar de prestar socorro (se houver morte 
instantânea não se aplica).
- Não procurar diminuir as consequencias de seu ato 
(ex. se recusar a transportar a vitima em seu carro)
. Foge para evitar a prisão em flagrante.
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Homicídio
• Parágrafo 5º. Perdão Judicial
Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de 
aplicar a pena, se as consequencias da infração atingirem 
o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se 
torne desnecessária.
- A vítima é ente querido do agente ou o próprio agente 
fica gravemente ferido.
- Não necessita aceitação.
- Tem caráter pessoal, não se comunicando ao demais 
envolvidos (art. 30 do CP).
- Causa de extinção de punibilidade, não subsistindo 
qualquer efeito condenatório – súmula 18 do STJ
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Homicídio
• Parágrafo 6º. 
A pena é aumentada de 1/3 até metade se o crime for 
praticado por milícia privada, sob pretexto de prestação 
de serviço de segurança ou por grupo de extermínio.
Milícia privada (paramilitar)
Milícia: crime autônomo no 288-A do CP; Concurso material 
(STF e STJ).
Grupo de extermínio (hediondo mesmo que na modalidade 
simples).
Lei de crimes hediondos: basta a atividade típica. Se
formado efetivamente o grupo, haverá o aumento de pena
e o crime hediondo.
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Homicídio
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um 
terço) até a metade se o crime for praticado:
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses 
posteriores ao parto;
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior 
de 60 (sessenta) anos ou com deficiência;
III - na presença de descendente ou de ascendente da 
vítima.
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Induzimento, instigação ou auxílio 
ao Suicídio
Participação em suicídio
• Art. 122 – Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou 
prestar-lhe auxílio para que o faça.
Pena: reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, se o suicídio se 
consuma; ou reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, se da 
tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza 
grave.
- Induzir
- Instigar
- Auxiliar
Participação com dolo eventual (maus tratos sucessivos)
.
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Induzimento, instigação ou auxílio 
ao Suicídio
• Consciência e voluntariedade por parteda vítima.
• Possibilidade da Forma omissiva – “Prestar auxílio para 
que o faça” (Divergência):
- omissivo impróprio ou comissivo por omissão (garante). 
- “prestar” incompatível com omissão.
• Consumação: morte/lesão natureza grave.
• Tentativa: não cabe.
• Elemento subjetivo: dolo direto ou eventual. Tem que 
ser com relação a pessoa ou pessoas determinadas.
• Seriedade na conduta.
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Induzimento, instigação ou auxílio 
ao Suicídio
• Vítima pede auxílio mas utiliza outro meio (ausência de 
nexo causal)
• Excludente de ilicitude: artigo 146, §3º, II do CP. (coação 
exercida para impedir suicídio: não é constrangimento 
ilegal)
• Pacto de morte:
Um desiste – art. 122
Um sobrevive – art. 122
Ambos sobrevivem – o que sofrer lesão leve responde pelo 
art.122, se o outro sofrer lesão grave.
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Induzimento, instigação ou auxílio 
ao Suicídio
Parágrafo único: a pena é duplicada:
I- se o crime é praticado por motivo egoístico;
II – se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer 
causa, capacidade de resistência.
Menor de 14 anos (homicídio) – corrente majoritária. 
Segunda corrente: tem que haver prova efetiva da ausência 
de capacidade.
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Infanticídio
• Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o 
próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
• Critério psicológico: desonra própria;
• Critério fisiopsicológico: estado puerperal (adotado)
• Critério misto
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Infanticídio
• Objeto jurídico: a vida humana extra-utrina.
• Estado puerperal
• Comprovação pericial/laudo inconclusivo.
• Crime de ação livre.
• Sujeito ativo: crime próprio.
• Sujeito passivo: filho que está nascendo ou recém-
nascido (Erro sobre a pessoa - art. 20 § 3º do C.P.).
• Agravantes genéricas (art. 61, II, “e” e “h” do C.P.) não se 
aplicam.
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Infanticídio
• “logo após o parto”
• Elemento subjetivo: dolo
• Forma culposa: divergência (homicídio culposo ou fato 
atípico?)
• Consumação:momento da morte
• Tentativa: possível
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Infanticídio
Concurso de agentes – elementar do tipo (art.30)
Duas posições:
a) Não se admite o concurso de pessoas no infanticídio: 
em face das elementares personalíssimas do tipo legal, 
como o estado puerperal;
b) Admite-se o concurso de pessoas no infanticídio: a lei 
não fala, em qualquer momento, em condições 
personalíssimas.
Concurso de crimes: Destruição, subtração ou ocultação de 
cadáver- art. 211 do C.P.
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