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Prof Mauro Argachoff
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2
Estelionato
• Art. 171 - Obter, para si ou para outrem,
vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo
ou mantendo alguém em erro, mediante artifício,
ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Artifício: artefato ou objeto para auxiliar o agente no
engodo. Ex. bilhete de loteria, disfarce, máquina de
fabricar dinheiro, etc.
Ardil: conversa enganosa
Qualquer outro meio fraudulento: é a formula
genérica inserida.
.
3
Estelionato
Finalidade do agente será sempre induzir ou
manter alguém em erro.
Consumação: com a obtenção da vantagem
ilícita. Crime material.
Tentativa: possível (fraude sem condições de
enganar – crime impossível). Deve ser analisado o
caso concreto.
Se houver prejuízo para a vítima e não houver
vantagem para o agente: tentativa (Ex. erro na
digitação da conta corrente em venda
fraudulenta).
4
Estelionato
-Distinção entre estelionato e crime contra a 
economia popular:
No estelionato a vítima é identificada. 
No crime contra a economia popular as vitimas 
são indeterminadas.
5
Estelionato
- Distinção entre estelionato e falsificação de
documento:
Quando a falsificação tenha por fim enganar a vítima
(quatro correntes):
a) Agente punido pelos dois crimes, em concurso
material;
b) Agente punido pelos dois crimes em concurso formal;
c) Falsificação absorve o estelionato;
d) Estelionato absorve a falsificação. (súmula 17 do STJ)
desde que não tenha mais potencialidade lesiva. Ex.
falsificar folha de cheque e fazer compra. Se for tb o
R.G., responde pelos dois crimes.
6
Estelionato
Torpeza bilateral (vitima tb age de má-fé) –
entende-se que existe crime. Três argumentos:
a) fato é típico (houve fraude, vitima enganada e
obtenção de vantagem;
b) tipo penal não exige boa-fé por parte da
vítima;
c) punição do golpista visa proteger a
coletividade.
7
Estelionato
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de
pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar
a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
- Não leva-se em conta o valor do bem, mas o
prejuízo causado à vítima.
- Jurisprudência tb tem fixado em um salário
mínimo vigente à época dos fatos.
8
Estelionato
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
Disposição de coisa alheia como própria:
I – Vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou
em garantia coisa alheia como própria.
Sujeito ativo: qualquer pessoa que se passa por dono do
bem móvel ou imóvel e o negocia com terceiro.
Sujeito passivo: o verdadeiro dono da coisa e quem a
adquiriu de boa fé.
Mero compromisso de compra e venda: não caracteriza
o delito que é de ação vinculada (haverá estelionato
comum).
Consumação: com o recebimento do valor.
9
Estelionato
Fraude na entrega de coisa:
IV- defrauda substância, qualidade ou quantidade de
coisa que deve entregar a alguém.
Defraudar: alterar a natureza corpórea da coisa. Ex.
entregar couro sintético no lugar de couro natural.
Qualidade: Ex. entregar revestimento de piso de
qualidade inferior ao comprado.
Quantidade: Ex. entregar metragem ou peso menores
ao contratado.
- Coisa móvel ou imóvel.
- ...
10
Estelionato
Inciso IV – (cont.)
- Consumação: somente no momento em que a
coisa é entregue. A defraudação em si é ato
preparatório.
- Tentativa: sujeito tenta entregar e é impedido
ou a vitima recusa-se a receber.
- Alteração de produtos destinados a fins
terapêuticos ou medicinais: art. 273 do CP.
- Fornecer substância medicinal em
desacordo com receita médica: art. 280 do
CP.
11
Estelionato
Fraude para recebimento de indenização ou valor de
seguro:
V- destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria,
ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as
consequências da lesão ou doença, com intuito de
haver indenização ou valor do seguro.
Condutas:
a) Destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria:
Ex. joga carro de precipício para receber valor de
seguro.
b) lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as
consequências da lesão ou doença: pune-se pela
finalidade da conduta.
12
Estelionato
- Se pedir para terceiro lesionar haverá estelionato
comum.
- Deve haver um contrato de seguro.
- Sujeito ativo: o segurado.
- Sujeito passivo: a seguradora.
- Coisa móvel ou imóvel.
- Consumação: com o pedido de indenização. O
recebimento é mero exaurimento. Divergência
doutrinária entendendo que basta a destruição,
ocultação ou lesão.
- Tentativa: possível.
13
Estelionato
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos
em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
-Duas condutas: a) emitir cheque sem fundos; b)
frustrar o pagamento do cheque.
- Necessidade de má-fé – Súmula 246 do STF:
“Comprovado não ter havido fraude, não se configura o
crime de emissão de cheque sem fundos”.
- Cheque especial: valor garantido pelo banco não há
crime.
- Cheque emitido para pagamento de divida já
vencida: não há crime.
14
Estelionato
Consumação: momento em que o banco sacado recusa o
pagamento.
Competência: comarca da recusa do pagamento,
independentemente de onde foi emitido o cheque
Súmula 244 do STJ:
“Compete ao foro local da recusa processar e julgar o crime
de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos”
Súmula 521 do STF:
“O foro competente para o processo e julgamento dos
crimes de estelionato, sob a modalidade de emissão dolosa
de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se
deu a recusa do pagamento pelo sacado”.
15
Estelionato
Cheque pré-datado: perde característica de ordem de
pagamento à vista. Duas possibilidades:
a) Provado que foi emitido de má-fé: estelionato
comum (art. 171, caput);
b) Não provada a má-fé: fato atípico.
Falsificação de cheque : competência será do local da
obtenção da vantagem, visto tratar-se de estelionato
comum - Súmula 48 do STJ:
“Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem
ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido
mediante falsificação de cheque”.
16
Estelionato
Pagamento do valor do cheque antes do
recebimento da denúncia: retira a justa causa da
ação penal - Súmula 554 do STF:
“O pagamento de cheque emitido sem provisão de
fundos, após o recebimento da denúncia, não
obsta ao prosseguimento da ação penal”.
-Outras modalidades de estelionato: art. 16 do CP
– arrependimento posterior.
Pagamento após inicio da ação mas antes da
sentença: atenuante genérica do art. 65, III, “b”,
do CP.
17
Receptação
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar,
conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou
alheio, coisa que sabe ser produto de crime,
ou influir para que terceiro, de boa-fé, a
adquira, receba ou oculte:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
- Adquirir: obter a propriedade
- Receber: obter a posse, mesmo que transitória
(Ex. receber objeto furtado para guardar)
- Transportar: levar de um lugar para outro (Ex.
transporte de carga roubada)
18
Receptação
- Conduzir: dirigir automóvel ou motocicleta de
origem ilícita.
- Ocultar: esconder
- Trata-se de crime acessório, pressupondo a
ocorrência de crime anterior.
- Elemento subjetivo: dolo direto (que sabe),
não cabendo o eventual. Origem ilícita do bem
deve ser conhecida no momento da realização
da conduta típica.
19
Receptação
Produto de contrabando ou descaminho: quem
adquire pratica receptação. Se for no exercício de
atividade comercial (art. 334, § 1º, “d”)
CD Pirata:
Camelô (Violação de Direito Autoral – art. 184, § 2º,
CP).
Quem compra: receptação
20
Receptação
Instrumento do crime: arma, chave falsa, etc. Não se
confundem com produto do crime.
Bem imóvel: não pode ser objeto de receptação (STF).
Há posicionamentodoutrinário em contrário, mas
minoritário.
Sujeito passivo: mesmo do crime antecedente.
Consumação: quando realizado um dos verbos do tipo
(permanente em conduzir, transportar e esconder).
21
Receptação
Receptação imprópria:
“... influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba
ou oculte”
- É a parte final do artigo 180 do CP
- O terceiro está de boa-fé
- É cometida pelo intermediário, aquele que não
cometeu o crime antecedente, mas sabe da origem
ilícita do bem.
- Crime formal: consuma-se com a oferta do bem,
independentemente do aceite.
- Não admite tentativa: ou faz a proposta e consuma ou
não faz e é fato atipico.
22
Receptação
Receptação qualificada
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar,
ter em depósito, desmontar, montar, remontar,
vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar,
em proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial ou industrial, coisa que deve
saber ser produto de crime:
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa
- Crime próprio: comerciantes e industriais
- Crime misto alternativo: realização de mais de uma
conduta constitui crime único.
23
Receptação
- Coisa que deve saber ser produto de crime:
dolo eventual (receptação simples só dolo
direto). E se efetivamente souber? Duas
correntes:
a)Deve responder pela figura qualificada (se
responde “devendo saber” tem que responder
“sabendo”) Majoritária;
b) “deve saber” trata só do dolo eventual, devendo
então responder pelo caput se “souber”.
24
Receptação Culposa
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza 
ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela 
condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida 
por meio criminoso.
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou 
ambas as penas.
- Natureza do objeto: arma, veículo, etc.
- Desproporção entre o valor de mercado e o preço
- Condição do ofertante
- Juiz deve concluir que o homem médio desconfiaria 
da procedência.
25
Receptação
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário,
pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias,
deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-
se o disposto no § 2º do art. 155.
-Perdão judicial só é aplicável na receptação culposa. É
causa extintiva da punibilidade (Súmula 18 do STJ).
-Segunda parte fala da receptação privilegiada
(primariedade e pequeno valor do produto do crime).
.
26
DISPOSIÇÕES GERAIS
Imunidades Absolutas:
- Chamadas de escusas absolutórias
- Isentam de pena
- Tendo a autoridade policial conhecimento, sequer deve 
instaurar I.P.
• Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer 
dos crimes previstos neste título, em prejuízo: 
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
- leva-se em conta a data do fato e não da descoberta
- Pouco importa o regime de bens
- Separação de fato não exclui a imunidade
- Alcança os companheiros 27
DISPOSIÇÕES GERAIS
II - de ascendente ou descendente, seja o
parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou
natural.
- Não se aplica a parentesco por afinidade (sogro,
genro, etc.)
28
DISPOSIÇÕES GERAIS
Imunidades Relativas
- Necessidade de representação da vítima
• Art. 182 - Somente se procede mediante representação,
se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo:
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
- Entre divorciados não há imunidade
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
-se for menor de idade a representação é oferecida pelos
pais.
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
- Não precisa ser praticado o crime no local em que as
partes moram
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DISPOSIÇÕES GERAIS
Exceções
• Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos
anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral,
quando haja emprego de grave ameaça ou violência à
pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
- Furto cometido por filho e amigo. Amigo responde pelo
furto qualificado em concurso de agentes.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual
ou superior a 60 (sessenta) anos.
- Ainda que cometido por cônjuge, filho, etc.
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