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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Processo Penal 
 Professor: Guilherme Madeira 
Aulas: 35 a 38| Data: 14/12/2015 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
JECRIM: 
1) COMPETÊNCIA: 
2) FLUXOGRAMA: 
3) TERMO CIRCUNSTANCIADO: 
4) AUDIÊNCIA PRELIMINAR: 
4.1) transação penal: 
5) ADIJ: 
6) SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (SURSIS PROCESSUAL) 
 
JÚRI: 
1) CONSIDERAÇÕES GERAIS: 
2) 1ª FASE DO JÚRI: 
2.1) Pronuncia: 
2.2) desclassificação: 
2.3) Impronuncia: 
2.4) Absolvição Sumária: 
3) 2ª FASE DO JÚRI: 
4) PLENÁRIO: 
4.1) instalação: 
4.2) sorteio do conselho de sentença: 
4.3) Debates: 
 
RECURSOS E AÇÕES AUTÔNOMAS IMPUGNATIVAS: 
1) PRINCÍPIOS DO RECURSO: 
2) EFEITOS DOS RECURSOS: 
 
JECRIM: 
Lei 9099/95 
1) COMPETÊNCIA: 
Art. 61 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial 
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os 
crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, 
cumulada ou não com multa. 
a) crimes com pena máxima igual ou menor de 2 anos cumulada ou não com multa 
b) contravenções penais 
 
 
 
 Página 2 de 22 
 
Causas de afastamento da competência do JECrim: 
a) se o autor do fato não for encontrado (art. 66, parágrafo único) (lembrar que não há citação por edital no 
JECrim) 
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre 
que possível, ou por mandado. 
Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz 
encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do 
procedimento previsto em lei. 
b) quando se tratar de causa complexa (art. 77, §2º) 
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver 
aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não 
ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério 
Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver 
necessidade de diligências imprescindíveis. 
§ 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a 
formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz 
o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo 
único do art. 66 desta Lei. 
2) FLUXOGRAMA: 
termo circunstanciado Audiência preliminar ADIJ Apelação 
 
Turma Recursal Rext para o STF 
 Resp para STJ X 
 HC para TJ 
 Revisão criminal cabe para a própria turma recursal 
3) TERMO CIRCUNSTANCIADO: 
Art. 69 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência 
lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao 
Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as 
requisições dos exames periciais necessários. 
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for 
imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso 
de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se 
 
 
 
 Página 3 de 22 
 
exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá 
determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, 
domicílio ou local de convivência com a vítima. (Redação dada pela 
Lei nº 10.455, de 13.5.2002) 
O Termo Circunstanciado substitui o Inquérito Policial 
Se o autor do fato concordar em comparecer na audiência preliminar não se impõe a prisão em flagrante 
4) AUDIÊNCIA PRELIMINAR: 
Arts. 72 a 76 
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do 
Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o 
responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz 
esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da 
aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de 
liberdade. 
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob 
sua orientação. 
Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, 
recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharéis 
em Direito, excluídos os que exerçam funções na administração da 
Justiça Criminal. 
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, 
homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de 
título a ser executado no juízo civil competente. 
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou 
de ação penal pública condicionada à representação, o acordo 
homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou 
representação. 
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada 
imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de 
representação verbal, que será reduzida a termo. 
Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência 
preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser 
exercido no prazo previsto em lei. 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação 
penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o 
Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena 
restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 
 
 
 
 Página 4 de 22 
 
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz 
poderá reduzi-la até a metade. 
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: 
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à 
pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; 
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco 
anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste 
artigo; 
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, 
ser necessária e suficiente a adoção da medida. 
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será 
submetida à apreciação do Juiz. 
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da 
infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que 
não importará em reincidência, sendo registrada apenas para 
impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. 
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação 
referida no art. 82 desta Lei. 
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não 
constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins 
previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos 
interessados propor ação cabível no juízo cível. 
a) Composição civil: a composição civil é um acordo entre o autor do fato e a vítima e se for ação penal privada ou 
pública condicionada haverá extinção da punibilidade pela renúncia (arts. 72 e 74, parágrafo único) 
b) representação/arquivamento: não sendo obtida a composição civil, sendo hipótese de ação penal publica 
condicionada a representação é o momento para que seja feita a representação. Se for feita ou sendo caso de 
ação penal publica incondicionada, o promotor verifica se só de arquivamento. Não sendo caso de arquivamento, 
o promotor irá propor a transação penal. 
c) transação penal 
d) denúncia oral 
4.1) transação penal: 
Premissa 1: não se confunde com o “plea bargain”. Tratar-se de inspiração do instituto do “no lo contender”. 
 
 
 
 Página 5 de 22 
 
Premissa 2: Não gera perda da primariedade, maus antecedentes nem admissão de culpa. A única consequência é 
que não poderá usar novamente por 5 anos. Cabe quando se tratar de ação penal privada e é oferecida pelo 
querelante (Resp 1374213/MG. Rel, Campos Marques, jul. 13.08.13)1 
Noção: trata-se da aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas a ser especificada na proposta 
Não se admite a transação penal, se ficar demonstrada: 
a) o autor dos fatos foi condenado pela pratica de crime com pena privativade liberdade por sentença definitiva 
(5 anos) 
b) o autor do fato foi beneficiado com o instituto nos 5 anos anteriores: estes requisito dos 5 anos, não se aplica a 
suspensão condicional do processo 
c) não indicarem os antecedentes que a medida seja adequada. 
ATENÇÃO: Súmula vinculante 35: o descumprimento da transação penal faz com que o processo retorne o seu 
curso 
Súmula Vinculante 35: A homologação da transação penal prevista no 
artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, 
descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, 
possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução 
penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito 
policial. 
Se o promotor não fizer a transação penal ou não for ela aceita haverá denúncia oral se possível 
5) ADIJ: 
Defesa preliminar 
Rejeição ou recebimento da denúncia 
Proposta de suspensão condicional do processo 
Testemunhas 
Interrogatório 
Debates 
Sentença 
ATENÇÃO: da decisão que rejeita a denúncia no JECrim, cabe apelação nos termos do art. 82 
 
1 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1252977&num_registro=2011
02083216&data=20130819&formato=PDF 
 
 
 
 
 Página 6 de 22 
 
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença 
caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três 
Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede 
do Juizado. 
§ 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da 
ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, 
por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do 
recorrente. 
§ 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita no 
prazo de dez dias. 
§ 3º As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita 
magnética a que alude o § 3º do art. 65 desta Lei. 
§ 4º As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento pela 
imprensa. 
§ 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a 
súmula do julgamento servirá de acórdão. 
Embargos de declaração: tem efeito suspensivo sobre os outros prazos recursais (art. 83). Com o novo CPC, 
haverá a interrupção dos prazos recursais (nova redação do art. 83) 
Art. 83. Caberão embargos de declaração quando, em sentença ou 
acórdão, houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida. 
(Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) 
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou 
oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. 
§ 2º Quando opostos contra sentença, os embargos de declaração 
suspenderão o prazo para o recurso. (Vide Lei nº 13.105, de 2015) 
(Vigência) 
§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício. 
 
 
6) SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (SURSIS PROCESSUAL) 
denúncia recebimento sentença (pena restritiva de direitos e sursis penal) 
execução (progressão e livramento condicional) 
A suspensão condicional do processo está entre o recebimento e a sentença. 
A suspensão do processo pressupõe o recebimento da denúncia 
 
 
 
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ATENÇÃO: súmula 337 do STJ: é cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na 
procedência parcial da pretensão punitiva (art. 383, §1º, CPP). 
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na 
denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, 
ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. 
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1o Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver 
possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o 
juiz procederá de acordo com o disposto na lei. (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
Súmula 337: É cabível a suspensão condicional do processo na 
desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão 
punitiva. 
a) Pena mínima menor ou igual a 1 ano (Súmula 243, STJ) 
Súmula 243: O benefício da suspensão do processo não é aplicável 
em relação às infrações penais cometidas em concurso material, 
concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima 
cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, 
ultrapassar o limite de um (01) ano. 
b) Acusado não esta sendo processado 
c) Não ter sido condenado por crime --- MP (súmula 696, STF 
d) Demais requisitos do sursis penal (art. 77, CP) 
e) Suspensão condicional do processo por 2 a anos sem revogação: 
f) Reparação do dano extinta a punibi- 
g) Proibição de frequentar determinados locais lidade 
h) Proibição de se ausentar da comarca sem autorização 
i) Comparecimento mensal 
Pode aplicar-se a suspensão condicional do processo fora do JECrim. 
Caso o juiz entenda que é caso de suspensão condicional do processo e o promotor não faca a proposta, será 
aplicado o art. 28, CPP 
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a 
denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de 
quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar 
improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou 
peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a 
 
 
 
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denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-
la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o 
juiz obrigado a atender. 
O período de suspensão do processo chama-se período de prova. E este período a prescrição ficará suspensa 
ATENÇÃO: o juiz poderá impor outras condições, desde que adequadas ao fato. 
Causas de revogação: 
a) obrigatórias: se no curso do período de prova ele for processado por crime ou se não reparar o dado, podendo 
fazê-lo 
b) facultativa: se no curso do período de prova, ele for processado por contravenção, ou descumpri as demais 
condições. Haverá revogação do benefício se foi processado por crime no período de prova ainda que a 
descoberta tenha ocorrido após o término do período de prova (AG Rg no RHC 57321/MG, rel. Rogerio Schietti 
Cruz, jul. 26.05.15)2 
JÚRI: 
1) CONSIDERAÇÕES GERAIS: 
O júri é bifásico: 
a) juízo de formação da culpa (“judicium acusationis”) 
b) juízo da causa (“judicium causae”) 
A primeira fase deve ser encerrada em 90 dias 
Competência do júri: crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados e crimes conexos 
 
2) 1ª FASE DO JÚRI: 
denúncia rejeição citação resposta replica 
AIDJ: pronuncia 
 desclassificação RESE 
 
 impronuncia 
 absolvição sumária APELAÇÃO 
 
2 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1412232&num_registro=2015
00469282&data=20150603&formato=PDF 
 
 
 
 
 Página 9 de 22 
 
O júri possui replica formalmente prevista no prazo de 5 dias, art. 409, CPP 
Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou 
o querelante sobre preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias 
Para o STJ não há absolvição sumária do art. 397, pois já há absolvição sumária do art. 415 (RHC 52086/MG, rel. 
Jorge Mussi, jul. 18.12.14)3 
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e 
parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o 
acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
I - a existência manifesta de causa excludenteda ilicitude do fato; 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do 
agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o 
acusado, quando: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
I – provada a inexistência do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, 
de 2008) 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; (Redação dada 
pela Lei nº 11.689, de 2008) 
III – o fato não constituir infração penal; (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste 
artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, 
 
3 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1378194&num_registro=2014
02521155&data=20150203&formato=PDF 
 
 
 
 
 Página 10 de 22 
 
salvo quando esta for a única tese defensiva. (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
Não haverá nulidade se a defesa não apresentar alegações finais, pois pode se tratar de estratégia defensiva (Ag 
Rg no AResp 480148/PE, rel. Moura Ribeiro, jul. 10.06.14.)4 
2.1) Pronuncia: 
Art. 413, 420 e 421, CPP 
Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se 
convencido da materialidade do fato e da existência de indícios 
suficientes de autoria ou de participação. (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
§ 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da 
materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de 
autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal 
em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias 
qualificadoras e as causas de aumento de pena. (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
§ 2o Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança para a 
concessão ou manutenção da liberdade provisória. (Incluído pela Lei 
nº 11.689, de 2008) 
§ 3o O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, 
revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de 
liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, 
sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de 
quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será feita: (Redação 
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério 
Público; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do 
Ministério Público, na forma do disposto no § 1o do art. 370 deste 
Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
4 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1330541&num_registro=2014
00407722&data=20140617&formato=PDF 
 
 
 
 
 Página 11 de 22 
 
Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não 
for encontrado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão 
encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do Júri. (Redação dada 
pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 1o Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo 
circunstância superveniente que altere a classificação do crime, o juiz 
ordenará a remessa dos autos ao Ministério Público. (Incluído pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o Em seguida, os autos serão conclusos ao juiz para decisão. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Requisitos: 
a) indícios suficientes de autonomia 
b) materialidade 
Nesta fase vale o “in dubio pro societate”. 
Conteúdo: analisa os requisitos do art. 413, tipo penal, qualificadoras, causa de aumento, prisão ou liberdade, 
mas não analisa atenuantes ou agravantes. 
ATENÇÃO: eloquência acusatória. Trata-se do excesso do juiz na pronuncia. O uso de adjetivos (ex: mal, frio), ou 
de juízos de valores absolutos (ex: a tese de defesa é impossível) gera nulidade por eloquência acusatória 
ATENÇÃO: preclusão da pronúncia: 
a) para a defesa não há 
b) para a acusação e para o juiz, em regra há. 
Exceção: haverá alteração da pronuncia, nas hipóteses do art. 421, §1º, ou seja, se houver circunstância 
superveniente que altere a classificação do crime 
ATENÇÃO: intimação da pronuncia (art. 420) 
. o MP é intimado pessoalmente 
. o assistente de acusação é intimado pela imprensa 
. a defesa, se for advogado constituído, é pela imprensa, se for defensor publico ou dativo, é pessoal. 
. o acusado também é intimado e será pessoalmente, e se não for encontrado será por edital. 
2.2) desclassificação: 
Art. 419 
 
 
 
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Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a 
acusação, da existência de crime diverso dos referidos no § 1o do art. 
74 deste Código e não for competente para o julgamento, remeterá 
os autos ao juiz que o seja. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à 
disposição deste ficará o acusado preso. (Incluído pela Lei nº 11.689, 
de 2008) 
Haverá desclassificação se o juiz entender que não se trata de crime doloso contra a vida. 
2.3) Impronuncia: 
Art. 414 
Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da 
existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, 
fundamentadamente, impronunciará o acusado. (Redação dada pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, 
poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova 
nova. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Se faltar indícios suficientes de autoria e/ou materialidade. 
A impronuncia não faz coisa julgada material 
Despronuncia: ocorre quando em juízo de retratação do Rese de pronúncia, o juiz impronuncia o acusado ou 
quando ao julgar o Rese da pronúncia o Tribunal impronuncia. 
2.4) Absolvição Sumária: 
Art. 415 
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o 
acusado, quando: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
I – provada a inexistência do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, 
de 2008) 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; (Redação dada 
pela Lei nº 11.689, de 2008) 
III – o fato não constituir infração penal; (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
 
 
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Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste 
artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, 
salvo quando esta for a única tese defensiva. (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
Exige prova segura pois faz coisa julgada material 
Inimputabilidade e absolvição sumária: 
a) apenas se for a única tese defensiva é que pode gerar medida de segurança 
b) se houver inimputabilidade e outra tese não pode aplicar medida de segurança 
c) Inimputabilidade e outra tese: se estiver comprovada a outra tese o juiz decide por ela. Se ele louco e alega que 
não quis cometer crime doloso contra a vida. Se ele não comprova a outra tese, juiz irá pronuncia3) 2ª FASE DO JÚRI: 
Preclusa decisão de pronúncia (art. 421) Juiz presidente (art. 422) Partes se manifestam em 5 dias 
(art. 422) volta para o juiz (relatório do processo e designa data do plenário) 
Desaforamento: art. 427, 428 e súmula 712, STF: trata-se da mudança do plenário de uma comarca para outra. 
Quem julga o desaforamento é o tribunal e não o juiz. Só existe desaforamento na segunda fase do júri. É 
obrigatória a oitiva da defesa no julgamento do desaforamento. 
Súmula 712: é nula a decisão que determina o desaforamento de 
processo da competência do júri sem audiência da defesa. 
a) cabimento: art. 427: 
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver 
dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do 
acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do 
assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação 
do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do 
julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam 
aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas. (Redação dada pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 1o O pedido de desaforamento será distribuído imediatamente e 
terá preferência de julgamento na Câmara ou Turma competente. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá 
determinar, fundamentadamente, a suspensão do julgamento pelo 
júri. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 3o Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido 
por ele solicitada. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
 
 
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§ 4o Na pendência de recurso contra a decisão de pronúncia ou 
quando efetivado o julgamento, não se admitirá o pedido de 
desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto a fato ocorrido 
durante ou após a realização de julgamento anulado. (Incluído pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
. se houver duvida sobre a imparcialidade do júri 
. se o interesse da ordem publica reclamar 
. se houver duvida sobre a segurança pessoal do acusado 
O desaforamento, será feito para a comarca que não tenha estes motivos preferindo-se as mais próximas. 
b) cabimento: art. 428: Se não for feito o plenário no prazo de 6 meses a contar do transito em julgado da 
pronúncia 
Art. 428. O desaforamento também poderá ser determinado, em 
razão do comprovado excesso de serviço, ouvidos o juiz presidente e 
a parte contrária, se o julgamento não puder ser realizado no prazo 
de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da decisão de 
pronúncia. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 1o Para a contagem do prazo referido neste artigo, não se 
computará o tempo de adiamentos, diligências ou incidentes de 
interesse da defesa. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o Não havendo excesso de serviço ou existência de processos 
aguardando julgamento em quantidade que ultrapasse a 
possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri, nas reuniões 
periódicas previstas para o exercício, o acusado poderá requerer ao 
Tribunal que determine a imediata realização do julgamento. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
4) PLENÁRIO: 
Instalação (art. 453 a 465) sorteio do conselho de sentença (art. 448 a 452, 466 a 472) 
 
juramento (Art. 472) instrução (art. 473) interrogatório (art. 474) debates (art. 476 a 481) 
sala especial (art. 482 a 493) 
4.1) instalação: 
Jurados: são convocados 25 jurados para a sessão (art. 447) deve haver no mínimo 15 jurados para instalar a 
sessão 
Art. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu 
presidente e por 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados 
 
 
 
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dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de 
Sentença em cada sessão de julgamento 
Não ha nulidade pelo empréstimo de jurado (HC 168263/SP, rel. Rogerio Schietti Cruz, jul. 20.08.15)5 
Acusado: art. 457 
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo não comparecimento 
do acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante, que 
tiver sido regularmente intimado. (Redação dada pela Lei nº 11.689, 
de 2008) 
§ 1o Os pedidos de adiamento e as justificações de não 
comparecimento deverão ser, salvo comprovado motivo de força 
maior, previamente submetidos à apreciação do juiz presidente do 
Tribunal do Júri. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento será 
adiado para o primeiro dia desimpedido da mesma reunião, salvo se 
houver pedido de dispensa de comparecimento subscrito por ele e 
seu defensor. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
a) solto: se o acusado solto faltar na sessão de julgamento, mesmo assim será feito o julgamento. 
 b) preso: se o acusado preso faltar na sessão de julgamento, como regra, não será feito o julgamento, 
salvo se houver petição subscrita por ele e por seu defensor. 
Ausência do advogado: art. 456: o juiz marcara nova data com prazo não inferior de 10 dias e nomeara defensor 
dativo 
Art. 456. Se a falta, sem escusa legítima, for do advogado do 
acusado, e se outro não for por este constituído, o fato será 
imediatamente comunicado ao presidente da seccional da Ordem 
dos Advogados do Brasil, com a data designada para a nova sessão. 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 1o Não havendo escusa legítima, o julgamento será adiado 
somente uma vez, devendo o acusado ser julgado quando chamado 
novamente. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o Na hipótese do § 1o deste artigo, o juiz intimará a Defensoria 
Pública para o novo julgamento, que será adiado para o primeiro dia 
 
5 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1432748&num_registro=2010
00617350&data=20150908&formato=PDF 
 
 
 
 
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desimpedido, observado o prazo mínimo de 10 (dez) dias. (Incluído 
pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Ausência das testemunhas: art. 458: testemunhas de fora da terra (outra comarca) que faltam, não impedem a 
realização do plenário. Se forem testemunhas da terra não será feito o plenário, se forem arroladas com cláusula 
de imprescindibilidade na fase do art. 422. 
Art. 458. Se a testemunha, sem justa causa, deixar de comparecer, o 
juiz presidente, sem prejuízo da ação penal pela desobediência, 
aplicar-lhe-á a multa prevista no § 2o do art. 436 deste Código. 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri 
determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do 
querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 
(cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em 
plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão 
juntar documentos e requerer diligência 
4.2) sorteio do conselho de sentença: 
Não podem fazer parte do mesmo conselho as pessoas mencionadas no art. 448. E ha impedimento das pessoas 
mencionadas no art. 449. 
Art. 448. São impedidos de servir no mesmo Conselho: (Redação 
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
I – marido e mulher; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
II – ascendente e descendente; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
III – sogro e genro ou nora; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
IV – irmãos e cunhados, durante o cunhadio; (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
V – tio e sobrinho; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
VI – padrasto, madrasta ou enteado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
§ 1o O mesmo impedimento ocorrerá em relação às pessoas que 
mantenham união estável reconhecida como entidade familiar. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)§ 2o Aplicar-se-á aos jurados o disposto sobre os impedimentos, a 
suspeição e as incompatibilidades dos juízes togados. (Incluído pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
Art. 449. Não poderá servir o jurado que: (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
 
 
 
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I – tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo, 
independentemente da causa determinante do julgamento posterior; 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
II – no caso do concurso de pessoas, houver integrado o Conselho de 
Sentença que julgou o outro acusado; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
III – tiver manifestado prévia disposição para condenar ou absolver o 
acusado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Os jurados do art. 448 e 449 contam para fins do número mínimo de jurados 
Haverá preclusão se não for alegada essa nulidade na primeira oportunidade de falar. (Ag Rg no AResp 
276977/ES, rel. Maria Thereza, jul. 11.06.13)6 
Sorteados o nome dos jurados a defesa é a primeira a se manifestar nos autos para dizer se aceita ou não jurado. 
São 3 as recusas imotivadas. Para o STJ esta recusa é para cada réu, ou seja, dois réus cada um poderá recusar 3 
(Resp 1540151/MT rel. Sebastião Reis Junior, jul. 08.09.15)7 
 - Na instrução o juiz é o primeiro a perguntar. 
As partes no interrogatório perguntam diretamente para o acusado. 
4.3) Debates: 
Primeiro fala a acusa e depois a defesa. Depois a replica e depois a tréplica. Só haverá treplica se houver réplica. 
Se o assistente de acusação quiser a replica e o MP não, haverá replica (Resp 1343402/SP, rel. Laurita Vaz, jul. 
21.08.14)8 
 1 RÉU 2 OU MAIS RÉUS 
 
6 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1235126&num_registro=2013
00063660&data=20130807&formato=PDF 
7 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1440046&num_registro=2015
00677452&data=20150929&formato=PDF 
 
8 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1342681&num_registro=2012
01897518&data=20140903&formato=PDF 
 
 
 
 
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Acusação 1 hora e 30 min 2 horas e 30 min 
Defesa 1 hora e 30 min 2 horas e 30 min 
Replica 1 hora 2 horas 
Treplica 1 hora 2 horas 
 
Conteúdo dos debates: o conteúdo é amplo, salvo as restrições contidas nos art. 478 e 479. 
Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de 
nulidade, fazer referências: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram 
admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como 
argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado; 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta 
de requerimento, em seu prejuízo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de 
documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos 
autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se 
ciência à outra parte. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a leitura 
de jornais ou qualquer outro escrito, bem como a exibição de vídeos, 
gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui ou qualquer outro 
meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato 
submetida à apreciação e julgamento dos jurados. (Incluído pela Lei 
nº 11.689, de 2008) 
O STJ permite a leitura da folha de antecedentes do acusado em plenário (Ag Rg no Resp 1403161/ SP, jul. 
20.08.15)9 
 
9 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1432552&num_registro=2013
03003550&data=20150828&formato=PDF 
 
 
 
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O documento de que fala o art. 479 não se aplica aos livros de doutrina (Ag Rg no Resp 1285462/SP, rel. Sebastião 
Reis Junior, jul. 30.06.15)10 
Poderá haver a leitura da sentença que condenou o correu em plenário (RHC 118006/SP, rel. Dias Toffoli, jul. 
10.02.15)11 
Sala especial: sequências dos quesitos (art. 483): sequencia obrigatória 
Art. 483. Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, 
indagando sobre: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
I – a materialidade do fato; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
II – a autoria ou participação; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
III – se o acusado deve ser absolvido; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de 
pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que 
julgaram admissível a acusação. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 1o A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos 
quesitos referidos nos incisos I e II do caput deste artigo encerra a 
votação e implica a absolvição do acusado. (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
§ 2o Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os 
quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será 
formulado quesito com a seguinte redação: (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
O jurado absolve o acusado? 
§ 3o Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento prossegue, 
devendo ser formulados quesitos sobre: (Incluído pela Lei nº 11.689, 
de 2008) 
 
10 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1422816&num_registro=2011
02369310&data=20150804&formato=PDF 
11 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8152994 
 
 
 
 
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I – causa de diminuição de pena alegada pela defesa; (Incluído pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
II – circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena, 
reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram 
admissível a acusação. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 4o Sustentada a desclassificação da infração para outra de 
competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito, para 
ser respondido após o 2o (segundo) ou 3o (terceiro) quesito, 
conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 5o Sustentada a tese de ocorrência do crime na sua forma tentada 
ou havendo divergência sobre a tipificação do delito, sendo este da 
competência do Tribunal do Júri, o juiz formulará quesito acerca 
destas questões, para ser respondido após o segundo quesito. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 6o Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos 
serão formulados em séries distintas. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
. materialidade 
. autoria 
. o jurado absolve o acusado? 
. causa de diminuição de pena 
. qualificadora ou causa de aumento de pena 
Não pode haver quesito na forma negativa 
O 3º quesito é de observância obrigatória 
Sentença do juiz art. 492 e 493: as agravantes e atenuantes não são quesitadas, o juiz ira analisar as que forem 
sustentadas em plenário 
Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá sentença que: (Redação 
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
I – no caso de condenação: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
a) fixará a pena-base; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas 
nos debates; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às 
causas admitidas pelo júri; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)Página 21 de 22 
 
d) observará as demais disposições do art. 387 deste Código; 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em 
que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva; 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação; 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
II – no caso de absolvição: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
a) mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não 
estiver preso; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
b) revogará as medidas restritivas provisoriamente decretadas; 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
c) imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível. (Redação 
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 1o Se houver desclassificação da infração para outra, de 
competência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri 
caberá proferir sentença em seguida, aplicando-se, quando o delito 
resultante da nova tipificação for considerado pela lei como infração 
penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts. 69 e 
seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. (Redação 
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja 
doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do 
Júri, aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo. 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Art. 493. A sentença será lida em plenário pelo presidente antes de 
encerrada a sessão de instrução e julgamento. (Redação dada pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
RECURSOS E AÇÕES AUTÔNOMAS IMPUGNATIVAS: 
1) PRINCÍPIOS DO RECURSO: 
a) duplo grau de jurisdição: é o direito do reexame da matéria por órgão hierarquicamente superior não tem 
previsão expressa no CF, mas apenas previsão implícita quando fala da competência recursal dos Tribunais. O 
Pacto de São José da Costa Rica prevê, de maneira expressa o principio (art. 8º, nº 2, h, do Decreto 678/92) 
Art. 8º nº 2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se 
presuma sua inocência enquanto não se comprove legalmente sua 
culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena 
igualdade, às seguintes garantias mínimas: 
 
 
 
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h) direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior. 
ATENÇÃO: a competência originaria, não é incompatível com o duplo grau de jurisdição, segundo a súmula 704, 
STF. 
Súmula 704: não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e 
do devido processo legal a atração por continência ou conexão do 
processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos 
denunciados. 
b) proibição da “reformatio in pejus”: a defesa não pode ser prejudicada por recurso exclusivo seu, seja de 
maneira direta, seja de maneira indireta. 
b.1) “reformatio in pejus” direta: em recurso exclusivo da defesa, não pode o tribunal agravar a situação do réu 
(ex: ha uma sentença de condenação de 18 anos em regime aberto. A defesa apresenta a apelação – exclusiva da 
defesa e o TJ nega provimento de oficio o argumento de erro material e condena em regime fechado) 
b.2) “reformatio in pejus” indireta: em recurso exclusivo da defesa, se o Tribunal anular o processo a nova 
sentença não poderá agravar a situação do réu. (ex: sentença condena em 5 anos por menoridade. Há apelação 
exclusiva da defesa, o TJ anula o processo e ha nova condenação de 5 anos e 4 meses) 
A “reformatio in pejus” prevalece sobre a soberania dos vereditos 
c) “reformatio in mellius”: em recurso exclusivo da acusação pode haver a melhora da situação do réu 
2) EFEITOS DOS RECURSOS: 
Suspensivo: a decisão não produz efeitos enquanto não julgado o recurso 
Devolutivo: devolve-se ao tribunal a matéria alegada. 
Regressivo: o juiz deve reanalisar a decisão proferida (Rese, agravo em execução e carta testemunhável)

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