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Unidade 1 2 3 4 Fundamentos de Neuroanatomia

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Unidade 1 
 Fundamentos da Anatomia Humana 
Prof.: Leonardo Francisco 
 
Conceito 
 • É a ciência que se dedica ao estudo da 
estrutura do corpo humano. 
• A palavra anatomia tem origem grega e 
significa “cortar em partes” ou dissecar. 
• O termo morfologia para englobar os aspectos 
macroscópicos (anatomia) e os microscópicos 
(histologia, citologia, embriologia e ciências 
afins) do corpo humano. 
Sistemas Orgânicos 
• Células: Unidades biológicas do corpo humano. 
• Tecidos: Grupo de células com mesma função. 
• Órgãos: Grupos de tecidos com mesma função. 
• Sistema: Conjunto de órgãos agrupados cujas funções se 
integram para realizar funções complexas. 
• Corpo humano: É constituído pelo agrupamentos de todos os 
sistemas. 
• Aparelhos: Sistemas que devido a relações mais íntimas no 
desenvolvimento, na localização, na função e por razões didáticas, 
podem ser associados ou agrupados. 
• Sistema esquelético 
• Sistema articular 
• Sistema muscular 
 
• Sistema cardiovascular 
• Sistema linfático 
• Sistema respiratório 
• Sistema digestório 
• Sistema urinário 
• Sistema genital masculino e feminino 
• Sistema nervoso 
 
• Aparelho Locomotor 
SNC 
SNP 
Normalidade e Variação anatômica 
• O termo normal, em medicina, significa sadio. 
Em anatomia, o termo normal é também 
utilizado para definir a estrutura mais 
frequente. 
• A variação anatômica é um pequeno desvio do 
aspecto anatômico normal de uma estrutura 
sem que haja prejuízo a função. 
Anomalia e Monstruosidade 
• Anomalia é uma alteração, congênita ou 
adquirida, do padrão de normalidade de uma 
estrutura que causa prejuízo à função. 
• A monstruosidade é uma anomalia tão 
acentuada que interfere no desenvolvimento 
do corpo sendo incompatível com a vida. 
Anomalia 
Monstruosidade 
Terminologia anatômica 
• A terminologia anatômica é o vocabulário ou lista de 
termos anatômicos, palavras ou expressões utilizadas para 
designar as partes do corpo humano. 
• A terminologia anatômica é resultado da ação conjunta da 
Comissão Federativa da Terminologia Anatômica (CFTA) e 
de 56 associações que são os membros da Federação 
Internacional de Associações de Anatomistas (FIAA), única 
entidade internacional que representa todos os aspectos da 
anatomia e as associações anatômicas. 
• Foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para 
designar coisas). 
• E hoje os termos indicam a forma, posição, situação ou seu 
trajeto. 
 Critérios para adoção de nomes anatômicos: 
 
Forma: músculo trapézio 
Trajeto: artéria circunflexa da escápula 
Relação com o esqueleto: artéria radial 
Conexões ou interrelações: ligamento sacro-ilíaco 
Função: músculo levantador da escápula 
Critério misto: músculo flexor superficial dos dedos (função 
e situação). 
 
Corpo 
Humano 
Cabeça 
Crânio 
 
Face 
Pescoço 
Tronco 
Tórax 
Pelve 
Abdome 
Membros 
Raiz Ombro 
Superior 
Parte livre 
Braço 
Antebraço 
Mão 
Inferior 
Raiz Quadril 
Parte livre 
Coxa 
Perna 
Pé 
• Partes do corpo 
Posição anatômica 
• A posição anatômica é o padrão de referência 
para se estudar o corpo humano como um todo 
ou suas partes. 
• O indivíduo está ereto (em posição ortostática), 
com os membros superiores pendentes 
naturalmente, adjacentes ao corpo, de cada lado 
do tronco, com o olhar fixo no horizonte, face 
voltada para frente, palmas para frente com os 
dedos justapostos, membros inferiores unidos, 
com os pés juntos e com as pontas dos dedos 
também dirigidas para frente. 
 
 
Planos de delimitação 
• Os planos de delimitação do corpo humano incluem o 
anterior ou ventral, o posterior ou dorsal, o superior 
ou cranial, o inferior ou podálico e os laterais. 
 Planos secção do corpo humano 
Os planos de secção do 
corpo humano são dividos 
em: 
• planos sagital mediano 
• Sagital paramediano 
• Frontal ou coronal 
• Transversal ou 
horizontal. 
 
 
 
Mediano Frontal 
Transverso 
 Exemplos de secção do corpo humano 
Eixos de movimento 
LÁTERO LATERAL 
Cruza os lados direito e esquerdo, orientando os movimentos de 
Flexão e Extensão, perpendicular ao Plano Sagital 
 
ÂNTERO POSTERIOR 
Cruza as partes anterior e posterior, orientando os movimentos 
de Abdução e Adução, perpendicular ao Plano Frontal 
 
LONGITUDINAL OU CRÂNIO PODÁLICO 
Cruza as partes superior e inferior, orientando os movimentos 
de Rotação Medial e Rotação Lateral, perpendicular ao Plano 
Horizontal ou Transversal 
 
a)LÁTERO LATERAL b) LONGITUDINAL OU CRÂNIO PODÁLICO c) ÂNTERO POSTERIOR 
 
 
Posições de Decubito 
 
 DECÚBITO DORSAL 
DECÚBITO VENTRAL 
DECÚBITO LATERAL 
POSIÇÃO DE LITOTOMIA POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG 
Termos gerais 
•Medial: mais próximo do plano 
sagital mediano (linha sagital 
mediana). 
•Lateral: mais afastado do plano 
sagital mediano (linha sagital 
mediana). 
•Proximal: próximo da raiz do 
membro. Na direção do tronco. 
•Distal: afastado da raiz do membro. 
Longe do tronco ou do ponto de 
inserção. 
Princípios gerais de construção do 
corpo humano 
 
• O corpo humano é construído segundo alguns 
princípios fundamentais que prevalecem para 
os vertebrados, como os seguintes: 
 
Antimeria 
• O plano mediano divide o corpo humano em 
duas metades, direita e esquerda. Estas metades 
são denominadas antímeros e são semelhantes, 
morfológica e funcionalmente, onde dizer-se que 
o homem, como os vertebrados, é construído 
segundo o princípio da simetria bilateral. Na 
realidade, não há simetria perfeita porque não 
existe correspondência exata de todos os órgãos. 
Ela é mais evidenciada durante o 
desenvolvimento (embriologia). 
Metameria 
• Por metameria entende-se a superposição, no 
sentido longitudinal, de segmentos semelhantes, 
cada segmento correspondendo a um metâmero. 
Mais ainda do que a antimeria, a metameria é 
muito evidente na fase embrionária, 
conservando-se no adulto em algumas estruturas 
como, por exemplo, na coluna vertebral 
(sobreposição das vértebras) e caixa torácica 
(sobreposição das costelas deixando entre elas 
os espaços chamados de espaços intercostais). 
 
Paquimeria 
• É o princípio segundo o qual o segmento axial do corpo 
do indivíduo é constituído, esquematicamente, por 
dois tubos. Estes tubos, denominados paquímeros são 
representados pelo anterior (ou ventral) e pelo 
posterior (ou dorsal). Paquímero anterior, maior, 
contém a maioria das vísceras e, por essa razão, é 
também chamado de paquímero visceral. O 
paquímero posterior compreende a cavidade craniana 
e o canal vertebral (situado dentro da coluna vertebral) 
e aloja o sistema nervoso central: o encéfalo, na 
cavidade craniana, e a medula espinhal, no canal 
vertebral da coluna; esta é a razão pela qual ele 
também é denominado paquímero neural. 
 
Estratificação 
• É o princípio segundo o qual o corpo humano 
é constituído por camadas, estratos, telas ou 
túnicas, que se sobrepõem, reconhecendo-se, 
portanto, uma estratimeria ou estratificação. 
 
Unidade 2 
Introdução ao estudo da 
Neuroanatomia 
 
 
Prof. Leonardo Francisco 
Conceitos fundamentais 
• Neurônio: 
São células que se comportam como as 
unidades estruturais e funcionais básicas do 
sistema nervoso, especializadas em responder a 
estímulos físicos e químicos, conduzir impulsos e 
liberar mediadores químicos específicos. 
Tem como propriedades: 
Irritabilidade 
Condutibilidade 
• Suas funções são armazenar memória, pensar 
e regular outros órgãos e glândulas. 
• Suas partes principaissão: 
• Corpo celular: responsável sintetizar diversos 
tipos de proteína e armazenar a informação 
genética nos núcleos. 
• Axônio: Principal responsável pela condução 
de impulsos nervosos 
• Dendritos: São estruturas responsáveis por 
receber a informação neuronal. 
 
Funções e Estruturas 
 
Tipos 
• De acordo com a sua morfologia, os neurônios podem 
ser classificados nos seguintes tipos: 
• neurônios multipolares (apresentam mais de dois 
prolongamentos celulares), 
• neurônios bipolares (apresentam um dendrito e um 
axônio) 
• neurônio pseudounipolares (apresentam próximo ao 
corpo celular, um prolongamento único, mas este logo 
se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a 
periferia e outro para a parte central do sistema 
nervoso). 
• Piramidais: são neurônios com muitos dendritos 
usados para formação das complexas redes do córtex 
cerebral. 
 
 
Classificação segundo a função 
• Os neurônios podem ainda ser classificados 
segundo a sua função em: 
• neurônios motores (controlam órgãos efetores 
como glândulas exócrinas, glândulas endócrinas e 
fibras musculares) 
• neurônios sensitivos (recebem estímulos 
sensitivos do meio ambiente e do próprio 
organismo) 
• neurônios de associação e interneurônios 
(estabelecem conexões com outros neurônios, 
formando circuitos complexos). 
NEURÓGLIA 
• A neuroglia, ou células da glia, são células de 
sustentação do sistema nervoso que auxiliam os 
neurônios em suas funções principalmente no 
transporte de informação. 
• Algumas células da glia estão sempre sendo 
substituídas. Diferentemente dos neurônio que 
se formam apenas nos primeiros anos de vida. 
• Dois tipos de células da glia serão responsáveis 
pela produção de mielina, essencial a propagação 
de informação nos neurônios. 
 
• Bainha de mielina e Nodo de Ranvier: 
O termo mielina quer dizer isolamento, e vai estar 
localizado no axônio de neurônios. 
Ela impede que ocorra um curto-circuito entre neurônios 
adjacentes devido sua constituição de fosfolipídios e 
proteínas especificas . 
Ao se enrolar no axônio constitui formato de ”colar de 
contas”, isso permite aceleração no transporte de 
informações entre neurônios. 
Os nodos de Ranvier são os espaços encontrados entre o 
revestimento da mielina ou seja este ”colar de contas”. 
A mielina se desenvolve durante a ultima fase do 
desenvolvimento fetal ate o final do primeiro ano do recém 
nato. 
Tipos 
• Células de Schuwann: 
Formam a bainha de mielina em torno dos 
axônios dos neurônios da parte periférica do 
sistema nervoso. 
• Oligodendrócitos 
Formam a bainha de mielina em torno dos 
axônios dos neurônios da parte central do 
sistema nervoso. 
 
• Micróglias 
Removem corpos estranhos e restos celulares da 
parte central do sistema nervoso. E permitem 
reparação tecidual. 
 
 
• Astrócitos 
Controle da passagem de nutrientes 
(principalmente oxigênio e glicose) do sangue 
para o encéfalo, permitindo assim aumento da 
atividade Cerebral. 
Fornecem sustentação estrutural dentro do SNC. 
Desempenha importante papel na barreira 
hematoencefálica. 
• Células ependimárias 
 
Revestem os ventrículos do encéfalo e o canal 
central da medula espinal. 
Produzem e secretam o liquor (liquido 
cérebrospinhal) na região dos ventriculos, suas 
funções principais são amortecer golpes ou 
pancadas em região de crânio e refrigerar o 
SNC. 
 
GÂNGLIO 
• Os gânglios são dilatações constituídas 
principalmente por corpos de neurônios na 
parte periférica do sistema nervoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIBRA NERVOSA 
• São constituídas por um axônio e suas bainhas 
envoltórias. Elas podem ser: 
• Mielínicas: são axônios em grande calibre, 
indicando que há um grande número de voltas de 
bainha de mielina. Permite transmissão da 
informação de forma mais rápida atraves do 
impulso saltatório. Ex.: Sensibilidade Tátil. 
• Amielínicas: São axônios de pequeno diâmetro 
que são envolvidos somente por uma única dobra 
de mielina. Tem característica de envio lento de 
informação. Ex.: Sensibilidade Dolorosa. 
• Fibra Amielínica 
• Fibra Mielínica 
• A presença da bainha de mielina permite que a 
propagação do impulso nervoso seja do tipo 
“saltatória” ou seja somente haverá 
despolarização da membrana nos nódulos de 
Ranvier que são regiões expostas do axônio. Com 
isso a velocidade de transmissão do impulso é 
muito maior. 
• Permitem a propagação 
do potencial de ação, 
ou seja impulso elétrico 
que é transmitido a 
outro neurônio, órgão 
ou musculo especifico 
do corpo humano ou 
vice versa, o local de 
encontro desse 
encontro é chamado de 
terminação nervosa e 
cada junção entre 
axonios e dentritos de 
sinapses. 
Os grupos de 
fibras nervosas 
formam os tratos 
e fascículos, no 
sistema nervoso 
central, e os 
nervos no sistema 
nervoso 
periférico. 
 
NERVO 
• Na parte periférica do sistema nervoso, as fibras 
nervosas se agrupam em feixes dando origem aos 
nervos. Em função do seu conteúdo em mielina e 
colágeno, os nervos são esbranquiçados, exceto 
os raros nervos muito finos formados somente 
por fibras amielínicas. 
• Os nervos estabelecem comunicações entre os 
centros nervosos superiores e os órgãos da 
sensibilidade e os efetores (músculos e 
glândulas). 
• Possuem fibras aferentes e eferentes. 
• As fibras aferentes levam para os centros 
superiores, as informações obtidas no interior do 
corpo e no meio ambiente. Os nervos que 
possuem apenas fibras aferentes são chamados 
de sensitivos 
• As fibras eferentes levam impulsos dos centros 
nervosos para os órgãos efetores comandados 
por esses centros. Os nervos que são formados 
apenas por fibras eferentes são chamados de 
motores. 
• A maioria dos nervos possui fibras dos dois tipos, 
sendo, portanto, chamados de nervos mistos. 
 
TERMINAÇÃO NERVOSA 
• As terminações nervosas são estruturas 
localizadas na extremidade das fibras que 
constituem os nervos e podem, 
funcionalmente, ser divididas em dois tipos: 
sensitivas (aferentes) ou motoras (eferentes). 
Sensitivas (aferentes) 
• As terminações sensitivas,quando estimuladas 
(calor, luz etc.), dão origem a um impulso 
nervoso que segue pela fibra em cuja 
extremidade elas estão localizadas. Este 
impulso é levado para a parte central do 
sistema nervoso e atinge áreas específicas do 
cérebro onde é “interpretado”, resultando em 
diferentes formas de sensibilidade. 
Motoras (eferentes). 
• As terminações nervosas motoras existem na 
porção terminal das fibras eferentes e são os 
elementos de ligação entre estas fibras e os 
órgãos efetuadores: músculos ou glândulas. 
 
SINAPSE 
• A sinapse é responsável pela transmissão 
unidirecional dos impulsos nervosos. 
• As sinapses são locais de contato entre os 
neurônios ou entre neurônios e outras células 
efetoras. 
Função 
• A sinapse atua transformando um sinal 
elétrico (impulso nervoso) do neurônio pré-
sináptico em um sinal químico que atua sobre 
a célula pós-sináptica, através dos 
neurotransmissores. Existem sinapses 
químicas e sinapses elétricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neurotransmissores 
 
• De acordo com a propriedade funcional do 
neurotransmissor e do terminal pós-sináptico, 
os neurotransmissores são conhecidos por 
promovem respostas excitatórias ou inibitórias 
entre neurônios que se comunicam por 
sinapses químicas.• Seguem exemplos de alguns 
neurotransmissores e suas funções: 
 
• Dopamina: Regula a estimulação e os níveis do 
controle motor. Quando os níveis de dopamina 
estão diminuídos, como na doença de Parkinson, 
os pacientes não conseguem se movimentar 
voluntariamente de forma eficaz. 
• Serotonina: Possui forte efeito no humor, 
memória e aprendizado. Regula o equilíbrio do 
corpo. A ausência desse neurotransmissor é a 
causa de inúmeras patologias como: 
emagrecimento, enxaqueca, depressão profunda, 
insônia. A maneira que se sabe de produzir esse 
neurotransmissor, é alimentação balanceada e 
exercícios físicos. 
 
• Acetilcolina (ACh): A acetilcolina controla a 
atividade de áreas cerebrais relacionadas à 
atenção, aprendizagem e memória. Pessoas 
que sofrem da doença de Alzheimer 
apresentam tipicamente baixos níveis de ACh 
no córtex cerebral. É liberada pelo sistema 
autônomo parassimpático. 
• Noradrenalina: Induz a excitação física e 
mental e bom humor. A produção é centrada 
na área do cérebro chamada de locus 
ceruleus, que é um dos muitos candidatos ao 
chamado centro de "prazer" do cérebro. A 
medicina comprovou que a norepinefrina é 
uma mediadora dos batimentos cardíacos, 
pressão sanguínea, a taxa de conversão de 
glicogênio (glucose) para energia, assim como 
outros benefícios físicos. 
 
• Glutamato: Um aminoácido simples, e age 
como principal neurotransmissor excitatório 
no SNC. Ele desempenha um papel 
importante na transmissão rápida de um 
estímulo, cognição, memória, movimento e 
sensação. 
 
Unidade 3 - Desenvolvimento e 
Divisões do Sistema Nervoso 
Prof. Leonardo Francisco 
 
Origem do sistema nervoso 
• O sistema nervoso tem sua origem a partir do 
folheto embrionário que está em contato com 
o meio externo, o ectoderma. 
 
Desenvolvimento do tubo e da crista neural 
• O ectoderma sofre um espessamento formando a 
placa neural. 
• A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais 
espessa e adquire um sulco longitudinal chamado de 
sulco neural, que se aprofunda e forma a goteira 
neural. 
• Os lábios da goteira se fundem e formam o tubo 
neural. No ponto em que o ectoderma não 
diferenciado se fecha sobre o tubo neural, 
desenvolvem-se células que formam, de cada lado o 
tubo neural, uma lâmina longitudinal denominada 
crista neural. 
 
 
• O tubo neural dará origem aos elementos da parte central do 
sistema nervoso 
• A crista neural dará origem aos elementos da parte periférica 
do sistema nervoso. 
 
Divisão embriológica do sistema nervoso: 
• O tubo neural dará origem, inicialmente, a três 
vesículas primordiais: o prosencéfalo, o 
mesencéfalo e o rombencéfalo. 
• Em seguida, o prosencéfalo dá origem ao 
telencéfalo e ao diencéfalo: Cérebro 
• E o rombencéfalo dará origem ao metencéfalo e 
mielencéfalo: Parte do trono encefálico(ponte e 
bulbo) e cerebelo 
• Estas dilatações se relacionam com as estruturas 
macroscópicas da parte central do sistema 
nervoso. 
 
 
Divisão anatômica do sistema nervoso 
• É a divisão mais conhecida onde o sistema 
nervoso se divide em duas partes: a parte central 
e a parte periférica. 
• A parte central do sistema nervoso é composta 
pelo encéfalo que compreende o cérebro 
(telencéfalo e diencéfalo), o cerebelo e o tronco 
encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e pela 
medula espinal. 
• A parte periférica do sistema nervoso é 
composta por nervos (cranianos e espinais), 
gânglios e terminações nervosas. 
 
Anatômica: 
 
 
SISTEMA 
 
NERVOSO 
 
CENTRAL 
 Cérebro 
 
Encéfalo Cerebelo Mesencéfalo 
 
 Tronco Encefálico Ponte 
 
Medula espinhal Bulbo 
 
 
SISTEMA 
 
NERVOSO 
 
PERIFÉRICO 
 
Nervos 
Espinhais – 31 pares 
 
Cranianos – 12 pares 
 
Gânglios 
 
Terminações nervosas 
 
SNC: Encéfalo 
SNC: Medula Espinhal 
SNP: Nervos Cranianos 
 
SNP: Nervos Espinhais 
SNP: Gânglios e Terminações Nervosas 
Divisão Funcional do Sistema Nervoso 
• Funcionalmente, o sistema nervoso é dividido em 
somático e visceral. 
• O sistema nervoso somático relaciona o organismo 
com o meio ambiente e apresenta um componente 
aferente e outro eferente. 
• O sistema nervoso visceral está relacionado à 
inervação e ao controle das estruturas viscerais, 
apresentando também um componente aferente e 
outro eferente. A parte eferente do sistema nervoso 
visceral é chamada de parte autônoma do sistema 
nervoso e é subdividida em parte simpática e 
parassimpática. 
 
Sistema Nervoso 
Sistema Nervoso 
Somático 
SN Somático 
Aferente 
SN Somático 
Eferente 
Sistema Nervoso 
Visceral 
SN Visceral Aferente 
SN Visceral Eferente 
(Sistema Nervoso 
Autônomo) 
Sistema Auônomo 
Simpático 
Sistema Auônomo 
Parassimpático 
Sistema Nervoso Somático 
• É conhecido como o sistema nervoso da vida de 
relação, ou seja interage o organismo com o meio 
ambiente, adaptando o as condições necessárias. 
• O componente aferente conduz aos centros 
nervosos impulsos originados em receptores 
periféricos, informando-os sobre o que passa no 
meio ambiente. O componente eferente leva aos 
músculos estriados esqueléticos o comando dos 
centros nervosos resultando em movimentos 
voluntários. 
 
Sistema Nervoso Visceral 
• Também conhecido como Sistema Nervoso da 
vida vegetativa 
• Esta constantemente em atividade, sendo 
responsável pela inervação e com o controle 
das vísceras. 
• O componente aferente conduz os impulsos 
nervosos originados em receptores das 
vísceras a áreas especificas do sistema 
nervoso. 
 
• O componente eferente leva os impulsos 
originados em centros nervosos até as vísceras. 
• É também denominado Sistema Nervoso 
Autônomo é dividido em: 
• Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático. 
De modo geral, esses dois sistemas têm funções 
contrárias (antagônicas). Um corrige os excessos do 
outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera 
demasiadamente as batidas do coração, o sistema 
parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo 
cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho 
do estômago e dos intestinos, o parassimpático 
entra em ação para diminuir as contrações desses 
órgãos. 
 
SN 
SNC 
Encefalo e 
Medula 
Componente 
Somático (SN 
Somático) 
Componente 
Vegetativo 
(SN Visceral) 
SNP 
Nervos 
Cranianos e 
Espinhais 
Componente 
Somático (SN 
Somático 
Componente 
Vegetativo 
(SN Viceral) 
Sistema Nervoso 
Visceral 
Parte Eferente (Sistema 
Nervoso Autonomo) 
Parte Aferente 
• O sistema nervoso pode ser dividido, também, 
com base na metameria em sistema nervoso 
segmentar e sistema nervoso supra-
segmentar. 
• A segmentação do sistema nervoso é 
evidenciada pela conexão com os nervos. 
 
Divisão segmentar do sistema nervoso 
Sistema Nervoso Segmentar 
• É representado por toda a parte periférica do 
sistema nervoso mais aquelas porções da 
parte central do sistema nervoso que estão 
em contato direto com os nervos típicos, ou 
seja, a medula espinal e o tronco encefálico. 
• Nesse sistema a substancia branca esta 
disposta na periferia ou seja mais externa e a 
substância cinzenta internamente. 
 
Sistema Nervoso Supra-segmentar 
• É representado pelo cérebro, pelo cerebelo, e 
pelos nervos atípicos NC1 e NC2 (primeiro e 
segundo pares de nervos cranianos). 
• Nesse caso a substância cinzenta é disposta na 
periferia (uma fina camada que se chama 
córtex) e a substância branca internamente. 
 
Córtex Cerebral 
Substância branca 
Unidade 4 - Medulaespinal 
 1ª Parte 
Prof. Leonardo Francisco 
Coluna Espinhal 
 
Funções 
• Sustentação de carga 
• Proteção da medula espinhal 
• Mobilidade 
• Equilíbrio postural 
 
Disco intervertebral e hérnia de disco 
MEDULA ESPINHAL 
• Etimologicamente, medula significa miolo, e 
indica o que está dentro. Localiza-se dentro do 
canal vertebral, sem ocupá-lo completamente. 
• No homem adulto aproximadamente 45 cm e 
na mulher apresenta-se um pouco menor. 
• Tem função de condução nervosa (impulsos 
sensitivos subindo e impulsos motores 
descendo). 
 
 
• Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 
segmentos medulares assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 
lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Encontramos 8 pares de nervos 
cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro par de 
nervos espinhais sai entre o occipital e C1. 
 
Limites e Formato 
• Cranial  limita-se com o bulbo, aproximadamente em nível do 
forame magno do osso occipital. 
• Caudal  no adulto situa-se aproximadamente na 2ª vértebra 
lombar (L2). 
• A medula termina afilando-se para formar um cone – o cone 
medular, e continua em um delgado filamento – o filamento 
terminal. 
• Aproximadamente cilíndrica, ligeiramente achatada (sentido 
ântero–posterior) 
• Não apresenta calibre uniforme, pois apresenta duas dilatações, 
denominadas intumescências cervical e lombar. São resultantes 
das conexões de grossas raízes que formam os plexos braquial e 
lombo-sacral. 
Desenvolvimento 
• Até o 4º mês de vida intrauterina, a medula e 
a coluna vertebral crescem na mesma 
proporção. 
• Como resultado disso, temos um afastamento 
dos segmentos medulares das vértebras 
correspondentes. 
 
Envoltórios da Medula e Espaços Meníngeos 
• Dura-máter (externa e mais espessa) 
• Pia-máter (interna e mais delicada) 
• Aracnóide (entre as duas anteriores) 
 
• Epidural - entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral. Contém 
tecido adiposo e é neste espaço que são aplicadas as anestesias 
epidurais. 
• Subdural - espaço virtual entre a dura-máter e a aracnóide 
• Subaracnóideo - entre a aracnóide e a pia-máter. A exploração clínica 
do espaço subaracnoideo é ampla, pois sabe-se que a medula espinhal 
terminal ao nível de L2, enquanto o saco aracnóide termina em S2. 
Entre estes dois níveis, o espaço subaracnoideo é maior, contém maior 
quantidade de líquor, e nele encontra-se apenas o filamento terminal da 
medula. Não havendo perigo de lesão da medula, esta área é ideal para 
a inserção de uma agulha, o que é feito para as seguintes finalidades: 
 
 
 
a)Retirada de líquor, para fins terapêuticos ou de diagnósticos; 
b)Medida da pressão do líquor; 
c)Introdução de anestésicos, anestesias raquidianas. 
 
As anestesias raquidianas são introduzidas nos espaços entre as 
vértebras L2-L3, L3-L4 ou L4-L5. 
No seu trajeto a agulha perfura sucessivamente: a pele e tela 
subcutânea, o ligamento interespinhoso, o ligamento amarelo, a 
dura-máter e a aracnóide. 
Certifica-se que a agulha atingiu o espaço subaracnoideo pela 
presença de líquor que goteja da sua extremidade. 
Estas anestesias apresentam alguns inconvenientes não 
observados nas anestesias epidurais, entretanto as epidurais 
exigem uma habilidade técnica muito maior. 
 
 
Dermátomos 
A área da pele inervada por uma única raiz nervosa posterior constitui um 
dermátomo. 
A familiaridade com os mapas de dermátomos é essencial para a 
localização do nível de uma lesão na medula espinal, por exemplo: relação 
território corpóreo (dermátomo): 
• Região posterior da cabeça (C2); 
• Ombro (C4); 
• Polegar (C6); 
• Dedo médio (C7); 
• Dedo mínimo da mão (C8); 
• Papila mamária (T4, T5); 
• Umbigo (T10); 
• Região inguinal (L1); 
• Hálux (L4, L5); 
• Dedo mínimo do pé (S1); 
• Orgãos genitais externos e região perianal (S4, S5). 
 
 
Miótomos 
• Grupos de músculos inervados a partir de um único segmento 
medular constituem um miótomo. 
• O conhecimento dos miótomos clinicamente relevantes é útil 
na localização do nível de uma lesão na medula espinal, por 
exemplo: relação miótomo (segmento medular): 
• Deltóide (C5); 
• Bíceps (C6); 
• Tríceps (C7); 
• Hipotenar (T1); 
• Quadríceps femoral (L4); 
• Extensor do hálux (L5); 
• Gastrocnêmio (S1) 
• Esfíncter interno do ânus (S3, S4) 
 
Anatomia em secção transversal 
• Em secção transversal, a medula espinal é composta de 
uma área de substância cinzenta em forma de H ou 
borboleta, posicionada centralmente, circundada por 
substância branca. 
• A substância cinzenta da medula espinal contém 
basicamente corpos de neurônio e neuróglia, enquanto 
que a substância branca contém principalmente tratos 
de fibras nervosas. 
• Para estabelecer as delimitações corretas das áreas 
funcionais da medula, é importante conhecer os sulcos 
e a fissura que marcam a superfície da medula espinal. 
Anatomia Superficial 
• Sulco Mediano Posterior  sulco pouco profundo, localizado 
posteriormente, alcança a substância cinzenta via septo 
mediano posterior. 
• Fissura Mediana Anterior  fissura profunda, localizada 
anteriormente. 
• Sulcos Laterais Anterior e Posterior  recebem, 
respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos 
espinhais. 
• Sulco Intermédio Posterior  situado entre os sulcos 
mediano e lateral posterior, e se continua em um septo 
intermédio posterior. 
 
Anatomia Interna 
• Colunas Anterior, Posterior e Lateral  formam o “H” 
medular (A lateral somente aparece na coluna torácica 
e parte da lombar). 
• Canal Central da Medula  resquício da luz do tubo 
neural no embrião. 
• Funículos: 
• Anterior  entre a fissura mediana e o sulco lateral 
anteriores. 
• Lateral  entre os sulcos lateral anterior e lateral 
posterior. 
• Posterior  entre os sulcos lateral posterior e mediano 
posterior. 
Unidade 4 - Medula espinal 
 2ª Parte 
Prof. Leonardo Francisco 
Substância cinzenta 
• A substância cinzenta é dividida em corno ou 
colunas anterior, lateral e posterior. 
• Atualmente, o estudo da substância cinzenta 
deve ser feito através da divisão em zonas ou 
lâminas propostas por Rexed. 
• Existem 10 lâminas (I-X) bem delimitadas com 
funções já bem definidas. 
 
 
Núcleos e Lâminas da Substância Cinzenta 
• Os neurônios medulares não se distribuem de 
maneira uniforme na substância cinzenta, mas 
agrupam-se em núcleos ora mais, ora menos 
definidos. Estes núcleos são, usualmente, 
representados em cortes, mas não se pode 
esquecer que, na realidade, formam colunas 
longitudinais dentro das três colunas da 
medula. 
Coluna Anterior 
• Os núcleos do grupo medial existem em toda a 
extensão da medula e os neurônios motores aí 
localizados inervam a musculatura relacionada 
com o esqueleto axial através de fibras que 
emergem principalmente através dos ramos 
dorsais dos nervos espinhais. 
• Os núcleos do grupo lateral dão origem a fibras 
que inervam a musculatura relacionada com o 
esqueleto apendicular, ou seja, os músculos dos 
membros superior e inferior. (Plexo Braquial e 
Lombossacral). 
 
 
 
 
Coluna Posterior 
• Núcleo torácico (= núcleo dorsal): evidente apenas na 
região torácica e lombar alta (L1 —L2), relaciona-se 
com a propriocepção inconsciente e contém neurônios 
cordonais de projeção, cujos axônios vão ao cerebelo. 
• Substância gelatinosa: tem uma organização bastante 
complexa. Ela recebe fibras sensitivas que entram pela 
raiz dorsal e nela funciona o chamado portão da dor,um mecanismo que regula a entrada no sistema 
nervoso de impulsos dolorosos. Para o funcionamento 
do portão da dor são importantes as fibras 
serotoninérgicas que chegam à substância gelatinosa 
vindas do tronco encefálico. 
 
 
 
 
 
 
 
Laminas de Rexed 
• Este autor verificou que os neurônios medulares se distribuem em 
extratos ou lâminas bastante regulares, as lâminas de Rexed, 
numeradas de I a X, no sentido dorsoventral. 
• Lâminas I a IV, em geral, estão preocupados com a sensação 
exteroceptiva e compreendem o corno dorsal 
• Lâminas V e VI, atuam principalmente com sensações 
proprioceptivas. 
• Lamina VII, é equivalente para a zona intermédia e atua como uma 
ligação entre fusos musculares ao mesencéfalo e cerebelo 
• Lâminas VIII-IX, compreendem o corno anterior e contêm 
principalmente os neurónios motores. Os axônios desses neurônios 
inervam o músculo esquelético, principalmente. 
• Lamina X, envolve o canal central e contém neuroglia. 
 
Substância branca 
• A substância branca é dividida em três funículos: 
anterior, lateral e posterior. 
• Cada um desses funículos contém um ou mais 
tratos ou fascículos. 
• Um trato é composto de fibras nervosas que 
possuem a mesma origem, destino e função. 
• O funículo posterior contém apenas um trato de 
fibras ascendentes enquanto que, os funículos 
lateral e anterior, contêm vários tratos 
ascendentes e descendentes. 
 
Tratos ascendentes e descendentes 
• Antes de estudarmos os tratos ascendentes 
(as vias aferentes), é importante compreender 
os conceitos de primeiro, segundo e terceiro 
neurônio. 
 
Primeiro Neurônio 
• Primeiro neurônio: localiza-se geralmente fora da parte 
central do sistema nervoso, em um gânglio sensitivo. 
• É um neurônio sensitivo, em geral pseudo-unipolar, 
cujo dendraxônio se bifurca em “T”, dando um 
prolongamento periférico e outro central. 
• O prolongamento periférico se liga ao receptor, 
enquanto o prolongamento central penetra na parte 
central do sistema nervoso pela raiz posterior dos 
nervos espinais ou por um nervo craniano. 
 
Segundo Neurônio 
• Localiza-se na coluna posterior da substância 
cinzenta da medula espinal ou em núcleos de 
nervos cranianos do tronco encefálico. Origina 
axônios que geralmente cruzam o plano 
mediano logo após a sua origem e entram na 
formação de um trato ou lemnisco. 
Terceiro Neurônio 
• Localiza-se no tálamo e origina um axônio que 
chega ao córtex cerebral por uma radiação 
talâmica. 
 
 
 
• As grandes vias aferentes podem ser 
consideradas como cadeias neuronais, unindo 
os receptores ao córtex cerebral (nível 
consciente). No caso das vias inconscientes, 
esta cadeia é constituída por apenas dois 
neurônios (o primeiro e o segundo neurônio) 
e termina em níveis subconscientes como o 
cerebelo. 
 
Principais tratos e fascículos ascendentes 
• Fascículo grácil (tato epicrítico e propriocepção consciente 
do membro inferior); 
• Fascículo cuneiforme (tato epicrítico e propriocepção 
consciente do membro superior); 
• Trato espinocerebelar anterior (propriocepção inconsciente 
para o cerebelo); 
• Trato espinocerebelar posterior (propriocepção 
inconsciente para o cerebelo); 
• Trato espinotalâmico anterior (tato protopático); 
• Trato espinotalâmico lateral (dor e temperatura). 
• Atualmente, a área ocupada na medula espinal pelos tratos 
espinotalâmico anterior e lateral vem sendo chamada de 
sistema ântero-lateral. 
 
Principais tratos descendentes 
• Trato corticospinal anterior (motricidade voluntária); 
• Trato corticospinal lateral (motricidade voluntária); 
• Trato rubrospinal (tônus muscular e postura); 
• Trato vestibulospinal lateral (e medial) (controle da 
postura ereta e equilíbrio); 
• Trato reticulospinal lateral e anterior (controle do 
movimento e postura); 
• Trato tetospinal (controle da posição da cabeça 
associado aos movimentos oculares). 
• Os termos “sistema piramidal”, “tratos 
piramidais” ou “vias piramidais” são utilizados 
como sinônimos para designar o conjunto dos 
principais tratos motores que comandam os 
movimentos voluntários ou conscientes 
(tratos corticospinal anterior e corticospinal 
lateral). 
• Os termos “sistema extrapiramidal”, “tratos 
extrapiramidais” ou “vias extrapiramidais” são 
utilizados como sinônimos para designar o 
conjunto dos principais tratos motores que 
comandam os movimentos automáticos e 
aprendidos, a regulação do tônus muscular e a 
regulação da postura (tratos rubrospinal, 
vestibulospinal, reticulospinal e tetospinal). 
 
• A utilização dos termos “piramidal” e 
“extrapiramidal” é muito difundida e bem prática 
na área clínica, entretanto, já existe uma 
classificação alternativa mais recente que 
distingue nos tratos descendentes um sistema 
lateral e um sistema medial. O sistema lateral 
inclui além do trato corticospinal lateral 
(piramidal), o trato rubrospinal (extrapiramidal). 
O sistema medial inclui somente tratos 
extrapiramidais: reticulospinal anterior, 
vestibuloespinal lateral e tetospinal. 
 
Correlações Anatomoclínicas 
• Síndrome Anterior da Medula: 
• Ocorre mais frequentemente em 
consequência da poliomielite, cujo vírus 
destrói especificamente neurônios motores do 
corno anterior da medula. Produz perda 
variável da função motora e da sensibilidade à 
dor e à temperatura, preservando a 
propriocepção. 
• Síndrome Posterior da Medula: 
 
• Tipicamente ocorre na Tabes Dorsalis, ou seja, 
neurosífilis, onde há lesão das raízes dorsais, 
principalmente na divisão medial destas 
raízes. Ocorre perda da propriocepção 
consciente, perda do tato epicrítico 
(discriminação de dois pontos), 
apalestesia(sensibilidade vibratoria) e perda 
da estereognosia(capacidade de reconhecer 
objetos pelo tato). 
• Síndrome de Hemisecção da Medula: 
 
• Produz um conjunto de sintomas conhecido com 
Síndrome de Brown-Séquard. Produz perda motora 
(espasticidade, Sinal de Babinski) e proprioceptiva 
ipsilateral e perda da sensibilidade contralateral à 
dor e à temperatura a partir de um ou dois 
dermátomos abaixo do nível da lesão. 
• Síndrome Centromedular ou Seringomielia: 
 
• Há a formação de uma cavidade no canal central da 
medula, levando a uma destruição da substância 
cinzenta intermédia central e da comissura branca. 
• Assim, ocorre perda da sensibilidade térmica e 
dolorosa bilateralmente, em uma área que 
corresponde lesadas. Porém há preservação da 
propriocepção consciente e da sensibilidade tátil. A 
esta característica é dado o nome de DISSOCIAÇÃO 
SERINGOMIÉLICA OU SENSITIVA. É muito mais 
comum na coluna cervical. 
• Transecção da Medula 
 
• Imediatamente após um traumatismo que resulte na secção 
completa da medula, o paciente entra em estado de choque 
espinhal ou choque medular. Esta condição, que nada tem a 
ver com o choque por perda de sangue ou de líquido, 
caracteriza-se pela absoluta perda da sensibilidade, dos 
movimentos e do tônus nos músculos inervados pelos 
segmentos medulares situados abaixo da lesão. Há ainda 
retenção de urina e de fezes. 
• Contudo, após um período variável, reaparecem os 
movimentos reflexos, que se tornam exagerados, e aparece o 
sinal de Babinski (síndrome do neurônio motor superior). 
Nos casos de secção completa (e não simples esmagamento), 
não há recuperação da motricidade voluntária ou da 
sensibilidade. Pode haver, entretanto, uma certa recuperação 
reflexa do mecanismo de esvaziamento vesical. 
• Tetraplegia (preferido a “quadriplegia): diminuição ou 
perda da função motora e/ou sensitiva dos segmentos 
cervicais devida lesão dos elementos neurais dentro do 
canal vertebral. A tetraplegiaresulta em diminuição da 
função nos braços, bem como tronco, pernas e órgãos 
pélvicos. Não inclui lesões do plexo braquial ou dos nevos 
periféricos fora do canal neural. 
• Paraplegia: refere-se à diminuição ou perda de função 
motora e/ou sensitiva dos segmentos torácicos, lombares 
ou sacrais (porém não cervicais) 
• Nível neurológico, Nível Sensitivo e Nível Motor: o 
primeiro refere-se ao principal segmento caudal da medula 
espinhal com função motora e sensitiva preservadas em 
ambos os lados do corpo. Nível sensitivo refere-se ao 
principal segmento caudal da medula que tem função 
sensitiva normal em ambos os lados do corpo 
• Lesão completa: ausência de função motora e sensitiva no 
segmento sacral mais baixo 
 
 
• Compressão da Medula por Tumor 
 
• Um tumor que se desenvolve no canal vertebral pode, 
pouco a pouco, comprimir a medula de fora para 
dentro, resultando uma sintomatologia variável 
conforme a posição do tumor. 
• Inicialmente podem aparecer dores em determinados 
dermátomos que correspondem às raízes dorsais 
comprometidas. Com o progredir da doença, aparecem 
sintomas de comprometimento de tractos medulares. 
• Secção Cirúrgica dos Tractos espino-talâmicos 
Laterais (Cordotomias) 
• Em casos de dor resistente aos medicamentos, 
resultante principalmente de tumores malignos, 
pode-se recorrer à cordotomia. O processo consiste 
na secção cirúrgica do tracto espino-talâmico lateral, 
acima e do lado oposto ao processo doloroso. Neste 
caso haverá perda de dor e de temperatura do lado 
oposto, a partir de um dermátomo abaixo do nível da 
secção. Em caso de tratamento em dores viscerais, é 
imprescindível a cirurgia bilateral, em vista do grande 
número de fibras não cruzadas, relacionadas com a 
transmissão deste tipo de dor.

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