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Dermato - Anatomia e semiologia da pele

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Scheila Maria 
2016 
1 
 
DERMATO – ANATOMIA E HISTOLOGIA DA PELE 
 
 
 
ANATOMIA 
 A pele representa 15% do peso corporal 
 É um órgão constituído por 3 camadas: 
Epiderme ou camada externa, derme ou 
córion e Hipoderme ou tecido celular 
subcutâneo 
 Responsável por proteção física, defesa 
imunológica, termorregulação, percepção 
e secreção. 
 Organogênese (inicial entre a 4ª e 8ª 
semana de gestação, proveniente da 
maturação dos folhetos germinativos). 
 Ectoderma: epiderme, 
anexos e melanócitos 
 Medoderma: derme e 
hipoderme 
 
EPIDERME: 
Camada mais fina (0,04 a 1,6 mm) e mais externa, constituída de epitélio estratificado 
queratinizado que se renova a cada 25 à 45 dias. É avascular e possui algumas terminações 
nervosas aferentes (a maioria está na derme). Possui alguns anexos: folículo pilossebáceo, 
glândulas sudoríparas*¹ e unhas. Formada por 4 camadas: 
1. Camada basal ou germinativa: É a mais profunda, disposta sobre a membrana 
basal e formada por células basais ou queratinócitos e melanócitos. Os 
queratinócitos são a maioria, se reproduzem constantemente originando outras 
camadas epidérmicas. Os melanócitos produzem a melanina e variam entras a raças 
em capacidade funcional, mas não em quantidade. 
2. Camada espinhosa ou malpighiana: Formada por queratinócitos já modificados, 
com configuração poliédrica unidos por desmossomos ou pontes celulares. Há 4 a 5 
fileiras de células que vão se achatando em direção a epiderme. 
3. Camada granulosa: grupo de células escuras e achatadas com grãos de 
queratomalina em grande quantidade e que expressam a queratinização da 
epiderme. 
Scheila Maria 
2016 
2 
 
4. Camada córnea: Camada mais externa, formada por células planas e anucleadas 
denominadas queratina. É variável conforma a região sendo mais espessa nas 
regiões palmoplantares. 
 
*¹ Podem ser apócrinas (desembocam no folículo pilossebáceo e surgem na adolescência em 
axilas, aréola e ânus) ou écrinas (desemboca na superfície epidérmica e é responsável pelo 
suor e termorregulação). 
DERME: 
 Camada de t. conjuntivo rica em mucopolissacarídeos e fibras (elásticas e colágenas). 
 0,6 a 3mm de espessura formando duas camadas interligadas: papilar e reticular. 
 Acomoda vasos, nervos e anexos epidérmicos (folículos pilosos e glândulas sebáceas). 
 Flexível e elástica participa da defesa e é dividida em duas partes: Superficial (papilar), 
com finos feixes de colágeno III , fibras elásticas e vasos capilares, além dos corpúsculos 
de Krause e Meissner. E a profunda (reticular) que é mais densa, com fibras colágenas 
tipo I e elásticas e, feixes paralelos. Possui ainda os copúsculos de Pacini e Ruffini. 
 
HIPODERME: 
 Situa-se logo abaixo da derme e é constituída de lóbulos de células adiposas. 
Scheila Maria 
2016 
3 
 
 Representa uma reserva calórica e proteção contra traumas 
 Constituído por feixes conjuntivos, fibras elásticas, folículos pilosos, glândulas 
sudoríparas e células adiposas. 
 
SEMIOLOGIA 
QPD, HDA, EX FÍSICO DERMATOLÓGICO 
Raça: 
 Negros: maior frequência de quelóides 
 Brancos: maior frequência de psoríase, epitelioma, fotodermatoses e vitiligo 
Profissão: 
 Lavrador: dermatozoonoses e micoses profundas 
 Pedreiro: eczema ao cimento 
 Profissionais de lubrificação: elaiconiose 
 Expostos ao fenol e hidroquinona: hipopigmentação 
 
Exame físico geral: 
Inclui a inspeção e palpação 
Elementos investigados: Coloração, integridade, umidade, textura, espessura, temperatura, 
elasticidade, mobilidade, turgor, sensibilidade, lesões elementares. 
1. Coloração: Os indivíduos de cor branca ou pardos-claros apresentam pele rósea devido 
ao sangue circulante. Essa coloração pode sofrer algumas variações fisiológicas ou 
patológicas que são mais difíceis de serem visualizadas nos indivíduos da raça negra. 
a. Bronzeamento: por exposição solar ou distúrbios endócrinos que afetam a 
melanina (doença de Addison e Hemocromatose). 
b. Palidez: Atenuação da cor rósea. Em negros é melhor visualizada na região 
palmoplantar. Pode ser generalizada (por redução das hemácias ou 
vasoconstricção generalizada – susto, grandes emoções...) ou 
localizada/segmentar (isquemia no território afetado) 
c. Vermelhidão: aumento na coloração rósea por aumento da quantidade de sangue 
na rede vascular. Pode ser generalizada (febre, exposição ao sol, eritrodermia, 
pênfigo foliáceo, estado policitêmico, escarlatina) ou localizada (eritema palmar, 
ruborização do rosto por emoção, acrocianose) 
d. Cianose: coloração azulada por aumento da Hb reduzida (> 5g/100mL). 
Pesquisa-se em rosto lábios, nariz, orelhas, mãos e pés (leitos ungueais e polpas 
digitais). Pode ser generalizada ou localizada e de leva a intensa. 
e. Icterícia: coloração amarelada de pele, mucosas e esclerótica por acúmulo de 
bilirrubina no sangue. 
2. Integridade: ou continuidade refere-se a ausência de lesões em superfíceie. 
Scheila Maria 
2016 
4 
 
3. Umidade: A pele seca é encontrada em idosos, esclerodermia, ictiose, mixedema, 
avitaminose A, intoxicação por atropina, IRC, desidratação. Pode ter também a umidade 
aumentada ou sudorenta. 
4. Textura: Pode ser normal, fina (idosos, hipotireoidismo e edemaciados), áspera 
(lavradores e pescadores por atividade rude, mixedema, dermatopatias) ou enrugada 
(emagrecimento rápido ou eliminação de edema). 
5. Espessura: Pinça-se uma dobra no tórax, antebraço ou abdome. Pode apresentar 
espessura normal, atrófica (idosos, RN e dermatoses) ou hipertrófica (exposição ao sol, 
esclerodermia) 
6. Temperatura: Utiliza-se face dorsal da mão comparando os lados. Aumento da 
temperatura pode indicar processo inflamatório. 
7. Elasticidade: Capacidade de se estender quando tracionada. Pode ser normal, 
aumentada (Síndrome de Ehlers-Danlos) ou diminuída (idosos, multíparas, 
desidratação). 
8. Mobilidade: Capacidade de movimento sobre planos profundos subjacentes. Pode ser 
normal, diminuída ou ausente (esclerodermia, elefantíase, neoplasias próximas a pele) 
ou aumentada (Síndrome de Ehlers-Danlos). 
9. Turgor: Pinça-se com polegar e indicador englobando o t. subcutâneo. Normalmente é 
“suculenta” e prega se desfaz rapidamente. Sua redução indica desnutrição ou 
desidratação. 
10. Sensibilidade: Térmica, dolorosa ou tátil. 
Recursos diagnósticos: 
1. Pesquisa de sensibilidade (MH ou Hanseníase) 
2. Prova da Histamina: no local que a pele está intacta há vasodilatação com a adm da 
histamina e formação de pequeno edema. Em casos de hanseníase, por ex, há 
comprometimento nervoso e portanto não há vasodilatação. 
3. Prova pilocarpina (MH, Hiperhidrose) 
4. Luz de Wood (Hipercromia, PV, tíneas). 
5. Dermatoscopia 
6. Citodiagnose (Tzanck) – Leishmaniose, dermatoviroses, pênfigos. 
7. Curetagem metódica (psoríase – sinal da vela, sinal do orvalho sangrante). 
8. Procedimentos cirúrgicos (biopsia e punção) e histopatológicos. 
9. Pesquisa micológica – direta ou cultura.

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