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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Processo Penal 
 Professor: Guilherme Madeira 
Aulas: 21 e 22| Data: 13/11/2015 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
INTERROGATÓRIO 
1) Obrigatoriedade 
2) Posição do interrogatório na audiência 
3) Local do interrogatório (continuação) 
4) Interrogatório por vídeo conferência 
5) Procedimento do interrogatório 
 
CONFISSÃO 
 
OFENDIDO 
 
RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS 
 
ACAREAÇÃO 
1) Cabimento 
2) Quem pode ser 
3) Procedimento 
 
DOCUMENTOS 
 
3) LOCAL DO INTERROGATÓRIO: 
a) réu solto: é interrogado no fórum ou no local em que se encontra. 
b) réu preso: é interrogado no local em que se encontra no fórum ou por vídeo conferência. 
4) INTERROGATÓRIO POR VÍDEO CONFERÊNCIA: 
Art. 185, CPP 
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, 
no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na 
presença de seu defensor, constituído ou nomeado. (Redação dada 
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no 
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam 
garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e 
dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do 
ato. (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) 
 
 
 
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§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício 
ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu 
preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico 
de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a 
medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: 
(Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) 
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita 
de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra 
razão, possa fugir durante o deslocamento; (Incluído pela Lei nº 
11.900, de 2009) 
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando 
haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por 
enfermidade ou outra circunstância pessoal; (Incluído pela Lei nº 
11.900, de 2009) 
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da 
vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por 
videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código; (Incluído pela 
Lei nº 11.900, de 2009) 
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. (Incluído pela 
Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 3o Da decisão que determinar a realização de interrogatório por 
videoconferência, as partes serão intimadas com 10 (dez) dias de 
antecedência. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 4o Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá 
acompanhar, pelo mesmo sistema tecnológico, a realização de todos 
os atos da audiência única de instrução e julgamento de que tratam 
os Arts. 400, 411 e531 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 
2009) 
§ 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao 
réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se 
realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a 
canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor 
que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do 
Fórum, e entre este e o preso. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 6o A sala reservada no estabelecimento prisional para a realização 
de atos processuais por sistema de videoconferência será fiscalizada 
pelos corregedores e pelo juiz de cada causa, como também pelo 
Ministério Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído 
pela Lei nº 11.900, de 2009) 
 
 
 
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§ 7o Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo nas 
hipóteses em que o interrogatório não se realizar na forma prevista 
nos §§ 1o e 2o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 8o Aplica-se o disposto nos §§ 2o, 3o, 4o e 5o deste artigo, no que 
couber, à realização de outros atos processuais que dependam da 
participação de pessoa que esteja presa, como acareação, 
reconhecimento de pessoas e coisas, e inquirição de testemunha ou 
tomada de declarações do ofendido. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 
2009) 
§ 9o Na hipótese do § 8o deste artigo, fica garantido o 
acompanhamento do ato processual pelo acusado e seu defensor 
Só para o réu preso 
As partes devem ser intimadas com 10 dias de antecedência em relação ao ato. 
As hipóteses estão em rol taxativo (art. 185, §2º, CPP) 
5) PROCEDIMENTO DO INTERROGATÓRIO: 
ART. 185 a 189 
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, 
no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na 
presença de seu defensor, constituído ou nomeado. (Redação dada 
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no 
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam 
garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e 
dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do 
ato. (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício 
ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu 
preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico 
de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a 
medida seja necessária para atender a uma das seguintes 
finalidades: (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) 
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita 
de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra 
razão, possa fugir durante o deslocamento; (Incluído pela Lei nº 
11.900, de 2009) 
 
 
 
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II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando 
haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por 
enfermidade ou outra circunstância pessoal; (Incluído pela Lei nº 
11.900, de 2009) 
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da 
vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por 
videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código; (Incluído pela 
Lei nº 11.900, de 2009) 
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. (Incluído pela 
Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 3o Da decisão que determinar a realização de interrogatório por 
videoconferência, as partes serão intimadas com 10 (dez) dias de 
antecedência. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 4o Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá 
acompanhar, pelo mesmo sistema tecnológico, a realização de todos 
os atos da audiência única de instrução e julgamento de que tratam 
os Arts. 400, 411 e531 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 
2009) 
§ 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao 
réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se 
realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a 
canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor 
que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do 
Fórum, e entre este e o preso. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 6o A sala reservada no estabelecimento prisional para a realização 
de atos processuais por sistema de videoconferência será fiscalizada 
pelos corregedores e pelo juiz de cada causa, como também pelo 
Ministério Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído 
pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 7o Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo nas 
hipóteses em que o interrogatório não se realizar na forma prevista 
nos §§ 1o e 2o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 8o Aplica-se o disposto nos§§ 2o, 3o, 4o e 5o deste artigo, no que 
couber, à realização de outros atos processuais que dependam da 
participação de pessoa que esteja presa, como acareação, 
reconhecimento de pessoas e coisas, e inquirição de testemunha ou 
tomada de declarações do ofendido. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 
2009) 
 
 
 
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§ 9o Na hipótese do § 8o deste artigo, fica garantido o 
acompanhamento do ato processual pelo acusado e seu 
defensor. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
 Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro 
teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar 
o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não 
responder perguntas que lhe forem formuladas. (Redação dada pela 
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não 
poderá ser interpretado em prejuízo da defesa. (Incluído pela Lei nº 
10.792, de 1º.12.2003) 
 Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a 
pessoa do acusado e sobre os fatos. (Redação dada pela Lei nº 
10.792, de 1º.12.2003) 
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a 
residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar 
onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi 
preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo 
do processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a 
pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e 
sociais. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre: (Incluído pela Lei nº 
10.792, de 1º.12.2003) 
 I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; (Incluído pela Lei nº 
10.792, de 1º.12.2003) 
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular 
a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser 
imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve 
antes da prática da infração ou depois dela; (Incluído pela Lei nº 
10.792, de 1º.12.2003) 
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve 
notícia desta; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
IV - as provas já apuradas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 
1º.12.2003) 
 V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, 
e desde quando, e se tem o que alegar contra elas; (Incluído pela Lei 
nº 10.792, de 1º.12.2003) 
 
 
 
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VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou 
qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido 
apreendido; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
 VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação 
dos antecedentes e circunstâncias da infração; (Incluído pela Lei nº 
10.792, de 1º.12.2003) 
 VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa. (Incluído pela Lei nº 
10.792, de 1º.12.2003) 
Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes 
se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas 
correspondentes se o entender pertinente e relevante. (Redação 
dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
Art. 189. Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em parte, 
poderá prestar esclarecimentos e indicar provas. (Redação dada pela 
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
 
a) Entrevista reservada com o advogado 
b) Qualificação: atenção súmula 522, STJ: a conduta de atribuir-se falsa identidade, perante a autoridade policial é 
típica, ainda que em situação de alegada autodefesa. (Direito ao silêncio). 
Súmula 520: “O benefício de saída temporária no âmbito da 
execução penal é ato jurisdicional insuscetível de delegação à 
autoridade administrativa do estabelecimento prisional.” 
c) Int. da pessoa do réu 
d) Int. dos fatos 
e) Esclarecimento das partes: como regra as partes não perguntam diretamente para o réu, salvo no planetário 
do júri. 
OBS: um correu pode fazer perguntas para o outro? R: o advogado de um dos corréus pode fazer reperguntas 
para o outro réu, independentemente de ter havido delação premiada (HC 111567/AM AgR/Celso de MelLo, jul. 
05.08.14)1 (RHC 54650/RJ, rel. Feliz Fischer, jul 05.05.15)2 
 
1 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28HC%24%2ESCLA%2E+E+111567%2ENUME%2E%
29+OU+%28HC%2EACMS%2E+ADJ2+111567%2EACMS%2E%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/o57le2j 
 
 
 
 
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- OBS: para o STJ a entrevista reservada com o advogado ocorre no início da audiência (RHC 47098/MG rel. 
Leopoldo de Arruda Raposo, jul. 09.06.15)3 
CONFISSÃO: 
- Art. 197 a 200, CPP 
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para 
os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá 
confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre 
ela e estas existe compatibilidade ou concordância. 
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá 
constituir elemento para a formação do convencimento do juiz. 
Art. 199. A confissão, quando feita fora do interrogatório, será 
tomada por termo nos autos, observado o disposto no art. 195. 
Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre 
convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto. 
a) noção: trata-se da admissão do fato imputado contra si 
b) modalidade: 
1- simples: pura admissão do fato 
2- qualificada: é a admissão do fato com oposição de outro (Ex.: “matei, mas em legítima defesa”) 
c) Características: é retratável é divisível (voltar atrás de parte) 
Segundo a jurisprudência, se o juiz usou a confissão (em sede policial) para fundamentar a sua sentença haverá a 
incidência da atenuante (HC 236960/MG, jul 04.09.14, rel. Mariusa Marinady)4 
 
 
2 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1403707&num_registro=2014
03291760&data=20150515&formato=PDF 
3 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1415518&num_registro=2014
00866998&data=20150617&formato=PDF 
4 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1345884&num_registro=2012
00585962&data=20140923&formato=PDF 
 
 
 
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OFENDIDO: 
Art. 201, CPP 
Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e 
perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou 
presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se 
por termo as suas declarações. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 
2008) 
§ 1o Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo 
justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade. 
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 2o O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao 
ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para 
audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou 
modifiquem. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 3o As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço 
por ele indicado, admitindo-se, por opção do ofendido, o uso de 
meio eletrônico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 4o Antes do início da audiência e durante a sua realização, será 
reservado espaço separado para o ofendido. (Incluído pela Lei nº 
11.690, de 2008) 
§ 5o Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido 
para atendimento multidisciplinar, especialmentenas áreas 
psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a expensas do ofensor 
ou do Estado. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 6o O juiz tomará as providências necessárias à preservação da 
intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, 
inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, 
depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu 
respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação. 
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
a) obrigatoriedade: segundo o CPP, será ouvido, sempre que possível. Para STJ a expressão “sempre que possível” 
significa que trata-se de discricionariedade do juiz, especialmente quando se tratar de ofendido em situação de 
vulnerabilidade. Ou seja, o juiz pode ou não ouvir a vitima, se quiser (HC 218653/SP, rel. Rogerio Schietti Cruz, jul. 
28.04.15) 
HABEAS CORPUS. WRIT SUBSTITUTIVO. ATENTADO VIOLENTO AO 
PUDOR. VÍTIMA DE 3 ANOS DE IDADE. OITIVA. DESNECESSIDADE. 
ART. 201 DO CPP. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. 1. O art. 201 
do Código de Processo Penal expõe que "Sempre que possível, o 
 
 
 
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ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da 
infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa 
indicar, tomando-se por termo as suas declarações." 2. A vítima, no 
caso dos autos, contava, à época dos fatos, 3 anos de idade, de modo 
que a dispensa de sua oitiva alicerçou-se na suficiência dos 
depoimentos colhidos da oitiva da mãe e da avó da ofendida, os 
quais, segundo bem salientado pelas instâncias de origem, 
encontravam-se em perfeita consonância com as demais provas 
coletadas nos autos. 3. O ofendido será demandado sobre as 
circunstâncias do crime sempre que possível, nos termos do art. 201 
do Código de Processo Penal, não podendo esse dispositivo ser mais 
claro quanto à atuação discricionária do magistrado que conduz a 
ação penal, no que toca a opção pelo depoimento do ofendido, 
mormente como no caso dos autos, que se encontra em situação de 
vulnerabilidade. 4. Mostra-se inviável a desconstituição do julgado, 
como pretendido pelo impetrante, sobretudo considerando-se que, 
no processo penal, vigora o princípio do livre convencimento 
motivado, em que é dado ao julgador decidir pela condenação do 
agente, desde que o faça fundamentadamente, respeitados o 
contraditório e a ampla defesa, exatamente como verificado nos 
autos. 5. A decretação da nulidade dos julgados anteriormente 
proferidos demandaria, em verdade, dilação probatória, o que é 
vedado na apreciação do habeas corpus. 6. Habeas corpus não 
conhecido. 
(STJ - HC: 218653 SP 2011/0221073-1, Relator: Ministro ROGERIO 
SCHIETTI CRUZ, Data de Julgamento: 28/04/2015, T6 - SEXTA TURMA, 
Data de Publicação: DJe 07/05/2015) 
b) intimação: o ofendido será intimado acerca de determinados atos como entrada e saída do réu da prisão, bem 
como receberá copiar da sentença e acórdão posteriores ao julgamento do caso. A pedido da vítima a intimação 
poderá ser feita pela via eletrônica 
RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS: 
Arts. 226 a 228, CP 
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento 
de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma: 
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a 
descrever a pessoa que deva ser reconhecida; 
II - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se 
possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer 
semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a 
apontá-la; 
 
 
 
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III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o 
reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não 
diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a 
autoridade providenciará para que esta não veja aquela; 
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, 
subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao 
reconhecimento e por duas testemunhas presenciais. 
Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação 
na fase da instrução criminal ou em plenário de julgamento. 
Art. 227. No reconhecimento de objeto, proceder-se-á com as 
cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for aplicável. 
Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o 
reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a prova em 
separado, evitando-se qualquer comunicação entre elas. 
Premissa reconhecimento fotográfico: não tem previsão no CPP, mas a jurisprudência autoriza desde que não seja 
a única fonte de prova (STJ: HC 292807/RRJ, jul. 19.12.14, rel. Maria Thereza). 
Procedimento: 
Descrição: colocada ao lado de outras, se possível, que com ela tenha semelhança, e com isso lavra-se o auto de 
reconhecimento. A jurisprudência entende que o art. 226, é mera recomendação legal, e que por tanto, eventual 
violação não gera anulação. (Ag Re no AResp 685058/PR, rel. Rogerio Schietti Cruz, jul 04.08.15) 
Atenção: falsas memórias: a mente da pessoa acaba criando fatos que evidentemente não aconteceram e é 
importante observar o art. 226, para evitarmos este tipo de problema. 
ACAREAÇÃO: 
Art. 229 e 230, CPP 
Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e 
testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a 
pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que 
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias 
relevantes. 
Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que 
expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de 
acareação. 
Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam 
das de outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os 
pontos da divergência, consignando-se no auto o que explicar ou 
observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória à 
 
 
 
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autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente, 
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, 
nos pontos em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a 
fim de que se complete a diligência, ouvindo-se a testemunha 
ausente, pela mesma forma estabelecida para a testemunha 
presente. Esta diligência só se realizará quando não importe demora 
prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente. 
1) CABIMENTO: 
Cabe quando houver contradição sobre fato relevante 
Pressuposto da acareação: que todos já tenham prestado depoimento. Não se pede a acareação para quem ainda 
não depôs. 
A jurisprudência entende que o juiz pode indeferir acareação quando entender que ela não é necessária para o 
deslinde da causa (AG RG no Resp 1205385/ES, jul. 28.04.15, rel. Nefi Cordeiro) 
2) QUEM PODE SER: 
Qualquer pessoa. 
3) PROCEDIMENTO: 
Colocada lado a lado para fazer a acareação 
É apontada a divergência 
Tenta-se sanar a divergência 
ATENÇÃO: no modelo do CPP, entre ausentes pode haver acareação por carta precatória. 
DOCUMENTOS: 
O documento pode ser juntado a qualquer tempo no processo, em regra. 
Exceção: no plenário do júri só pode ser lido o documento que tenha sido juntado com 3 dias úteis de 
antecedência. Esta vedação não abrange a matéria de doutrinaria, ou seja, não abrange livro de doutrina. 
ATENÇÃO: o conceito de documento esta no art. 479, parágrafo único, CPP: qualquer base que se refira a matéria 
de fato. A jurisprudência entende que violação deste art. é causa de nulidade relativa. 
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de 
documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos 
autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se 
ciência à outra parte. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a leitura 
de jornais ou qualquer outroescrito, bem como a exibição de vídeos, 
 
 
 
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gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui ou qualquer outro 
meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato 
submetida à apreciação e julgamento dos jurados. (Incluído pela Lei 
nº 11.689, de 2008) 
Segundo a jurisprudência, organograma, de como os fatos de deram não esta abrangido pela proibição do art. 
479.

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