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O que é capital'

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
BERNARDO SAWAYA BOLDUAN
GABRIEL GASKA NASCIMENTO
O QUE É CAPITAL
LADISLAU DOWBOR
CURITIBA
2015
O conceito de capital abrange diversas definições, tal como a riqueza, a qual pode ser tanto individual quanto em relação a uma sociedade. Além disso, a própria riqueza não é, num contexto social, possuir dinheiro, cartão de crédito ou cheque, mas sim a capacidade de produção de bens e serviços. 
Posteriormente, Ladislau Dowbor elucida um esquema acerca do processo de produção, tendo como elementos necessários à construção desse processo o dinheiro inicial, mercadoria, trabalho, capital constante, capital circulante, capital fixo, processo produtivo, mercadoria final e dinheiro obtido como resultado de venda da mercadoria. Convém salientar que, o capital-mercadoria (mercadoria final) deve ser vendido a um preço que, no mínimo, recupere o dinheiro investido inicialmente, para que haja desenvolvimento. Vale ressaltar que o excedente também é peça fundamental para o desenvolvimento do proprietário, tendo em vista que, com isso, poderá comprar novos produtos, novas mercadorias, novas máquinas que o façam progredir, gastando seu dinheiro nisso ao invés da mercadoria que se excedeu.
O autor define que para haver excedente deve-se ter trabalho, que ultrapasse os gastos do processo de produção. Datando de muito tempo atrás, existiram aqueles que se aproveitam deste excedente, explorando-o, e com isso, formando um tipo de sistema. A acumulação do capital depende do excedente, mas não somente deste, afinal, depende também do bom-proveito da poupança, o qual torna investimento produtivo, que exige um processo de produção. Em suma, o autor questiona a possibilidade de se alcançar uma igualdade entre investimento e poupança. Com um exemplo extraordinário de como se forma a inflação, o autor caracteriza a poupança, separando-a em duas: a poupança anterior e posterior. Esta desempenha papel de alta importância para o sistema capitalista, produzindo acumulação, por meio de esquemas com a mais-valia social. Por meio destes argumentos exemplificados, é possível saber como se forma a inflação, outro instrumento elementar da apropriação do excedente. Vale ressaltar que a inflação não atinge toda a população, na verdade, atinge apenas aqueles que não têm influência sobre o preço das coisas, ou seja, a população empregada. Já a população empregadora, a qual dita os valores, não se afeta com a inflação, pelo contrário, ela é quem cria o sistema inflacionário. 
Quando comenta sobre a internacionalização do capital produtivo, o autor apresenta os métodos usados pelo sistema capitalista dos países desenvolvidos para expandir seus capitais, como as ramificações por meio de empresas em países menores. É também revelado que, o capitalismo explora sim o trabalhador, mas de uma forma controlada, para que este possa se tornar também, um consumidor. Contudo, o sistema capitalista corre riscos desta maneira, podendo perder investidores, no caso destes não saberem qual a noção de comercialização dos produtos. O autor salienta também que com todos estes métodos de produção e aglomeração de capital, o sistema capitalista explora diversos povos, desde regiões pouco desenvolvidas até aquelas que se encontram no topo do desenvolvimento. Por fim, Dowbor afirma que é necessário traçar planos para definir qual o sistema mais adequado para cada região e se dotar de mecanismos os quais caminhem para um benefício mútuo entre a sociedade trabalhadora e os capitalistas. 
	Conclusão crítica:
A aumento do capital se dá mediante a três fatores primordiais: homem, organização e equipamento. É de fundamental importância a qualificação do homem em detrimento da tecnologia, tendo em vista que a capacidade de pensar e criar do ser humano supera qualquer máquina. Entretanto, a conciliação da tecnologia, bem como a organização, com a mente humana coordenando todas essas tarefas aumentam o progresso e elevam o capital. Posterior a essa constatação que o autor expõem, foi possível concluir que o bom proveito da poupança e sua correta administração são fatores que contribuem para o aumento do capital. Além disso, convém que salientar que cada vez mais a concentração e centralização de capital está nos grandes polos industriais dos países desenvolvidos em detrimento dos subdesenvolvidos, aumentando ainda mais a disparidade econômica entre eles.
	Por conseguinte, a atividade capitalista domina e oprime veemente aqueles que não possuem capital, mas de uma forma inteligente, para que possa crescer e não se auto destruir.
Bibliografia:
http://minhateca.com.br/Ivan.Monticelli/Livros/O+Que+*c3*a9+Capital-+Ladislau+Dowbor,68221763.pdf

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