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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Diana Motta, Michael Lenon. FÍSICA EXPERIMENTAL Ill Experiência de Oersted Rio de Janeiro, 2016. 1 – Introdução Utilizando-se inicialmente de um fio condutor retilíneo, por onde passava uma corrente elétrica, Oersted posicionou sobre esse fio uma agulha magnética, orientada livremente na direção norte-sul, fazendo passar uma corrente no fio observou que a agulha sofria um desvio em sua orientação, e que esse desvio era perpendicular a esse fio, ao interromper a passagem de corrente elétrica, a agua voltou a se orientar na direção norte-sul. 2 – DESENVOLVIMENTO TEÓRICO Depois de Gardano, William Gilbert, em 1600, após realizar estudos sistemáticos sobre o magnetismo e a eletricidade, enfatizou a diferença entre os efeitos do âmbar e do ímã. Assim, os fenômenos que ficariam conhecidos como elétricos (relacionados ao âmbar) e os conhecidos como magnéticos (relacionados ao ímã) passaram a ser estudados de forma distinta, praticamente sem qualquer ligação. A situação começou a ser modificada quando o professor e pesquisador Hans Christian Öersted (1777-1851), nascido na Dinamarca, realizou a experiência que representa um marco no estudo da eletricidade e do magnetismo. Durante uma de suas aulas na Universidade de Copenhague, em 1820, Öersted que havia estudado química, física e filosofia, procurava demonstrar o aquecimento de um fio durante a passagem de uma corrente elétrica (um fenômeno que viria a ser conhecido como Efeito Joule). Próximo ao fio do seu experimento estava uma bússola, que é constituída de uma pequena agulha imantada, ou seja, um pequeno ímã que aponta, aproximadamente, para a direção Norte-Sul da Terra. Como a bússola é um ímã alinhado ao campo magnético da Terra, apenas a presença de outro magnético mais intenso poderia provocar uma mudança em sua orientação, sem que houvesse contato direto, e foi exatamente isso que ocorreu. Quando Öersted permitiu a passagem de uma corrente elétrica pelo fio, ao conectá-lo a uma pequena fonte de energia, a agulha da bússola defletiu, ou seja, desviou de sua posição natural. A mudança repentina da posição da agulha da bússola só poderia ser explicada pela presença de um novo campo magnético, pois, segundos antes, só existia a presença do campo magnético da Terra e do campo gravitacional. 3 – Objetivo O objetivo do experimento é recriar o experimento que Oersted realizou no século XIX, para provarmos que existe uma relação entre os fenômenos elétricos e os fenômenos magnéticos. 4 – Materiais 01 bússola; 01 gerador de tensão; 01 mesa para apoio da bússola. Figura 1: Montagem do Experimento Figura 1: Montagem do Experimento _ Sentido da corrente Elétrica _ Sentido da corrente Elétrica + _ Sentido da corrente Elétrica Figura II: Sentido do campo elétrico na posição direta. Sentido da corrente Elétrica _ + Figura III: Sentido do campo elétrico na posição cruzada. 5 – Procedimentos Experimentais 4.1 – Montagem: Colocamos a bússola em cima da mesa e posicionamos a bússola na posição norte (0°) e posicionamos também a mesa para a lateral da mesa ficar paralelo com a agulha da bússola. Nesse experimento utilizaremos uma tensão de 2V, logo quando ligamos o gerador e ligamos a chave percebemos que a tensão cai para 0,4V. 4.2 – Fio abaixo da bússola e paralelo com a agulha: No primeiro procedimento experimental, ligamos o gerador com uma tensão de 2V e posicionamos o fio negativo abaixo da bússola, importante ressaltar que esticamos o fio até que ele fique o mais reto possível, posicionamos o fio paralelo com a agulha da agulha, após ligarmos o gerador e a corrente elétrica começar a passar por esse fio a agulha saiu do norte e foi parou no sul, foi de 0° e parou em 180°, a agulha andou no sentindo negativo, levando em consideração a circunferência trigonométrica, ela saiu de 0° passou por 350°, 340° e parou em 180°. 4.3 – Fio abaixo da bússola perpendicular com a agulha: Nesse segundo experimento, a agulha andou novamente em sentido negativo, mas dessa vez a agulha da bússola parou na posição 100°, mas há uma pequena diferença entre o primeiro experimento, no primeiro experimento a agulha foi suavemente até 180°, já no segundo, ele foi com mais violência, a agulha passou direto por 100°, mas quando foi perdendo força, ele parou exatamente em 100°. 4.4 – Fio acima da bússola perpendicular com a agulha: Agora retiramos o fio de baixo da mesa, e posicionamos a cima da bússola e colocamos ele perpendicular com a agulha, mantemos a mesma tensão de 2V, quando ligamos o gerador a agulha logo se movimenta violentamente no sentindo negativo e para no ângulo de 280°. 4.5 – Fio acima da bússola paralelo com a agulha: Mudamos o fio a posição do fio, agora colocamos ele paralelo com a agulha e em seguida ligamos a tensão, nesse experimento a agulha parou na posição 340°. 6 – Conclusão Assim, concluímos que a corrente elétrica no fio se comportava como um ímã colocado próximo à agulha magnética, ou seja, a corrente elétrica estabeleceu um campo magnético no espaço em torno dela, e esse campo foi o agente responsável pelo desvio da agulha magnética. Podemos concluir que as cargas elétricas em movimento criam, numa região do espaço próximo a ela, um campo magnético, assim o aparecimento de um campo magnético juntamente com a passagem da corrente elétrica foi pela primeira vez observado.
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